As Bodas do Cordeiro
Lição 07 – CPAD –
FEVEREIRO 2016
Autor e Editor: Pr. Osvarela
Texto Principal:
“E disse-me: Escreve:
Bemaventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E
disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” Apocalipse 19.9
Texto da Leitura Bíblica
Mateus 22:1-14
Então
Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
O
reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;
E
enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram
vir.
Depois,
enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar
preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
Eles,
porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
E
os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
E
o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos,
destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
Então
diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não
eram dignos.
Ide,
pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que
encontrardes.
E
os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto
maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.
E
o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado
com veste de núpcias.
E
disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu.
Disse,
então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas
trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Porque
muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
Etimologia
“E
disse-lhes Jesus: Podem porventura andar
tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado
o esposo, e então jejuarão.” Mateus
9:15
γαμος - gamos; n. m. grande festa de
casamento, banquete de casamento, festa de núpcias; bodas, matrimônio.
חתנה - chathunnah; n. f. casamento, matrimônio.
λυω - luo; v. libertar alguém ou
algo preso ou atado; bandagens para os pés, sapatos;de um marido ou esposa
unidos pelos laços do matrimônio;de um homem solteiro, tenha sido casado ou não;
soltar alguém amarrado, i.e., desamarrar, livrar de laços, tornar livre.
חתן - chathan; n. m. genro, marido da filha, noivo, marido.
ανερ - aner; n. m. noivo ou futuro
marido
μνηστευω - mnesteuo; v. cortejar e pedir-la
em casamento; ser prometida em casamento, estar noivo.
Νυμφας - Numphas; n .pr. m. Ninfa =
“noivo”
Νυμφιος- numphios; n. m. noivo
Νυμφη – numphe; palavra primária arcaica
do verbo nupto (cobrir com um véu
como uma noiva, cf latim “nupto,”
casar); n .f. noiva; mulher casada recentemente, jovem esposa; jovem mulher;
nora.
“Porque,
como o
jovem se casa com a virgem, assim teus filhos se casarão contigo; e
como o noivo
se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus.” Isaías 62:5
νυμφων - numphon; n. m. câmara nupcial;
dos amigos do noivo, que tinham o dever de providenciar e cuidar de tudo que pertencesse
à câmara nupcial, i.e., tudo o que fosse necessário para a celebração adequada
das núpcias; a sala na qual as cerimônias de casamento eram festejadas.
“Aquele
que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve,
alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está
cumprido.” João 3:29
φιλος - philos; adj. um dos amigos do
noivo que em seu favor pediu a mão da noiva e prestou a ele vários serviços na
realização do casamento e celebração das núpcias.
“E
disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, porque meus dias são cumpridos, para
que eu
me case com ela. Então reuniu Labão a todos os homens daquele lugar, e fez um banquete.” Gênesis 29:21,22
Segundo
a Mishna (veja também Deuteronômio 20,7),
o matrimônio compreendia duas etapas: erusin
e nissu’in. A primeira etapa é como um noivado, celebrado diante de duas
testemunhas, quando o noivo dizia “seja
você consagrada a mim...”. Através deste ato a moça era “reservada” ao rapaz, todavia sem relação
conjugal. Trata-se já de um compromisso que não se podia dissolver (só com divórcio ou morte), mas não é
ainda uma relação matrimonial.
Algum
tempo depois (12 meses em alguns casos) se concretiza o matrimônio, o
nissu’in. Não era um ato automático, pois o consenso de ambas as partes era
necessário.
Desposório – s.m. promessa recíproca
de casamento; noivado; casamento; fig. união íntima (esp. espiritual); d. com
Cristo"; rad. do v. desposar sob a f. despos- + -ório.
O
casamento judaico é uma cerimônia religiosa que inclui muitos rituais
simbólicos e significativos. Muitos desses rituais são apenas Minhagim (מנהגים),
significando que são costumes e não obrigações. Por exemplo, é costume que a noiva (kalah - כלה) e o noivo (chatan - חתן) jejuem no dia do seu
casamento, mas é apenas comum entre judeus ashkenazitas. Para muitos, também é
costume que a noiva e o noivo se separem por uma semana antes do casamento para
aumentar a empolgação do reencontro no dia do casamento.
