O Filho é igual com o Pai
Lição 6 CPAD
– EBD - 9 de fevereiro de 2025
Subsídio Pastor
e professor Osvarela
Texto Áureo
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o
teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do
teu reino.” (Hb 1.8).
Prática
O termo teológico “Filho de Deus”
é título, sendo assim, a existência de Jesus é desde a eternidade junto ao Pai.
Leitura Bíblica
João 10.30-38.
30 — Eu
e o Pai somos um.
31 — Os
judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem.
32 — Respondeu-lhes
Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual
dessas obras me apedrejais?
33 — Os
judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas
pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
34 — Respondeu-lhes
Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
35 — Pois,
se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a
Escritura não pode ser anulada),
36 — àquele
a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse:
Sou Filho de Deus?
37 — Se
não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
38 — Mas,
se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e
acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele.
Objetivos da Lição:
I) Mostrar a doutrina bíblica da
relação entre Deus Pai e o Filho Unigênito;
II) Refutar biblicamente a
heresia do Subordinacionismo;
III) Exemplificar como o
Subordinacionismo está presente na atualidade.
Introdução:
A doutrina da Trindade ensina e
nós acreditamos, que há um ser eterno de Deus – indivisível, infinito. Esse um
ser de Deus é compartilhado por três pessoas co-iguais e co-eternas, a saber, o
Pai, o Filho e o Espírito.
“todas
as pessoas da Trindade estão em exata igualdade, como somos ensinados; essas
três são a mesma substância, igual em poder e glória”
Ontologicamente, “as pessoas da
Trindade são iguais entre si”.
“Elas
são em todo aspecto iguais na sociedade ou família dos três”, e “todas
elas são Deus”
Na visão do Texto bíblico:
A Glória e a Trindade.
“A
glória pessoal de cada uma das pessoas na Trindade é igual, embora cada uma,
assim como têm uma personalidade distinta, tenha uma glória distinta, e de
forma que uma tenha uma glória peculiar que o outra não tem”
“Pai, aqueles que me deste quero
que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha
glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.” João
17:24
A Glória compartilhada, nos
identifica com o Filho e como Pai;
“E eu dei-lhes a glória que a
mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.” João 17:22
Deus é glorificado dentro de si
mesmo dessas duas formas:
1) Aparecendo, ou sendo manifesto
a si mesmo em sua perfeita ideia; ou no Filho, que é o esplendor de sua glória;
2) Regozijando e se deleitando em
si mesmo, transbordando em infinito amor e deleite para consigo mesmo; ou em
seu Santo Espírito”.
Combatendo o subordinacionismo:
João 10.30,33 — Eu
e o Pai somos um. Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te
apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te
fazes Deus a ti mesmo.
Apologética:
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o
teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do
teu reino.” Hb 1.8.
Breve comentário: “o contexto de
Hebreus 1 é dirigido ao Filho como Deus em um sentido ontológico (cf.
Hb.. 1:3) como distinto dos anjos criados.” Referenciado por “O qual, sendo o
resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando
todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a
purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;”
“O
Filho é a Deidade gerada pelo entendimento do Pai, ou tendo uma ideia de si
mesmo; o Espírito Santo é a essência divina jorrando, ou soprada, em amor e
deleite infinito. O Filho é a ideia do Pai de si mesmo, e o Espírito é o amor e
o deleite de Deus em si mesmo” Jonathan Edwards sobre a Trindade
W. Gary Crampton
Subordinacionismo
A doutrina do subordinacionismo
que teve Ário como um defensor, é uma doutrina herética que ainda contra
adeptos nos dias atuais, é a doutrina que coloca Nosso Senhor Jesus Cristo como
subordinado ao Pai, o que implica em retirar a Deidade de Jesus
descaracterizando a sua essência como Deus.
A questão da subordinação entre as
pessoas da Trindade, contudo poderia ser vista de outra forma, ou
apresentando uma questão diferente, quando ao afirmar a divindade de Cristo,
tem-se que se lembrar que Ele optou por esvaziar-se e tornar-se submisso ao
Pai. Mantendo na Trindade uma subordinação, mas não como afirmou Ário.
Isso não compromete a deidade
absoluta do Filho: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade” (Cl 2.9), nem a igualdade de essência e de substância das três
Pessoas da Trindade.
Contudo, a premissa do subordinacionismo
não pode ser defendida, mesmo sob este entendimento, pois a origem dela é
totalmente herética e tem como finalidade combater a Doutrina da Trindade, como
cremos, e mostrado acima
O subordinacionismo, pode parecer
primariamente, que não seria contra a visão de Um Deus em três pessoas de tal
forma que um deles se subordina ao outro de forma a ter uma hierarquia, o que
não é correto, mas na forma que foi enunciada e imposta como doutrina tornou-se
uma forma diabólica e herética de diminuir a Deidade de Jesus, e pregar outra
doutrina sobre a Trindade portanto nós não podemos aceitar esta doutrina.
