sábado, março 16

Lição 11: O Culto da Igreja Cristã - 1° Trimestre de 2024 CPAD - EBD – Adultos

Lição 11: O Culto da Igreja Cristã - 1° Trimestre de 2024 CPAD - EBD – Adultos

Subsídio Pastor e Professor Osvarela

Texto Áureo

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” (1 Co 14.26)

Prática

O culto é uma sublime forma de nos expressarmos em adoração, louvor, gratidão e total rendição a Deus.

Leitura Bíblica

Efésios 5.15-21

15 – Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
16 – Remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

17 – Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

18 – E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,

19 – falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

20 – dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

21 – sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

Etimologia:

No Hebraico:

hadarah הדרה - ; n. f. adorno, glória- ornamentos santos (referindo-se ao culto público)

Na cultura hebraica, isso se manifestava através do ato físico de curvar-se ou prostrar-se. 

No Grego:

Culto - λατρεία - conjunto de atitudes e ritos pelos quais se adora uma divindade; homenagem, de caráter religioso, ao que se considera divino ou sagrado.

λατρεια - latreia; n. f. serviço retribuído por salário - qualquer serviço ou ministério: o serviço a Deus; serviço e adoração a Deus de acordo com os requerimentos da lei levítica; realizar serviços sagrados

ειδωλολατρεια - eidololatreia; n. f. adoração a deuses falsos, idolatria; de festas sacrificiais formais celebradas para honrar falsos deuses.

λατρευω - latreuo [lat-ryoo’-o de latris (criado assalariado)]; v. servir por salário; servir, ministrar, os deuses ou seres humanos. Usado tanto para escravos como para homens livres - no NT, prestar serviço religioso ou reverência, adorar, desempenhar serviços religiosos, ofertar dons, adorar a Deus na observância dos ritos instituídos para sua adoração, dos sacerdotes, oficiar, cumprir o ofício sacro.

θρηκος é alguém que é diligente na realização do culto exterior a Deus.

Definições:

Def.: Culto: Dicionário Brasileiro Globo - Homenagem que se presta à divindade; adoração; veneração. 

Minidicionário Luft - 1. Homenagem de caráter religioso a seres sobrenaturais. 2. Adoração; veneração. 3. A religião em suas manifestações externas; rito.

Culto é um fenômeno multireligioso e multicultural. Em outras palavras, está presente em todas as culturas, de todos os tempos e lugares e, por isso, em toda e qualquer religião que se possa descrever. Claro que tal variedade traz a todos uma séria dificuldade do correto entendimento quando estamos pensando sobre o Culto Cristão.

I-                  O que é o Culto Cristão:

Culto: Em Mateus 4.10: as palavras encurvarás e servirás, as quais significam atitude de culto. O serviço como culto, traduzido do grego, significa serviço sacerdotal. Serviço também pode ser tradução de LATREIA, encontrado no texto de Mateus 4.10, quando Jesus rebate a Satanás, dizendo:
“Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás." Neste texto, o servirás vem de Latreuseis, enquanto o adorarás vem de Proskuneseis, que é outra palavra grega com significado de culto.

Def.: Em Inglês a palavra “service”, também significa Culto ou ofício religioso. Serviço quer dizer fazermos algo ou prestarmos alguma atividade para alguém. Lembre o que você já recebeu de Deus por seu favor.

Nos textos originais das Sagradas Escrituras encontramos expressões particulares que foram traduzidas para o Português como Culto, Louvor ou Adoração. A imagem mais antiga que encontramos no Antigo Testamento, significando culto, é a de curvar-se, colocando o rosto em terra, diante do objeto ou pessoa que estejam sendo cultuados. A palavra hebraica SHACHAH (adorar) representa este ato e foi traduzida, na SEPTUAGINTA, como PROSKUNEIN.

1.    Introdução:

Efésios 5.19 – falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

20 – dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

Visão evangélica: Culto é adoração!

Em quase todas as religiões, e até mesmo entre os não religiosos há culto.

Louvor:
Adoração:
Dicionário Brasileiro Globo
 - Culto a Deus; (fig.) amor profundo; veneração.
Minidicionário Luft - Ato de render culto a divindade (a nossa é o Senhor Deus, Único Deus). Amar ao extremo [À Deus, sobre todas as coisas].
Inferimos, que todas estas palavras são significado de Culto, pode haver discordâncias semânticas, mas, à priori, se trata de uma afirmação possível de ser aceita pela maioria.

1.1.         Culto é adoração! Adoração é culto! As duas palavras significam louvor! Donald Hustad faz a seguinte declaração: "Alguém disse que nós nos reunimos de manhã para dar uma hora ou duas a Deus, como penhor do fato de que tudo na nossa vida é dele. Esta é a parte humana, mas o culto de adoração é ainda mais: ele é um macrocosmo de toda a história da salvação, dos séculos de auto-revelação de Deus e do seu convite à nossa resposta afirmativa. " (Jubilate ... , página 74)Culto é um fenômeno multireligioso e multicultural. Em outras palavras, está presente em todas as culturas, de todos os tempos e lugares e, por isso, em toda e qualquer religião que se possa descrever.

Porém, o Culto Cristão é a relação de ofício entre o Homem e Deus, realizada em Nome do senhor Jesus e com a ação do Espírito Santo, com liturgia apropriada e divinamente inspirada, pois se ficarmos apenas na liturgia, não será mais um Culto e sim uma mera reunião de homens, sem a presença de Deus-Emanuel.
O Culto Cristão é um ato de resposta do homem convertido à Deus, pelo Nome de Jesus, à ação bondosa de Deus, que nos recolheu do mundo para nos alimentar e suster por Seu perdão amoroso e Sua Palavra orientadora. Culto não é rito, por mais espiritual que isto possa parecer.

A Bíblia, quando desejou falar sobre o que denominamos de Culto, não foi procurar na linguagem humana um termo usado em outras religiões, mas uma palavra que se encontra no dia-a-dia das pessoas. Essencialmente, na Bíblia, culto é serviço.

O Espírito de Deus está constantemente ao nosso redor, ou seja, nós estamos imersos nele. Entretanto, somente quando o nosso espírito se abre para ele é que ele entra na nossa vida e faz a sua obra, permeando as fronteiras do nosso eu, fazendo com que haja comunhão entre nós e ele.

1.2.         O Culto Coletivo e o Culto Individual:

O Culto Individual e o Culto Coletivo são ações em que essa comunhão com Deus pode ser desenvolvida. Entretanto, o culto coletivo é quem nos prepara para o exercício do culto individual.

Culto pode ser definido por adoração, veneração, simpatização com algo, objeto, pessoa, e até mesmo o culto pessoal – Egocentrismo.

Mesmo entre aqueles que jamais foram ensinados a cultuar a Deus existe o culto a símbolos, a elementos da Criação, a fenômenos da natureza, como trovões, raios, planetas, satélites e até em um culto secular, a figura de líderes, como havia entre os romanos, como há entre os japoneses, ou como há nos dias de hoje há figura do Dalai Lama, como líder espiritual dos tibetanos e povos, que seguem sua liderança.

Ex.: Como houve certo culto ao grande libertador da Índia – Mahatmha Ghandi.

Como há culto, disfarçado sob o título de veneração, aos chamados santos da ICAR, beatificados, ou seja, são bentos, são benditos, tais como os últimos: Irmã Dulce [que viveu servindo aos pobres, sem dúvida alguma]; falecido Papa João XXIII [o mais carismático dos papas dos últimos tempos, um andarilho do catequismo católico no mundo – o papa pop]

Nos dias de hoje o culto mais proeminente e disfarçado é o culto ao corpo – o narcisismo.

1.2.b Definições Católicas:

Hiperdulia – O culto, a veneração, à Maria, Mãe de Deus.

Dulia - Culto que se presta, aos santos e anjos; Veneração. 

Latria – etm. Adoração. Adoração dada a Deus; termos correlatos e derivados - Idolatria, adoração de ídolos; Autolatria, adoração de si mesmo.

2.    Os Preceitos Do Culto Cristão

O que é um culto? Culto é um conjunto de ritos que se prendem à adoração ou homenagem a divindades em qualquer de suas formas e em qualquer religião, como também a antepassados ou outros seres sobrenaturais.

Culto é um adjetivo que qualifica aquela pessoa que tem cultura, que é instruída, civilizada ou informada, que tem conhecimento sobre vários assuntos.

São sinônimos de culto: homenagem, veneração, reverência, admiração, preito ou ilustrado, letrado e sábio.

2.1.         Culto: Serviço prestado a Deus pelo salvo e pela comunidade em todas as atividades vitais e existenciais. Servir é a condição essencial do servo. No primeiro caso, trata-se da atividade constante do real servidor de Deus, que o serve de dia e de noite com sua vida, testemunho, profissão e adoração. No segundo, tem-se em vista a liturgia comunitária, a adoração dos irmãos congregados, o ser e a voz da Igreja.

Todas as palavras gregas para culto significam trabalho, serviço prestado a um superior, serviço prestado a Deus. Culto, portanto, como ficou definido, é um serviço que se presta a Deus.

2.1.a Composição do culto

A sequência que apresentamos, abaixo é liturgia mais tradicional dos cultos da Igreja Cristã.

O culto é permeado pelo Louvor. Aliás, todos os tipos de culto sempre tem um período de louvor a Deus, seja no início, no transcorrer e até mesmo no final.

Efésio 5.16 – Remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

20 – dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

21 – sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

Os cultos nas igrejas evangélicas, normalmente têm a duração de Uma hora e meia (1h1/2)

Orações  - a oração inicial

Louvores congregacionais.

A Leitura da Palavra de Deus: NA Bíblia -  um texto que permeia o Culto, citado como Leitura Oficial.

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:” Lucas 4:16,17

Louvores dos grupos:

Corais, grupos de jovens ou adolescentes, conjuntos de senhoras (atualmente, essa dinâmica tem sido deixada de lado em muitas das nossas igreja)

Louvores avulsos

Informações administrativas – avisos diversos da semana ou de eventos programados; apresentação de visitantes; oração por aniversariantes (em alguns cultos, quando há crianças a serem apresentadas, se realiza a apresentação delas)

Ministração da Ofertas (que pode ou não incluir o recebimento do dízimo)

Louvor

Ministração da Palavra

Apelo para salvação de almas

Oração final

Benção apostólica

Conforme a liturgia apresentada, o louvor faz parte da liturgia do culto evangélico.

Ainda que modificada, a liturgia, os louvores coletivos sempre fazem parte do Culto evangélico.

Desta forma, apresentamos o que é e qual a posição cúltica do louvor num culto evangélico.

2.1.b O que é Louvor:

Dicionário Brasileiro Luft - Ato de louvar; elogio; glorificação; apologia.

Minidicionário Luft - Exaltação; glorificação

Louvor é o ato de enaltecer e glorificar algo ou alguma coisa; exaltar a ação de alguém ou de uma divindade.

A utilização do termo, está relacionada com o âmbito religioso, ou seja, na seu uso no culto.

Os louvores continuam significando demonstrações de reverência e amor à Deus, entre os membros de uma doutrina religiosa.

Não importa qual seja a religião, todas praticam e falam sobre o ato de "louvar" a entidade que representa a sua doutrina. 

Exemplo"Vamos louvar a Deus".

Nas doutrinas monoteístas, como o Cristianismo, por exemplo, o louvor é praticado através de canções, e manifestações de adoração à Deus.

Os evangélicos, por exemplo, praticam o chamado "louvor gospel" (embora usual, não sou muito favorável ao uso deste termo num anglicismo inserido nas palavras no Brasil), principalmente em forma de músicas e orações que enaltecem a imagem e poder do Divino. https://www.significados.com.br/

Num sentido etimológico, as palavras Culto e Adoração são irmãs gêmeas.

Na língua portuguesa os verbos “adorar” e “cultuar”, em sentido amplo, podem ser tomados como sinônimos.

Estudando a origem dos nossos vocábulos “adoração” e “culto” encontramos na explicação na origem na língua latina.

“Adoração” resulta da junção da preposição ad + verbo oro.

O verbo latino oro significa pronunciar uma súplica, pleitear.

Dela a veio a palavra no português “oração”. 

Ad-oro significa “dirigir uma súplica a”, “pedir”, “prostrar-se, ajoelhar-se diante de alguém”.

Também passou, mais tarde, a ter o sentido de “venerar”, “admirar”, “reverenciar”.

Os vocábulos “adoração” e “culto”, portanto, podem ser tomados como sinônimos em seu sentido amplo.

Muito embora, palavra “adoração” parece relacionar-se mais com a essência, enquanto “Culto” parece estar mais relacionada com a forma, algo bem próximo ou idêntico à nossa palavra Liturgia.  

