Ética Cristã e Suicídio
Lição 6 - CPAD Maio 2018
Estudo subsídio Pastor Prof Doc Osvarela
TEXTO ÁUREO
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar e o
destruir; eu vim paro que tenham vida e a tenham com abundância." (Jo
10.10)
“A legislação mosaica diz que todo crime
é um pecado, pelo qual o homem é responsável perante Deus, e não perante o
Estado”. Danrlei Levandowski Xavier
LEITURA BÍBLICA
1 Samuel 31.1-6
1 OS filisteus, pois, pelejaram contra Israel; e os
homens de Israel fugiram de diante dos filisteus, e caíram mortos na montanha
de Gilboa.
2 E os filisteus perseguiram a Saul e a seus filhos;
e mataram a Jônatas, e a Abinadabe, e a Malquisua, filhos de Saul.
3 E a peleja se agravou contra Saul, e os flecheiros
o alcançaram; e muito temeu por causa dos flecheiros.
4 Então disse Saul ao seu pajem de armas: Arranca a
tua espada, e atravessa-me com ela, para que porventura não venham estes
incircuncisos, e me atravessem e escarneçam de mim. Porém o seu pajem de armas
não quis, porque temia muito; então Saul tomou a espada, e se lançou sobre ela.
5 Vendo, pois, o seu pajem de armas que Saul já era
morto, também ele se lançou sobre a sua espada, e morreu com ele.
6 Assim faleceu Saul, e seus três filhos, e o seu
pajem de armas, e também todos os seus homens morreram juntamente naquele dia.
Discurso:
“E
aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que
segundo Deus intercede pelos santos. E sabemos que todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito.” Romanos 8:27,28
Qual seria a contribuição à vida, sem a própria
vida, que se foi, no suicídio!
Segue-se as perguntas, naturais, principalmente,
para aqueles que perderam algum ente muito querido, por esta situação.
Ou até mesmo, entre alguns, nestes últimos dias, que
eram líderes, pastores de uma Congregação!
A máxima contra tirar a vida, pelas próprias mãos, o
chamado suicídio, segundo as Escrituras é uma forma de não reconhecer o
princípio da Vida: A Soberania divina!
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e
faz tornar a subir dela.” 1 Samuel 2:6
Em algum momento os discípulos de Jesus pensaram que
o pensamento de Jesus era suicida:
“Disse-lhes,
pois, Jesus outra vez: Eu retiro-me, e buscar-me-eis, e morrereis no vosso
pecado. Para onde eu vou, não podeis vós vir. Diziam, pois, os judeus:
Porventura quererá matar-se a si mesmo, pois diz: Para onde eu vou não podeis
vir?” João 8:21,22
“Por
isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
Ninguém
ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para
tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” João 10:17,18
Etimologia:
Tirar a vida
– αναιρεω -anaireo;
v. tirar do caminho, matar, assassinar um homem
ανθρωποκτονος – anthropoktonos
- kteine (matar, destruir); adj.
matador, assassino
απαγχομαι – apagchomai - agcho
(sufocar); v. sufocar,
estrangular, a fim de tirar do caminho ou matar; enforcar-se,
terminar com a própria vida por enforcamento
αποολλυμι - apollumi;
v. destruir; sair inteiramente do caminho, abolir, colocar um fim à ruína;
matar;
θυω - thuo;
v. sacrificar, imolar; assassinar, matar
διαχειριζομαι - diacheirizomai;
v. mover pelo uso das mãos, pegar com a mão, manejar, administrar, governar;
deitar as mãos sobre, assassinar, matar
[com as próprias mãos]
Todos devemos considerar o que, o Apóstolo Paulo
fala sobre a nossa fé. Este texto, abaixo, é como, um, teste a ser feito por
cada um atribulado, e submetido a tentação ou covardia do suicídio.
Neste texto fica uma possibilidade real, quanto a
salvação.
Embora, só o Senhor conheça ao coração de qualquer
um, resta nas Escrituras, modos de autenticação, se não coletiva, ou externa, a
autenticação pessoal, o “Examine-se o homem a si
mesmo!” - questionamos a fé daqueles que tiram suas vidas
ou até mesmo consideram isso seriamente.
