Pela Vida
“Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto
disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.” Rute
3:11
“E Débora, mulher
profetisa, ... julgava a Israel naquele
tempo. Ela assentava-se debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e
Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo.” Juízes 4:4,5
Nova Secretária de
Políticas para Mulheres é evangélica e não concorda com a descriminalização do
aborto.
A nova gestora da Secretaria
de Políticas para Mulheres, nomeada nesta terça-feira, 31 de Maio, a ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP)
que é Socióloga formada pela Universidade Federal do Pará e também é evangélica, não concorda com a descriminalização do aborto. Ela,
porém, aceita a questão legal do aborto por determinação legal, após estupro:” Fátima Pelaes diz que vítima de estupro deve ter apoio do Estado se
quiser abortar.”
Ela divulgou sua posição, como Secretária, em nota oficial,
devido a críticas por ser contra descriminalizar aborto.
A
socióloga, disse que o posicionamento dela sobre o aborto, um tema muito
discutido, e não só pelos que sofrem o abuso, não vai "afetar
o debate de qualquer questão a frente da Secretaria de Políticas Públicas para
Mulheres".
Ela ressaltou que no caso de estupros, a vítima deve ter "total" apoio do Estado caso queira
abortar, como é previsto pela legislação.
"Sempre trabalhei de forma democrática para
defender a ampliação dos direitos das mulheres. Em respeito à minha história de
vida, o meu posicionamento sobre a descriminalização do aborto não vai afetar o
debate de qualquer questão à frente da Secretaria de Políticas Públicas para
Mulheres. A mulher vítima de estupro que
optar pela interrupção da gravidez deve ter total apoio do Estado, direito hoje
já garantido por lei"
É uma posição, pela qual a secretária, já havia se
manifestado ao longo de sua vida pública. Ela já se manifestou contra o
procedimento inclusive em casos de estupro, o que é permitido por lei no Brasil
desde 1984.
Caso pessoal - Há um motivo pessoal
para esta posição, mesmo que seja pautada pela sua conversão, ela é fruto de
uma gravidez indesejada, provocada pelo estupro de sua mãe, como ela já relatou
em uma sessão de Comissão da Câmara, em 2010, quando revelou que sua mãe, que
estava presa, foi vítima de um estupro, que a engravidou. A Secretária nasceu
dessa gestação. E nunca conheceu seu pai.
Este seu perfil não é idêntico as posturas de suas antecessoras - que tinham pautas mais
“liberais”
e alinhadas às do movimento feminista - a nova Secretária, socióloga e deputada
federal por 20 anos, de 1991 a 2011, não levanta "bandeiras
contrárias aos valores bíblicos", como o aborto e a
constituição livre de família.
Ela
assume o cargo dias após o caso de estupro coletivo no Rio de Janeiro, que
motivou protestos de mulheres em todo o País.
As
opiniões de Fátima Pelaes não vêm desde sempre. Em entrevista à Editora Casa Publicadora das Assembleias de
Deus, há três anos atrás, ela afirmou que durante muito tempo, e até 2002
defendia a descriminalização do aborto e não via a família como um projeto de
Deus.
Porém
após sua conversão, e quando "conheceu Jesus" e passou a dizer que
"o direito de viver tem que ser dado para todos", conforme
entrevista à CPAD
News.
Ela já participou
nesta terça-feira [31/05] de seu primeiro evento na gestão Temer. Ela dividiu a
mesa com o presidente em exercício e com o ministro da Justiça, Alexandre de
Moraes, em uma reunião com os secretários de segurança dos Estados e do DF para
definir reforços nas medidas de combate à violência doméstica.
Fátima
Pelaes afirmou em recente entrevista que é preciso respeitar posições
diferentes. E reafirmou na sua primeira entrevista como Secretária: — Quando se
respeita a posição do outro é mais fácil o convívio dos contrários. Não somos
obrigados a pensar igual ao outro, mas obrigados a viver bem e nos
respeitarmos. E ver no que podemos nos unir —.
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