“Filipenses
2. 5,9 ..., mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si
mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por
isso, também Deus o exaltou soberanamente”
Submisso - adjetivo -
Que se submeteu, se sujeitou às vontades de alguém sem se opor nem reclamar;
humilde, servil.
Ao afirmar a divindade de Cristo,
tem que se lembrar que Ele optou por esvaziar-se e tornar-se submisso ao
Pai. Mantendo na Trindade uma forma obediência para cumprir a vontade do Pai, sem
contudo perder a sua Deidade e à igualdade de natureza com o Pai (homooúsios
- Indica igualdade de natureza, ou seja, mesma substância;
diferente do pensamento de Ário que Jesus seria similar a Deus, usando o termo “homoiousios com
o Pai” – ou seja, divino mas, de uma "substância similar"), a qual ele poderia recusar, não se configurando
como uma subordinação, mas a uma forma
de mostra o extremo amor de Deus trino que juntos criaram todas as coisas e em
especial operam o Plano Salvífico.
Obs.: na
Teologia Joanina no escopo da cristologia deva ser o uso e aplicação do termo
gr. “monogenes” a Jesus Cristo - Jesus é o monogenes do Pai (3.16), o único da
natureza do Pai, sem contudo, significar, que na Trindade nenhuma de suas três pessoas
deixem de ser Deus, O Pai é Deus, O Filho É Deus, O Espírito Santo é Deus.
Monogenes (𝜇𝜊𝜈𝜊𝛾𝜀𝜈𝜍) é uma
palavra grega que significa "único" ou "único gerado". É
usada para descrever algo que é único em sua espécie.
“Eu estou
no Pai, e o Pai em mim’ [João 14:10], de forma que isso pode ser dito
concernente a todas as pessoas da Trindade: o Pai está no Filho, e o Filho está
no Pai; o Espírito Santo está no Pai, e o Pai está no Espírito Santo; o
Espírito Santo está no Filho, e o Filho está no Espírito Santo”
A Declaração de Fé das
Assembleias de Deus ligadas a Convenção CGADB, da qual somos signatário
exemplifica a questão que acabamos, acima, de ilustrar com bastante zelo, a uso
como subsídio Teológico e declaratório de Fé:
“É possível um membro da Trindade
subordinar-se voluntariamente
a um ou aos dois outros membros, mas isso não significa ser inferior em
essência.
Há uma absoluta igualdade dentro da
Trindade, e nenhuma das três Pessoas está sujeita, por natureza, à outra, como
se houvesse uma hierarquia divina. Existe, sim, uma distinção de serviço. O Pai
possui a mesma essência divina das demais pessoas da Trindade. O Filho é gerado
do Pai, e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. A paternidade é o papel
da primeira pessoa da Trindade que opera por meio do Filho e por meio do
Espírito Santo. O Pai proclamou as palavras criadoras, e o Filho executou-as. O
Pai planejou a redenção, e o Filho, ao ser enviado ao mundo, realizou-a. Quando
o Filho retornou ao céu, o Espírito Santo foi enviado pelo Pai e pelo Filho
para ser o Consolador e Ensinador. A subordinação do Filho não compromete a sua
deidade absoluta e, da mesma forma, a subordinação do Espírito Santo ao
ministério do Filho e ao Pai não é sinônimo de inferioridade.
Quando o Senhor Jesus disse: “o
Pai é maior do que eu” (Jo 14.28) — pois Ele fez-se servo, como consequência
da encarnação — não quis dizer, com essa declaração, que se tornou, em
substância, menor que o Pai, e sim que se subordinou funcionalmente à vontade
do Pai
As três doutrinas bíblicas da
Trindade são as seguintes:
Declaração de Fé das AD’s –
CGADB:
“No princípio, criou Deus os
céus e a terra” (Gn 1.1). O verbo “criou” está no singular, e o sujeito Elohim,
“Deus”, no plural, o que revela uma pluralidade na deidade. Além disso, o monoteísmo
do Antigo Testamento não é absoluto e permite a pluralidade na unidade: “E
disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26); “Então, disse o SENHOR Deus:
Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “Eia, desçamos e
confundamos ali a sua língua” (Gn 11.7). Essa pluralidade na unidade é
vista também no profeta Isaías: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”
(Is 6.8).
1) Há um
e somente um Deus, eterno e imutável.
2) Há
três Pessoas eternas descritas na Escritura – o Pai, o Filho e o Espírito.
Essas Pessoas nunca são identificadas uma com a outra – isto é, elas são
cuidadosamente diferenciadas como Pessoas.
