O AVIVAMENTO ESPIRITUAL NO MUNDO
Em Edição
LIÇÃO 08 –
CPAD
Subsídio
Pastor Prof Osvarela
“O mundo é minha paróquia” John Wesley
Texto Áureo
Ezequiel
47:5
E mediu mais
mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram
profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia
passar.
Leitura bíblica
Ezequiel
37:7-10; Ezequiel 47:1-9
Ezequiel
37:7-10
Então,
profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e
eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.
E olhei, e
eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre
eles por cima; mas não havia neles espírito.
E ele me
disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito:
Assim diz o Senhor Jeová : Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre
estes mortos, para que vivam.
E profetizei
como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram
em pé, um exército grande em extremo.
Depois
disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas de debaixo
do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa olhava para o oriente,
e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do
altar.
E ele me
tirou pelo caminho da porta do norte e me fez dar uma volta pelo caminho de
fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o oriente; e eis que
corriam umas águas desde a banda direita.
Saiu aquele
homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me
fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos.
E mediu mais
mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais
mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.
E mediu mais
mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram
profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia
passar.
E me disse:
Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do
ribeiro.
E, tornando
eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de árvores, de uma
e de outra banda.
Então, me
disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no
mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas.
E será que
toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros
viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão essas águas e sararão, e
viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro.
AVIVAMENTO
- Revendo o Conceito:
Conceito
de avivamento espiritual
Ezequiel 37. 7 ss: Então,
profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e
eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso. Então,
profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e
eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.
E olhei, e eis que vieram
nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima;
mas não havia neles espírito.
E ele me disse: Profetiza ao
espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor
Jeová: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para
que vivam.
O texto de
Ezequiel tem em sua primeira camada, a promessa para o povo de Israel. Porém uma
exegese universal/tipológico leva-nos ao entendimento de um avivamento sob a
tipologia do avivamento, ou seja, como algo sem vida, como um esqueleto pode
ser reavivado e passar a ter uma reconstrução, com nervos, carne e pele.
A tipologia
vai além e de forma sobrenatural no texto, apesar de ser um corpo não possui
espírito (de vida).
Aqui
entendemos que, a tipologia está ligada ao “ruach” (o ar que
passa pelo hálito de Deus, O Sopro de Vida).
Ezequiel 37:10 E
profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e
se puseram em pé, um exército grande em extremo.
Desta forma,
o Avivamento só pode ser produzido pelo Pneuma - Espírito Santo – assim como,
os ossos com nervos, carne e pele só passaram a viver e se transformaram em um
grande exército, o avivamento no Mundo se dá sempre pela ação pneumática do
Espírito Santo agindo em toda Terra!
O
Avivamento e a Manifestação do Espírito Santo.
A importância
do falar em novas línguas.
Quem crer e for batizado
será salvo[...]. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome (...); falarão
novas línguas; Marcos 16:16,17
A palavra “Avivamento”
vem do verbo “avivar” que significa: tornar mais vivo, despertar,
reanimar-se e vivificar-se. John Stott conceitua avivamento como:
“... uma visitação
inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma
comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por
ela”.
Devemos compreender que Avivamento é o cumprimento da Promessa de Deus em Joel
2 e a resposta da oração, inspirada pelo Espírito Santo, do profeta Habacuque
que dizia: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos”.
Avivamento
é, acima de tudo, a manifestação de Deus no meio do povo, através do Espírito
Santo, com a finalidade de renovar, reavivar e despertar a Igreja sonolenta e
acomodada.
“A igreja do primeiro
século era uma igreja carismática. Lucas, que gravou sua história no livro de
Atos, incluiu nele fielmente a abundância de fenômenos sobrenaturais que retrataram
sua vida e seu ministério. Línguas, profecias, curas e milagres – e todos os
outros carismas – eram comuns e até mesmo tidos como norma (Atos 1: 8; 10:
19; 13: 2); (HYATT,2018, p. 20).”