Apesar de podermos ter certeza de nossa salvação (1
João 5:13), somente Deus pode fazer a avaliação final sobre a alma de outra
pessoa. – “é bem provável que eles
nunca tenham sido verdadeiramente salvos.” John
MacArthur
“Examinai-vos
a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis
quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais
reprovados. Mas espero que entendereis que nós não somos reprovados. Ora, eu
rogo a Deus que não façais mal algum, não para que sejamos achados aprovados,
mas para que vós façais o bem, embora nós sejamos como reprovados.” 2 Coríntios 13:5-7
Deste discurso podemos verificar rapidamente como
estaria o coração do que submete o seu próprio corpo, tirando a própria vida a
uma situação, pela qual podemos, pelas Escrituras verificar se foi aprovado ou
reprovado.
Pensando sobre a questão do
suicídio e a Salvação, quanto a uma eventual, ainda que de difícil entendimento
e não garantida, análise sobre o que sofreu a morte por suicídio. Poderíamos
elencar, como alguém já fez, uma lista, tal qual, um check-in sobre o que a
vida de alguém mostra enquanto, cristão, deve ter, como características.
Evidências não provam nem
desaprovam a fé de alguém:
A. Moralidade visível – Mateus
19:16-21; 23:27
B. Conhecimento intelectual –
Romanos 1:21; 2:17ss
C. Envolvimento religioso –
Mateus 25:1-10
D. Ministério ativo – Mateus
7:21-24
E. Convicção de pecado – Atos
24:25
F. Certeza – Mateus 23
G. Tempo de decisão – Lucas
8:13-14
Agora, aqui estão algumas
provas de uma fé autêntica:
A. Amor a Deus – Salmos 42:1ss;
Lucas 10:27; Romanos 8:7
B. Arrependimento do pecado –
Salmos 32:5; Provérbios 28:13; Romanos 7:14ss; 2 Coríntios 7:10; 1 João 1:8-10
C. Humildade Genuína – Salmos
51:17; Mateus 5:1-12; Tiago 4:6,9s
D. Devoção à glória de Deus –
Salmos 105:3; 115:1; Isaías 43:7, 48:10ss; Jeremias 9:23-24; 1 Coríntios 10:31
E. Oração contínua – Lucas
18:1; Efésios 6:18ss; Filipenses 4:6ss; 1 Timóteo 2:1-4; Tiago 5:16-18
F. Amor abnegado – 1 João
2:9ss; 3:14; 4:7ss; João 13:34-35; 1 Pedro 1:22
G. Separação do mundo – 1
Coríntios 2:12; Tiago 4:4ss; 1 João 2:15-17, 5:5
H. Crescimento espiritual –
Lucas 8:15; João 15:1-6; Efésios 4:12-16
I. Vida obediente – Mateus
7:21; João 15:14ss; Romanos 16:26; 1 Pedro 1:2,22; 1 João 2:3-5
Se a primeira lista é verdadeira sobre uma pessoa e
a segunda lista é falsa, há motivo para questionar a validade de uma profissão
de fé. Todavia se a segunda lista é verdadeira, então a primeira também será. Pode uma pessoa que comete suicídio, ser salva? - Massimo
Lorenzini
A Bíblia
registra 4 suicidas:
“Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós
sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” 1 João 3:15
“Porque, como imaginou no seu coração, assim é
ele, ...” Provérbios 23:7
Saul - Saul viveu e morreu odiando a Davi, o homem
segundo o coração de Deus - 1 Crônicas 10:13,14; “Assim
morreu Saul por causa da transgressão que cometeu
contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia
guardado; e também porque buscou a adivinhadora para
a consultar. E não buscou ao Senhor,
que por isso o matou”; E cortaram-lhe a cabeça,
e o despojaram das suas armas, e enviaram
pela terra dos filisteus, em redor, a anunciá-lo no templo dos seus ídolos e
entre o povo. E puseram as suas armas no templo de Astarote, e o seu corpo o
afixaram no muro de Bete-Sã.” 1 Samuel 31:8-10
Aitofel - 2 Samuel 15:31; “Então
fizeram saber a Davi, dizendo: Também Aitofel
está entre os que se conjuraram com Absalão. Pelo que disse Davi: Ó Senhor,
peço-te que torne em loucura o conselho de Aitofel.”