3) O Pai,
o Filho e o Espírito são identificados como sendo plenamente Deus – isto é, a
Bíblia ensina a divindade de Cristo e a divindade do Espírito Santo.
Visões da Forma do Pai, Do Filho
E Do Espírito Santo:
Doutrinas e Heresias -
O Modalismo -
Pai, Filho e Espírito Santo: três modos de aparecer do mesmo Deus. Em vez
disso, o modalismo ensina que Deus é uma pessoa que se manifesta ou aparece em
três modos ou formas diferentes — às vezes como o Pai, às vezes como o Filho
e às vezes como o Espírito Santo — em vez de existir eternamente como três
pessoas distintas. Uma das formas do Unicismo.
O modalismo também é conhecido
como sabelianismo , em homenagem ao seu mais proeminente
proponente inicial, Sabélio , e patripassianismo ,
devido à sua implicação de que o Pai sofreu na cruz (já que não há distinção
entre o Pai e o Filho no modalismo).
Subordinacionismo - O Pai é
o único Deus, o Filho e o Espírito Santo são criaturas subordinadas.
O Triteísmo - O
Pai, o Filho e o Espírito Santo são três deuses.
Conhecendo as formas Teológica da
Trindade:
Trindade ontológica e Trindade
econômica - Ao discutir a doutrina da Trindade, temos que
distinguir o que é tecnicamente conhecido como Trindade Ontológica e Trindade
Econômica.
Por Trindade Ontológica,
entende-se a Trindade que subsiste na Divindade, desde toda eternidade. Na sua
vida essencial e inata, dizemos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são os
mesmos em substância, possuindo atributos e poderes idênticos e, portanto, são
iguais em glória. Isto diz respeito à existência essencial de Deus.
Por Trindade Econômica,
entende-se a Trindade tal como se manifesta no mundo, especialmente na redenção
do pecador. Existem três obras adicionais, se assim podemos descrever, que são
atribuídas à Trindade, a saber, a Criação, a Redenção e a Santificação.
Anexo:
O texto de João 10.34 é
emblemático, mas há uma ironia textual de Jesus sobre o uso, pelos judeus, da
interpretação do termo “sois deuses”. Se
a afirmação de Jesus fosse apenas metafórica, então não haveria razão para que
os judeus tentassem apedrejá-lo.
João 10. 34 — Respondeu-lhes
Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
35 — Pois,
se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a
Escritura não pode ser anulada),
36 — àquele
a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse:
Sou Filho de Deus?
Respondeu-lhes Jesus…A
acusação dos judeus baseava-se em uma concepção equivocada da unidade de Deus
extraída do Antigo Testamento. Eles argumentavam que essa unidade seria violada
se Jesus, verdadeiramente humano, afirmasse ser um com Deus. Portanto, o Senhor
demonstra em Sua resposta que até mesmo no Antigo Testamento havia uma
preparação para a união entre Deus e o homem, que Ele veio completar.
- na vossa Lei. No
código ao qual vocês apelam (8:17).
A resposta de Jesus pode ser
vista nos versículos 35 e 36. Longe de justificar essa doutrina, Jesus estava,
na verdade, fazendo uma comparação, contrastando a si próprio com os falsos
deuses do Salmo 82, texto com o qual os judeus estavam familiarizados. A
expressão “vós sois deuses” é uma ironia, em virtude das maldades, injustiças e
impiedades desses juízes. No versículo 1o, são chamados de poderosos e deuses,
e Deus está julgando no meio deles. Os versículos de 2 a 5 trazem as
características desses deuses ou juízes malévolos. Tais deuses, porém, são
divindades falsas, porque o texto está-se referindo aos juízes injustos.
Se tais juízes perversos eram
chamados de elohim (deuses) nas próprias escrituras judaicas, e os judeus
aceitavam essa condição com naturalidade, quanto mais Jesus, o Filho de Deus.
Foi justamente esse argumento que Jesus em defesa de sua própria deidade.
Jesus, que foi enviado pelo Pai, estava, agora, na iminência de ser apedrejado
pelos judeus porque se declarou igual a Deus. De forma alguma, a passagem em
estudo abona a crença em vários deuses.
EM EDIÇÃO
Fonte:
Comentário A. R. Fausset
Uma Breve Definição da Trindade -
James
White
A Doutrina da Trindade - Prof.
Isaías Lobão Pereira Júnior
Qual é o significado de
homoousios? Got question
Hebreus 1:8 - Refutação - Department of Christian
Defense
Apontamentos do Autor em sua
página:
http://estudandopalavra.blogspot.com/
Lição CPAD 2025
Estudantes da Bíblia
Almeida Corrigida Fiel - acf 1994,
1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB)
Declaração de Fé - Convenção
Geral das Assembleias de Deus no Brasil - Casa Publicadora das Assembleias de
Deus - Novembro/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário