sexta-feira, junho 20

Do julgamento à Ressurreição - Lição 12 CPAD Junho 2025

Lição 12 CPAD - Do julgamento à Ressurreição

22 de junho de 2025

Subsídio Pastor e professor Osvarela

Texto Áureo

E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (Jo 19.30).

A dívida foi paga com sangue e o resgate conquistado com a vitória sobre a Morte através da Ressurreição!

Prática

Na cruz, Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.

Leitura Bíblica

João 19.17,18,28-30; 20.6-10.

João 19.17 — E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,

18 — onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.

28 — Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

29 — Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.

30 — E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

João 20.6 — Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis

7 — e que o lençol que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte.

8 — Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

9 — Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.

10 — Tornaram, pois, os discípulos para casa.

Objetivos da Lição: 

I)     Descrever o contexto da prisão e condenação de Jesus;

II) Explicar o significado teológico da crucificação, morte e sepultamento de Jesus;

III)          Incentivar os alunos a celebrarem a ressurreição de Cristo como uma vitória sobre o pecado e a morte.

Introdução:

Os estudiosos modernos consideram o batismo de Jesus e a sua crucificação como sendo dois fatos historicamente certos sobre ele.

Como subsidio desta importante lição tentamos montar um resumo cronológico, com base em dados históricos ou da tradição desde a Quinta-feira quando Jesus foi preso no Horto do Getsemani, após a última Ceia com seus discípulos, da qual participou no início, antes da instituição da Ceia para Igreja (leia-se, ali representada pelos discípulos)o Traidor que foi atras dos que queriam prender e matar Jesus, e que aparece no Horto acompanhado de uma turba com lanças e varapau [destacar que há relatos de um dos evangelistas que nas duas primeiras abordagem dos soldados do sinédrio, a Jesus se apresentar como Eu Sou, caíram sob o poder destas palavras].

É importante que atentemos para a questão das horas. Nos idos da crucificação o sistema que a bíblia relata impõem as vezes o chamado sistema de vigílias (divisão o dia em partes contando por três ou quatro partes, ou grupos de horas; – de 3 em três horas ou de 4 em quatro em quatro horas, chamadas de vigílias). A romana ou a judaica.

Para os Evangelistas destacamos o sistema:

Divisão do dia:

Dia: Começava ao pôr do sol e era dividido em 12 horas, com a primeira hora começando ao pôr do sol. 

Noite: Era dividida em vigílias, sendo três ou quatro as mais comuns. 

Referências na Bíblia:

Hora Terceira: Aproximadamente às 9h da manhã (Marcos 15:25). 

Hora Sexta: Aproximadamente ao meio-dia (João 19:14). 

Hora Nona: Aproximadamente às 15h da tarde, quando Jesus morreu (Marcos 15:34-37; Mateus 27:46). 

Os três Julgamentos de Jesus:

Jesus na realidade foi julgado em três Instancias.

O Julgamento de Jesus:

Julgamento Religioso: pelos sacerdotes e membros do Sinédrio.

Em Lucas 22:67, a pergunta foi:           

O sumo-sacerdote então perguntou a Jesus: "És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?". A resposta foi: "Eu o sou; e vereis o Filho do homem sentado à mão direita do Todo-poderoso e vindo com as nuvens do céu." O sumo-sacerdote então rasgou suas vestes de raiva e acusou Jesus de blasfêmia.

A condenação veio imediatamente.

Julgamento Político:

Se inicia Pôncio Pilatos e se encerra na Gábata com Decisão de Pilatos à crucificação.

João 19:12,13 “Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César. Ouvindo, pois, Pilatos este dito, levou Jesus para fora, e assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá.”

Este versículo destaca a importância do local no contexto do julgamento de Jesus e sua implicação na história da salvação.

Na corte de Pilatos, os anciãos judeus pedem a Pôncio Pilatos que julgue e condene Jesus, acusando-o de alegar ser o rei dos judeus.

Lugar De Decisão E Julgamento

Do Getsêmani ao Gólgota na Bíblia

 γαββαθα gabbatha - גבתא ; n. pr. loc. Gabatá = “elevação ou plataforma”; um lugar elevado, elevação

Gabatá é que o nome está associado a um lugar de decisão e julgamento, simbolizando a escolha entre a verdade e a injustiça.

                                                 Antigo texto considerado "Peça do Processo de Cristo" existente no Museu da Espanha, narra que "no ano dezenove de Tibério César, imperador romano de todo o mundo, monarca invencível na olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro; da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete; do progênio do Romano Império, no ano setenta e três; e na libertação do cativeiro da Babilônia, no ano mil duzentos e sete; sendo governador da Judéia Quinto Sérgio; sob o regimento o governador da Baixa Galiléia, Herodes Antipas; pontífice do sumo sacerdote, Caifás; magnos do Templo, Alis Alamel Acasel, Franchino Centauro; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, Quinto Cornélio Sublime e Sixto Rusto; no mês de março e dia XXV do ano presente - Eu, Pôncio Pilatos, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio a arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte Jesus, chamado pela Plebe - Cristo nazareno - e Galileu de nação, homem sedicioso contra a Lei Mosaica - contrário ao grande imperador Tibério César...". Clamor público: a sentença do litóstrotos e a morte da Justiça - Sebastião Amoêdo - Professor da UFRJ e criador do Conselho de Minerva

Cronologia;

Do Getsêmani ao Gólgota na Bíblia

Quinta-feira:

22h de quinta-feira – Jesus entra em agonia suando sangue.

23h de quinta-feira – Jesus recebe o beijo da traição de Judas.

Sexta-feira:

Os apóstolos e Jesus se dirigiram pelo Vale do Cedrom até o Horto das Oliveiras, onde o Cristo lhes pediu que orassem e vigiassem, enquanto Ele experimentava a Sua agonia (cf. Mt 26,30).

00h de sexta-feira – Jesus é preso.

01h de sexta-feira – Jesus é levado até Anás.

02:00 – Jesus é entregue a Caifás

Madrugada preso em uma masmorra na casa de Caifás

04:00 – O Sinédrio entrega Jesus à morte

05:00 – Jesus é levado até Pilatos

06:00 – Jesus é desprezado por Herodes

Herodes o manda de volta para Pilatos, que, em algum momento no meio da manhã, cede à pressão das autoridades do templo e das multidões e condena Jesus à morte cruel por crucificação.

07:00 – Herodes reenvia Jesus a Pilatos

“Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte” (Mc 15, 16).

08:00 – Jesus é flagelado

“Pilatos então mandou então flagelar Jesus” (Jo 19,1).

No final da manhã, Jesus é levado pelos soldados através da cidade até a colina do Gólgota. Ali, ao meio-dia, Ele é pregado à cruz e agoniza durante cerca de três horas.

09:00 – Jesus é coroado de espinhos

10:00 – Jesus é condenado à morte

João 19:13,14 Ouvindo, pois, Pilatos este dito, levou Jesus para fora, e assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá. E era a preparação da Páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei.

“Em seguida levaram-no para crucificar” (Mt 27, 31).

11:00 – Jesus carrega a cruz até o Calvário

João 19.17,18 — E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota, onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.

12:00 (hora sexta): – Jesus é despojado de Suas vestes e crucificado

9h (terça hora): Jesus é pregado na cruz. 

Marcos 15:25-28 E era a hora terceira, e o crucificaram. E por cima dele estava escrita a sua acusação: o rei dos judeus. E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda. E cumpriu-se a escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.

12h - Meio-dia, momento de sofrimento. 

Marcos 15:25, ele resistiu ao tormento por aproximadamente seis horas, da hora terça (aproximadamente 9 da manhã) até a sua morte (Marcos 15:34–37), na hora nona (três da tarde).

Entre 14:00 e 15:00 – JESUS MORRE NA CRUZ

15h (nona hora): Jesus morre na cruz. 

Entre 15:00 e 16:00 – Jesus é trespassado pela lança

Entre 16:00 e 17:00 – Jesus é retirado da cruz

Entre 17:00 e 18:00 – Jesus é sepultado

 

Traduzido em passos que apontamos conforme a visão do leitor fora da cena:

Jesus começou a jornada orando no Jardim do Getsêmani.

Mateus 26:36-38: Então Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse aos seus discípulos: "Sentem-se aqui, enquanto eu vou ali orar". E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: "A minha alma está profundamente triste, até a morte; fiquem aqui e vigiem comigo".

Jesus foi preso no Jardim do Getsêmani, bem tarde da noite.