2 Samuel 15:31
Zinri - 1 Reis 16: 9,10;16-18;
E sucedeu que Zinri, vendo que
a cidade era tomada, foi ao paço da casa do rei e queimou-a sobre si; e morreu,”
Judas Iscariotes - “Respondeu-lhe
Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós
é um diabo. E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de
Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze.” João 6:70,71
“E,
acabada a ceia, tendo já o diabo posto no
coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse,” João 13:2; “Entrou, porém, Satanás em Judas,
que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.” Lucas 22:3;“E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?”
Lucas 22:4; “E o que o traía tinha-lhes dado um sinal,
dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus,
disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que
vieste” Mateus 26:48-50
Saul foi um crente
profundamente decaído ou era da semente da serpente?
“A cujos olhos o réprobo é desprezado;
mas honra os que temem ao Senhor; aquele que jura com dano seu, e contudo não
muda.” Salmos 15:4
Agostinho declara corretamente que Saul “certamente era réprobo” (Cidade de Deus,
17.6). Como primeiro rei de Israel, a iniqüidade de Saul é especialmente
evidente em seus pecados contra o reino de Deus.
Saul viveu e morreu odiando a Davi, o homem segundo o
coração de Deus.
Ao postarmos os versículos sobre os demais suicidas,
mostrados nas Escrituras, vemos que algo é comum:
Réprobo – que
ou aquele que foi banido da sociedade; malvado, detestado, infame. Odiado,
abominado ou detestado; perverso ou maléfico.
Sair da vontade de Deus
Traição
Desejo pessoal exacerbado
(concupiscência), e que quando contrariado, leva a depressão
profunda, mas como um desejo irreprimível, pelas próprias condições do seu
coração afetado pelo erro.
É importante saber que Saul era um incrédulo para
entendermos corretamente a narrativa de 1 Samuel
9-31, rejeitando a aplicação errônea da vida de Saul aos
cristãos que caem.
O ponto principal que a Bíblia quer nos mostrar não
é tanto como Saul morreu, mas que a sua morte foi uma consequência de sua
rebelião e afastamento de Deus (1 Crônicas 10:13,
14). Que triste fim o de Saul. Rejeitou a Deus e se rebelou contra Ele. Tentou
viver uma vida independente e o resultado foi a tragédia de um suicídio.
Saul:
Ele saiu desse mundo através de suicídio, como Aitofel, Zimri e Judas Iscariotes,
com o julgamento de Deus sobre ele (1Crônicas 10:13).
Caso Saul
Homem!
A
Bíblia é a perfeita palavra de Deus no imperfeito sotaque humano.
Foi
inspirada pelo Espírito Santo (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:19-21) para que
nós pudéssemos nos tornar sábios para a salvação (2 Timóteo 3:15).
Por
mais que muitas vezes pareça que ela está entrando em contradição, não está,
pois a palavra de Deus não se contradiz. Então como nós podemos entender os
textos de 1 Samuel 31:4 e 2 Samuel 1:9,10?
Vejamos
o que esses textos dizem: “Então Saul ordenou ao seu escudeiro: Tire
sua espada e mate-me com ela, senão sofrerei a vergonha de cair nas mãos desses
incircuncisos. Mas seu escudeiro estava apavorado e não quis fazê-lo. Saul,
então, pegou sua própria espada e jogou-se sobre ela” (1 Samuel 31:4-10
– Nova Versão Internacional).
“O jovem respondeu: Cheguei por acaso ao monte
Gilboa, e lá estava Saul, apoiado em sua lança. Os carros de guerra e os
oficiais da cavalaria estavam a ponto de alcançá-lo. Quando ele se virou e me
viu, chamou-me gritando, e eu disse: ‘Aqui estou.’ Ele me perguntou: ‘Quem é
você?’ ‘Sou amalequita’, respondi. Então ele me ordenou: ‘Venha aqui e mate-me!
Estou na angústia da morte!’ Por isso aproximei-me dele e o matei, pois sabia
que ele não sobreviveria ao ferimento. Peguei a coroa e o bracelete dele e
trouxe-os a ti, meu senhor (2 Samuel 1:6-10 – Nova Versão Internacional).