O véu da
noiva (הינומה) simboliza modéstia e a importância do caráter e alma sobre a aparência
física. Também é uma lembrança da história de como Jacó foi enganado pelo seu
sogro, Laban, e entregue a mão de Leia como noiva ao invés da sua amada Raquel
(Gênesis 29).
A cerimônia acontece debaixo de um toldo conhecido
como Chuppah (חופה) com os pais da noiva e do noivo e um rabino
fazendo a cerimônia. A Chuppah simboliza a casa que o casal construirá junto. A
cerimônia geralmente acontece fora como sinal da bênção de Deus para Abraão - Gênesis
15:5 - de que seus filhos serão “tão
numerosos quanto as estrelas nos céus”.
Ao final da cerimônia, o noivo quebra uma taça com
seu pé direito. Isto tem vários significados de acordo com diferentes rabinos e
intérpretes, mas o motivo mais comum é a lembrança da destruição do Segundo
Templo.
Estas são algumas palavras relacionadas com a
cerimônia de casamento judaica:
Ketubbah - כתובה – O contrato de casamento
Taba'at - טבעת – Anel
Sheva Brachot - שבע ברכות – Sete bênçãos recitas por membros da família (é considerado uma honra
ser convidado para recitar uma das bênçãos) ou o rabino.
Harei at mekudeshet li ke'dat Moshe v'Yisrael - הרי את מקודשת לי כדת משה וישראל - " Contemplem, você está ligada a mim com este anel, de acordo
com as Leis de Moisés e Israel ". O noivo recita esta bênção colocando o
anel no dedo indicador da noiva.
Παρουσια - parousia; n. f. presença; vinda, chegada,
advento; a volta futura e visível de Jesus do céu, a ressurreição dos mortos, o
julgamento final, e o estabelecimento formal e glorioso do reino de Deus.
Introdução.
Logo após o
Tribunal de Cristo, a Igreja será introduzida nas Bodas do Cordeiro, a
grande festa nupcial, narrada pelos Evangelhos em parábolas, como Bodas de um
filho real, ou de ‘um certo homem’.
Detalhes destas Bodas
Será em um local especifico – “E disse-me: Escreve:
Bemaventurados aqueles que são chamados
à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras
de Deus.” Apocalipse 19.9
Não haverá nenhum tipo de tristeza – “E
disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto
o esposo está com eles?” Mateus 9.15
Lá os seres celestiais se alegrarão -
Só entrarão os convidados – “E os servos,
saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como
bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.” Mateus 22.10
Lá só entrarão os preparados – “E, tendo elas ido
comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam
preparadas entraram com ele para as bodas...” Mateus 25. 10
Lá só entrarão os humildes –
Jesus Cristo [O Noivo] estará presente – “E digo-vos
que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo
convosco no reino de meu Pai.” Mateus
26. 29
Será a festa final de um desposório - as Núpcias
entre Cristo e a Igreja -
1- ALEGORIA
“Então Jesus,
tomando a palavra, tornou a falar-lhes
em parábolas, dizendo: O reino dos
céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;”
não há nenhuma dúvida quanto a simbologia que Jesus utilizou para descrever, e
informar de forma a consolidar seu ensino sobre a forma de se obter convite
para sua Boda, ainda que alguns se recusem, o Pai está abrindo o convite a
todos, que quiserem ir.
Com seus vários elementos alegóricos, a parábola das
dez virgens é uma clara apresentação simbológica do evento das bodas
em sua etapa inicial.
Usaremos o texto de Mateus 25 para uma outra abordagem auxiliar e conceituação quanto a
parte da realização do convite enviado pelo Pai de família, para as Bodas de
seu Filho. Embora, sabendo que alguns possam entender que haja outra
interpretação quanto ao tempo escatológico, mas as figuras e alegoria, me dão a
sensação de certeza quanto a instantes anteriores do adentrar destas Bodas.
Muito embora, o texto bíblico da leitura inicial, também possa ser um texto
usado para contemplar algum outro instante. Notamos, ao longo de anos de
estudo, que há certa uso dicotômico, ou de duplicidade de entendimento, destas
passagens, sem contudo, não ser possível que este texto bíblico não inclua
pontos do evento da Volta de Jesus para sua Igreja.
A própria
narrativa bíblica, assume o fato de que o Reino de Deus se compara com algumas parábolas, ou fatos em
tipologia e descrições.
“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens
que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao
encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes,
e cinco loucas. As loucas, tomando
as suas lâmpadas, não levaram azeite
consigo. Mas as prudentes levaram azeite
em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” Mateus 25:1-4,6
Temos então uma série de atores, movimentos,
elementos e o fato, que incluiu a sua conclusão, o ápice, a parousia. Isto envolto na Iminência.
Destacando da passagem de Mateus 25:1-4,6
a-
Chegou o noivo – vinda do Filho do Homem
b- As próprias dez virgens –
comunidade cristã que está em expectativa e em espera da Iminência, sob a
Palavra de Jesus, o Cristo
c- A Parousia - A demora, ou
atraso, na realidade não é um atraso, mas uma das tipologias que envolvia a
espera da entourage do noivo, mantendo a expectativa da noiva e das suas damas,
era parte da expectativa do casamento.
d- As lamparinas – lâmpada para
uma noite de festa. Determinando uma hora difícil para um encontro, estar
preparado espiritualmente.
e- Rejeição das ‘loucas’ ou
insensatas. Julgamento
f- A entrada das ‘prudentes’ no
banquete do noivo.
2- Um convite para as Bodas
“E disse-me: Escreve: Bemaventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas
do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.”
Deus nos fez um convite para uma assembléia
celeste, somos convidados vips de uma festa no fim da história, que ali será
comemorado as bodas do cordeiro e que a chegada da nossa caminhada só tem um
destino, a nova Jerusalém na eternidade com o nosso Pai, como citado em Apocalipse
21.
Alguns textos bíblicos incluem o casamento em festejos
e dia s de contentamento, pelo encontro do noivo e sua noiva.
“Saí,
ó filhas de Sião, e contemplai ao rei Salomão com a coroa com que o coroou sua
mãe no dia do seu desposório e no dia do júbilo do seu coração”. Cantares 3.11
A forma declarada pelos textos bíblicos, nos
apresentam, o Noivo, ainda que segundo a posição teológica, nos Escritos
Veterotestamentários, não seja muito claro o contexto do encontro do noivo
[Messias] com a Igreja, mas em certas passagens podemos entender a visão Neo
revelada, como no Texto de Isaías: “Regozijar-me-ei
muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de
roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal,
e como a noiva que se enfeita com as
suas jóias.” Isaías 61.10
Sob a ótica da realização do casamento, bodas, dos
idos de Jesus em Israel, vemos que as Bodas são um instante de alegria e festa,
cujo ápice era a entrada da noiva na casa do noivo.
“As filhas dos reis estavam entre as tuas ilustres
mulheres; à tua direita estava a rainha ornada de finíssimo ouro de Ofir... esquece-te
do teu povo e da casa do teu pai. Então o rei se afeiçoará da tua formosura,
pois ele é teu Senhor; adora-o... A filha do rei é toda ilustre lá dentro; o seu vestido é
entretecido de ouro. Levá-la-ão ao rei com vestidos bordados; as virgens que a acompanham a trarão a ti. Com
alegria e regozijo as trarão; elas entrarão no palácio do rei.” Salmos 45:9-16
Seguindo a fala dos contratos de Elefantina
segue-se uma fala de para sempre:
“Ela é minha esposa, e eu seu marido para
sempre”. Segue-se após o cortejo, o grande banquete, que se dava na
casa do noivo, com duração de 7 (sete) dias.
“O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;” Mateus 22.2
3- Convidados que se escusaram
Convidados excusados permitiram novos convidados
“Qual é logo a vantagem do judeu? ... Muita, em toda a maneira, porque,
primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas. Pois quê? Se alguns
foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus? De
maneira nenhuma; ... E venças quando fores julgado. E, se a nossa injustiça for
causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo
ira sobre nós... ... como julgará Deus o mundo? Romanos 3:1-6
“Digo, pois: ... De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos
gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, ...
Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão,
senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o
é; se a raiz é santa, também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram
quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito
participante da raiz e da seiva da oliveira, Não te glories contra os ramos; e,
se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás,
pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. ... Então não te
ensoberbeças, mas teme... se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te
poupe a ti também. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus ... benignidade,
se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.” Romanos 11:11-22
Jesus declara aos seus concidadãos hebreus que há
um povo que não fora convidado que se apropriariam dos convites escusados por
eles.
Mas, esta situação, se coloca agora, dentro da
Igreja, como uma forma de ensinar aos da Igreja, como diz Paulo, nos textos
supra, que se deve ter em mente que a severidade de Deus não deve ser
confundida com a sua benignidade, por causa da sua Justiça, que permitirá que
alcancemos as Bodas.
