A Batalha Espiritual do
Apóstolo Paulo
Um Estudo e compilações e adaptações
Pr. Prof Univ Osvarela
Neste
trimestre a figura do Apóstolo Paulo, ressaltará a cada lição, pois ele foi um
que lutou várias batalhas, em várias frentes da vida.
1.
O
seu apostolado
2.
Na
sua vida pessoal:
”
2 Coríntios
12:7b. Portanto, para que eu não ficasse empolgado demais, foi-me dado um
espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para esbofetear-me, para que eu não
fique eufórico demais.
Paulo
sofre dor física mesmo? Explicação, coerente apresenta a hipótese: “Paulo teve um
espinho na carne. O grego emprega o termo skolops,
que significa ou estaca ou espinho. Não é correto pensar em empalação ou
crucificação, porque Paulo sempre usa stauros
quando escreve sobre a cruz. Aqui a palavra tem o sentido de um espinho ou
outro objeto que fere a pele de Paulo e o machuca. Paulo também usa a palavra
carne, que aponta à fragilidade de seu corpo físico. A maioria dos estudiosos
concorda que esse termo deve ser interpretado literalmente, isto é, Paulo
suportava dor física. Paulo escreve que sua aflição física é um mensageiro de
Satanás, isto é, um dos anjos maus de Satanás. Ao dar a Paulo um espinho para
lhe causar desconforto físico, Deus permite que Satanás mande um dos seus anjos
para atormentar o apóstolo. [..., “para esbofetear-me”, é ainda mais
descritiva, isto é, o mensageiro de Satanás feria Paulo no rosto. Explicações
do mal de Paulo são numerosas; há pelo menos doze diferentes sugestões, várias
delas bem aproveitáveis. Entre as sugestões estão a epilepsia, a histeria, a
nevralgia, a depressão, problemas de visão (ver Gl 4.14, 15), malária, lepra,
reumatismo, um impedimento na fala (ver 10.10; 11.6), tentação, inimigos
pessoais (comparar com 11.13-15) e maus-tratos de um demônio.”
Ao
descrever, isto, mostramos que a batalha espiritual, pode atingir e atinge, por
vezes, o corpo físico do que batalha.
3.1
Como cidadão romano. Paulo nascido em Tarsis,
era um romano sem ter origem romana. As cidades que eram consideradas como
tendo ajudado a Roma, de várias formas, sejam em conquistas e batalhas,
conseguiam por ordem discricionária do Imperador, o título de “civitas libertas”,
e assim, todos os que nasciam nestas cidades, ou locais, ainda que não sendo
solo original romano, dava a todos os seus moradores, ali nascidos,
independente de cor, raça, ou etnia o direito de cidadania romana (menos os
escravos); O general romano Marco Antônio concedeu-lhe o privilégio de libera Civitas
(“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte, embora fizesse parte de uma
província romana, era autônoma, e não estava sujeita a pagar tributo a Roma. As
tradições democráticas da cidade-estado grega de longa data estavam
estabelecidas no tempo de Paulo.
Um
privilégio nos tempos do forte Império da águia e das centúrias com o
estandarte vermelho.
Considerando
as vicissitudes históricas de Tarso na época imperial, podemos dizer que as
famílias abastadas da cidade gozavam da cidadania Tarsenses.
Uma
confirmação disso é que Dion de Prusa fala em “quinhentas dracmas” como
condição para adquirir o direito de cidadania em Tarso.14 No discurso aos
cidadãos de Tarso, o orador Dion os convida a reconhecerem também aos
“operários do linho”, linourgói, o direito de cidadania,
já que eles nasceram, vivem e trabalham em Tarso, pois tal direito é reconhecido
imediatamente para quem está disposto a pagar quinhentas dracmas. Em todo caso,
se a família de Paulo faz parte da comunidade judaica de Tarso, é provável que
goze dos direitos adquiridos pela comunidade.
É provável que o avô de
Paulo tenha adquirido esse direito graças às benemerências em relação à causa
romana. Essa situação favorável se apresenta na metade do século I a.C., no con
texto da guerra civil entre os assassinos de César, Cássio e Bruto, e os
filocesarianos Antônio e Otaviano. A cidade de Tarso, como foi dito acima, foi
envolvida política e finan ceiramente nessas lutas entre os dois partidos.
Antônio an tes, no período da sua aventura no Oriente de 30 a 40 a.C., e
Otaviano Augusto depois demonstraram seu reconhecimento à cidade de Tarso,
cumulando-a de isenções e favores.
Dion de Prusa, em seu
segundo discurso em Tarso, afirma que Augusto tratou seus habitantes como
verdadeiros amigos e aliados, concedendo-lhes territórios, leis, honras e direitos
sobre os rios e sobre o mar.Podemos pensar que nessas circunstâncias os
antepassados de Paulo tenham conseguido o direito de cidadania romana.
O
relato lucano sobre a prisão de Paulo em Jerusalém se esclarece que ele, desde
seu nascimento, goza do privilégio de “cidadão romano”. De fato, o tribuno,
diante dos gritos insistentes da multidão que pede a morte de Paulo, faz com
que ele seja levado para dentro da fortaleza Antônia e ordena que seja
interrogado “para saber o motivo por que gritavam tanto contra ele”. Paulo é
amarrado com correias e, no momento em que estava para ser açoitado, pergunta
ao centurião: “E permitido a vocês açoitar um cidadão romano sem ter sido
julgado?”. O centurião vai, então, até seu superior e lhe comunica o status
civil de Paulo, lembrando-lhe do risco que está correndo: “Veja bem o que vai
fazer! Esse homem é cidadão romano!”. Então, o próprio tribuno se dirige a
Paulo, perguntando-lhe oficial mente: “Diga-me, você é cidadão romano?”.
Paulo responde: “Sou sim”.
Surpreso,
o tribuno diz a Paulo: “Eu precisei de muito dinheiro para adquirir essa
cidadania!”. Paulo retruca: “Pois eu tenho essa cidadania de nascença”.
Imediatamente, o oficial dá ordens para suspender o interrogatório de Paulo. E
Lucas conclui sua narrativa dizendo que o tribuno ficou com medo, “ao
saber que Paulo era cidadão romano, e que mesmo assim o haviam acorrentado”
(At 2,25-29).
Uma via de acesso mais
direta e segura à cidadania Tarsenses está ligada ao status de maior prestígio,
que Paulo teria herdado da família, isto é, de cidadão romano.
Assim, ele se diz: “Atos
dos Apóstolos 21,39: “Eu sou um judeu de Tarso da Cilicia, cidadão [polítes] de
uma cidade não sem importância”
Ele não só é originário
de Tarso, mas “cidadão”, a pleno título, dessa cidade. Paulo é descrito por
Lucas pela sua condição: ”O direito de cidadania romana é regulado pelas
antigas leis Valeria, Julia e Porcia. A Lex Julia, relativa à vis publica,
proibia a qualquer magistrado condenar à morte ou supor que Lucas chegou a
conhecer essa condição de cidadão romano de Paulo e a tenha utilizado em função
de seu plano historiográfico sobre as origens e a expansão da Igreja primitiva.”
Segundo Lucas, Paulo é
cidadão romano pelo nasci mento e, por isso, pode dizer como Cícero: “Civis
romanus natus sum”.
Os romanos consideravam “Libertas” como o
estado ou condição natural dos homens.
Havia três coisas que determinavam o status ou
a condição de um homem:
- Libertas (se um homem era um homem livre ou
não)
- Civitas (se um homem era cidadão ou não; isto
é, o ESTADO ou CONDIÇÃO dos cidadãos (a condição desfrutada por cives * / os
civis)
- Família (que propriedade tem o homem)
Libertas foi o primeiro essencial dos três Sem
Libertas não poderia haver status, pois servos ou escravos não poderiam ser
cidadãos (não poderia ser um Civis Romanus), não poderia possuir propriedade
(família), e não poderia reivindicar nenhum direito de determinação para uma
família (família).
Para ser um cidadão, um homem deve ser um homem
livre; mas Libertas (o estado de ser livre) não implica necessariamente Civitas
(cidadania), pois um homem pode ser Liber (livre) sem ser Civis (cívico /
cival).
Família implica tanto Libertas e Civitas, e ele
só quem é ‘Civistem familia’. Assim, Família necessariamente inclui Civitas,
mas Civitas não inclui necessariamente Família em um sentido; para família pode
ser mudado, enquanto libertas e civitas permanecem: "cum et libertaa et civitas retinetur, familia tan turn mutatur mini-
mam esse capitis diminutionem constat".