O
texto na Bíblia de Jerusalém, que é uma das versões do Antigo Testamento que
mais se aproxima do original em hebraico, no verso 6 de 2 Samuel 1 diz:
“O
mensageiro respondeu: ‘Eu estava casualmente no monte Gelboé e vi quando Saul
se atirou sobre a própria lança, quando se aproximavam os carros e cavaleiros’”.
Os
dois relatos bíblicos dizem que Saul tentou se matar e assim o fez ao se
projetar contra sua espada. Tudo indica que o amalequita viu tudo isso
acontecer, pois pegou a coroa e o bracelete de Saul e os levou até Davi (ver 2 Samuel 1:10).
O
ponto principal que a Bíblia quer nos mostrar não é tanto como Saul morreu, mas
que a sua morte foi uma consequência de sua rebelião e afastamento de Deus (1 Crônicas 10:13, 14).
Que
triste fim o de Saul. Rejeitou a Deus e se rebelou contra Ele. Tentou viver uma
vida independente e o resultado foi a tragédia de um suicídio.
“E a peleja se agravou
contra Saul, e os flecheiros o alcançaram; e temeu muito aos flecheiros. Então
disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua
espada, e atravessa-me com ela; para que porventura não venham
estes incircuncisos e escarneçam de mim. Porém o seu
escudeiro não quis, porque temia muito; então tomou Saul a espada, e se lançou
sobre ela. Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul estava morto,
também ele se lançou sobre a espada e morreu. Assim morreram Saul e seus três
filhos; e toda a sua casa morreu juntamente.” 1 Crônicas 10:3-6
“Assim morreu Saul por
causa da sua infidelidade para com o Senhor, porque não havia guardado a
palavra do Senhor; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar, e
não buscou ao Senhor; pelo que ele o matou,...” 1 Crônicas 10:13,14
Temos
a condição, importante, pela qual o nosso pensamento ético deve ser balizado
pelas Escrituras, quanto ao pensamento cristão, sob seus valores e ética.
Quais as características e
similaridades entre suas ações sobre a ação junto aos seus grupos, em especial
em relação à Deus?
John MacArthur: “Suicídio é um pecado grave
equivalente ao assassinato (Êxodo 20:13; 21:23).”
“Pelo
qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos
gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a
experiência a esperança. E a esperança não traz confusão,
porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo
que nos foi dado.” Romanos 5:2-5
A Esperança no Amanhã é
uma das formas pela qual podemos verificar o estado do que comete Suicídio:
“Mas
já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em
nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; O qual nos livrou de tão grande
morte, e livra; em quem esperamos que também
nos livrará ainda,”2 Coríntios 1:9,10
Os verdadeiros filhos de Deus são definidos
repetidamente nas Escrituras como aqueles que têm esperança.
Desamor fere o princípio
básico do Cristianismo: Amor ao Próximo.
O amor a vida e o amor genuíno nos faz amar anos
mesmo, em primeiro lugar, para podermos amar aos nossos próximos.
“E
o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo.” Mateus 22:39
Quem se suicida, deixa uma lacuna de amor entre os
seus próximos, sejam familiares, companheiros de vida, amigos e toda uma comunidade
que, lhes pranteará.
“Não comas o pão daquele que tem o olhar maligno,
nem cobices as suas iguarias gostosas. Porque, como imaginou no seu coração,
assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo.” Provérbios 23:6,7
Alguém que repetidamente considera o suicídio está
praticando pecado em seu coração e 1 João 3:9 diz que “aquele que é nascido de Deus não comete pecado”
A Soberania de Deus e o
Suicídio:
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e
faz tornar a subir dela.” 1 Samuel 2:6
As Escrituras nos afirmam e assim cremos, que Deus é
o Senhor que dá a Vida. A própria essência da Vida é Deus. Desde o sopro no Adam, na sua criação no Éden, o “ruach” está disponível a todos os homens
sequencialmente.
Então, todos tem o dever mínimo de preservar a sua
própria vida e respeitar a soberania divina sobre a mantença, duração e
encerramento do período de vida humana.
Suicida tem a Vida firmada
em Cristo?
