As
Orações dos Santos no Altar de
Ouro
Lição
13 – CPAD
Estudo
subsídio Pastor Prof Osvarela
TEXTO
ÁUREO
“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça,
para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, afim de sermos ajudados
em tempo oportuno.” Hb 4.16
Leitura
Bíblica Em Classe
Levítico
16.12,13; Apocalipse 5.6-10
Lv 16.12 – Tomará também o
incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus
punhos cheios de incenso aromático moído e o meterá dentro do véu.
13 – E porá o incenso sobre o fogo, perante o
SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o
Testemunho, para que não morra.
Ap 5.6 – E olhei, e eis
que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um
Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os
sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra.
7 – E veio e tomou o livro da destra do que estava
assentado no trono.
8 – E, havendo tomado o livro, os quatro animais e
os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas,
e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
9 – E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és
de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu
sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
10 – e para o nosso Deus os fizeste reis e
sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.
Conceito
exegético:
Em
Ap 8.3, a intercessão de Cristo nos é representada pelo
anjo com o incensário de ouro, a quem foi dado muito incenso para oferecer com as
orações dos santos sobre o altar de ouro diante do trono. Esses são atos verdadeiramente
sacerdotais, não reais. Porque em outra parte fica provado que tal só pode se
referir a Cristo, sendo refutadas as objeções de nossos oponentes.
"O
Cordeiro é visto estando no céu, como sido morto (hos esphagmenos, Ap 5.6) porque seu sangue é sempre novo e vivo (i.e., de
virtude e eficácia eternas). (2) Nossa defesa e proteção contra os relâmpagos
da lei e as acusações de Satanás, pleiteando nossa causa no tribunal de Deus.
Sua
fiança por nós, pela qual, assim como ele pede a graça do Pai e os dons do Espírito
imprescindíveis à nossa perseverança, também, em nosso nome, promete a Deus
obediência e fidelidade.
A
oferta de nossas pessoas e a santificação de nossas orações e de nosso culto
todo, em vista do fato de ele apresentar todas as nossas orações a Deus como
sacrifícios espirituais, perfumadas com o mais fragrante odor do sacrifício
dele, de modo que nele e mediante ele sejam agradáveis e aceitáveis a Deus (1
Pd 2.5).
Dessa
maneira, ele é apresentado como um anjo com um incensário aceso (Ap 8.3) a quem
é dado muito incenso, para que o ofereça com as orações dos santos. Em outro lugar
ele é chamado um altar sobre o qual todos os nossos sacrifícios devem ser
postos e somente sobre o qual o culto racional prestado a Deus pode ser-lhe agradável."
A Intercessão de
Cristo; François Turretin
Exórdio: “O altar será santíssimo, e tudo o que
nele tocar será santo” Êx.29.37
'O Altar de Incenso' (Ex 30:1-10)
Diferença de
altares: “O altar do sacrifício
foi feito de bronze. O altar do incenso foi feito com ouro puro.”
O Altar de Incenso estava
para frente, antes do véu, a terceira peça de mobília no Santo Lugar no qual o
santo incenso foi queimado. Foi feito de madeira de acácia revestida com puro
ouro e estava mais alto do que qualquer outro artigo no lugar santo, 2 côvados
(90 cm) de altura. Tinha um côvado quadrado e tinha ao redor, no topo, uma
coroa de ouro. Tinha quatro chifres dourados da mesma maneira que o altar de
bronze no pátio.
Abaixo, em cada lado
tinha anéis dourados para inserir as varas para o transporte.
O incenso era uma mistura
de três especiarias ricas e raras, que não foram identificadas até hoje. Estas
eram misturadas com o puro incenso, moídas e misturadas com sal. Esta fórmula
foi totalmente proibida para ser cheirada por qualquer indivíduo. Só podia ser
usada na adoração a Deus no Santo Lugar.
O altar do incenso, que
ficava no santuário, trazia, sobretudo, o propósito da oração intercessória. Ap.5.8
O altar e o sacrifício
nos falam sobre a invocação do nome do Senhor. É uma cena que nos ensina sobre
oração, louvor, adoração e gratidão.
A oferta tem como
objetivo primário agradar o coração de Deus.
Um dos mais gloriosos
princípios envolvidos no sacrifício sobre o altar é o da substituição. Trata-se
da concessão divina, segundo a qual é permitido que o pecador seja substituído
na execução da pena de morte que sobre ele seria imposta.
“Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros,
por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta
criação, Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma
eterna redenção.” Hebreus 9:11,12
Hoje não há mais incenso
a ser oferecido, pois o melhor perfume foi o próprio Cordeiro de deus e seu “bom
Cheiro”.
“E
veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e
foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos
sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu
com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo
tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar” Apocalipse 8:3-5
Tenho dito e ensinado, que oração não se apaga,
jamais ela passa. Após ser recebida nos céus ela entra em estado Eterno e fazer
efeito para aquilo que foi exarada e dita.
Champlin:
“Acredita-se
que a oração é mais poderosa do que a profecia, pois eventos preditos em
profecias podem ser alterados por meio da oração. Cf. este versículo com Êx
33.20.”
O caminho de uma oração é insuspeito, porque ela é
conduzida:
Primeiro em nome de Jesus – neste período da Graça.
A Escrita bíblica nos
garante, este pensamento, da eternidade da oração, quando lemos no texto
sagrado, a oração de Jesus, a Oração sacerdotal, pelos seus discípulos e por
todos que haveriam de crer N’Ele.
Quando ainda não havia
subido ao patíbulo da Cruz.
“E
não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de
crer em mim” João 17:20
Notemos que o texto do estudo nos dá esta dimensão
tipológica:
“o
incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o
propiciatório”
O incensar das orações é ligada a presença do
Senhor. É na nuvem do incenso, quando recebido e aceito por Deus.
Os anjos são os portadores das nossas orações; as
orações dos crentes.
Segundo, porque os anjos,
ministradores, as conduzem e as lançam em um lugar especialmente, adrede
preparado, para as recebe-las.
Terceiro, elas vão às
narinas de Deus.
“...,
subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus, ...”
Ou seja, elas são recebidas pelo Eterno para dali
terem o encaminhamento que elas devem obedecer, daquele instante em diante.
Embora, possa parecer estabelecimento de uma longa sequência,
ou trajeto, o ato se dá desde o momento em que elas saem dos nossos lábios,
mente ou coração.
Mas, também é necessário que toda oração passe por
um filtro eterno, a Justiça, e querer de Deus, para cada um que, ora!
Para que ela possa ser usada para atender o desejo,
conforme o coração de Deus e, seu Eterno propósito para cada um dos orantes.
“Então
me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste
o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as
tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe do
reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros
príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. Agora
vim, para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros
dias; porque a visão é ainda para muitos dias.” Daniel 10:12-14
O culto do altar, clerical por excelência, tinha
formas rígidas em seu ritual ordenado e organizado por Deus. O culto laico,
exercido nas festas sagradas, efetivava-se com mais liberdade de ação e
expressão, onde a religiosidade confundia-se com o civismo, especialmente na hinologia
salterial. O leigo não tinha acesso ao lugar santo, mas isso não lhe impedia de
ser um adorador de Javé, à parte do ritualismo sacrificial em que se fazia
representar pelo sacerdote.
Os simbolismos do culto sacerdotal realizaram-se e
se concretizaram em Cristo Jesus e são rememorados na mesa da eucaristia, no
púlpito do profeta, na congregação confessante, na comunidade que recebe o
perdão do Salvador, no coral dos novos levitas, os cantores da Igreja
sacerdotal. A essencialidade do culto de Israel preserva-se na Igreja: A
adoração; a confissão; o sacrifício de Cristo tipificado na Ceia; o sacrifício
do crente efetivado por sua dedicação a Deus (Rm 12.1,2); a confissão de
pecados, individual e comunitária; o perdão recebido mediante o sacrifício do
Cordeiro; a gratidão em expressões gratulatórias e em oferendas; e no louvor. Rev.
Onezio Figueiredo; Expressões
Cúlticas de Israel
O
ato, segundo Champlin:
“O
sumo sacerdote, no Dia da Expiação, entrava por quatro vezes no Santo dos
Santos. Na primeira vez com o incensário cheio de brasas extraídas do
altar. Sobre essas brasas ele queimava o incenso, preparado segundo uma
fórmula especial, divinamente determinada Êx 30.34-36. Essa mistura criava uma
fumaça que impedia que o sacerdote olhasse para a glória ‘shekinah’
do Santo dos Santos. Desse modo, era evitado que ele tivesse morte repentina.”
“Depois
do abate do novilho, mas antes da aspersão com seu sangue, o sumo sacerdote
tomava o incensário, que nessa ocasião era feito de ouro, e o enchia com brasas
vivas tiradas do altar, onde o fogo crepitava sem cessar, voltado para o lado
ocidental, na direção do Santo dos Santos, onde o Senhor habitava. Esse é o
sentido que a lei canônica dava à expressão que aqui lemos, ‘diante do
Senhor’” (Ellicott, in Ioc.).”
