Criando filhos saudáveis
Lição 12 – CPAD Junho 2023
Subsídio: Pasor e
professor universitário Osvarela
Comemoramos os 112 anos das Assembleias de Deus No Brasil
De Belém do Pará a todo território brasileiro
Hoje somos a maior igrea pentecostal brasileira!
Texto Áureo
E crescia Jesus em sabedoria,
e em estatura, e em graça para com Deus e os homens. Lucas 2:52
Prática:
A
vontade de Deus é que os pais eduquem seus filhos de acordo com os princípios
divinos, a fim de que eles cresçam de maneira saudável e equilibrada.
Objetivos da Lição:
I) Revelar a normalidade da
família de Jesus;
II) Abordar as fases da vida
de Jesus conforme os Evangelhos apresentam;
III) Explicar o tríplice
desenvolvimento do Senhor Jesus.
Etimologia:
Saudável; adj m+f Bom ou
conveniente para a saúde; higiênico, salutar. Que tem ou demonstra boa saúde
física ou mental. Que dá alegria e bem-estar. Que satisfaz a uma necessidade ou
melhora uma situação; favorável, positivo.
תורה - towrah ou תרה
- torah; n. f. lei, orientação, instrução; instrução, orientação (humana ou
divina); conjunto de ensino profético.
διδακτικος - didaktikos; adj.
apto e hábil no ensino
διδασκω - didasko; v. ensinar
- conversar com outros a fim de instrui-los, pronunciar discursos didáticos; ser um professor; desempenhar o ofício de
professor, conduzir-se como um professor. ensinar alguém, dar instrução
Qual o conceito de saudável?
Saudável – adjetivo. Que é bom para a saúde;
salutar: alimentação saudável. Que é útil e benéfico; vantajoso, propício. Que
tem boa saúde (física, mental, espiritual); sadio: paciente saudável.
[Figurado] Que acarreta benefícios; favorável: relacionamento saudável.
Introdução:
O importante para criar filhos
saudáveis tem por base o relacionamento dos pais e filhos.
Os filhos se sentirão mais
confortáveis no seio da família com base do tempo que dispensamos a eles, como
nos dedicamos a eles. O tempo não pode ser mensurado em horas, mas em
qualidade.
Manter uma relação saudável
com nossos filhos é algo que exige tempo e dedicação. Muitas vezes perdemos a
paciência, mas é preciso manter a calma, pois fases vêm e vão, e depois da
tempestade, sempre vem a calmaria.
(Ora,
todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa;) Lucas
2:41
Para nós cristãos a relação
que torna nossos filhos saudáveis, não só fisicamente, emocionalmente,
moralmente é a nossa orientação quanto a uma vida cristã realmente séria,
colocando os nossos infantes em contato com a nossa divindade, Jesus Cristo,
levando-os aos nossas reuniões e educando a servir a Deus, em casa, na rua, na
escola em todos os lugares. Porém, o melhor para eles aprenderem é o exemplo de
vida cristã dos pais.
Hábitos saudáveis desde a
infância, em casa e na escola
Estimular na criança a adoção de
hábitos saudáveis é fundamental e vale a pena mostrar que tarefas corriqueiras,
como escovar os dentes ou comer frutas, por exemplo, podem ser um momento
divertido.
É fundamental destacar que as
crianças passam grande parte do seu tempo estudando, e o incentivo desses bons
hábitos também deve acontecer pela instituição escolar.
Leitura Bíblica: Lucas 2:40-52
E o menino crescia, e se
fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
(Ora, todos os anos iam seus
pais a Jerusalém à festa da páscoa;)
E, tendo ele já doze anos,
subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
E, regressando eles,
terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José,
nem sua mãe.
Pensando, porém, eles que
viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no
entre os parentes e conhecidos;
E, como o não encontrassem,
voltaram a Jerusalém em busca dele.
E aconteceu que, passados três
dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e
interrogando-os.
E todos os que o ouviam
admiravam a sua inteligência e respostas.
E quando o viram,
maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para
conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos.
E ele lhes disse: Por que é
que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
E eles não compreenderam as
palavras que lhes dizia.
E desceu com eles, e foi para
Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas
coisas.
E crescia Jesus em sabedoria,
e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.
Práticas indicadas para Viver
uma vida saudável:
Incentivem desde cedo algumas
práticas:
Atividade física regular;
Alimentação equilibrada
(aposte em pratos coloridos e incentive seu filho a provar todos os alimentos);
Beber bastante água;
Contato com a natureza e
momentos ao ar livre;
Ter autonomia nas práticas de
higiene diárias, como escovar os dentes e tomar banho sozinho;
Momentos de leitura em
família;
Limite no uso de tecnologias,
como celular, tv e computador;
Ter um horário para dormir e
acordar.
Ajudar nas tarefas da casa
I – Valores
Respeito é primordial em
qualquer relação. É preciso estabelecer limites, principalmente quando trata-se
de relação com os filhos. É essencial que essa educação não seja de forma
autoritária, caso contrário, as chances de impactar negativamente a relação
serão enormes.
Respeito não é uma barreira
invisível entre pais e filhos, como muitos pensam, mas uma relação onde ambos
sabem até onde podem chegar e fazem o possível para não magoar o outro.
“E as
ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te e levantando-te.” Deuteronômio 6:7
Comunicação é a chave para
qualquer relacionamento. Sem ela é impossível saber o que se passa no outro
lado. Através da comunicação é possível construir uma relação sólida e com
mútua confiança. Use o diálogo a seu favor, exponha seus pensamentos, opiniões
e sentimentos. A conversa auxiliará para que a aproximação ocorra de forma
natural, além de criar um vínculos mais fortes.
Paciência Ter calma é
essencial, afinal, nessa jornada haverá muita oscilação de humor, picos de
estresse e hormônios passando por muitas alterações. Construir
uma relação saudável com os filhos exige calma como pré-requisito. Quando algo
sair dos eixos, o melhor a se fazer é sentar e conversar, ao invés de criar uma
discussão. O intuito é fazer os filhos entenderem o erro, os motivos e, então,
contornar a situação.
E,
tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
E,
regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e
não o soube José, nem sua mãe.
Pensando,
porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e
procuravam-no entre os parentes e conhecidos;
E,
como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. Lucas 2.42,45
Atenção: falta
de atenção vem sendo um problema para muitas famílias. Sabemos o quão difícil é
chegar em casa depois de horas de trabalho e ter que direcionar a atenção aos
filhos diante de tantas tarefas esperando para serem concluídas. No entanto, é
algo indispensável. Demonstrar atenção aproxima as pessoas e, sem dúvidas,
auxilia a construir uma relação saudável com os filhos. Portanto, demonstre
interesse pelos pequenos, pergunte como foi o dia deles e/ou o que aprenderam
de novo na escola. São gestos simples, mas que farão toda diferença para
construir uma relação positiva com seus filhos.
Independentemente da
idade, toda relação requer atenção, mesmo nas pequenas coisas. Demonstrar
atenção é uma forma de mostrar-se presente, atento ao que acontece, às mudanças
e necessidades do outro. Contudo, nem sempre você conseguirá dar a atenção
desejada aos pequenos. Não se culpe por isso, desde que não se torne um hábito.
Empatia:
saber que, como você seus filhos também têm: Dias ruins, altos e baixos,
mudanças de humor; tudo isso são coisas que fazem parte do comportamento
humano. Ter empatia é saber lidar com esses momentos de forma leve e positiva;
é saber que os momentos ruins são passageiros e a estabilidade emocional tende
a retornar. Tenha compaixão ao invés de “dar uma bronca” e piorar de vez a
situação.
Disposição – às
vezes não podemos: “estou cansado”
Tempo: o
que pode tornar-se cansativo em muitas ocasiões. Mesmo depois de um dia
exaustivo, é necessário ter disposição para saber sobre o andamento na escola,
atividades que precisam ser feitas e até mesmo para conversas mais
descontraídas.
Ao demonstrar interesse no dia
a dia dos pequenos, você indicará ter disponibilidade para o que for preciso,
mesmo que seja para ir a um torneio de futebol num domingo de manhã ou uma
apresentação na igreja ou na escola numa sexta à noite, mesmo após uma semana
intensa de trabalho.
Exemplo:
Criar hábitos saudáveis com
seu filho, realizando leituras com ele.
Vivendo moral e eticamente
Contendo suas falas
“Pensando,
porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e
procuravam-no entre os parentes e conhecidos;”
Não falando mal diante de seus
filhos, de pessoas ausentes, que seus filhos conviverão depois, seja na escola,
na igreja, na família.