“Quem
tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas
coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que
saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.”
1 João 5:12,13
Fica claro, ao lermos o texto.
Assim, de forma geral, neste breve estudo, não
final, algo de errado se passa com os modelos tomados para analise sobre
suicidas, em relação ao Deus e salvação em Cristo.
Se Jesus nos garante vida, como entender os
mistérios da mente humana, quando um cristão tira sua própria vida.
Definindo e Situando
Suicídio: ato ou efeito de suicidar-se - fig. desgraça ou
ruína causada por ação do próprio indivíduo, ou por falta de discernimento, de
previdência etc.
O suicídio supõe tirar
voluntariamente a própria vida. Trata-se de um termo que deriva de dois
vocábulos latinos: sui (“de si mesmo”) e caedĕre (“matar”), ou seja,
matar-se a si mesmo.
São alarmantes as estatísticas
sobre esta forma de morte, em qualquer lugar do planeta.
A taxa de suicídio de
adolescentes com idades entre 10 e 14 anos aumentou 40% nos últimos 10 anos
e 33% entre aqueles com idades entre 15 e 19 anos, segundo o Mapa da
Violência 2014.
Todo dia, 28 brasileiros se suicidam e, para cada morte,
há entre 10 e 20 tentativas.
Diversas estatísticas colocam o
suicídio como sendo a quarta causa de morte mais frequente em todo o mundo, com
mais de 9.000 tentativas por dia.
Entre as condutas que podem ser
um indicador de um suicídio iminente, destacam-se a vontade de morrer (com frases do tipo “a minha vida já não faz
mais sentido” ou “não vejo qualquer motivo para viver”), a incapacidade
de descarregar os receios e as angústias, o esgotamento resultante da pressão
da vida social, o comportamento impulsivo e a introversão acentuada.
O termo suicida designa um tipo
de comportamento. Este comportamento
suicida inclui os seguintes eventos:
– Ideias suicidas:
Consistem pensamentos de acabar com suas próprias vidas e se podem assumir
formas de apresentação das mais variadas possíveis, tais como: * Ideia suicida
sem um método que seja específico, porque o sujeito tem um desejo de se matar,
mas se há a pergunta de como será colocado em prática, diz-se: “Eu não sei como, mas sei que vou fazê-lo”.
Já a ideia suicida denominada
como um método não específico ou indeterminado é aquela em que o indivíduo
expõe seu desejo de se matar e se pergunta como irá fazê-lo, geralmente
respondendo: « Ainda não sei, no entanto, enforcando-me, queimando-me,
batendo-me. «”.
Agora, o termo suicida como
um método específico não planejado, é aquele no qual a pessoa quer cometer
suicídio e escolhe um método particular para a concretização, mas ainda não
desenvolveu quando irá realizá-lo, em que local preciso, nem se tem levado em
consideração algumas precauções a fim de não ser descoberto e conseguir cumprir
seus propósitos de autodestruição.
Por outro lado, aquele que quer
cometer um ato suicida sempre parte friamente de um plano.
O plano de suicídio ou ideação
suicida planejada, em que o indivíduo deseja cometer seu suicídio, este escolhe
um método geralmente fatal, um lugar onde se auto executa, não dando o direito
de não ser descoberto por razões subjacentes à decisão a ser tomada para o fim
ao qual decidiu morrer.
Porém, ainda existe o que se
chama de ameaça de suicídio.
Ocorre nos casos em que há a
insinuação ou declaração verbal de intenções suicidas, normalmente expressadas
por pessoas intimamente ligadas ao assunto e que farão de tudo para evitá-lo.
Este por sua vez deve ser visto
como um pedido de ajuda.
Por fim, a tentativa de
suicídio, o ato suicida também é
chamado de para suicídio, tentativa de automutilação ou auto eliminação
intencional.
Ele é aquele ato em que
não há resultado de morte, mas o indivíduo deliberadamente se automutila.
Por fim, o suicídio intencional é aquele também
deliberadamente feito através de qualquer lesão, a fim de resultar em morte.
Hoje em dia ainda é debatido se
seria necessário que o indivíduo desejasse morrer ou não, porque, neste último
caso seria um suicídio acidental, em que não existe o ânimo, o desejo de morrer, embora
o resultado seja a morte.