Mas Civitas (cidadania) tão fortemente implicou
necessariamente em Família (propriedade), que nenhum Civis Romanus (Cidadão
Romano) permaneceu sem família.
As Batalhas físicas (possíveis doenças).
3.
Depressão.
Pelo capítulo 1 já tomamos conhecimento de que Paulo estava desanimado pelas
suas experiências na Ásia Menor (1.8).
Contraditório:” “Em
tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não
completamente perplexos” (4.8). Somos “entristecidos, mas sempre
alegres” (6.10).
4.
Visão
fraca. Escrevendo aos gálatas, Paulo menciona que sua doença era uma aflição
para eles. Contudo, eles o aceitaram como anjo de Deus e teriam feito qualquer coisa por ele, até
arrancar seus próprios olhos para lhe dar (Gl 4.14, 15).
Será que Paulo estava
sofrendo de oftalmia?
Pode ser apenas uma
hipérbole. Paulo tinha seus amanuenses, e ele cita que “daria até seus olhos”
5.
Epilepsia. Será que Paulo sofria
de ataques ocasionais de epilepsia, dos quais um exemplo seria sua experiência
de conversão às portas de Damasco? Um ataque epiléptico causa períodos de
inconsciência, o que não aconteceu quando Jesus fez Paulo parar perto de
Damasco. Paulo não desfaleceu, caiu e ficou cego, e depois relata em detalhes o
que lhe aconteceu, citando, inclusive (diferente de relato de Lucas) o que
aconteceu aos seus acompanhantes.
6.
Inimigos. Essa epístola revela
a oposição contra qual Paulo teve de lutar continuamente. Seus oponentes foram
de fato uma fonte de agonia mental para ele. Não creio, Paulo fazia questão de
transformar os sofrimentos, qe lhe foram afligidos por seus inimigos, sejam judeus,
ou outros povos, como marcas em seu corpo, por amor a jesus Cristo, seu Kurios.
7.
Visitação de demônios. Essa teoria ensina
que quando Paulo estava no céu, foi dominado pelo orgulho. Mas de repente foi
atacado por um demônio que o punia para conservá-lo humilde. Paulo orou três
vezes ao Senhor para fazer com que o ataque parasse, mas foi-lhe dito que tinha
de aprender sua lição e confiar na suficiência da graça de Deus.
Contraditório: Paulo jamais poderia ser
afligido no céu, além do que, o desconforto físico do espinho na carne não é
uma provação temporária no céu, mas uma dor persistente na terra. E mais, não
há indicação no texto de que Paulo tenha vivenciado um castigo no céu, porque
lá é um lugar muito improvável para um demônio vencer o apóstolo. um espinho na
carne foi dado a Paulo não por um mensageiro de Satanás, e sim pelo Senhor, que
permitiu que o mensageiro de Satanás o esbofeteasse.
- “dizer que a aflição
de Paulo na Galácia foi epilepsia porque os gálatas podem ter mostrado desprezo
ou desdém acrescentar algo que não está no texto (Gl 4.14).” A tradução literal
de ekptuw
é “eu
cuspo para fora”, mas os tradutores preferem o sentido secundário: “Eu
desprezo”.
A Batalha Pós-Conversão:
Perdendo o Orgulho.
Caçador caçado – Por Jesus
Perdeu: “Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel,
da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o
zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas
o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.” Filipenses 3:5-7
“Respirando
ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” cf. Atos 8:4
(Atos
9:1), Saulo resolveu que já era tempo de levar a campanha a algumas das
“cidades estrangeiras” nas quais se abrigaram os discípulos dispersos.
Lhe
era de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara
guardar a Lei, mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua
natureza pecaminosa decaída.
De
que modo, pois, poderia ele ser reto para com Deus?
Paulo
no caminho de Damasco, sofreu uma coisa momentosa.
Num lampejo cegante,
Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias
de Deus e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo
vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu
persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém
fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na
cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos
9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e
conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’
fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.
2
Coríntios 12:7b; Dr. Simon Kistemaker
Fontes: (Principal, compilada e ampliada e adptada) 2 Coríntios 12:7b; Dr. Simon Kistemaker
Curiosidades:
A Vida Do Apóstolo Paulo
Vivos
Paulo
- O-Apostolo - dos - Gentios - Rinaldo - Fabris
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