Tudo isto se explica pelo
comportamento mimico das crianças, elas replicarão em seus relacionamentos o
que veem em suas casas, as falas que ouve, a educação diária.
Elas observam desde pequeninos
o comportamento de seus pais que são o primeiro mundo social que conheceram e
acham que é aquilo que devem levar para seus outros relacionamentos sociais,
seja na creche, na escola, na igreja, na escolinha dominical.
Jesus e o Exemplo de
Conhecimento Necessário na criação das crianças
“E crescia
Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.”
Lucas 2:52
Quem pratica a ordem em casa e
no ambiente escolar desde pequeno consegue ter mais disciplina nos estudos e
uma melhor administração do tempo, essenciais para a vida de um estudante.
Nos tempos de Cristo, a
educação era um elemento muito importante da sociedade. Quando a criança tinha
a oportunidade de, além do ofício do lar, aprender na escola dos rabinos, sua
rotina não era fácil. Ela passava a manhã inteira na sinagoga, em uma sala com
cerca de 25 alunos. A parte da tarde era dedicada ao trabalho que estava
aprendendo com o pai.
A Educação:
“Casas” do conhecimento
A escola fundamental que as
crianças frequentavam na sinagoga era conhecida pelo nome de BeitHa Sêfer, isto
é, A Casa do Livro. Ali aprendia-se a ler, escrever, fazer contas e falar em
público. Memorização, repetição e resolução de problemas eram os métodos
pedagógicos mais usados na ocasião.
As Escrituras, especialmente a
Torá, formavam a base do ensino. O mestre e os alunos repetiam-na todos os
dias, até que os textos ficassem bem memorizados. Os judeus do primeiro século
estudavam, sobretudo, o Antigo Testamento.
Jesus filho de José e Maria de
Belém, mostrou-se uma criança com acentuado interesse em leitura.
A vida religiosa de seus pais
o incentivaram a conhecer os estudos da Torah e outros livros ensinados nas
sinagogas daqueles dias.
É uma das questões dos “anos
ocultos” da vida de Jesus.
Muito embora, para nós
cristãos não seja um paradigma ou necessidade de saber estes detalhes, pois as
Escrituras não desejaram, por Deus, apresentar alguns aspectos dos cerca de 33
anos de Jesus.
Mas, podemos historicamente
obter informações sobre o modo de vida de um menino judeu, naqueles dias,
sempre relacionado com as práticas religiosas no ensino da Lei.
“A
rotina de estudos ajuda a assimilar os conhecimentos transmitidos na escola,
mas isso não é suficiente para garantir o desenvolvimento humano e o sucesso na
vida pessoal e profissional dos jovens.
Além
de contribuir para um dia a dia mais saudável, adotar bons hábitos desde a
infância é decisivo para a formação de adultos mais conscientes, responsáveis e
adeptos daquilo que possibilita ter uma vida com mais qualidade, produtividade
e alegria.”https://www.gazetadopovo.com.br/conteudo-publicitario/colegio-bosque-mananciais/habitos-saudaveis/
A Vida do infante Jesus:
O texto bíblico deste estudo
em uma das poucas informações destes dias na vida de Jesus:
“A
Bíblia, realmente, faz uma única referência à adolescência ou juventude de
Jesus. O Evangelho de Lucas, que lemos no início, nos conta que, aos 12
anos, ele viajou com os pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar a Páscoa
judaica. Quando José e Maria retornavam para casa, perceberam que Jesus
tinha ficado para trás. Procuraram o garoto durante três dias e, não o
encontrando, decidiram voltar ao Templo, onde o encontraram discutindo teologia
com os sacerdotes em Jerusalém. Lucas conta que “Todos que o ouviam se
admiravam de seu entendimento e de suas respostas” (Lucas 2.42-49).”
Historiando:
“O termo escola vem do grego ‘scholé’
significando “lazer, tempo livre”. Esse termo era utilizado para nomear
os estabelecimentos de ensino pelo fato de a tradição greco-romana não
valorizar a formação profissional e o trabalho manual. Formar o homem das
classes dirigentes era o ideal da educação grega. O professor não deveria
ensinar de acordo com suas concepções, mas de acordo com a exigência da
sociedade, devendo formar os futuros governantes e ocupantes dos altos cargos.
O mestre filósofo era o responsável pela educação dos seus discípulos, em geral
cinco e geralmente ensinava política, artes, aritmética e filosofia.”
Sabe-se que os judeus
proporcionavam educação esmerada para os filhos.
A fim de manter sua identidade
religiosa, tinham que criar um centro educacional e religioso. Provável que a
primeira tenha sido fundada ainda no exílio (Veja Ezequiel). Quando alguns
judeus resolveram instruir os filhos nas coisas de Deus para que não se
esquecessem dele. Foi uma forma, de seus filhos não serem influenciados pelas
religiões estranhas e manter o conhecimento hebraico, embora tenham perdido o
conhecimento da leitura e fala da língua no mesmo exílio.
Com o passar dos tempos, esses
centros educacionais foram se tornando mais eficientes e complexos.
Os fariseus foram, em muito, responsáveis
pelo desenvolvimento da educação judaica, tornando se a força sustentadora da
sinagoga.
Quando Jesus iniciou seu
ministério, a sinagoga representava uma grande força em sua terra.
A Leitura das Escrituras em
destaque:
O BEMA
O “Bema” era uma espécie de
plataforma de onde se liam as Escrituras.
Era provida de um púlpito, e
chegava a ser bastante elaborada. Com um toldo de madeira e um balaústre.
A
única referência que encontramos no Novo Testamento, acha-se no texto de Mateus
23.2, a “cadeira de Moisés”, que talvez fosse uma peça do conjunto.
Nos outros textos onde o termo
aparece tem o significado de tribunal ou plataforma (Jo 19.13; At 12.21).
Depois do templo de Jerusalém,
era a instituição religiosa mais importante.
A grande vantagem dela era que
se achava mais acesso ao povo em geral.
Base nas Escrituras:
Além de instrução religiosa (alfabetização
bíblica), todos recebiam treinamento em habilidades práticas de que
necessitariam no mundo das atividades diárias.
Pai e mãe, num processo
informal, educavam seus filhos (confira o livro de Provérbios, por exemplo).
Não havia salas de aula ou currículo estruturado. Nos tempos do Novo Testamento
foi que os judeus começaram a adotar um método mais formal de educação. Ensino
nos dias de Jesus:
Haviam sido criadas salas de
aula e havia professores qualificados para instruir as crianças da aldeia.
O
período da escola primária ia dos cinco aos 12 ou 13 anos de idade. Depois, o
aluno passava por um estágio mais avançado na Beit Midrash, ou Casa da
Interpretação, que ficava em um lugar separado da sinagoga. Ali, o aluno
poderia receber uma espécie de educação superior acompanhado por algum mestre
da lei. De fato, estudar em uma Beit Midrash era um privilégio de poucos.
No livro “Vida cotidiana
nos tempos bíblicos” (ed. Vida, 1980), nós lemos o seguinte:
“Quando
o menino tinha idade bastante para trabalhar com o pai, este se tornava seu
principal professor, muito embora a mãe continuasse a partilhar na
responsabilidade de ensino (cf. Pv 1.8-9 e 6.20). A mãe arcava com a principal
responsabilidade pelas filhas, ensinando-lhes habilidades que lhes seriam
necessárias para tornar-se, com o tempo, boas esposas e mães. […] A educação do
filho tomava a vida toda para completar-se.”
2. Jesus trabalhou como
carpinteiro – uma profissão aprendida, procurando o futuro da criança.
Dos 12 aos 30, ficou em casa,
na Palestina, estudando e aprendendo.
Dos 12 aos 30, Jesus trabalhou
como carpinteiro. Tanto é assim que todos o chamavam pelo que conheciam da vida
dele no cotidiano de seu lar.
Mc
6.1-3.1 “Jesus deixou essa região e voltou com seus discípulos
para Nazaré, cidade onde tinha morado. 2 No sábado seguinte, começou a ensinar
na sinagoga, e muitos dos que o ouviam se admiraram e perguntavam: “De onde vem
tanta sabedoria e poder para realizar esses milagres? 3 Não é esse o
carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Suas
irmãs moram aqui, entre nós”. E sentiam-se muito ofendidos.”
Residência: um
lugar de fixação na vida dos infantes.
Jesus teve residência física
durante a sua adolescência e juventude (Mc 2.v. 1). Lá onde morou e
trabalhou, ele era tão dedicado ao que fazia, ele era tão carpinteiro, tão
carpinteiro, que quando começou a ensinar e a realizar milagres, ninguém
acreditou nele (vv. 2-3).