Mateus 26:47: Enquanto ele ainda falava, chegou Judas, um dos Doze, e com ele uma grande multidão com espadas e porretes, enviada pelos principais sacerdotes e pelos anciãos do povo.

A trajetória angustiante, após a prisão no Getsemani é um dos pontos emocionantes da corrida até a Cruz do calvário.

Sujeitado e traído com um beijo.

Cuspido, esbofeteado, ironizado e desprezado

Abandonado pelo seus discípulos que se esconderam no anonimato, mesmo João que aparentemente foi o único a tentar algo junto aos do Sinédrio.

João 18:15-18 E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote. E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro. Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou. Ora, estavam ali os servos e os servidores, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também.

Na madrugada fria (Pedro estava juto com outros no pátio se aquecendo em uma fogueira) eles torturaram o preso, com acoites, com tortura mental e com um nível exacerbado de humilhação afim de desmoralizar o preso e também com uma forma de destilar o ódio acumulado das seguidas derrotas publicas quando com ele contestavam nas ruas, sinagogas e no Templo, desde sua infância.

Jesus foi levado perante Anás, sogro de Caifás, o sumo sacerdote. 

João 18:12–13: Então, a coorte, o capitão e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. Levaram-no primeiramente a Anás, pois era sogro de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano.

João 18:14 Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.

Cristo foi levado perante Caifás, o Sumo Sacerdote.

Mateus 26:57: Então, os que prenderam Jesus o levaram à presença do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.

A fase da prisão pelo líderes do seu povo, que afinal, o conheciam e chamavam de mestre ou Rabi!

Os líderes religiosos condenaram e espancaram Jesus na casa de Caifás.

Mateus 26:65-68: Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: "Ele blasfemou. De que mais testemunhas precisamos? Vocês já ouviram a sua blasfêmia. Qual é a sua opinião?" Eles responderam: "Ele merece a morte." Então cuspiram em seu rosto e o esbofetearam. E alguns o esbofetearam, dizendo: "Profetiza-nos, ó Cristo! Quem foi que te espancou?"

Cristo provavelmente passou o resto da noite em uma masmorra na casa de Caifás, o Sumo Sacerdote.

A face odiosa da religiosidade não lhes permitiu ver o crime, mas se ‘purificaram’ para a Páscoa.

João 18:28 Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.

A discussão sobre que fariam com Ele, pois não poderiam matá-lo sem ordem dos romanos, pois eram vassalos do Império de Roma – ‘João 18:31 A nós não nos é lícito matar pessoa alguma’

O tempo e horário desde sua prisão até a criação da narrativa, apesar que eles já tinham premeditado sua prisão só esperavam um traidor e que deveria ser do grupo, para obter informações cruciais ao julgamento religioso e cível, e penal

A sua prisão e ida até a cidadela D’Antonia (que resiste ao tempo)

A Fortaleza Antônia ( aramaico: קצטרא דאנטוניה) foi uma cidadela construída na verdade por Neemias e futuramente renovada e expandida por Herodes, O grande Herodes, o Grande , e nomeada em homenagem ao patrono de Herodes, o triúnviro romano Marco Antônio, como uma fortaleza cuja principal função era proteger o Segundo Templo ligada ao Templo por uma galeria (existente até hoje – já estive lá).

Você pode ter informações de outros historiadores que Jesus foi apresentado diante de Pilatos em frente ao seu palácio – há controvérsias, fico com a maior parte dos historiadores.

A sua apresentação ao que representava o império naquela região – o Pôncio Pilatos – medroso e cético quando recebe uma visão de sua mulher sobre o preso,

Pilatos pode significar "habilidoso com o "(pilum), mas também pode se referir ao "píleo" ou "barrete frígio", possivelmente indicando que um dos seus ancestrais era um liberto; πιλατος - Pilatos; n.pr. m.Pilatos = “armado com uma lança”- sexto procurador romano de Judá e Samaria que ordenou que Cristo fosse crucificado;

ποντιος - Pontios; n. pr. m. Pôncio [Pilatos] = “do mar”

Jesus compareceu perante o rei Herodes.

 A ida até o tetrarca Herodes - “Antipas”, filho de Herodes, que reafirmou a questão com claro cies político para atender aos próceres do Sinédrio que o bajulavam, pois realizara obras no Templo e por não querer ser visto como um líder que aceitava em suas províncias nas quais reinava alguém que se considerava e se autointitulava Rei!