Encontramos na passagem de Mateus alguns pontos alegóricos a considerar:
O reino dos céus é semelhante a um certo rei
que celebrou as bodas de seu filho;
E enviou os seus
servos a chamar os convidados
para as bodas, e estes não quiseram
vir.
Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos
convidados: Eis que tenho o meu jantar
preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às
bodas.
Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu
negócio;
E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu
aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram
dignos.
Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que
encontrardes.
E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de
convidados.
E o rei,
entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com
veste de núpcias.
Porque muitos
são chamados, mas poucos escolhidos.
4- Colocando em um quadro:
Reino dos céus
|
Rei
|
|
|
As bodas, na verdade, estão preparadas
|
Tudo já pronto vinde às bodas
|
As bodas de seu filho
|
|
Convidados as bodas
|
Convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
|
Todos quantos encontraram tanto maus como bons festa nupcial
|
Muitos são chamados, mas poucos escolhidos
|
Seus servos
|
E enviou os seus
servos a chamar os convidados
|
Um para o seu campo, outro para o seu negócio;
|
Os ultrajaram e mataram
|
E o rei, entrando para ver os convidados
|
Trajado com veste de núpcias.
|
|
|
Mateus é claro, na parábola de Jesus, que o
personagem que convida é um Rei (Deus), para um Evento de casamento de Seu
Filho “as bodas de seu filho”.
Há convite duplamente recusado, incluindo a morte
dos servos que forma levar o convite.
Podemos deduzir que:
O reino irrompeu, os convites já foram feitos e
enviados, houve uma recusa dos convites, que têm o caráter messiânico, vide
passagem anterior de Romanos.
Entendo que há duas vertentes nesta passagem, mas
se utilizarmos o texto de apoio de Romanos [supra], podemos entender que
estamos colocados no contexto, como igreja, daqueles “Ide, pois, às saídas dos
caminhos, e convidai para as bodas a todos os que
encontrardes.”
Aqueles foram convidados para um grande banquete
que incluiu, em sua primeira fase o ariston (o café da manhã - as bodas duravam grandes período, como veremos nas
informações panorâmicas culturais ), no meio da manhã que eles não entenderão
ser chegada e que Paulo diz:
“Mas, vindo A Plenitude Dos Tempos, Deus enviou seu Filho...ara remir os que
estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” Gálatas 4:4,5
“Dizei aos
convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado” nos informa que estamos
sendo convidados para o jantar (deipnon –
jantar, ou refeição á noite) final das bodas, um período noturno, que
indica em conformidade com Mateus 25 a necessidade de alerta para a chegada do
noivo, à noite.
As questões mundanas evitaram, agora contemporizando,
conosco, alguns a desprezarem os convites de maneira egoísta e mundana,
envolvidos por seus negócios. Estejamos certos, que somos convidados e não nos
esqueçamos que há lugar para todos, nestas bodas.
Todos que foram encontrados nas esquinas da vida –
9. πορευεσθε ουν επι τας διεξοδους των οδων και οσους αν
ευρητε καλεσατε εις τους γαμους
Mostra que a entrada nas Bodas do Filho é um
convite da Graça, e não do mérito, mesmo para os servos, ou súditos, e agora
para os que andavam pelas esquinas das estradas.
Todos os convidados se igualam ao serem chamados
para as bodas, maus e bons devem trajar um especial trajo. Neste ponto, reforço
a questão de mais uma vez compatibilizar o texto ao motivo do estudo, para as
Bodas da Igreja, conquanto poderemos dar outro entendimento a etapas diferentes
no período escatológico.
Sabemos, por estudos e pesquisas que nos idos de
palestinos de Jesus, o anfitrião de uma festa de bodas fornecia trajos apropriado
para seus convidados, mas concordamos com a análise de Carson de que isto pode
ser uma forma de consolidar o ensino que precisamos entender que o convidado
não se preparou adequadamente para as Bodas, mesmo sendo convidado não sendo primariamente
um convidado natural, a cortesia do convite ele não teve por honra receber tão
honrado convite.
E nós estamos nos
preparando, para as Bodas, sendo que não merecíamos estar nelas?
O fato, do convite, nos ter alcançado e ser
extensivo a todos e de Graça, não deve ser encarado como algo que não mereça
uma busca de informações da vontade do rei sobre como devemos nos conduzir para
entrar nas Bodas.
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe
glória; porque vindas
são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado
que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino
são as justiças dos santos.” Apocalipse
19:7,8
Certamente os “os seus servos” – enviados – “a chamar os convidados” sabem
informar como devemos nos trajar e
nos comportar até ao dia de sermos chamados para as Bodas do Filho, que já está
pronta. A Igreja necessita de pastores – servos – que a ensinem a conservar
trajes adequados para as Bodas – “foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino’, é o material fruto da justiça
e santificação dos santos.
Reapresento o texto: “... a minha alma se alegrará
no meu Deus; porque me vestiu de roupas
de salvação, ... como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como
a noiva que se enfeita com as suas jóias. Isaías 61:10”
5- A Festa será cheia
“...e a
festa nupcial foi cheia de convidados”
Jesus sabe, na sua Onisciência que a suas Bodas
serão o maior Evento celestial e a Casa estará cheia,tanto que Le foi nos
preparar ‘mansiones’, ou moradas, onde há espaço para todos os salvos de todas
as Eras com ele habitarem após as Bodas.
6- Podemos apresentar as Bodas em
fases, como nas Bodas da época de Jesus
Os costumes de casamento tinham três partes principais.
1º - O contrato de casamento era assinado pelos pais
da noiva e do noivo, e os pais da noiva pagavam um dote ao noivo ou seus pais.
Esse passo dava início ao período de noivado. -Mateus 1:18, Lucas 2:5.
2º - O processo geralmente acontecia após um ano,
quando o noivo, acompanhado por seus amigos, ia à casa da noiva à meia-noite,
criando um desfile com tochas pelas ruas. A noiva sabia de antemão que isso ia
acontecer, assim se preparando com suas servas, e todos participariam do
desfile e iam à casa do noivo. Parábola das dez virgens em Mateus 25:1-13.
3º - A última e terceira etapa se dava com a Ceia das
Bodas, a qual podia durar dias, assim como a do Casamento em Caná em João 2:1-2.
João em Apocalipse
19 esta Festa das Bodas do Cordeiro, que é o Nosso Senhor Jesus Cristo, e A
Igreja - Sua noiva.
Já assinamos o Contrato – Aliança, quando
cada crente colocou a sua fé em Cristo como Salvador.
O dote já foi pago. O dote pago aos Pais do Noivo
(Deus Pai) o sangue de Cristo derramado a favor da Noiva.
E agora A Igreja na terra hoje é a "noiva" de Cristo e, como as virgens prudentes, devemos
estar esperando o aparecimento do Noivo na
Sua Segunda Vinda. No Arrebatamento da igreja; O Noivo Cristo está vindo para
reivindicar a Sua noiva e levá-la para a casa do Pai. A Ceia das Bodas já está
preparada, como demonstrado ao longo do estudo.
ANEXO PANORAMICO CULTURAL
Como ocorre um casamento judaico.
De acordo com costumes antigos, a cerimônia do
noivado (ou Desposório) ocorreria um
ano ou mais, antes de chegar o dia das Bodas. Durante o noivado (ou Desposório)
as famílias da noiva e do noivo reunir-se-iam com algumas pessoas que não eram
membros da família, as quais serviriam
como testemunhas. O noivo daria à noiva um anel de ouro ou outros itens de
valor. E se eles eram pobres, e tais coisas estivessem além de sua capacidade,
simplesmente o noivo daria para a noiva um documento que no qual se comprometia
a casar com ela. O noivo em seguida diria para a noiva: "Olha, com esse anel (ou com este sinal)
declaro que você está reservada para mim, de acordo com a lei de Moisés e
Israel.” A família e amigos, então, concederiam presentes para a noiva.
Após esta cerimônia, a noiva voltava para a casa de
seu pai e o noivo de volta para a dele. A vida continuaria como antes, no
entanto, a partir deste dia ela seria sua noiva e legítima esposa do noivo.
Procissão de casamento
Um ano depois, mais ou menos, depois de ter sido
realizado a cerimônia de noivado, a noiva sabia que o dia do casamento se
aproximava. PORÉM não tinha certeza sobre o dia e a hora exata
que seu namorado voltaria para ela. Todas as moças da época de Jesus
estavam familiarizadas com o termo, "Corra! Apresse-se! Apronte-se! ", que
parece descrever a situação da noiva enquanto ela verificava seu calendário e
contava os dias até que ele completasse o ano de noivado. Ela sabia que o tempo
de sua partida estava se aproximando. A noiva sabia que tinha que estar pronta
para ser "levada" a qualquer momento, mas não sabia a data exata ou o
dia exato em que o noivo viria para ela. Pois, segundo a cultura judaica, o dia
começa ao pôr do sol. O noivo chegaria
em geral à noite. Muitos meses antes do dia do casamento, a noiva faria todo o
possível para suavizar a sua pele e fazer o seu cabelo brilhar. Quando considerava
que o dia do casamento já estava perto, estaria usando o vestido de casamento
durante os dias próximos, pois não tinha certeza se o noivo viria para buscá-la
na noite anterior ou posterior. Possivelmente seu cabelo seria trançado com
ouro e pérolas. Colocaria uma coroa em sua cabeça e pulseiras e brincos e enfeitaria a sua cabeça com jóias e pedras
preciosas da família. Se o pai da noiva era um homem pobre, então ela iria pedir
que fossem presenteados a ela por seus amigos, adereços, para que ela se apresentasse
mais bonita.
O pai do noivo após haver verificado que todos os
preparativos na casa da noiva foram realizados, daria permissão para o seu
filho para trazer a noiva à sua casa. O
noivo reuniria os seus amigos que o ajudariam a se vestir com roupas bonitas.
Seria perfumado com incenso e mirra. Usaria uma coroa de ouro ou teria uma
guirlanda de flores colocada em sua cabeça para que pudesse se parecer o mais
próximo possível com um rei.
Os amigos estariam fazendo uma brincadeira - iriam
se curvar diante dele como se o noivo fosse um membro da realeza - Uma banda de músicos e cantores iria
acompanhá-los. Alguns convidados do casamento estariam esperando ao longo do
caminho para levar o grupo de amigos e ao noivo para a casa da noiva e o
cortejo nupcial se juntaria aos amigos do noivo Quando chegassem à casa da
noiva, o noivo, seus amigos e os convidados expressariam sua alegria cantando. o Esposo "tomaria" a sua
esposa e a levaria para fora da casa de seu pai. Hoje, é normal aquele que
preside uma cerimônia de casamento dizer: "Você toma esta mulher como sua
legítima esposa?" Provavelmente a parte mais emocionante da cerimônia de
casamento é quando o noivo
"Toma
ou recebe" a noiva. Onde o noivo vai fazer isso dependerá de sua
condição social. Se você fosse rico,
provavelmente já teria um lugar preparado para dois. Se fosse pobre iria para a casa dos pais do
noivo.
O cortejo nupcial partiria da casa dos pais da
noiva e iria para a casa do noivo, onde se realizaria o banquete de casamento.
Esperando a procissão e atentos à voz de alegria e celebração, os outros
convidados da noiva e suas madrinhas se juntariam ao cortejo nupcial ao longo
do caminho.
Uma vez que as ruas eram muito escuras, era
necessário para quem viaja à noite, levasse uma lanterna ou uma lâmpada. O
termo "tomar as suas lâmpadas" significava que os convidados estavam
prontos e esperando para fazer parte da celebração. Algo como ter feito um
convite. Sem uma tocha ou uma lâmpada não poderiam juntar-se a procissão nem
entrar na casa do noivo. Uma vez dentro da casa, o anfitrião da festa de
casamento, que era geralmente o pai do noivo, daria aos convidados preciosas
roupas para vestir. Fred H. Wight , Maneras & Costumbres de las Tierras Bíblicas
(Chicago, Illinois: Moody Press 1953), p. 130-134; 235
Fonte:
Instituições de Israel no Antigo Testamento -
Roland de Vaux
Papiros de Elefantina - Os papiros de Elefantina
são uma coleção de antigos manuscritos judaicos que datam do século 5 aC. Eles
vêm de uma comunidade judaica em Elefantina, então chamado Yeb, a ilha no Nilo,
na fronteira da Núbia, que provavelmente
foi fundada como uma instalação militar em cerca de 650 aC, durante o reinado
de Manassés para ajudar o faraó Psamético I em sua campanha contra Nubia.
D.A.Carson - O Comentário de Mateus
Seminário Apocalipse. Mistérios Revelados – Joá Caitano
– 2000
Apontamentos do autor
Indicados no corpo do texto
Bíblia online
Got
Questions
Nenhum comentário:
Postar um comentário