Declaração de Fé das AD’s
Ensinamos que, na morte física do ser humano, alma e
espírito são separados do corpo e que os cristãos que partiram desse mundo são chamados de
“espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23), e os demais, de “espíritos em
prisão” (1 Pe 3.19).
Mas esses espíritos não ficam
vagando no espaço e nem se comunicam com os vivos. Rejeitamos a crença da
comunicação dos mortos com os vivos e a doutrina da reencarnação: “aos homens
está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hb 9.27);
“porque se lembrou de que eram carne, um vento que passa e não volta” (Sl
78.39).
Morte significa “separação”. Há
apenas dois destinos para os seres humanos, o Céu ou o Inferno.
O suicídio é analisado de
diferentes formas em função de cada cultura. Para muitas religiões, o suicídio
é um pecado, ao passo que outras crêem que alguém pode acabar com a sua própria
vida a mando divino.
Cultural. Honorabilidade oriental, como no Japão
Há sociedades que consideram
que o suicídio pode ser uma forma honorável de evitar ou escapar de situações
humilhantes.
Convém referir que também há
países que qualificam como suicídio aquelas mortes supostamente acidentais,
como as que ocorrem, por exemplo, quando uma pessoa alcoolizada conduz a uma
velocidade de 200 quilómetros à hora, acabando por embater o seu veículo contra
um poste ou um muro, o que se torna fatal.
De entre as personalidades e as
personagens históricas mais famosas que se suicidaram, pode-se mencionar Ernest
Hemingway (escritor), Kurt Cobain(cantor), Salvador Allende (presidente do
Chile), Séneca (Filósofo grego), Sócrates (Filósofo grego),, Getúlio Vargas
(presidente do Brasil).
Praticamente tudo o que a
Bíblia diz a respeito da alma fala também do espírito, pois ambos deixam o
corpo por ocasião da morte e sobrevivem a ela.16 Às vezes, o ser humano é tido
como “corpo e alma”17 e, outras vezes, “corpo e espírito”.18 Deus é revelado
como espírito19 e alma.20 Essa interligação, às vezes, confunde os termos alma
e espírito.21 Entretanto, eles são distintos entre si.
O Espírito Santo opera por meio
do espírito humano: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos
filhos de Deus” (Rm 8.16); mas isso nunca se diz com respeito à alma humana.
A Bíblia fala sobre o homem
perder a sua alma:
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua
alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mt 16.26
É a partir dela que o homem
sente, alegra-se e sofre através dos órgãos sensoriais.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1
Tessalonicenses 5:23
Como um dos elementos da
natureza essencial do ser humano, a alma é uma substância incorpórea e
invisível, inseparável do espírito, embora distinta dele, formada por Deus
dentro do homem, sendo também consciente mesmo depois da morte física
Deus tem um lugar preparado
para os salvos na sua morte, que é identificado de diversas maneiras: “uma casa não feita por mãos, eterna, nos
céus [...] nossa habitação, que é do céu” (2 Co 5.1,2); “habitar com o Senhor” (2 Co 5.8); “estar
com Cristo” (Fp1.23). Os mártires da Grande Tribulação aparecem debaixo do
altar de Deus, no Céu.
Frente a ética cristã, como soi
estudado neste assunto, o suicídio é uma forma de afastamento do homem de Deus,
por suas próprias mãos?
Se alma, corpo e espírito devem
em tudo ser santificados, ou consagrados à Deus, como entender a situação do
suicídio, perante a necessidade de descrtar uma parte do tricotômico ser
humano.
“O mesmo Espírito testifica com
o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16)
O que antecipa um suicídio:
A Bíblia nos narra uma
situação iminente da tentação de um homem morrer, ou pedir a Deus que lhe tirasse
a vida.
Este homem um profeta ígneo,
chamado Elias, teve uma perseguição movida pelo rei Acabe de tal forma,
virulenta que ele pediu a Deus a sua morte, e passou por profunda depressão. O
que poderia acabar em suicídio, se transformou em uma oração sobre a soberania
divina.