A sua forma de agir – dar apoio as líderes da religião dos judeus e não se fazer malvisto ao império, pois apresentaram como condenação o desejo do preso se fazer rei.

Lucas 23:5-7: Mas eles insistiam, dizendo: "Ele está agitando o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia até aqui." Ao ouvir isso, Pilatos perguntou se aquele homem era galileu. E, quando soube que ele pertencia à jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que naqueles dias estava em Jerusalém.

Lucas 23:11: Herodes e seus soldados o desprezaram e zombaram dele. Depois, vestindo-o com roupas suntuosas, o enviou de volta a Pilatos.

A volta a Pilatos para ser condenado (Herodes foi mais um dos atores curiosos desta patética e trágica cena).

Βαραββας – Barabbas- בר אבא ; n.pr.m. Barrabás = “filho de um pai ou mestre”; o ladrão cativo que os judeus pediram a Pilatos para libertar ao invés de Cristo

Ηρωδης – Herodes - composto de heros (um “herói”); n. pr. m. Herodes = “heróico”

Lucas 23:11 E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente e tornou a enviá-lo a Pilatos.

Jesus apareceu novamente diante de Pilatos, a esposa de Pilatos o advertiu sobre a condenação de Jesus, e Barrabás foi solto.

Mateus 27:19–23: Enquanto ele estava sentado no tribunal, sua esposa lhe mandou dizer: “Não se envolva na questão desse justo, pois esta noite sofri muito em sonhos por causa dele”. Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram as multidões a pedirem Barrabás e a condenarem Jesus à morte. Mas o governador lhes perguntou: “Qual dos dois vocês querem que eu solte?” E eles responderam: “Barrabás”. Pilatos lhes perguntou: “Então, o que farei com Jesus, chamado Cristo?” Todos disseram: “Crucifica-o!” E ele disse: “Mas que mal ele fez?” Mas eles gritavam ainda mais, dizendo: “Crucifica-o!” 

Pilatos mandou espancar Jesus numa tentativa de apaziguar os judeus.

João 19:1–6: Pilatos, então, tomou Jesus e o açoitou. Os soldados teceram uma coroa de espinhos, puseram-na na cabeça dele e o vestiram com um manto de púrpura. Aproximaram-se dele, dizendo: “Salve, Rei dos Judeus!” e o espancaram. Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: “Vejam, eu o trago aqui fora, para que saibam que não encontro nele crime algum.” Então Jesus saiu, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes: “Eis o homem!” Quando os principais sacerdotes e os guardas o viram, gritaram: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Pilatos lhes disse: “Levem-no vocês mesmos e crucifiquem-no, pois não encontro nele crime algum.”

Pilatos condenou Jesus à morte por crucificação.

Mateus 27:24–26: Pilatos, vendo que nada conseguia, mas antes que se iniciava um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: "Sou inocente do sangue deste homem; cuidem disso vocês mesmos". E todo o povo respondeu: "O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!" Então, soltou-lhes Barrabás e, tendo açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado.

Por que Pilatos sai à varanda para julgar Jesus? Por que não fica no interior do seu palácio onde não apenas exercia as funções executivas, mas também judiciárias?

A resposta também está em João: "E não entraram (os acusadores judeus) na audiência, para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa. Então Pilatos saiu fora ..." (Capítulo 19, Versículos 28 e 29).

Pilatos, Presidente nomeado pelo Império Romano, sai de seu ambiente funcional, quebra a liturgia de seu cargo, na versão do evangelista, para atender a lei judaica. No entanto todo o julgamento estava ocorrendo ao arrepio da lei. As leis mosaicas proibiam que qualquer pessoa fosse presa ou julgada à noite, mas a Jesus o prenderam e o julgaram durante a noite.

Abandona esse julgamento histórico a razão jurídica para assomar o viés político, quando Pilatos fica à mercê da sanguinolenta reação da horda que cerca o seu palácio.

Jesus foi levado para ser crucificado no Gólgota.

João 19:16–17: Então, Jesus o entregou a eles para ser crucificado. Então, levaram Jesus, e ele saiu, carregando a sua cruz, para o lugar chamado Lugar da Caveira, que em aramaico se chama Gólgota

Condenado sob a forma de escolher entre Ele e Barrabás, que era uma forma de anistiar algum preso naqueles dias festivos, de forma que um dos presos apresentados, fosse anistiado e o outro condenado – ali Pilatos vê a chance de ‘lavar as mãos’ – coloca a decisão nas mãos do povo que estava insuflado pelo do Sinédrio, independentemente de qualquer  julgamento correto.