A palavra “adoração” tem mais a ver com sentimentos, com uma dimensão não material, um ato mental, interior, invisível, enquanto “culto” tem mais a ver com a manifestação externa, a prática externa e visível desse ato. Colocando isto em miúdos, significaria que a adoração se manifesta ou se expressa em culto.

2.2.         Continuando: O Que É o Culto Cristão?

Primeiro: O culto é oferecido a Deus. Na perspectiva cristã bíblica e histórica sobre adoração não vê o culto público como focalizado na esperteza ou criatividade humana, mas na santidade de Deus.

Sob esta ótica precisamos compreender o que está se passando como culto, ou nos cultos da Igreja contemporânea, notadamente na Evangélica.

James M. Boice corretamente afirma que nossa geração é centralizada no homem e infelizmente “a igreja, traiçoeiramente, tem se tornado egocêntrica”. Como filhos desta nossa geração, exigimos que cada momento do culto venha satisfazer nossas necessidades. Nesse contexto, o culto foi transformado em um “programa” e o desejo de se obter “felicidade” é certamente maior do que o de se obter “santidade.” Queremos avidamente alegria, mas o comprometimento tornou-se secundário. Julgamos o culto como “agradável”, não com base na instrução bíblica apresentada, mas no grau de “satisfação” pessoal alcançada. Temos em nossos dias, a presença de elementos estranhos presentes no culto contemporâneo a: A ênfase humanística.”

Obs.:  culto ou rito religioso?

“O Culto Cristão é um ato de resposta à ação bondosa de Deus, que nos recolheu do mundo para nos alimentar e suster por Seu perdão amoroso e Sua Palavra orientadora. Culto não é rito, por mais espiritual que isto possa parecer.O Que É o Culto Cristão-Rev. Carlos Alberto Chaves Fernandes.

Culto com visão pentecostal:

O apóstolo Paulo ensina o que é um culto pentecostal.

“Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós. Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” 1 Coríntios 14:23-26

Neste texto encontramos:

Congregar para o culto

Falar em línguas

Profetizar

Interpretação

Ter cântico “cada um de vós tem salmo”

Doutrina – Ministração da Palavra, conforme os apóstolos identificaram esta necessidade em Atos dos apóstolo 6.

“Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra, ...” Atos 6:4

Porém o destaque é pela ordem no culto:

E o resultado deve ser a Edificação:

Culto que não edifica não é culto!

Às vezes, corrigimos a Igreja, dizendo: “todo culto é bom, você faz o culto”, não sei até que ponto, lendo Paulo é verdadeira esta afirmação, pois tratamos, como estudado que culto no sentido cristã, trata-se de uma reunião coletiva, onde podem ocorrer fatos, como Paulo destaca que vão interferir na prestação de culto ao Senhor.

E o apóstolo nos mostra qual é o princípio básico pelo qual nós devemos fazer tudo:  Faça-se tudo para edificação.” 1 Coríntios 14:26b

Obs.: não quero dizer nem colocar em dúvida os culto pessoal, mas tratando, aqui, da essência do culto, como coletivo, é possível cultos sem unção, sem graça, sem resultados e até cultos rejeitados por Deus.

E, uma vez, estabelecido o culto tem que haver ordem no ofício religioso:

“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” 1 Coríntios 14:33

“Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.” 1 Coríntios 14:39,40

Podemos inserir outro texto paulino para compreender a importância desta reunião de cristãos, o culto:

“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. Colossenses 3:16,17

Seguindo a nossa hermenêutica sobre o assunto, e segundo os textos acima, podemos verificar o que a Bíblia diz que tem que haver num culto (principalmente, no nosso caso, o culto pentecostal).

O que devemos ter em cada reunião ou culto:

19 – falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

20 – dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

A liturgia é necessária, seja o sonido das trombetas (instrumentos musicais), seja de forma memorial, como na Santa Ceia, ou o momento da semana para realização do Culto ao Senhor.

Ao ligarmos a congregação de Israel à instituição da Igreja do Senhor Jesus Cristo, como estudado nestes últimos texto, podemos verificar as “coincidências” na liturgia do culto.

Observe as formas e coincidências que permanecem nos cultos:

Assembleia solene para Adorar a um Único Deus.

Sonido de trombetas; Ofertas;

Um dia especial da semana;

Culto memorial – Santa Ceia;

Reuniões por toda a semana;

A  Ministração da Palavra:

Um dos Pilares do Culto.

A centralidade das Escrituras no Culto:

“E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês. E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei. E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim;  Neemias 8:1-4

Temos diante de nós um novo patamar da prática da ministração e exposição das Escrituras, em nossos cultos evangélicos, surgindo, então, uma Homilética Contemporânea.

Como estudado compreendemos que a ministração da Palavra de Deus, sempre ocorreu desde os idos do povo hebreu, aos idos das sinagogas, até a ministração das Escrituras (Neotestamentárias, e as Veterotestamentárias).

Uma vez tendo a ministração das Escrituras há que se ter uma homilética discursiva com forme ao logo dos séculos ocorreu.

Destacamos, no parágrafo, abaixo, um fenômeno que vem ocorrendo no culto evangélico, o que não generalizamos, amas apontamos a ocorrência.

J. I. Packer observa: “Geralmente reclamamos que os ministros não sabem como pregar; mas não é igualmente verdade que nossas congregações não sabem mais como ouvir?” 

2.2.a A Homilética de Consenso:

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade. ...” 2 Timóteo 4:3,4

O que é, como se dá e porque se dá a ocorrência da homilética do consenso?

Na homilética de consenso, muito utilizada em nossos dias no culto evangélico, trata a mensagem, ou a apresenta, como algo que não confronta a situação do crentes, mas sim trata das questões que podem ajudar ou ser absorvida pelo crente, voltada, mais, a sus posição antropológica, do que a centralização no Cristo.

Assim, a boa mensagem não é a que confronta nossos pecados, mas a que nos faz sentir melhor.

Questão dos discursos e tempo dos sermões:

Além do mais, os sermões tornaram-se mais curtos porque nossa atenção e memória são curtas.

O tempo utilizado nos louvores ou informações na liturgia do culto, levaram em muitos casos as Igreja Evangélicas a utilizarem pouco tempo do culto para a ministração da Palavra. Ocorre que ao ministrar a Palavra o pregador se vê em duas situações: ser breve, objetivo; ter sua prédica diante de um auditória já na posição: “de que horas acaba?”, o auditório tenso em se retirar!

Mas, a prédica alongada também traz prejuízo ao culto.

“E, estando um certo jovem, por nome Eutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto.” Atos 20:9

Conclusão:

O culto da Igreja e o culto ao Senhor, com práticas litúrgicas que nos levam a ofertar nosso tempo, com adoração, louvor e ação de graças a Deus, por meio do nome de Jesus sob a ação do Espírito Santo.

Quanto a denominarmos cultos como:

Culto de libertação

Culto de jovens

Culto de senhoras

Culto de ação de graças

Na realidade todo e qualquer culto tem por excelência e perfil primário a adoração ou ofício a Deus. A Ele a Gloria e o Louvor

Destaco o Culto de oração: a Escritura NT mostra que a oração tinha certa exclusividade, tendo até mesmo um local certo para ser praticada:

“Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.” Atos 6:4

“E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram.” Atos 16:13

No local de oração Paulo ministro o Evangelho para algumas mulheres.

Termino usando o texto:

“convém lembrar a máxima cristã lex orandi, lex credendi, cuja tradução pode ser “o que se ora, é o que se crê”. Segundo este princípio, adoração e teologia caminham juntas e grande parte de nossa liturgia (forma de adoração), é influenciada por nossa teologia (certa ou errada). Nossa liturgia, em certo ponto, é um reflexo de nossa teologia. Como resultado direto, uma teologia corrompida produzirá uma adoração distorcida. O culto cristão - Considerações sobre sua natureza, e suas relações com a arte e a música -  Gilson Santos é Ministro Batista e pastor titular da Igreja Batista da Graça, em São José dos Campos, SP

Fontes:

Apontamentos do autor desde a página:

2011: https://estudandopalavra.blogspot.com/2011/05/o-genuino-culto-pentecostal-cpad-licao.html

https://estudandopalavra.blogspot.com/2008/05/sublimidade-do-culto-cristo-lio-05-cpad.html

O Que É o Culto Cristão - por: Rev. Carlos Alberto Chaves Fernandes

Dicionário Strong

Citações no corpo do texto

Lição CPAD- 1º trimestre 2024

Site EBD

Bíblia online

sábado, março 9

Lição 10: A Ceia do Senhor – A Segunda Ordenança da Igreja - Março de 2024

Lição 10: A Ceia do Senhor – A Segunda Ordenança da Igreja

Lição CPAD - 1° Trimestre de 2024 -EBD – ADULTOS

Subsídio Pastor e Professor Osvarela

Texto Aureo

“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.” (1 Co 11.26)

As ordenanças são determinadas por três fatores:

 - foram instituídas por Cristo,

 - foram ensinadas pelos apóstolos e

 - foram praticadas pela igreja primitiva.

Já que o batismo e a comunhão são os únicos rituais que satisfazem estes critérios, então só pode haver duas ordenanças.

Prática

A Ceia do Senhor, como uma ordenança, celebra a comunhão do crente com o Senhor ressuscitado.


Leitura Bíblica

1 Coríntios 11.17-34

17- Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.

18- Porque, antes de tudo, ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vás dissensões: e em parte o creio.

19- E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vás.

20- De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor.

21- Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome, e outro embriaga-se.

22- Não tendes, porventura, casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisso não vos louvo

23- Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;

24- e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

25-Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

26- Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.

27- Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.

28- Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice.

29 – Porque o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.

30- Por causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem.

31- Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.

32- Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.

33- Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.

34- Mas, se algum tiver fome, coma em casa, para que vos não ajunteis para condenação. Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for ter convosco.

A) Objetivos da lição:

I) Apresentar a natureza da Ceia do Senhor na Tradição Cristã

II) Mostrar o propósito da Ceia do Senhor

III) Refletir a respeito do modo de celebração da Ceia do Senhor

B) Motivação: A Cela do Senhor traz uma perspectiva passada, pois nos remete ao perdão dos pecados e à obra salvífica de Jesus Cristo: ela traz uma perspectiva presente, pois realça a nossa comunhão com Cristo com sua igreja e, finalmente, aponta para o futuro esperançosamente, pois somos lembrados da promessa da vinda de Cristo.

EXÓRDIO:

Obs.: Ordenanças são ordens dadas por Cristo à Igreja com a intenção de lembrar e simbolizar verdades fundamentais. Diferente do conceito de “sacramento”, as ordenanças não têm a intenção de serem veículos de graça.

A Bíblia, ao contrário, diz-nos que a graça não é dada através de símbolos externos e nenhum ritual é "necessário para a salvação". A graça é gratuita. "Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os homens, não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador; para que, sendo justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna" (Tito 3:4-7).

Uma ordenança é uma "prática ou cerimônia prescrita", mas que alcança além do que vemos, seja no passado, no presente ou futuro.

Protestantes e evangélicos têm as ordenanças como reconstituições simbólicas da mensagem do evangelho que ensina que Cristo viveu, morreu, ressuscitou dentre os mortos, ascendeu aos céus e voltará um dia.

Ao invés de serem requisitos para a salvação, as ordenanças nos auxiliam e nos ajudam a melhor compreender e apreciar o que Jesus Cristo realizou por nós na Sua obra redentora.

Mas, a mesma ordenança que não salva, pode impedir ou trazer um julgamento a vida do crente!

As ordenanças são as coisas que Jesus nos disse para observar com outros cristãos. Quanto ao batismo, Mateus 28:18-20 diz: "E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."

Quanto à comunhão, também chamada de Ceia do Senhor, Lucas 22:19 diz: "E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim."

A maioria das igrejas observa estas duas práticas.

Atos 20:7 E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite.

Marcos 14:22 E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

As ordenanças são determinadas por três fatores:

 - foram instituídas por Cristo,

 - foram ensinadas pelos apóstolos e

 - foram praticadas pela igreja primitiva.

Já que o batismo e a comunhão são os únicos rituais que satisfazem estes critérios, então só pode haver duas ordenanças.

Nenhuma ordenança é necessária para a salvação e nem é um "veículo para a graça".

Introdução:

A Ceia do Senhor, em muitos lugares chamada de Santa Ceia, é um dos mais importantes eventos da Igreja e se constitui na segunda ordenança de Jesus Cristo e por ele implantada no momento da ceia da Páscoa, de onde se usou o nome Ceia.

Alguns importantes pontos ainda despertam discussão no cristianismo.

Foi numa refeição de aliança (Ceia da Páscoa) na que Jesus essencialmente constituiu a igreja como o novo povo de Deus e solenemente disse a eles para fazerem isso continuamente. A partir, da Ceia Pascoal judaica, Jesus Cristo, antes de sua morte vicária, quando Ele teve a sua última Ceia cerimonial, com o seu grupo íntimo, os doze apóstolos, há uma instituição memorial daquele ato.

A Ceia é impactante (Cristo espiritualmente presente) e integradora (ligando o humano ao divino, a vida interior à prática exterior e o indivíduo à comunidade - Igreja).

Ceia do Senhor:

Passado – Cruz

Presente – Igreja

Futuro – Arrebatamento e Ceia da Igreja no Céu.

A Ceia do Senhor tem uma referência passada à morte de Jesus e tem uma referência presente à nossa participação corporativa em Cristo, mediante a fé. E tem uma referência futura pelo fato de ser uma garantia da sua segunda vinda. Encoraja o fiel em sua caminhada diária e em sua expectação. Esse serviço de culto, no qual os cristãos recordam o sofrimento que Cristo suportou por eles, é uma marca distintiva da religião cristã por todo o mundo. Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 1360.

A eficácia da Ceia do Senhor

A ordenança da Ceia é uma garantia eficaz na vida da Igreja (na dos crentes) que mostra que a Igreja, ou os membros continuam obtendo a aceitação de Deus em Jesus Cristo.

Mostra a eficácia da Graça, mostra a fidelidade de Deus em manter o relacionamento da Igreja com o Cabeça – Cristo. Pois, constrói a espiritualidade pessoal, a comunhão da igreja e o caráter cristão. Por meio dela, Deus nos chama a vincular nossas crenças mais íntimas com nossos relacionamentos, nossas práticas e nosso testemunho para o mundo.

Antes de tudo a Ceia é demonstração da relação da Igreja com Cristo e está presenta nela, a clara intenção do Salvador era que nós, Seus seguidores tenhamos proveito da sua participação nela.

Segurança na Salvação:

Isto ocorre do próprio fato de que Ele o instituiu como sinal e selo da aliança da graça. O comer e do beber simbólicos, indicam nutrição e vivificação, uma comunhão cada vez mais íntima com Cristo, de nutrição e vivificação espiritual, e de uma crescente segurança da salvação.

A eficácia se demonstra na vida de cada crente ao sentir que ao participar da Ceia está cumprindo uma Ordenança única sobre a morte vicária do Nosso Salvador. Na Ceia do Senhor nós recebemos cada vez Cristo e os benefícios de Sua redenção.

Discurso:

Por ser uma ordenança que é realizada por inúmeras igrejas ou denominações, alguns aspectos têm sido discutidos no meio da Igreja, ao longo dos séculos, entre eles podemos listar as perguntas básicas sempre discutidas, sobre Ceia do Senhor.

Transubstanciação ou substituição?

Quantas vezes deve ser realizada?

Deve-se realizar o lava-pés?

Quem pode tomar a Ceia?

Há um estudo chamado de Fórmula de Concórdia (Dresden - 1580), o qual diz:“que não somente os verdadeiros crentes em Cristo, e os que se acercam dignamente da Ceia do Senhor, mas também os indignos e os descrentes recebem o verdadeiro corpo e sangue de Cristo; de maneira tal, no entanto, que estes não auferem nem consolo nem vida, mas, antes, o que recebem se transforma em seu juízo e condenação, se não se converterem e não se arrependerem (1 Co 11.27, 29)”.

“A Fórmula de Concórdia é um documento confessional luterano que surgiu na chamada Reforma Tardia, por iniciativa de alguns teólogos de renome, dentro do círculo de Wittenberg, que buscavam produzir um material que, de forma resumida, tivesse o poder de reunir todas as marcas da teologia saudável iniciada por Lutero.”

Que se pode fazer no período antes da Ceia? Não há nas Escrituras algum tipo de orientação sobre o que se deve ou não fazer no período que antecede a Ceia.

Certo é que é percepção da Igreja que exista uma maior reflexão interna do que dela participa, apara que não venha a incorrer no que o texto bíblico orienta:

1 Coríntios 11: 28,29 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.

Não casados, legalmente, podem participar da Ceia?

Entendendo a questão da moralidade bíblica, quanto a fornicação ou adultério, é necessário um estudo para particularizar a questão.

Mas, de maneira geral, pessoas em situação matrimonial vivendo maritalmente sem a legalidade do casamento ou relação tem sido impedidas de participar desta ordenança, como também da primeira, o batismo.

As mesma forma, difere de denominações para outra, nas quais a concessão da participação na Ceia é livre.

A – Doutrina paulina

O apóstolo Paulo o maior doutrinador da escritura neotestamentária doutrinou sobre a Ceia, após uma revelação pessoal:

            1 Coríntios 11.23 - Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei:

A ceia do Senhor foi estabelecida, portanto, no final do Ministério da Jesus, no ato de celebração da Páscoa determinada no Sinai.

“Então direis: Este é o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.” Êxodo 12:27

Quando dizemos em qual momento foi estabelecida, precisamos entender em qual contexto em que se localiza a Páscoa, ou Ceia.

B - Subsídio histórico-cultural:

Ligando os Atos e Liturgia:

- A Páscoa Judaica e a instituição da Santa Ceia-Memorial.

- A Santa Ceia ou Ceia do Senhor

A instituição do Memorial da Santa Ceia na realidade se dá na Comemoração da Páscoa Judaica [na qual um grupo formado por Jesus e seus doze discípulos, atendem um preceito da Lei], conforme o texto supra.

O rito da Páscoa Judaica acontece para lembrar dois grandes acontecimentos para o povo hebreu: a libertação dos judeus que estavam sob o domínio egípcio e a comemoração da época da cevada, uma lembrança do relacionamento de Israel com a terra.

C - Elementos da Páscoa judaica, da qual Jesus participou:

Confira alguns componentes da ceia e seus significados.

Zeroah: osso da perna do cordeiro usado como lembrete do cordeiro oferecido na Páscoa no Templo de Jerusalém. Também lembra que Deus passou por cima das casas do povo judeu no Egito.

Beytza: o ovo simboliza o ovo assado oferecido no templo de Jerusalém na festa da Páscoa.

Maror: pedaço de erva amarga que relembra a amargura e opressão durante o período de escravidão.

Haroset: mistura de maçãs raladas, canela, castanhas e vinho que simboliza a argamassa usada pelos trabalhadores judeus escravos no Egito.

Karpas: pedaço de salsa ou aipo relembra a estação da primavera, a época da Páscoa, é o símbolo da gratidão para com Deus pela qualidade da terra.

Água salgada: símbolo da amargura que Israel suportou em sua experiência de cativeiro. É usada para mergulhar a salsa.

Matzot3 pães sem fermento [ázimos] que representam os patriarcas Abraão, Isaac e Jacó.

Vinho: o vinho relembra a cor do sangue que os judeus pincelaram os batentes das portas de suas casas para que os primogênitos pudessem sobreviver.

I - Discurso - Objetivo:

Objetivo da Santa Ceia:

  • Reunir a Igreja ao redor da mesa de Cristo para um Memorial: I Co.11.33
  • Realizar um evento espiritual em Memória de Jesus Cristo. I Co.11.24,25.
  • Anúncio do encontro da Morte de Jesus. I Co.11. 25
  • Igreja com o Senhor Jesus, nos céus. I Co.11. 26
  • Julgamento pessoal. I Co.11.28
  • Criar discernimento aos crentes. Quem não participa ou participa sem discernir sofre consequências. I Co.11. 29.
  • Fonte de vida eterna pela mística atuação de Cristo na vida do que participa deste ato. I Co.11.30
  • Sujeitos ao julgamento e repreensão de Deus. I Co.11.31,32.
  • Anúncio da nossa esperança de sermos participantes com Ele do beber do cálice nos céus, pois Ele como Pão já nos alimenta e nos garante vida eterna como Pão dos Céus. Mt.26. 29..

Mt.26. 29. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.

Para nossos dias podemos fazer a mesma pergunta para a qual os israelitas tinham a resposta no texto do Êxodo 12.27.

Como podemos situar a Ceia como um culto único da Igreja?

- Que culto é este?

Nós podemos responder aos que nos perguntarem:

“Esta é a Nossa Páscoa, memorial determinado por Jesus Cristo durante a sua Páscoa, quando Ele revela a vicariedade universal de sua iminente morte na Cruz, tal qual o cordeiro pascal do momento da libertação do Egito, este momento nos faz lembrar da nossa libertação espiritual”.

I-a- A Ceia na Igreja primitiva:

Podemos dizer, com certeza, que as igrejas do período apostólico celebravam semanalmente a Ceia do Senhor.

No primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão” (At 20.7)

As celebrações da Igreja se baseavam no Dia do Senhor – no primeiro dia da semana, para nós atual, Domingo.

Domingo foi o dia em que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, um ato que sempre distinguiu o Cristianismo de qualquer outra religião (João 20:1). Desde aquele tempo, os crentes têm se reunido no primeiro dia da semana para comemorar a Sua vitória sobre o pecado e a morte (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2).

II - Definindo:

Discutindo o entendimento dos símbolos – O Pão e o Vinho!

Corpo E Sangue na Ceia do Senhor:

Ao iniciarmos este trecho do subsídio precisamos informar que nosso entendimento para o ato da Ceia do Senhor quanto a sua forma litúrgica, ou seja, o que entendemos ser a Ceia do Senhor.

As Escrituras declaram que a Ceia do Senhor é um memorial ao corpo e sangue de Cristo (Lucas 22:19; I Coríntios 11:24-25), não o verdadeiro ato de consumir Seu corpo físico e sangue.

A Bíblia nunca diz que os elementos da Santa Ceia se tornam realmente no corpo de Jesus. O objetivo principal da Ceia é lembrar o sacrifício de Jesus e mostrar que cremos nele. Quando tomamos a Ceia declaramos que somos salvos pelo sacrifício de Jesus na cruz e que todos somos parte do corpo de Jesus, a Igreja.

No ato da Ceia do Senhor temos algumas dificuldades teológicas quanto aos elementos que simbolizam o corpo e o sangue de Jesus.

A partir, do que se dá no momento da Ceia do Senhor, com os elementos simbólicos temos entendimentos diversos no mundo cristão:

Transubstanciação – Substanciação – Consubstanciação:

A doutrina da Substanciação – na Substanciação o pão e o vinho, após a oração, passa a ser símbolo do corpo e do sangue de cristo sem sofrer alteração.

A doutrina da Consubstanciação - Na Consubstanciação, crê-se que as substâncias do Corpo e do Sangue de Cristo se unem à substância do pão e do vinho.

Na época da Reforma Protestante, os reformadores entenderam que o conceito da transubstanciação estava errado. Após a Reforma teólogos de linha luterana entenderam que a presença de Cristo conforme explicado na doutrina da transubstanciação não era um conceito bíblico. Porém eles ainda acreditavam que em certo aspecto, algo da presença física de Cristo está presente nos elementos da Ceia do Senhor.

Em outras palavras eles defendiam que Cristo está presente fisicamente na Ceia, mas não ocorre nenhuma transubstanciação dos elementos. O que ocorre na verdade é uma espécie de sacralização dos elementos. O pão e o vinho continuam sendo os mesmos, mas de certa forma junto deles estão a carne e o sangue de Jesus. Essa doutrina foi chamada de consubstanciação.

E a doutrina da  Transubstanciação - a capacidade de transformar o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo. 

Definição: Mudança de uma substância noutra. [ Teologia ] Mudança da substância do pão e do vinho na do corpo e do sangue de Jesus Cristo, na Eucaristia.

Há diferenças de entendimento entre as diversas linhas de pensamento no Cristianismo, seja nas igreja tradicionais, na ICAR, ou em algumas do modelo reformado.

Qual a diferença entre Consubstanciação e Transubstanciação?

Na Consubstanciação, crê-se que as substâncias do Corpo e do Sangue de Cristo se unem à substância do pão e do vinho.

Este conceito opõe-se à definição de Transubstanciação, na qual se crê que a substância do pão e do vinho sejam transformadas na substância do Corpo e Sangue de Jesus.

Wycliffe chegou até a questionar a doutrina da transubstanciação — a capacidade de transformar o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo —, que era (e continua a ser) parte fundamental do catolicismo, considerada pela Igreja como a mais radical posição d e Wycilffe.

O que é a Substanciação?

1. Substanciação. Fala a respeito da santa ceia, ato praticado pelos cristãos. Lembra a morte de Jesus, onde o pão e o vinho, após a oração, passa a ser símbolo do corpo e do sangue de cristo sem sofrer alteração.

Entendendo a doutrina da Transubstanciação:

Transubstanciação é uma doutrina da Igreja Católica Romana. O Catecismo da Igreja Católica define esta doutrina na seção 1376:

“O Concílio de Trento resume a fé católica (não é nosso caso, mas apresentamos como subsídio histórico) ao declarar:

‘Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue; esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão Transubstanciação".