Sabe-se que na cultura em que
Jesus viveu, os homens incentivavam os filhos a trabalhar duro, admoestando-os
com a Escritura (cf. Pv 6.6-11). A vida indisciplinada, ociosa e preguiçosa era
desprezada pelos judeus piedosos daquele tempo. Afinal, para sobreviver, a
família tinha de trabalhar com muito esforço.
Aprendiz de artífice:
Ao descrever Jesus como
“carpinteiro”, Marcos usou a palavra grega “tekton” — significa mais do que carpinteiro, artífice, artesão ou
fabricante de móveis; refere-se, também, a um trabalhado do tipo “pedreiro”, ou
seja: construtor de estruturas ou casas de madeira.
Composição estimada da família
de Jesus:
“Não
é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de
Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se
nele.” Marcos 6:3
A família de Jesus era
composta por pelo menos 9 pessoas. Logo, trabalhavam duro para se sustentar.
Especialmente Jesus, filho mais velho, arrimo de família, que assumiu o lugar
do pai tão logo José faleceu.
Filho saudável – sujeito aos
pais.
E
desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no
seu coração todas estas coisas. Lucas 2.51
A partir de novas retoricas pedagógicas
os filhos passaram a ser orientados, pela nova visão humanista a serem críticos
as atitudes dos pais, claro está que me refiro a situações de uma educação
saudável, não a atos de quase tortura ou abandono dos filhos.
Jesus, porém, se mantinha fiel
aos princípios de obediência, mesmo a aparente ‘insujeição’ ao citar porque
ficara no templo na realidade não era uma insubordinação a José e Maria, até porque
Maria e José sabiam que o menino tinha uma missão a cumprir, pois para isto
tinha vindo, assim o texto destaca; “E sua mãe guardava no seu coração
todas estas coisas.”
Sob a visão acadêmica, esta nova
noção de formato familiar é destacada em trabalhos acadêmicos:
“Na
sociedade contemporânea não se encontram modelos familiares únicos no que diz
respeito ao desenvolvimento da educação dos filhos. Atualmente têm se observado
transformações nos papéis tradicionais da mãe e do pai, e o padrão familiar
tradicional vem sendo substituído por novas configurações familiares. Tais
mudanças têm sido enfatizadas em diversos estudos na área das ciências
psicológicas (Féres-Carneiro & Ziviani, 2009; Lauz & Borges, 2013;
Leme, Del Prette, & Coimbra, 2013; Melo & Mota, 2013; Santos,
Scorsolini-Comin, & Santos, 2013; Teixeira, Parente, & Boris, 2009;
Valentim & Dias, 2014). ... Mesmo considerando as diversas mudanças da
configuração familiar atual, a família ainda ocupa um lugar
intermediário entre a sociedade e o indivíduo, possuindo organização e
dinâmicas particulares (Macarini, Martins, Minetto, & Vieira, 2010).
Ribeiro e Martins (2009) referem que, mesmo diante desta multiplicidade de
modelos de organização, a família conserva sua função de "útero
social", um lugar singular de convivência, acolhimento, afeto e educação,
mas que não deixa de ter conflitos e desentendimentos nos relacionamentos entre
os seus membros. Ou seja, não existe um modelo livre de adversidades, visto que
no ambiente familiar é possível vivenciar tanto emoções positivas como
negativas simultaneamente (Lins, Lima-Nunes, & Vasconcelos, 2010).”
Jesus
e o Exemplo de filho saudável:
“E crescia Jesus em
sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” Lc
2.52
O homem
é formado por uma tríplice constituição:
Alma,
corpo e espírito.
O texto
mostra que a forma de criação dada por José a seu filho, permitiu que Jesus
fosse uma criança ou jovem com estas áreas plenamente saudáveis, de tal forma
que:
Teve uma
vida saudável, que lhe proporcionou um crescimento até uma estatura de forma
normal, sem deficiências;
“E crescia Jesus em sabedoria,
...em graça para com Deus e os homens.” Lc 2.52
Teve uma
educação que lhe deu sabedoria para viver e se destacar até mesmo entre os
rabinos, de tal forma que veio a ser reconhecido como Mestre em Israel: “E
perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e
retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade
o caminho de Deus.” Lucas 20:21
A graça,
aqui mostra que Deus se agradava de seu crescimento, e da educação dada por
seus pais, a quem Deus lhe entregara para criar como homem.
