Lição 12 CPAD - Do julgamento à Ressurreição
22 de junho de 2025
Subsídio Pastor
e professor Osvarela
Texto Áureo
“E, quando Jesus tomou o
vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (Jo
19.30).
A dívida foi paga com sangue e o
resgate conquistado com a vitória sobre a Morte através da Ressurreição!
Prática
Na cruz, Jesus triunfou sobre o
pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.
João 19.17,18,28-30; 20.6-10.
João 19.17 — E,
levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em
hebraico se chama Gólgota,
18 — onde
o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
28 — Depois,
sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura
se cumprisse, disse: Tenho sede.
29 — Estava,
pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e,
pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.
30 — E,
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito.
João 20.6 — Chegou,
pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis
7 — e
que o lençol que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas
enrolado, num lugar à parte.
8 — Então,
entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e
creu.
9 — Porque
ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos
mortos.
10 — Tornaram,
pois, os discípulos para casa.
Objetivos da Lição:
I)
Descrever o contexto da prisão e condenação de
Jesus;
II)
Explicar o significado teológico da crucificação,
morte e sepultamento de Jesus;
III)
Incentivar os alunos a celebrarem a ressurreição
de Cristo como uma vitória sobre o pecado e a morte.
Introdução:
Os
estudiosos modernos consideram o batismo de Jesus e a sua
crucificação como sendo dois fatos historicamente certos sobre ele.
Como subsidio
desta importante lição tentamos montar um resumo cronológico, com base em dados
históricos ou da tradição desde a Quinta-feira quando Jesus foi preso no Horto
do Getsemani, após a última Ceia com seus discípulos, da qual participou no início,
antes da instituição da Ceia para Igreja (leia-se, ali representada pelos discípulos)o
Traidor que foi atras dos que queriam prender e matar Jesus, e que aparece no
Horto acompanhado de uma turba com lanças e varapau [destacar que há relatos
de um dos evangelistas que nas duas primeiras abordagem dos soldados do
sinédrio, a Jesus se apresentar como Eu Sou, caíram sob o poder destas palavras].
É importante
que atentemos para a questão das horas. Nos idos da crucificação o sistema que
a bíblia relata impõem as vezes o chamado sistema de vigílias (divisão o dia
em partes contando por três ou quatro partes, ou grupos de horas; – de 3 em três
horas ou de 4 em quatro em quatro horas, chamadas de vigílias). A romana ou
a judaica.
Para os
Evangelistas destacamos o sistema:
Divisão
do dia:
Dia: Começava
ao pôr do sol e era dividido em 12 horas, com a primeira hora começando ao pôr
do sol.
Noite: Era
dividida em vigílias, sendo três ou quatro as mais comuns.
Referências
na Bíblia:
Hora
Terceira: Aproximadamente às 9h da manhã (Marcos 15:25).
Hora
Sexta: Aproximadamente ao meio-dia (João 19:14).
Hora
Nona: Aproximadamente às 15h da tarde, quando Jesus morreu
(Marcos 15:34-37; Mateus 27:46).
Os três
Julgamentos de Jesus:
Jesus na
realidade foi julgado em três Instancias.
O
Julgamento de Jesus:
Julgamento
Religioso: pelos sacerdotes e membros do Sinédrio.
Em Lucas 22:67, a pergunta foi:
O
sumo-sacerdote então perguntou a Jesus: "És tu o Cristo, o
Filho do Deus Bendito?". A resposta foi: "Eu o sou; e
vereis o Filho do homem sentado à mão direita do Todo-poderoso e
vindo com as nuvens do céu." O sumo-sacerdote então rasgou suas
vestes de raiva e acusou Jesus de blasfêmia.
A condenação
veio imediatamente.
Julgamento
Político:
Se inicia
Pôncio Pilatos e se encerra na Gábata com Decisão de Pilatos à crucificação.
João
19:12,13 “Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei
é contra César. Ouvindo, pois, Pilatos este dito, levou Jesus para fora, e
assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá.”
Este
versículo destaca a importância do local no contexto do julgamento de Jesus e
sua implicação na história da salvação.
Na corte
de Pilatos, os anciãos judeus pedem a Pôncio Pilatos que julgue e
condene Jesus, acusando-o de alegar ser o rei dos judeus.
Lugar De
Decisão E Julgamento
Do Getsêmani ao Gólgota na Bíblia
γαββαθα gabbatha - גבתא ; n. pr.
loc. Gabatá = “elevação ou plataforma”; um lugar elevado, elevação
Gabatá é
que o nome está associado a um lugar de decisão e julgamento, simbolizando a
escolha entre a verdade e a injustiça.
Antigo texto considerado "Peça do
Processo de Cristo" existente no Museu da Espanha, narra que "no ano
dezenove de Tibério César, imperador romano de todo o mundo, monarca invencível
na olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro; da criação do
mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta
e sete; do progênio do Romano Império, no ano setenta e três; e na libertação
do cativeiro da Babilônia, no ano mil duzentos e sete; sendo governador da
Judéia Quinto Sérgio; sob o regimento o governador da Baixa Galiléia, Herodes
Antipas; pontífice do sumo sacerdote, Caifás; magnos do Templo, Alis Alamel
Acasel, Franchino Centauro; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, Quinto
Cornélio Sublime e Sixto Rusto; no mês de março e dia XXV do ano presente - Eu,
Pôncio Pilatos, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio a
arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte Jesus, chamado pela Plebe
- Cristo nazareno - e Galileu de nação, homem sedicioso contra a Lei Mosaica -
contrário ao grande imperador Tibério César...". Clamor público:
a sentença do litóstrotos e a morte da Justiça - Sebastião Amoêdo - Professor da UFRJ e
criador do Conselho de Minerva
Cronologia;
Do Getsêmani ao Gólgota na Bíblia
Quinta-feira:
22h de
quinta-feira – Jesus entra em agonia suando sangue.
23h de quinta-feira – Jesus recebe
o beijo da traição de Judas.
Sexta-feira:
Os apóstolos e Jesus se dirigiram
pelo Vale do Cedrom até o Horto das Oliveiras, onde o Cristo lhes pediu que
orassem e vigiassem, enquanto Ele experimentava a Sua agonia (cf. Mt 26,30).
00h de sexta-feira
– Jesus é preso.
01h de
sexta-feira – Jesus é levado até Anás.
02:00 –
Jesus é entregue a Caifás
Madrugada
preso em uma masmorra na casa de Caifás
04:00 – O
Sinédrio entrega Jesus à morte
05:00 –
Jesus é levado até Pilatos
06:00 –
Jesus é desprezado por Herodes
Herodes o
manda de volta para Pilatos, que, em algum momento no meio da manhã,
cede à pressão das autoridades do templo e das multidões e condena Jesus à
morte cruel por crucificação.
07:00 –
Herodes reenvia Jesus a Pilatos
“Os
soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde
convocaram toda a coorte” (Mc 15, 16).
08:00 –
Jesus é flagelado
“Pilatos
então mandou então flagelar Jesus” (Jo 19,1).
No final
da manhã, Jesus é levado pelos soldados através da cidade até a colina do
Gólgota. Ali, ao meio-dia, Ele é pregado à cruz e agoniza durante cerca de três
horas.
09:00 –
Jesus é coroado de espinhos
10:00 –
Jesus é condenado à morte
João
19:13,14 Ouvindo, pois, Pilatos este dito, levou Jesus para fora, e
assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá. E
era a preparação da Páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui
o vosso Rei.
“Em
seguida levaram-no para crucificar” (Mt 27, 31).
11:00 –
Jesus carrega a cruz até o Calvário
João 19.17,18 — E,
levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em
hebraico se chama Gólgota, — onde o crucificaram, e, com ele,
outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
12:00 (hora
sexta): – Jesus é despojado de Suas vestes e crucificado
9h (terça
hora): Jesus é pregado na cruz.
Marcos
15:25-28 E era a hora terceira, e o crucificaram. E por cima
dele estava escrita a sua acusação: o rei dos judeus. E crucificaram com ele
dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda. E cumpriu-se a
escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.
12h - Meio-dia,
momento de sofrimento.
Marcos
15:25, ele resistiu ao tormento por aproximadamente seis horas, da hora
terça (aproximadamente 9 da manhã) até a sua morte (Marcos 15:34–37), na hora
nona (três da tarde).
Entre 14:00
e 15:00 – JESUS MORRE NA CRUZ
15h (nona
hora): Jesus morre na cruz.
Entre 15:00
e 16:00 – Jesus é trespassado pela lança
Entre 16:00
e 17:00 – Jesus é retirado da cruz
Entre 17:00
e 18:00 – Jesus é sepultado
Traduzido em passos que apontamos
conforme a visão do leitor fora da cena:
Jesus começou a jornada orando no
Jardim do Getsêmani.
Mateus
26:36-38: Então Jesus foi com eles a um lugar chamado
Getsêmani e disse aos seus discípulos: "Sentem-se aqui, enquanto eu vou
ali orar". E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a
entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: "A minha alma está
profundamente triste, até a morte; fiquem aqui e vigiem comigo".
Jesus foi preso no Jardim do
Getsêmani, bem tarde da noite.
Mateus
26:47: Enquanto ele ainda falava, chegou Judas, um
dos Doze, e com ele uma grande multidão com espadas e porretes, enviada pelos
principais sacerdotes e pelos anciãos do povo.
A trajetória angustiante, após a
prisão no Getsemani é um dos pontos emocionantes da corrida até a Cruz do
calvário.
Sujeitado e traído com um beijo.
Cuspido, esbofeteado, ironizado e
desprezado
Abandonado pelo seus discípulos
que se esconderam no anonimato, mesmo João que aparentemente foi o único a
tentar algo junto aos do Sinédrio.
João 18:15-18 E Simão Pedro e outro discípulo seguiam
a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou
com Jesus na sala do sumo sacerdote. E Pedro estava da parte de fora, à
porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e
falou à porteira, levando Pedro para dentro. Então a porteira disse a
Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou. Ora,
estavam ali os servos e os servidores, que tinham feito brasas, e se
aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se
também.
Na madrugada fria (Pedro estava
juto com outros no pátio se aquecendo em uma fogueira) eles torturaram o preso,
com acoites, com tortura mental e com um nível exacerbado de humilhação afim de
desmoralizar o preso e também com uma forma de destilar o ódio acumulado das
seguidas derrotas publicas quando com ele contestavam nas ruas, sinagogas e no
Templo, desde sua infância.
Jesus foi levado perante Anás,
sogro de Caifás, o sumo sacerdote.
João
18:12–13: Então, a coorte, o capitão e os guardas dos
judeus prenderam Jesus e o amarraram. Levaram-no primeiramente a Anás, pois era
sogro de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano.
João 18:14 Ora,
Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse
pelo povo.
Cristo foi levado perante Caifás,
o Sumo Sacerdote.
Mateus
26:57: Então, os que prenderam Jesus o levaram à
presença do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam
reunidos.
A fase da prisão pelo líderes do
seu povo, que afinal, o conheciam e chamavam de mestre ou Rabi!
Os líderes religiosos condenaram
e espancaram Jesus na casa de Caifás.
Mateus 26:65-68: Então
o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: "Ele blasfemou. De que
mais testemunhas precisamos? Vocês já ouviram a sua blasfêmia. Qual é a sua
opinião?" Eles responderam: "Ele merece a morte." Então cuspiram
em seu rosto e o esbofetearam. E alguns o esbofetearam, dizendo:
"Profetiza-nos, ó Cristo! Quem foi que te espancou?"
Cristo provavelmente passou o
resto da noite em uma masmorra na casa de Caifás, o Sumo Sacerdote.
A face odiosa da religiosidade
não lhes permitiu ver o crime, mas se ‘purificaram’ para a Páscoa.
João
18:28 Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a
audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se
contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.