Em outras palavras, a Igreja Católica Apostólica Romana [ICAR] ensina que uma vez que um padre ordenado abençoe o pão da Ceia do Senhor, este é transformado na real carne de Cristo (apesar de manter a aparência, odor e gosto de pão); e quando ele abençoa o vinho, este é transformado no real sangue de Cristo (apesar deste manter sua aparência, odor e gosto de vinho). A Transubstanciação na liturgia da ICAR,  ocorre durante a Santa Missa quando o sacerdote ministerial (Padre, Bispo) realiza o Sacrifício Eucarístico fazendo as vezes de Cristo (in persona Christi), repetindo as palavras ditas por Jesus na última ceia: Isto é o Meu Corpo... Este é o cálice de Meu Sangue…

Obs.: Os católicos veem a Eucaristia (liturgia correlata a Ceia do Senhor) como uma constante repetição do sacrifício de Jesus Cristo. Em sua interpretação, a hóstia se transforma no corpo de Jesus e pode ser adorada.  Concílio Regional em Roma,1079 d.C.

Com se deu o uso Doutrinário da Substanciação?

II-a -A Reforma e os símbolos na Ceia:

Pensamentos Pós-reforma:

Ulrico Zuínglio não concordou com a consubstanciação de Martinho Lutero. Afirmou que a presença de Cristo não está na Santa Ceia em nenhum aspecto.

A Ceia do Senhor é apenas um símbolo do sacrifício de Cristo.

Então segundo o pensamento de Zuínglio, a Ceia é apenas uma celebração da Igreja “in memorian” do que Cristo fez no Calvário.

João Calvino. Entendeu que de fato não há nada da presença física de Cristo na Ceia, mas que também sua celebração não é apenas algo simbólico.

Para Calvino, Cristo está presente na Ceia espiritualmente.

Como Cristo é Cabeça e habita com seu povo através do Espírito Santo, Ele é o Anfitrião na mesa da comunhão.

Portanto, a Ceia do Senhor significa que ao comer o pão e ao tomar o vinho, a Igreja está se alimentando espiritualmente de Cristo, que se oferece como sustento de seu povo.

Calvino com essa interpretação de Calvino rejeita as doutrinas da transubstanciação católica e da consubstanciação luterana. Como também não concorda com a teoria esvaziada defendida por Zuínglio, de ser apenas um tipo de presença figurada de Cristo e de que a Ceia é apenas um ato memorial.

Como visto, a interpretação de Calvino é adotada por grande parte das igrejas protestantes, incluindo a nossa Igreja.

“..., tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” 1 Coríntios 11:23-26

Embora, entendamos que o ato memorial continua sendo parte desta Ordenança.

III - UM MEMORIAL –

Zuínglio – é uma celebração em memória do que Cristo realizou no Calvário.

1 Coríntios 11. 24-25. E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

Porque cremos que a Ceia é um ‘MEMORIAL’?

a)     Porque a expressão “isto é meu corpo” (Mt 26.261Co 11.24) é uma figura de linguagem (metáfora) que na verdade quer dizer “isto simboliza meu corpo”. Esse é o mesmo modo de interpretar expressões como “eu sou o pão da vida” ou “eu sou o pão vivo que desceu dos céus” (Jo 6.48,51), “eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12), “eu sou a porta das ovelhas” (Jo 10.7,9) e “eu sou a videira verdadeira” (Jo 15.1).

Tomar literalmente “isto é meu corpo” trará também grandes dificuldades para interpretarmos frases como “porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão” (1Co 10.17);

b)    Quando Jesus disse “isto é meu corpo”, a Bíblia diz que ele “tomou um pão” (Mt 26.26Mc 14.22Lc 22.19). Nessa ocasião, o corpo real de Jesus segurava o pão em vez de integrá-lo;

c)     Porque, apesar da onipresença divina, o corpo de Cristo foi elevado aos céus (At 1.9,11; 7.55, 56) e haverá uma presença corporal de Jesus na Terra apenas na sua segunda vinda (At 1.11Lc 21.27; e 1Ts 1.10) de modo que seu corpo não está presente na terra no momento da ceia;

d)    O texto de 1Co 10.16, usado para defender uma suposta presença especial de Cristo na ceia, não tem por intenção tratar a forma da Ceia do Senhor (visto que Paulo ainda falaria sobre isso adiante no capítulo seguinte), mas pretende apresentar a participação da ceia como integração no culto do Senhor, assim como os israelitas participaram do culto de Baal-Peor pelo contato com as mulheres midianitas e como os crentes de Corinto teriam parte em um culto idólatra se participassem de refeições em templos pagãos (1Co 10.1-22). As Ordenanças da Igreja adaptado de estudo da Igreja Batista Redenção

A Ceia é Visão Memorial:

a)     É uma recordação da morte de Cristo (1Co 11.24,25) – O pão simboliza seu corpo oferecido em sacrifício (1Pe 2.24) e o cálice simboliza seu sangue derramado para o perdão dos pecados (Ef 1.7) na cruz do Calvário;

b)    É uma proclamação da morte de Cristo enquanto se espera sua vinda (1Co 11.26) – Volta os olhos dos participantes para o retorno futuro de Cristo (Mt 26.29);

c)     É uma comunhão entre os crentes (1Co 10.17) – É uma refeição que concentra a fé comum dos participantes em Cristo.

A Ceia Conta com a presença de Jesus

É um momento de confirmação da ligação da Igreja com Cristo

É um anúncio de esperança da vinda do Cristo ressurreto

A Ceia como ordenança não, age ‘ex opere operato’. Esta não é em si mesma uma causa ou fonte de graça, mas apenas um instrumento nas mãos de Deus. Sua operação efetiva depende, não só da presença da fé no participante, mas também da atividade da fé.

A Ceia do Senhor é ordenança, quando realizada da manifestação do Amor de Deus, em manutenção em sua ministração, assim como o Batismo, o é.

III- a - Hermenêutica de 1 Coríntios 11. 27-30

1 Coríntios 11. 27- 30 Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.”

O julgamento se sou, ou não, digno de participar da Ceia é totalmente MEU!
αναξιος - anaxios; adj. indigno, inadequado para algo

αναξιος - anaxios; adv. de um modo indigno

ανακρινω - anakrino; v. examinar ou julgar; investigar, examinar, verificar, analisar cuidadosamente, questionar - especificamente num sentido forense no qual um juiz conduz uma investigação - interrogar, examinar o acusado ou testemunha; julgar de, estimar, determinar (a excelência ou defeitos de alguma pessoa ou coisa)

ανακρισις - anakrisis; n. f. investigação; como um termo legal entre os gregos, a investigação preliminar que tinha o propósito de reunir evidências para informar os juízes

Indignidade - Característica da atitude que atenta contra os padrões morais.

