Maria, a Irmã de Lázaro,
uma Devoção Amorosa
Lição:
10 CPAD - Junho 2017
Estudo Pr. Osvarela
Em EDIÇÃO –
Passível de revisão e correções!
Texto Áureo
Então,
Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os
pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro
do unguento.
João 12.3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João
12. 1-11
1
FOI, pois, Jesus seis dias antes da páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que
falecera, e a quem ressuscitara dentre os mortos.
2
Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que
estavam à mesa com ele.
3
Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço,
ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a
casa do cheiro do ungüento.
4
Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de
traí-lo, disse:
5
Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos
pobres?
6
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era
ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
7
Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
8
Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
9
E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de
Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos.
10
E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro;
11
Porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.
Exórdio
Relato
da unção de Jesus por Maria em Betânia é parte do prefácio à história da
paixão, como registrada nos evangelhos sinóticos.
Marcos
se refere a "alguns dos presentes" (Mc.14.4),
Mateus
concentra-se nos "discípulos" (Mt.26.8) e
João
destaca a participação avarenta e comprometedora de "Judas
Iscariotes" (Jo.12.4,5).
A
mulher que realizou esta nobre atitude em quebrar o vaso de alabastro era
Maria, irmã de Marta e Lázaro (Jo.12.1-8). Obs.: quebrr tem o sentido de deslacrar a tampa do vaso.
Aquele
prefácio, como dado principalmente por Mateus, inclui quatro particulares:
Primeiro, uma afirmação feita por
Jesus aos seus discípulos dois dias antes da Páscoa referente à sua traição;
Segundo, um encontro dos sacerdotes
em Jerusalém para discutir quando e como Jesus devia ser morto;
Terceiro, a unção por Maria;
Quarto, a secreta correspondência entre Judas e os sacerdotes.
Quarto, a secreta correspondência entre Judas e os sacerdotes.
Ao
estudarmos esta narrativa está se cumprindo o que Jesus profetizou a respeito
desta ação:
“Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu
corpo para a sepultura. Em verdade vos
digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o
que ela fez será contado para sua memória.” Marcos 14:8,9
O alabastro era um frasco
lacrado, de gargalo longo, que continha valioso perfume, normalmente usado na
unção de personalidades notáveis da época ou no preparo de mortuário de
monarcas e pessoas ricas.
Marta servia e Lázaro era
um dos que estavam à mesa com ele. Naquela época as pessoas não sentavam à mesa à nossa
semelhança. Elas deitavam em uma espécie de sofá e apoiava-se em um dos braços
enquanto comia com o outro, diante de uma mesa em forma de “U”. A uma mulher
não era honroso participar desse evento exceto se estivesse a servir a mesa.
Enquanto ele estava à
mesa, Maria quebrou o vaso de alabastro e ungiu os pés de Jesus e os enxugou com
os seus cabelos; e a casa inteira ficou cheia com o perfume do bálsamo. Pôs-se
a derramá-lo sobre a cabeça de Jesus.
Este
ponto do Evangelho é uma inflexão na trajetória de Jesus e de seu traidor
Judas.
“5 Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros
e não se deu aos pobres?
6 Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos
pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para
matar também a Lázaro;”
É
neste instante que outro Evangelista narra que Judas vai iniciar seu plano
diabólico de traição a Jesus. É neste ponto que a vida de Jesus é trocada, já
na mente de Judas, pelo dinheiro. Por isto, o Evangelista dá ênfase a este bem
material.
Etimologia
a
cidade de Betânia foi originalmente uma aldeia da antiga Judéia identificada
com a aldeia de AL-Eizeriya, também
denominada de Bariyeh ou Lazarriyeh. Pertenceu a Tetrarquia de
Arquelau que antecedeu Herodes até 6 dC2, foi descoberto, através de pesquisas arqueológicas,
que em 37 a.C. a cidade de Betânia fazia parte do Império de Roma. Por motivo
político foi cedida ao pequeno Império de Herodes, o Grande e era chamada de
Betaneia.
Betânia: Significa “casa da
aflição”, “casa dos figos” ou “casa das tâmaras verdes”.
Tem
origem no hebraico beit-te’enah, que quer dizer “casa dos figos”.