Da sua condenação até ao Gólgota o lugar de cumprirem sua condenação à Morte e morte de Cruz! – desprezo aqueles que assim morriam.

O Caminho de Cristo para a Cruz

João 19.17 — E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,

O caminho do pretório até o Gólgota é agora conhecido como a “Via Dolorosa”, a “estrada da tristeza”.

Cruz local de sofrimento e local da vitória e consumação do Plano divino de redenção da humanidade;

João 19.30 — E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

Realiza-se a suas palavras:

João 10:17,18 “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. 

Na cruz, Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.

Após a cruz Jesus vence as ânsias da morte, após no Hades fazer a redenção dos que o aguardavam.

"Havia neste tempo Jesus, um homem sábio [se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pôncio Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram;[ porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje."

Γίνεται δ κατ τοτον τν χρόνον ησος σοφς νήρ, εγε νδρα ατν λέγειν χρή: ν γρ παραδόξων ργων ποιητής, διδάσκαλος νθρώπων τν δον τληθ δεχομένων, κα πολλος μν ουδαίους, πολλος δ κα το λληνικο πηγάγετο: χριστς οτος ν. κα ατν νδείξει τν πρώτων νδρν παρ μν σταυρ πιτετιμηκότος Πιλάτου οκ παύσαντο ο τ πρτον γαπήσαντες: φάνη γρ ατος τρίτην χων μέραν πάλιν ζν τν θείων προφητν τατά τε κα λλα μυρία περ ατο θαυμάσια ερηκότων. ες τι τε νν τν Χριστιανν π τοδε νομασμένον οκ πέλιπε τ φλον.

Flavio Josefo - Testimonium Flavianum

Sepultamento Do Corpo De Jesus

Data Judaica: Nissan 15

Dia Romano: Sexta-Feira

Horário Aproximado: Final da tarde

Local: Ruas de Jerusalém - Fora dos portões da cidade 

João 19:38;42

José de Arimatéia obtém permissão de Pilatos para descer o corpo de Jesus da cruz e enterrá-lo em um túmulo próximo. O corpo de Jesus é retirado rapidamente, preparado com especiarias para sepultamento e colocado no túmulo.

O túmulo de Jesus é selado com uma grande pedra.

Sabbath – no sepulcro e no Hades

Data Judaica: Nisan 16

Dia Romano: Sábado

Horário Aproximado: do pôr do sol ao nascer do sol

Local: Jerusalém

- O Praetório e o túmulo de jesus fora das muralhas da cidade

Em algum momento naquela noite ou na manhã seguinte, os principais sacerdotes e fariseus pedem a Pilatos para colocar uma guarda para garantir o túmulo de Jesus, para que os discípulos não roubem o corpo e comecem um rumor de que Ele ressuscitou, como Jesus havia previsto. Pilatos atende plenamente ao pedido deles.

O corpo de Jesus permanece sepultado no Sábado.

RESSURREIÇÃO

Data Judaica: Nissan 17

Dia Romano: Domingo

Horário aproximado: cedo pela manhã

Local: Fora dos portões da cidade

No início da manhã após o sábado, as mulheres vão preparar melhor o corpo de Jesus para o sepultamento. Elas são recebidas por anjos que dizem que Jesus ressuscitou e está vivo. João 20:1

As mulheres e Maria Madalena veem o Senhor Ressuscitado. João 20:11-18

Pedro e João correm para o túmulo para investigar depois que as mulheres compartilham com eles o que encontraram. João 20:2-10

Eventos na Noite da Ressurreição:

Naquela noite, Jesus aparece a dois discípulos no Caminho de Emaús.

Jesus aparece aos discípulos (exceto Tomé) naquela noite. João 20:19-23

Conclusão:

“Na cruz, Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.”