Indigno - Aquele a quem não se permitem certos atos ou benefícios, em razão de seu comportamento incompatível com os padrões morais do ambiente em que vive.

Discernimento é um substantivo masculino que significa o ato de discernir ou fazer uma apreciação em relação a algo. É sinônimo de critérioescolhareflexão,

Esta palavra tem origem no latim discernere, que significa colocar de parte, dividir ou separar. Discernir é conhecer ou ver distintamente, avaliar, fazer a distinção entre duas ou mais coisas.

O termo usado por Paulo ou transcrição do grego tem por prefixo o termo dia que forma a palavra:

διακρισις - diakrisis; n. f. habilidade de discernir, discernimento, julgamento

διακρινω - diakrino; v. separar, fazer distinção, discriminar, preferir; aprender por meio da habilidade de ver diferenças, tentar, decidir; determinar, julgar, decidir um disputa; estar em divergência consigo mesmo, hesitar, duvidar

βλεπω – blepo; v. ver, discernir, através do olho como órgão da visão - com o olho do corpo: ter o poder de ver - olhar para, considerar, fitar; perceber pelos sentidos, sentir; ex. ver com os olhos da mente; ter (o poder de) entender; discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender; voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar, para, ponderar cuidadosamente, examinar

Existem outros termos que definem discernir, sempre com a noção de saber analisar o que se vê ou se está fazendo. Mas, ressalto, o termo utilizado, no texto, é diakrisis.

θεωρεω - theoreo; v. ser um espectador - olhar atentamente, ter uma visão de, examinar; ver mentalmente, considerar, discernir, distinguir, averiguar

A forma e como ser digno para a Ceia do Senhor.

Muito embora, a forma de serem dignos de participar é dependente da posição daquele que passou pela primeira ordenança, mas é uma questão de como este interpreta a dignidade ou reconhece o valor, o peso em participar da Ceia.

É, portanto, necessário que cada um se veja digno ou indigno diante de Deus, sabendo discernir o ato.

Pela própria definição da palavra. O indigno não pode receber benefícios do atos vicário, por que de alguma forma atentou contra os padrões do corpo.

Neste ponto, podemos verificar que Paulo quis demonstrar que é a pessoa quem de fato decide, se tem condições espirituais, e fé na morte vicária de Cristo, ao lançar a mão aos elementos da Ceia, que pode ou não nos trazer benefícios pela morte, consciente do importante ato que realiza.

III-b - Julgamento pessoal de nossa postura na Igreja (Corpo)

1 Coríntios 11:31,32. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.

Julgamento - a participação na Ceia, sem condições do examine-se, assim como foi o caso nas festas do antigo pacto, torna-se uma abominação que provoca julgamento.

Condenação

Sono da morte

Sono espiritual [ou morte espiritual]

Vida Eterna

Ressurreição no último dia

Impõem-se o julgamento interior, ou discernimento do corpo do Senhor, pois é pelo seu sofrimento (pisaduras) que alcançamos a benção da cura (espiritual ou mesmo física).

A decisão de dormir (morrer) e se tornar um doente espiritual, depende desta visão ou discernimento que em Jesus Cristo, no corpo de sua Morte, concede perdão (cura do pecado), e outras bençãos, incluindo a esperança da vida Eterna.

Ao nos julgarmos a nós mesmo, e tivermos discernimento e fé da obra da Cruz não perdemos os benefícios a nós concedidos. Se pedirmos perdão, deixando, os nossos pecados (“o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado, ...), não sofreremos o castigo divino ou a repreensão do Senhor, pois, se não nos julgamos a nós mesmo, Ele nos julgará, pois é Justiça.

A Decisão é minha:

Não será o pastor, ou a Igreja (salvo algum fato relevante de conhecimento do corpo, ou de confissão de erro impeditório) quem irá impedir ou não a participação de algum crente na Ceia.

Da mesma maneira, entendemos que os que não passaram pela primeira ordenança, ou aqueles que, como para esta não tem consciência não podem participar do ato da Ceia.

Mas, há igreja, ou denominações que não veem impedimento algum até par o descrente participar do ato completamente da Ceia.

Transcrevo:

“... , todo aquele que recebe os elementos, seja ímpio ou crente fiel, também recebe a graça simbolizada, concebida como uma substância contida nos elementos. O próprio rito sacramental transmite graça ao participante. Ao mesmo tempo, ela ensina também, de forma, incoerente, como se vê, que os efeitos da ordenança – Ceia do Senhor  - o sacramento (visão católica - O conceito católico romano.) podem ser parcial ou completamente frustrados pela existência de algum obstáculo, pela ausência daquela disposição que habilita a alma a receber graça, ou porque falta ao sacerdote a intenção de fazer o que a igreja quer.” A CEIA DO SENHOR COMO MEIO DE GRAÇA OU SUA EFICÁCIA – (Berkhof, L – Teologia Sistemática Pg660) transcrito e editado por este que escreve o subsídio. Os sacramentos – James Boice

Fontes:

O Que é Transubstanciação? O Que é Consubstanciação? Daniel Conegero

Got question - O que é o dia do Senhor? E Qual é a diferença entre ordenanças e sacramentos?

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c88455z0725o#:~:text=Wycliffe%20chegou%20at%C3%A9%20a%20questionar,questionou%20a%20necessidade%20do%20sacramento.

https://www.gotquestions.org/Portugues/transubstanciacao.html

Que é transubstanciação? Site Aleteia

Bíblia online

Dicionário Strong

Citações no corpo do texto

Apontamento do autorhttps://estudandopalavra.blogspot.com/search?q=Ceia+do+Senhor

TRANSFORMANDO O MUNDO ATRAVÉS DA CEIA DO SENHOR, IPJG - 12 de novembro de 2021 - Adaptado de Timothy Keller, de uma sessão de treinamento de liderança na Igreja.

A vida diária cristocêntrica na perspectiva da Reforma Tardia: uma análise dos artigos X, XI e XII da Fórmula de Concórdia - Fabrício Sobrosa Iung - Bacharel em Teologia pela ULBRA, Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil.

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