O
original em hebraico era o nome da pequena cidade localizada no Monte da
Oliveiras onde morava Lázaro, Maria e Marta.
No
livro sagrado dos judeus, Talmude, o nome Betânia é traduzido por “casa das
tâmaras verdes” em razão das tameiras existentes na região e também pode ser
considerado como um dos seus significados. Dicionário de Nomes Próprios
Betânia
mostra o lado de Jesus homem, chorando e em contínua amizade com seus amigos,
mesmo os mais difíceis de serem aceitos pela comunidade, da época, como Simão, o
leproso, e Lázaro, o ressuscitado.
Alguns
tentam comprovar que Lázaro e Simão seriam a mesma pessoa, o que se fosse, e
tivesse respaldo bíblico, seria muito mais interessante e notável neste perfil
de Jesus humano, e do Jesus Cristo poderoso em Curar.
Maria
é conhecida por este episódio, conhecido como a “unção em Betânia” é contado
por 3 evangelistas: Mateus 26, 6-13, Marcos 14,3-9 e João 12,1-8.
Marias e Marias
Contraponto histórico. A exegese bíblica nos dá
a certeza que Lucas ao narrar o encontro de Jesus com uma mulher, na casa de um
fariseu que lhe convidara para a janta, que lava seus pés com lágrimas e os
enxuga com os cabelos; esse episódio, todavia, parece ser diferente daquele
contado pelos outros evangelistas (Lucas 7). Nesse
caso a protagonista é chamada “pecadora”.
Mateus
e Marcos não ajudam a entender quem era a mulher que ungiu Jesus, em João é
muito claro que essa mulher era Maria irmã de Lázaro. De fato, em João 11,1-2 se diz: Havia um doente,
Lázaro, de Betânia, povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era aquela que
ungiu o Senhor com bálsamo e lhe enxugara os pés com os cabelos.
João
conhecia bem Maria Madalena e Maria irmã de Lázaro. É improvável que ele tenha
feito confusão entre as duas marias.
A
relação de Jesus com seus amigos o coloca no centro de valorização das
amizades, incluindo as mulheres que o serviram.
λαζαρος - Lazaros - לעזר; n. pr. m. Lázaro
= “a
quem Deus ajuda” (uma forma do nome hebraico Eleazar); habitante de
Betânia, amado por Cristo e ressuscitado da morte por ele;
Μαρθα - Martha - (significa ama) מרתא; n. pr. F. Marta = “ela foi rebelde”; irmã de
Lázaro e Maria de Betânia
Μαρια - Maria ou Μαριαμ - Mariam; מרים; n. pr. F. Maria
= “sua rebelião”; Maria, mãe de Jesus; Maria Madalena, uma mulher de
Magdala; Maria, irmã de Lázaro e Marta
חרם- cherem ou (Zc 14.11) חרם - cherem; n. m. uma coisa
devotada, uma coisa dedicada, proibição, devoção; uma rede, coisa perfurada;
que foi completamente destruído, (designado para) destruição total.
חרם - Chorem; n. pr. Loc. Horém
= “sagrado”; uma das cidades fortificadas em Naftali
חרם - Charim; n. pr. M. Harim =
“dedicado”; um sacerdote na época de Davi que estava encarregado do terceiro
turno; líder de uma família de exilados totalizando 1017 que retornaram com
Zorobabel; outro líder de uma família de exilados totalizando 320 que
retornaram com Zorobabel; um sacerdote na época de Neemias; um governante do
povo sob Neemias
חרמה - Chormah; n. pr. Loc. Horma
= “devoção”;
uma cidade dos cananeus conquistada por Josué, repartida para Judá e localizada
no sul de Judá.
O
caráter de Maria era tomado de generosidade. Alguém que tem um coração tomado
de atributos que lhe fazem ser:
Agradecida
Reconhecida
Espiritualmente
com um caráter que reconhece a divindade em Jesus, como Senhor
Gratidão
Adoração
Reconhecimento
do Senhorio de Cristo.
Humilde
na sua demonstração de gratidão que a levou a adorar
Alguém
que oferece o melhor
Essa
sua ligação entusiástica à pessoa de Cristo, demonstra a mais proeminente
característica no caráter de Maria:
Seu
poder de amar,
Sua
capacidade de abnegação. Virtudes, tais, como manifesta em sua ação, que
tocaram o coração e gerou a admiração e reconhecimento de Jesus.