“O que vendo ele, se levantou
e, para escapar com vida, se foi, e chegando a Berseba, que é de Judá, deixou
ali o seu servo. Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se
debaixo de um zimbro; e pediu para si
a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não
sou melhor do que meus pais.” 1 Reis 19:3,4
Contudo, a passagem nos revela
que, ele tinha discernimento da soberania de Deus, sobre a vida humana: “: Já basta, ó
Senhor; toma agora a minha vida”
O Apóstolo Paulo nos ensina que
mesmo em apertos e situações extremas, viver ainda é o melhor, para quem está
em Cristo.
Porque, aqui ainda servimos aos
outros com nossas forças, quando, embora, seja melhor os céus, ali teremos
muito tempo, para estarmos para sempre com o Senhor:
“Porque para mim o viver é
Cristo, e o morrer é ganho. Mas,
se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva
escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito
melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e
permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé,”Filipenses
1:21-25
O suicídio encontra-se entre as 10 primeiras causas de
morte, sendo que por cada suicídio ocorrem 11 tentativas sem sucesso. Cerca
de 20% das pessoas que tentam suicidar-se, se não procurarem ajuda
especializada, repetem essa ação no prazo de um ano, aumentando a probabilidade
de eventualmente morrerem por suicídio. Cerca de 10 % de todas as tentativas de
suicídio são mortais.
Só em Portugal, a taxa de
suicídio dobrou na última década, de cerca de 600 para mais de 1.200 casos por
cada ano. Dá que pensar, não é? Até porque, embora os números referidos pareçam
deveras assustadores e difíceis de aceitar, a possibilidade de escolher por fim
à sua própria vida, pode afetar, em alguma medida, a cada um de nós, ou tão
importante quanto isso, pode envolver uma pessoa que nos é tão querida,
independentemente da idade, condição socioeconómica ou localização geográfica.
Judas – O mais forte exemplo de um suicida
“Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que
nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata,
retirou-se e foi-se enforcar.” Mateus 27:4,5
απαγχομαι – apagchomai
- agcho (sufocar); v. sufocar,
estrangular, a fim de tirar do caminho ou matar; enforcar-se,
terminar com a própria vida por enforcamento
A morte de Judas está relatada em Atos 1:18-19.
Segundo o relato, ele «precipitou-se de cabeça para baixo,
arrebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram» (Atos 1:18)
num local chamado "Campo de
Sangue". Segundo Mateus 27, ele se enforcou depois de tentar
devolver o dinheiro aos sacerdotes.
“Pequei, traindo sangue inocente.” (Mateus 27.4) Porém, eles o
ignoraram. Judas, irado, atirou as moedas ao santuário e, atormentado pelo que
havia feito, suicidou-se.
Judas teria uma segunda chance,
pois Pedro não foi diferente dele quando negou Jesus por três vezes antes que o
galo cantasse. A diferença entre os dois foi que Pedro se arrependeu após negar
Jesus, mas decidiu pedir perdão e continuar a praticar os ensinamentos d’Ele.
Contudo, Judas sentiu apenas remorso e não pediu perdão a Deus pelo que havia
feito, ao contrário, estava tão cego que se entregou para a morte.
“se precipitando de cabeça para
baixo” fosse um termo médico para “inchação”. (ou também possível que o cadáver
tenha inchado, arqueado a cabeça e pelo calor caído por terra arrebentando-se
conforme Milligan em O Vocabulá rio do Testamento Grego, pg. 535-536).
A história de Judas nos mostra
que uma vida de rebelião contra Deus não pode ser mudada facilmente.
Judas, assim como, Saul foram
réprobos.
Não havia mais em seus corações
algo bom, de forma que pudesse ser reparado, porque seguiram uma linha sem
saída de atos contra Deus e não puderam mais, retornar do caminho que tomaram e
sem o sentimento da verdade, fosse um mínimo da realidade que os afastou de
Deus.
1ª PARTE
SEM EDIÇÃO E
REVISÃO
Bibliologia ou Fonte:
Saul Foi Salvo? - Rev. Angus Stewart; Tradução: Felipe Sabino de Araújo
Neto
Citações no corpo do texto
Bíblia online
Apontamentos do autor
Livro no prelo Ética Cristã (escrito em 2014) deste autor
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