A morte e ressurreição de Jesus foi um ato do Plano da Salvação, com interessantes momentos:

Sua agonia

Sua prisão

Seus julgamentos:

– religioso

– político em duas instancias neste âmbito – Poncio  Pilatos(em dois atos)  e Herodes

Sua condenação, (pelo sistema de escolha de quem deveria ser libertado), na tradição de anistiar um preso:

Barrabás ou Jesus

A mudança do povo que o aclamara, agora clama pela sua condenação

Condenação na Gabatá

Seu agoniante périplo pelas ruas de Jerusalém – onde um homem – Simão O Cirineu foi obrigado a ajudá-lo

Seu flagelo antes de ser crucificado

Seu amor pela sua mãe e o cuidado dela o fizeram um filho exemplo

Sua inocência foi declarada e sua santidade e divindade anunciadas no patíbulo da Cruz

Pelo ladrão

Pelo Centurião

Sua Ressureição

Que causou estranheza ao próprios discípulos que não compreendiam suas palavras sobre que ele voltaria dos mortos:

João 20.6,9 — Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.

Seu aparecimento as mulheres, aos apóstolos, e a igreja.

Entrava em cena a novidade eterna da salvação pelo Nome exaltado de Jesus O Cristo – Filho de Deus.

A morte perde seu lugar de invencível diante de um homem!

A dívida foi paga com sangue e o resgate conquistado com a vitória sobre a Morte através da Ressurreição!

O homem Jesus Cristo, morre, vai ao Hades e exaltado pelo Pai desafia o reino da morte e separa de vez os salvo no Hades os transportando para a base do Trono Celestial.

Retorna ao ambiente físico do Mundo se apresenta a seus discípulos e aos poderes físicos ou etéreos como o Poderoso Filho de Deus a quem todos os joelhos, nos Céus, na Terra e debaixo da Terra tem que se dobrar.

Fonte:

Lição CPAD - 2º trimestre 2025

Site – Estudantes da Bíblia

Citações no corpo do texto

Dicionário Strong

Almeida Corrigida Fiel - Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB).

Cronologia: As Últimas 24 Horas da Vida de Jesus

https://thebiblesays.com/pt/

Sítio da Terra Santa - Dando vida à Bíblia ao ver onde ela aconteceu !

Breve resumo do que acontece na Sexta-Feira Santa publicado em 15/04/22 – Aleteia

Apontamentos do autor

Anexo:

Locais de interesse  - Localização

A.Ceia - O Cenáculo em Jerusalém

Prisão e sofrimento:

1. O Getsêmani está localizado na base do Monte das Oliveiras e a leste do Monte do Templo.

1. Getsêmani

2. Casa de Caifás

3. Fortaleza Antônia - O termo "Gábata" mencionado na Bíblia refere-se ao lugar onde Jesus foi julgado por Pôncio Pilatos, o governador romano. É descrito como um pavimento de pedra em Jerusalém, também conhecido como "Litóstrotos". No julgamento, Pilatos questionou Jesus sobre a acusação de ser o rei dos judeus.

4. Palácio de Herodes – Sala do Julgamento de Pilatos

Do Getsêmani ao Gólgota na Bíblia

 γαββαθα gabbatha - גבתא ; n. pr. loc. Gabatá = “elevação ou plataforma”; um lugar elevado, elevação

Em grego era chamado “Lithostrotos”. A versão siríaca o traduz como “pavimento de pedras”. Pensa-se ser a sala “Gazith”, onde o Sinédrio sentava-se no templo quando julgava causas capitais. Era assim chamada, porque era pavimentada com pedras cortadas quadradas e lisas: “estava na parte norte; metade dela era sagrada, e metade era comum. Tinha duas portas, uma para aquela parte que era sagrada e outra para aquela parte que era comum. O Sinédrio reunia-se nesta parte que era comum.” Pilatos, mesmo sendo gentil, podia entrar nesta parte comum da sala, acessando-a pela porta comum.

O Talmude faz menção do alto de “Gab” na elevação da casa, mas não se sabe com certeza se é uma referência a Gabatá ou à sala “Gazith”. A Septuaginta usa a mesma palavra que o evangelho de Jão aqui, e chama pelo mesmo nome o pavimento do templo no qual os israelitas se prostravam e adoravam a Deus, 2Cr 7.3. (Gill)

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"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei . No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller, 1933

Doutrina


O Credo da Assembléia de Deus
A declaração de fé da Igreja Evangélica Assembléia de Deus não se fundamenta na teologia liberal, mas no conservadorismo protestante que afirma entre outras verdades principais, a crença em:
1)Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
Pacto de Lausanne – Suíça
Teses de Martinho Lutero
95 Teses de Lutero
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