“Mas, vindo Cristo,
o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, Nem por sangue de
bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário,
havendo efetuado uma eterna redenção.” Hebreus 9:11,12
Hoje a Glória do
Eterno ainda não pode ser vista e este método eterno de nossas orações humanas entrarem
na presença de Deus, nos é facilitado e continuado, só que agora, pelo Nome de
Jesus, como a nossa confiança, que nossas orações entram na presença do Eterno.
“Tendo,
pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela
sua carne, E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus” Hebreus
10:19-21
A
Intercessão
A oração no sacrifício remeta a Jesus intercedendo
por nós. Jesus submeteu-se a condição do sacrifício perfeito e eterno, para
expiação do pecado de toda a Humanidade. Por isto, pode interceder por todos.
Nesta oração Jesus inclui a noção plena da extensão sacrificial para o Religare
Eterno, por Ele se dá a religação do Homem com Deus, sendo ele o sacrifício
cúltico do culto eterno à Deus.
O Ofício sacerdotal de Cristo consiste também, em
intercessão.
Concernente a essas três coisas, podem-se notar:
(1) sua necessidade;
(2) sua unidade;
(3) seu modo e natureza.
De sua unidade, tratamos quando discorremos sobre a
unidade do Mediador
Cristo obteve a primeira por sua satisfação, mas a
última ele conseguiu por sua intercessão.
Pela primeira, ele obteve salvação; pela última,
ele a preserva. O que a Lei e as ofertas do culto, mesmo no altar de ouro
jamais conseguiria.
O
verdadeiro “altar de ouro” foi o madeiro do Gólgota, O Monte Caveira.
Os animais oferecidos no Velho Testamento eram
tipos do Cordeiro de Deus, que se manifestaria na plenitude dos tempos (João
1.29). O Gólgota tornou-se, portanto, o palco para o sacrifício supremo.
Aqueles elementos revelados a Moisés, demonstravam
a conexão futura, entre os altares antigos e a Cruz.
Mas, há também pontos de contraste, pois o
sacrifício de Cristo, embora se assemelhe aos holocaustos judaicos, vai muito
além daqueles no seu significado e eficácia (Heb.7.26-27; 9.12-14,26).
Jesus, ali naquele lugar, adquiriu o direito à vida
e nos reconciliou a Deus;
“De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. [...]
porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo [...] Porque nos
convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores, e feito mais sublime do que os céus; [... ]; porque isto fez ele,
uma vez, oferecendo-se a si mesmo.” Hebreus
7:22-27
Ali, Ele efetivamente nos admite a uma participação
de vida e nos guarda continuamente uma vez firmados na graça de Deus.
Os dois papéis de Cristo, revelados nos prefixos
inter (intersatisfação — estar no
sacerdócio — e intercessão — somente
a cessão é aperfeiçoada).
No Antigo Testamento, o sumo sacerdote era obrigado
a fazer duas coisas em virtude de seu ofício — primeiro, oferecer uma vítima
sobre o altar de oferendas queimada por inteiro; segundo, levar o sangue da
vítima oferecida para dentro do lugar santo e queimar incenso sobre o altar de
incenso.
Quando despejado nas brasas, o incenso produzia um
delicioso aroma no Santo Lugar. Era a oferta da pessoa cujos pecados tinham
sido perdoados através do sangue, e então, foi em expressar esta fragrância de
amor, e adorar, em gratidão a Deus.
O Altar Dourado nos fala da adoração de Jesus
Cristo e do Seu povo para Deus. Ele é nosso Sumo Sacerdote e mediador. Somente
com base do um sacrifício de Jesus no altar da cruz que a adoração é possível.
As brasas que acendiam o incenso vieram do altar de sacrifício para o altar de
incenso.
O doce incenso era queimado continuamente, ali.
- Estava antes do véu, do trono de Deus (Jesus por
nós). Fonte:O Altar
Dourado – Jesusnet; 1998 O Acelerador de Conhecimento Bíblico
“Olhando
para Jesus, autor e consumador da fé,
o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou
a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.”
Hebreus 12:2
Havendo terminado seu sacrifício na terra, sobre a
cruz, é necessário que Cristo interceda no céu, onde está á destra de Deus-pai.
“E
por eles me santifico a mim mesmo (satisfação pessoal), para que também
eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também
por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um,
como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para
que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:19-21
1ªParte - Continua
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