A graça
para com os homens mostra que Jesus era educado e simpático e tinha uma forma
especial de se relacionar com todos os que com ele se relacionavam, fossem
pobres, mestres, sábios, etc. sem acepção de pessoas.
Conclusão:
A
vontade de Deus é que os pais eduquem seus filhos de acordo com os princípios
divinos!
“Não
é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de
Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se
nele.” Marcos 6:3
Se os
pais seguirem o exemplo dos pais de Jesus certamente criarão filhos saudáveis, mentalmente,
moralmente e eticamente de tal forma que serão como Jesus reconhecidos por
serem quem são, mas sobre tudo reconhecerão os pais que os criaram.
Sobretudo
os filhos necessitam de um lugar seguro para crescerem, mesmo que seja numa
comunidade, o apoio e presença dos pais garantirão aos filhos a segurança
necessária e possível para serem adultos saudáveis.
O papel
de Maria toma destaca nos textos bíblicos, mas a própria ciência destaca que o
papel da mãe é fundamental na criação dos filhos e muito mais estudado que o
papel dos pais.
“A mãe
e o pai fazem uso de várias estratégias e técnicas para orientar o
comportamento dos seus filhos, denominadas de práticas parentais. As práticas
parentais se formam dentro do contexto da família e são compreendidas como as relações
intergeracionais e de intimidades entre o marido, a esposa e os filhos, e são
consideradas como o principal sistema de apoio para a criança (Marcarini et
al., 2010). As práticas parentais ocorrem desde o momento em que a criança
nasce e os pais começam a fazer previsões pautadas em suas crenças, levando-os
a moldar ou elaborar experiências para seus filhos da maneira que a mãe e o pai
julgam apropriadas (Marcarini et al., 2010).
Apesar
da extrema importância dos papéis exercidos pela mãe e pelo pai, eles não são a
única influência na educação dos filhos. Vygotsky (2005/1934) destaca que a
criança, desde muito cedo, através da interação com o meio físico e social,
realiza uma série de aprendizados, vivencia um conjunto de experiências e age
sobre o meio cultural a que tem acesso, construindo uma série de conhecimentos
que absorve do ambiente e do mundo que a cerca.”
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702015000100005;
em 17/06/2023 às 12:35h
Cito texto
de minha lavra:
Ezequiel
18:4-20. Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do
pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. A
alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai
levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade
do ímpio cairá sobre ele.
Mas, somos nós os pais
responsáveis em livrar, nossos filhos:
-Primeiro como almas a
conhecerem a Deus;
-Segundo como filhos santos e
herança de Deus;
O Nosso Exemplo e O Cuidado
Com Filhos:
-O Bom Exemplo
-O Mau Exemplo
A Bíblia ensina sobre como
funciona a Justiça na relação:
Pai que ensinam filhos a
andarem nos bons caminhos.
Pais que não dão exemplo a
seus filhos.
Filhos que não seguem o bom
exemplo de seus pais;
Ezequiel 18:5-19. Sendo, pois,
o homem justo, e praticando juízo e justiça,
E se ele gerar um filho
ladrão, derramador de sangue, que fizer a seu irmão qualquer destas coisas; E
eis que também, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez
e, vendo-os, não cometer coisas semelhantes, Mas dizeis: Por que não levará o
filho a iniqüidade do pai? Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e
guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá.
Fonte:
Bíblia
online
Revista
CPAD – 2º trimestre 2023
Apontamentos
do autor
Como
era a Sinagoga nos tempos bíblicos? Redação BP Redação BPÚltima Atualização 4
de setembro de 2022
Citações
no corpo do texto
Brasil
Escola - A Escola Através Dos Tempos; Análise do processo histórico brasileiro
de educação.
https://www.scielo.br/j/reben/a/y3qH9jTtyFwb6tyFr6r7RgH/?lang=pt
https://www.sibgoiania.org/sermao/jesus-dos-12-aos-30-anos/
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702015000100005
https://www.jornaljoca.com.br/blog/o-exemplo-dos-pais-na-educacao-dos-filhos-e-na-criacao-de-habitos-saudaveis/
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-escola-atraves-dos-tempos.htm
Colégio Geração / Como
construir uma relação saudável com os filhos?
https://bibliotecadopregador.com.br/educacao-tempos-biblicos/
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-praticas-pedagogicas-jesus.htm#:~:text=Jesus%20demonstrou%20uma%20total%20abertura,em%20todo%20o%20tempo%20possivel.
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