Nobreza - o espírito de Maria não
era menos notável que sua liberalidade. Não havia traço de utilitarismo vulgar
em seu caráter, em contraste com Judas.
מחיר - m ̂echiyr - significando
comprar; n. m. preço, salário, preço, custo, recompensa, salário.
שכר- seker; n. m. soldo, salário
שכר - sakar; n. m. soldo, salário; recompensa, pagamento; preço, taxa,
pedágio
διδωμι - didomi; v. dar algo a alguém;
dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem; como um
objeto do seu cuidado salvador; dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou
mestre.
Amor e Usura
βαλαντιον - balantion - (como um
depositário); n. n. uma sacola de dinheiro, bolsa
δωρον - doron; n. n. dom,
presente; presentes oferecidos em expressão de honra - de sacrifícios e outros
presentes oferecidos a Deus - do dinheiro lançado no tesouro para uso do templo
e para o socorro do pobre; oferta de um presente ou de presentes.
λιψ - lips de leibo (despejar
uma “libação”); n. m. vento sudoeste; a quarta dos céus, de onde sopra o vento
sudoeste
λογια - logia ou λογεια - logeia; n. f. coleta - de
dinheiro arrecadado para assistência ao pobre
φιλαργυρια - philarguria; n. f. amor
ao dinheiro, avareza
φιλαργυρος - philarguros; adj. que
ama o dinheiro, avareza
φιλαυτος - philautos; adj. que ama
a si mesmo;bem atento aos próprios interesses, egoísta
αισχροκεδης - aischrokerdes e kerdos (ganho); adj. ansioso pelo lucro ilegítimo, ganancioso pelo
dinheiro
αισχροκερδως -
aischrokerdos;
adv. avidez pelo lucro ilegítimo
Judas
era ávido pelo dinheiro. Diferente de Maria, ele só pensava no lucro fácil.
A
narrativa em foco mostra dois caracteres opostos.
Maria
uma agradecida e despreendida do valor do dinheiro.
Afeição e traição
Maria
em Betânia, em seu indizível amor, quebrando o frasco de alabastro, e derramando
seu conteúdo na cabeça e nos pés de seu Amado Senhor.
Judas,
oferece-se para vender seu Mestre, por menos, do que Maria tinha gasto em um
inútil ato de afeição!
No
ato de Maria a tipificação do perfume de Cristo é total. Jesus era o vaso
especial, caro e forte cheio do melhor perfume de Deus – O Amor.
“E
aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher,
por nome Marta, o recebeu em sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria, a
qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém,
andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se
te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E
respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com
muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual
não lhe será tirada.” Lucas 10:38-42
Maria
é apresentada como uma adoradora, em outras narrativas e ela neste ato, apenas,
externa o que aprendeu e como aprendeu ao ser amiga de Jesus.
O
próprio, amigo, Jesus fez uma declaração de sua preferência, em ouvir a Palavra
de Deus, envolvendo as atividades diárias da mesma com Marta sua irmã.
O Reino Em
Primeiro Lugar
E
volta a ressaltar que, algumas questões espirituais, se sobrepõe as coisas materiais,
que poderão ser resolvidas a tempo. Quando Jesus se refere aos pobres, coloca a
necessidade de atos que colocam a vida espiritual e os planos de Deus em
primeiro lugar:
“Jesus, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra.
Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando
quiserdes; mas a mim nem sempre me
tendes. Esta
fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.”
Marcos 14:6-8
Você
já apresentou a Deus seu melhor sacrifício. Mesmo para uma família
moderadamente bem sucedida, 300 denários era muito dinheiro, ela fez um
verdadeiro ato de sacrifício.
Ódio
e baixeza de cada lado, e verdadeiro amor no meio, Jesus o extrato puro de Deus
dado a humanidade sendo ungido para sua libação de sacrifício.
Maria
através de sua oferta quebra paradigmas e demonstra seu interior sem reservas
Maria
Ousou quebrar com o costume do povo.
Maria
demonstrou ter um grande sentimento por Jesus.
Maria
entregou-se totalmente e fez o que podia visando adorar Jesus.
Maria
Entregou o que tinha de maior valor.
Maria
Expôs-se à reprovação popular.
Maria
Expressou sua adoração a Cristo.
Maria
Humilhou-se aos seus pés.
Maria
fez um ato de gratidão e reconhecimento da grandeza de Cristo.
Maria
O exaltou ungindo sua cabeça.
Maria
profetizou, com seu ato, ainda que sem perceber, a morte de Jesus e sua
ressurreição. Notemos que, as mulheres foram ao túmulo levando unguento para o
corpo do morto – Jesus – que não estava, mais lá.
Este
ato memorável de Maria, narrado neste trecho dos Evangelhos, com seu vaso de alabastro
pertence à história da paixão, em virtude da interpretação dada a ele por
Jesus, que lhe dá o caráter preparatório do ato salvífico do Calvário.
“6 Ora, ele disse isto,
não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa,
e tirava o que ali se lançava.
7 Disse, pois, Jesus:
Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
8 Porque os pobres sempre
os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.”
Esta
passagem é Evangelho puro, como o unguento de nardo faz parte da descrição da
caminhada de Jesus e seus doze discípulos, através deles podemos inferir o
caráter pessoal e a forma como se comportam, seja de maneira favorável ou de
uma construção desfavorável do caráter de cada um, em especial de Judas. Embora,
todos os discípulos, aparentemente, desaprovaram o ato, destaca-se uma diferença
entre Judas e o resto, pois, ele ao desaprovar o ato de Maria o faz, por motivos
pessoais [roubava a bolsa do concílio apostólico] o engano, enquanto seus
condiscípulos foram honestos, em seu julgamento e em seus motivos. Em sua
acusação, os doze prestaram a Maria um grande serviço. Eles asseguraram para
ela um grande defensor em Jesus, e futuros elogiadores neles mesmos.
Um ato de devoção
Um
ato de coragem
3 Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro,
de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus
cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento.
5 Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros
e não se deu aos pobres?
9 E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram,
não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara
dentre os mortos.
10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para
matar também a Lázaro;
11 Porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em
Jesus.
É
necessário ao leitor observar que Maria, além de confessar a adoração ao Cristo
ela o faz em um ato de extrema coragem.
Jesus
estava na alça de mira do sinédrio e dos saduceus, que dominavam o Templo como
o alvo perfeito para ser morto.
Pelos
saduceus, que viam em Jesus um Mestre contrário a seus pensamentos, e
doutrinas, contrárias a ressurreição, e a narrativa mostra que Lázaro, o
ressuscitado por Jesus estava à mesa e a multidão de moradores se acotovelavam
para vê-lo.
“E aconteceu que, quando Jesus concluiu
todos estes discursos, disse aos seus discípulos: Bem sabeis que daqui a dois dias
é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado. Depois os
príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na
sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás. E consultaram-se mutuamente
para prenderem Jesus com dolo e o matarem. Mas diziam: Não durante a
festa, para que não haja alvoroço entre o povo. E, estando Jesus em Betânia,
em casa de Simão, o leproso, Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de
alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando
ele estava assentado à mesa.” Mateus
26:1-7
Era
um momento tenso e decisivo para alguém demonstrar seu apego e amor a Jesus,
principalmente com algo tão valioso como um vaso de alabastro cheio de nardo
puro, no valor de 300 denários, ou 300 dias de trabalho.
Destaque:
Papa
Gregório, o Grande (viveu há quase 1500
anos): “A mulher que Lucas chama de
‘a pecadora’ e João de ‘Maria’, cremos que seja aquela de quem Marcos diz que
Jesus expulsou 7 demônios (Maria Madalena)” (Sermões sobre o Evangelho, 33).
Contudo,
fazendo uma análise cuidadosa, podemos dizer que a Maria da unção é a irmã de
Lázaro.
Perfume precioso – é um símbolo do ato de
Maria para nossas vidas, como adoração.
δηναριον - denarion de origem
latina; n n denário = “que contem dez”; moeda romana de prata usada na época do
NT. Recebeu este nome por ser equivalente a dez “asses”. Depois de 217
A.C., este número aumentou para dezesseis (cerca de 3.898 gramas). Era a principal moeda de prata do império
romano.
Da parábola dos trabalhadores da vinha, tem-se a impressão de
que o denário era costumeiramente o pagamento devido por um dia de trabalho. Mateus 20.2-13
δραχμη - drachme; n. f. dracma,
moeda de prata grega que tem aproximadamente o mesmo peso do denário romano.
αφιλ-αργυρος - aphilarguros; adj. que
não ama o dinheiro, não avarento.
De
outro lado, oposto, Judas com toda a avidez na bolsa dos discípulos. Dentro dos
seus planos o dinheiro seria fatal em seu erro final, ao ser tomado pelo mal.
ναρδος – nardos, de origem estrangeira; n. f. nardo, a ponta ou o cacho de uma planta perfumada do leste da Índia
que pertence ao gênero Valeriana, que produz um sumo de odor delicioso que os
antigos usavam (seja puro ou misturado)
na preparação de um precioso unguento; óleo de nardo ou unguento.
A
oferta de Maria demonstra um caráter puro, ao analisarmos o texto diz: “...um
arrátel de ungüento de nardo puro...”
Em
qualquer lugar em que o Evangelho é realmente pregado, o relato da unção deve
ser louvado como a melhor ilustração possível do espírito que moveu Jesus a dar
sua vida, como também do espírito do cristianismo como ele se manifesta na vida
e no caráter de crentes sinceros.
A
“boa ação” de Maria ainda se assemelha à de
Cristo em seu caráter de dedicação. Não foi sem um esforço e um sacrifício que
aquela devotada mulher realizou seu famoso ato de homenagem. Todos os
evangelistas mencionaram o preço do ungüento.
Marcos
e João falam dos discípulos murmuradores calculando seu valor em trezentos
denários, isto é, o salário anual de um trabalhador braçal na taxa de um denário
por dia. Por si só era de fato uma grande soma; mas o que deve especialmente
ser notado é que era uma soma muito grande para Maria. Isso sabemos das
próprias palavras de Cristo, como registradas pelo segundo evangelista . “Ela fez o que pôde”.
Magnificência - incorretamente chamada
por avarentos de extravagância e desperdício, é um atributo invariável de todo
verdadeiro amor o mundo não admite exageros na adoração. Maria nos dá o exemplo
e semelhança do que um cristão, como diz Paulo é um “louco”, por Jesus Cristo.
Maria
verbaliza este versículo ao abrir o vaso de alabastro, derramá-lo por inteiro
sobre os pés de Jesus, não se importando quanto custou ou o que poderia comprar
com este dinheiro, mas profetizando uma preparação do corpo de Jesus.
Ela
nos lembra que o mundo segundo a sua filosofia, que os fariseus e outros
partidos e gregos tinham:
“Não seja
tão liberal em seus sentimentos, muito caloroso em suas simpatias, muito
ansioso em seu sentido de dever; nunca permita que seu coração assuma o controle
de sua cabeça, ou que seus princípios interfiram em seus interesses.”
É
a antipatia do mundo por toda a sinceridade, especialmente no bem, e para com
nós que temos o bom perfume de Cristo, é por isto, que todas as nações têm seus
provérbios contra o entusiasmo. Os gregos tinham seu μηδεν αγαν, os latinos seu Ne quid nimis; expressando o ceticismo no
criador de provérbio e no citador quanto à possibilidade da sabedoria ser
entusiástica sobre qualquer coisa.
O
provérbio escocês com o mesmo sentido é “Nae owers are guid”.
Em EDIÇÃO –
Passível de revisão e correções! Continua.
Bibliografia
Vaso
de alabastro - Geraldo Barbosa
A
Unção em Betânia: terceira lição sobre a doutrina da cruz; Mt 26.6-13; Mc
14.3-9; Jo 12.1-8; A. B. Bruce
“Ao
Senhor pertence a salvação” - Jonas 2:9 - Monergismo
Lázaro,
Marta e Maria: A História mal contada – Obs.: texto contrário a Bíblia, com
conceito que a exegese realizada pelos evangélicos está errada.
A
pecadora que ungiu os pés de Jesus – Wilma Rejane
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