A discussão sobre que fariam com
Ele, pois não poderiam matá-lo sem ordem dos romanos, pois eram vassalos do
Império de Roma – ‘João 18:31 A nós não nos é lícito matar pessoa alguma’
O tempo e horário desde sua
prisão até a criação da narrativa, apesar que eles já tinham premeditado sua
prisão só esperavam um traidor e que deveria ser do grupo, para obter
informações cruciais ao julgamento religioso e cível, e penal
A sua prisão e ida até a cidadela
D’Antonia (que resiste ao tempo)
A
Fortaleza Antônia ( aramaico: קצטרא דאנטוניה) foi
uma cidadela construída na verdade por Neemias e futuramente renovada e
expandida por Herodes, O grande Herodes, o Grande , e nomeada em homenagem ao
patrono de Herodes, o triúnviro romano Marco Antônio, como uma
fortaleza cuja principal função era proteger o Segundo Templo ligada
ao Templo por uma galeria (existente até hoje – já estive lá).
Você
pode ter informações de outros historiadores que Jesus foi apresentado diante
de Pilatos em frente ao seu palácio – há controvérsias, fico com a maior parte
dos historiadores.
A sua apresentação ao que
representava o império naquela região – o Pôncio Pilatos – medroso e cético
quando recebe uma visão de sua mulher sobre o preso,
Pilatos
pode significar "habilidoso com o "(pilum),
mas também pode se referir ao "píleo" ou "barrete frígio",
possivelmente indicando que um dos seus ancestrais era um liberto; πιλατος - Pilatos;
n.pr. m.Pilatos = “armado com uma lança”- sexto procurador romano de Judá e
Samaria que ordenou que Cristo fosse crucificado;
ποντιος -
Pontios; n. pr. m. Pôncio [Pilatos] = “do mar”
Jesus compareceu perante o rei
Herodes.
A ida até o tetrarca Herodes - “Antipas”,
filho de Herodes, que reafirmou a questão com claro cies político para atender
aos próceres do Sinédrio que o bajulavam, pois realizara obras no Templo e por
não querer ser visto como um líder que aceitava em suas províncias nas quais
reinava alguém que se considerava e se autointitulava Rei!
A sua forma de agir – dar apoio
as líderes da religião dos judeus e não se fazer malvisto ao império, pois
apresentaram como condenação o desejo do preso se fazer rei.
Lucas
23:5-7: Mas eles insistiam, dizendo: "Ele está agitando
o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia até aqui." Ao ouvir
isso, Pilatos perguntou se aquele homem era galileu. E, quando soube que ele
pertencia à jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que naqueles dias estava
em Jerusalém.
Lucas 23:11: Herodes e
seus soldados o desprezaram e zombaram dele. Depois, vestindo-o com roupas
suntuosas, o enviou de volta a Pilatos.
A volta a Pilatos para ser
condenado (Herodes foi mais um dos atores curiosos desta patética e
trágica cena).
Βαραββας – Barabbas- בר אבא ; n.pr.m.
Barrabás = “filho de um pai ou mestre”; o ladrão cativo que os judeus pediram a
Pilatos para libertar ao invés de Cristo
Ηρωδης – Herodes - composto
de heros (um “herói”); n. pr. m. Herodes = “heróico”
Lucas
23:11 E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o e,
escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente e tornou a enviá-lo a
Pilatos.
Jesus apareceu novamente diante
de Pilatos, a esposa de Pilatos o advertiu sobre a condenação de Jesus, e
Barrabás foi solto.
Mateus
27:19–23: Enquanto ele estava sentado no tribunal, sua esposa
lhe mandou dizer: “Não se envolva na questão desse justo, pois esta noite sofri
muito em sonhos por causa dele”. Mas os principais sacerdotes e os anciãos
persuadiram as multidões a pedirem Barrabás e a condenarem Jesus à morte. Mas o
governador lhes perguntou: “Qual dos dois vocês querem que eu solte?” E eles
responderam: “Barrabás”. Pilatos lhes perguntou: “Então, o que farei com Jesus,
chamado Cristo?” Todos disseram: “Crucifica-o!” E ele disse: “Mas que mal ele
fez?” Mas eles gritavam ainda mais, dizendo: “Crucifica-o!”
Pilatos mandou espancar Jesus
numa tentativa de apaziguar os judeus.
João
19:1–6: Pilatos, então, tomou Jesus e o açoitou. Os soldados
teceram uma coroa de espinhos, puseram-na na cabeça dele e o vestiram com um
manto de púrpura. Aproximaram-se dele, dizendo: “Salve, Rei dos Judeus!” e o
espancaram. Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: “Vejam, eu o trago aqui fora,
para que saibam que não encontro nele crime algum.” Então Jesus saiu, trazendo
a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes: “Eis o homem!”
Quando os principais sacerdotes e os guardas o viram, gritaram: “Crucifica-o!
Crucifica-o!” Pilatos lhes disse: “Levem-no vocês mesmos e crucifiquem-no, pois
não encontro nele crime algum.”
Pilatos condenou Jesus à morte
por crucificação.
Mateus
27:24–26: Pilatos, vendo que nada conseguia, mas antes que se
iniciava um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão,
dizendo: "Sou inocente do sangue deste homem; cuidem disso vocês
mesmos". E todo o povo respondeu: "O seu sangue caia sobre nós e
sobre nossos filhos!" Então, soltou-lhes Barrabás e, tendo açoitado Jesus,
o entregou para ser crucificado.
Por que Pilatos sai à varanda
para julgar Jesus? Por que não fica no interior do seu palácio onde
não apenas exercia as funções executivas, mas também judiciárias?
A resposta também está em João: "E
não entraram (os acusadores judeus) na audiência, para não se contaminarem, mas
poderem comer a Páscoa. Então Pilatos saiu fora ..." (Capítulo 19,
Versículos 28 e 29).
Pilatos, Presidente nomeado pelo
Império Romano, sai de seu ambiente funcional, quebra a liturgia de seu cargo,
na versão do evangelista, para atender a lei judaica. No entanto todo o
julgamento estava ocorrendo ao arrepio da lei. As leis mosaicas proibiam que
qualquer pessoa fosse presa ou julgada à noite, mas a Jesus o prenderam e o
julgaram durante a noite.
Abandona esse julgamento
histórico a razão jurídica para assomar o viés político, quando Pilatos fica à
mercê da sanguinolenta reação da horda que cerca o seu palácio.
Jesus foi levado para ser
crucificado no Gólgota.
João
19:16–17: Então, Jesus o entregou a eles para ser crucificado.
Então, levaram Jesus, e ele saiu, carregando a sua cruz, para o lugar chamado
Lugar da Caveira, que em aramaico se chama Gólgota
Condenado sob a forma de escolher
entre Ele e Barrabás, que era uma forma de anistiar algum preso naqueles dias
festivos, de forma que um dos presos apresentados, fosse anistiado e o outro
condenado – ali Pilatos vê a chance de ‘lavar as mãos’ – coloca a
decisão nas mãos do povo que estava insuflado pelo do Sinédrio, independentemente
de qualquer julgamento correto.
Da sua condenação até ao Gólgota
o lugar de cumprirem sua condenação à Morte e morte de Cruz! – desprezo aqueles
que assim morriam.
O Caminho de Cristo para a Cruz
João 19.17
— E,
levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em
hebraico se chama Gólgota,
O caminho do pretório até o
Gólgota é agora conhecido como a “Via Dolorosa”, a “estrada da tristeza”.
Cruz local de sofrimento e local
da vitória e consumação do Plano divino de redenção da humanidade;
João 19.30 — E,
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito.
Realiza-se a suas palavras:
João
10:17,18 “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a
tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder
para a dar, e poder para tornar a tomá-la.
Na cruz, Jesus triunfou sobre o
pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.
Após a cruz Jesus vence as ânsias
da morte, após no Hades fazer a redenção dos que o aguardavam.
"Havia neste tempo Jesus, um
homem sábio [se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de
coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com
prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre
os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pôncio Pilatos,
seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o
amaram no princípio não o esqueceram;[ porque ele apareceu a eles vivo
novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e
milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos
cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje."
Γίνεται δὲ κατὰ τοῦτον τὸν χρόνον Ἰησοῦς σοφὸς ἀνήρ, εἴγε ἄνδρα αὐτὸν λέγειν χρή: ἦν γὰρ παραδόξων ἔργων
ποιητής, διδάσκαλος ἀνθρώπων τῶν ἡδονῇ τἀληθῆ δεχομένων, καὶ πολλοὺς μὲν Ἰουδαίους, πολλοὺς δὲ καὶ τοῦ Ἑλληνικοῦ ἐπηγάγετο: ὁ χριστὸς οὗτος ἦν. καὶ αὐτὸν ἐνδείξει τῶν
πρώτων ἀνδρῶν παρ᾽ ἡμῖν σταυρῷ ἐπιτετιμηκότος Πιλάτου οὐκ ἐπαύσαντο οἱ τὸ πρῶτον ἀγαπήσαντες: ἐφάνη
γὰρ αὐτοῖς τρίτην ἔχων ἡμέραν πάλιν ζῶν τῶν θείων προφητῶν ταῦτά τε καὶ ἄλλα μυρία περὶ αὐτοῦ θαυμάσια εἰρηκότων.
εἰς ἔτι τε νῦν τῶν Χριστιανῶν ἀπὸ τοῦδε ὠνομασμένον οὐκ ἐπέλιπε τὸ φῦλον.
Flavio Josefo - Testimonium Flavianum
Sepultamento Do Corpo De Jesus
Data Judaica: Nissan 15
Dia Romano: Sexta-Feira
Horário Aproximado: Final da
tarde
Local: Ruas de Jerusalém - Fora dos
portões da cidade
João 19:38;42
José de Arimatéia obtém permissão
de Pilatos para descer o corpo de Jesus da cruz e enterrá-lo em um túmulo
próximo. O corpo de Jesus é retirado rapidamente, preparado com especiarias
para sepultamento e colocado no túmulo.
O túmulo de Jesus é selado com
uma grande pedra.
Sabbath – no sepulcro e no Hades
Data Judaica: Nisan 16
Dia Romano: Sábado
Horário Aproximado: do pôr do sol
ao nascer do sol
Local: Jerusalém
- O Praetório
e o túmulo de jesus fora das muralhas da cidade
Em algum momento naquela noite ou
na manhã seguinte, os principais sacerdotes e fariseus pedem a Pilatos para
colocar uma guarda para garantir o túmulo de Jesus, para que os discípulos não
roubem o corpo e comecem um rumor de que Ele ressuscitou, como Jesus havia
previsto. Pilatos atende plenamente ao pedido deles.
O corpo de Jesus permanece
sepultado no Sábado.
RESSURREIÇÃO
Data Judaica: Nissan 17
Dia Romano: Domingo
Horário aproximado: cedo pela
manhã
Local: Fora dos portões da cidade
No início da manhã após o sábado,
as mulheres vão preparar melhor o corpo de Jesus para o sepultamento. Elas são
recebidas por anjos que dizem que Jesus ressuscitou e está vivo. João 20:1
As mulheres e Maria Madalena veem
o Senhor Ressuscitado. João 20:11-18
Pedro e João correm para o túmulo
para investigar depois que as mulheres compartilham com eles o que encontraram.
João 20:2-10
Eventos na Noite da Ressurreição:
Naquela noite, Jesus aparece a
dois discípulos no Caminho de Emaús.
Jesus aparece aos discípulos
(exceto Tomé) naquela noite. João 20:19-23
Conclusão:
“Na cruz, Jesus triunfou sobre o
pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.”
A morte e ressurreição de Jesus
foi um ato do Plano da Salvação, com interessantes momentos:
Sua agonia
Sua prisão
Seus julgamentos:
– religioso
– político em duas instancias
neste âmbito – Poncio Pilatos(em dois
atos) e Herodes
Sua condenação, (pelo sistema
de escolha de quem deveria ser libertado), na tradição de anistiar um
preso:
Barrabás ou Jesus
A mudança do povo que o aclamara,
agora clama pela sua condenação
Condenação na Gabatá
Seu agoniante périplo pelas ruas
de Jerusalém – onde um homem – Simão O Cirineu foi obrigado a ajudá-lo
Seu flagelo antes de ser
crucificado
Seu amor pela sua mãe e o cuidado
dela o fizeram um filho exemplo
Sua inocência foi declarada e sua
santidade e divindade anunciadas no patíbulo da Cruz
Pelo ladrão
Pelo Centurião
Sua Ressureição
Que causou estranheza ao próprios
discípulos que não compreendiam suas palavras sobre que ele voltaria dos
mortos:
João 20.6,9 — Chegou,
pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis— Porque
ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos
mortos.
Seu aparecimento as mulheres, aos
apóstolos, e a igreja.
Entrava em cena a novidade eterna
da salvação pelo Nome exaltado de Jesus O Cristo – Filho de Deus.
A morte perde seu lugar de invencível
diante de um homem!
A dívida foi paga com sangue e o
resgate conquistado com a vitória sobre a Morte através da Ressurreição!
O homem Jesus Cristo, morre, vai
ao Hades e exaltado pelo Pai desafia o reino da morte e separa de vez os salvo no
Hades os transportando para a base do Trono Celestial.
Retorna ao ambiente físico do
Mundo se apresenta a seus discípulos e aos poderes físicos ou etéreos como o
Poderoso Filho de Deus a quem todos os joelhos, nos Céus, na Terra e debaixo da
Terra tem que se dobrar.
Fonte:
Lição CPAD - 2º trimestre 2025
Site – Estudantes da Bíblia
Citações no corpo do texto
Dicionário Strong
Almeida Corrigida Fiel -
Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB).
Cronologia: As Últimas 24 Horas
da Vida de Jesus
https://thebiblesays.com/pt/
Sítio da Terra Santa - Dando
vida à Bíblia ao ver onde ela aconteceu !
Breve resumo do que acontece na
Sexta-Feira Santa publicado em 15/04/22 – Aleteia
Apontamentos do autor
Anexo:
Locais
de interesse - Localização
A.Ceia
- O Cenáculo em Jerusalém
Prisão
e sofrimento:
1.
O Getsêmani está localizado na base do Monte das Oliveiras e a leste do Monte
do Templo.
1.
Getsêmani
2.
Casa de Caifás
3.
Fortaleza Antônia - O termo "Gábata" mencionado na Bíblia refere-se
ao lugar onde Jesus foi julgado por Pôncio Pilatos, o governador romano. É
descrito como um pavimento de pedra em Jerusalém, também conhecido como
"Litóstrotos". No julgamento, Pilatos questionou Jesus sobre a
acusação de ser o rei dos judeus.
4.
Palácio de Herodes – Sala do Julgamento de Pilatos
Do
Getsêmani ao Gólgota na Bíblia
γαββαθα
gabbatha - גבתא ; n. pr. loc. Gabatá = “elevação ou
plataforma”; um lugar elevado, elevação
Em
grego era chamado “Lithostrotos”. A versão siríaca o traduz como “pavimento de pedras”.
Pensa-se ser a sala “Gazith”, onde o Sinédrio sentava-se no templo quando julgava
causas capitais. Era assim chamada, porque era pavimentada com pedras cortadas
quadradas e lisas: “estava na parte norte; metade dela era sagrada, e metade
era comum. Tinha duas portas, uma para aquela parte que era sagrada e outra
para aquela parte que era comum. O Sinédrio reunia-se nesta parte que era
comum.” Pilatos, mesmo sendo gentil, podia entrar nesta parte comum da sala,
acessando-a pela porta comum.
O
Talmude faz menção do alto de “Gab” na elevação da casa, mas não se sabe com
certeza se é uma referência a Gabatá ou à sala “Gazith”. A Septuaginta usa a
mesma palavra que o evangelho de Jão aqui, e chama pelo mesmo nome o pavimento
do templo no qual os israelitas se prostravam e adoravam a Deus, 2Cr 7.3.
(Gill)
Nenhum comentário:
Postar um comentário