Visão distorcida
do Pentecostalismo:
“Cabe ainda ressaltar,
sobretudo a partir dos trabalhos de Rivera (2001), a importância do livro de
Atos dos Apóstolos como texto seminal do pentecostalismo. O citado autor
comenta que, enquanto o cristianismo tradicional, incluindo as igrejas
protestantes históricas, tem como fato fundador as doutrinas em torno de Jesus
Cristo, o pentecostalismo apresenta uma ruptura radical ao eleger o evento de
Pentecostes como ponto fundamental em detrimento dos discursos doutrinários
baseados nos ensinamentos de Jesus, ...”
Avivamento Mundial na profecia de Ezequiel:
Ezequiel 47. 1-9 Saiu aquele homem para o
oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar
pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos.
E
mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e
mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.
E
mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas
eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se
podia passar.
E
me disse: Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem
do ribeiro.
E,
tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de
árvores, de uma e de outra banda.
Então,
me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram
no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas.
E
será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois
ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão essas águas e
sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro.
A sequência
da profecia/revelação ou translado em visão, de Ezequiel aponta para um avanço
por etapas do Avivamento no Mundo.
Lucas 24:47 ..., e, em seu nome, se
pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações,
começando por Jerusalém.
Esperança
por meio de Águas Vivas (47.1-12)
O profeta é
transportado nas águas de um ribeiro.
Posso entender,
que há simbolismo sobre o mover do avivamento para todo o Mundo.
De um nível
dos tornozelos, passando para o nível dos joelhos até águas que inundavam uma
área que só podia passar a não ser a nado.
Entendemos:
Nível
dos tornozelos – Jerusalém – Atos 2 – Jerusalém
Nível dos joelhos – Samaria
Nível dos lombos – Em toda a região palestina
e demais de regiões vizinhas
Nível de nadar – Em todo os continentes
Jesus ordenou
em consonância a este entendimento, que a ação se inicia-se em Jerusalém (E,
estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que
esperassem a promessa do Pai, que(disse ele) de mim ouvistes. Atos 1:4), é
a primeira caminhada do avivamento desde a Igreja primitiva entre os Apóstolos.
Entendendo:
A repartição
da terra que começou a ser descrita em 45.1-8 continua em 47.13—48.35
aponta para uma universalização das águas do Espírito envolvendo o Profeta, da
mesma forma que ele foi obrigado a nadar, o Espírito Santo quer inundar além de
Jerusalém.
Aqui
encontramos um interlúdio poético acerca de águas refrescantes para as nações.
Elas vinham de debaixo do umbral da casa (Templo), para o oriente; essa água da
redenção vinha de baixo, da banda do sul do altar. Em sua visão, Ezequiel foi
levado para observar a corrente de água fluindo através do Templo.
Ezequiel aponta
para o fluxo das águas desde Jerusalém, por debaixo do umbral do Templo a Casa
do Senhor. Em Jerusalém onde se deu o batismo no Espírito Santo.
Batismo no(/com)
Espírito Santo é o revestimento de poder para propagar a mensagem do
Evangelho por todo Mundo, desde então a chama do movimento que avivou a
Igreja em Jerusalém, no mover carismático começa a se espalhar [Então, me
disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina] através
desses cristãos inflamados pela mesma experiência que vivenciou os apóstolos,
no dia de Pentecostes.
Logo após o
Espírito Santo iniciou o reavivamento espiritual além de Jerusalém, entre os da
Judéia e Samaria
Marcos
16:15-17 E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer
e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
E estes sinais seguirão
aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
Atos 1:8 Mas recebereis a virtude
do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Origem do
termo Pentecostal:
O movimento
Pentecostal no presente século é fruto de um Avivamento genuíno que ocorreu na
América do Norte, após seu início na Grã-Bretanha, no início do século passado,
e que se espalhou por todo mundo, inclusive no Brasil.
Historicamente,
é que o termo pentecostal está ligado sociologicamente à explosão de
avivamentos que aconteceram nos Estados Unidos no final do século XIX e início
do século
XX. Na verdade, o Espírito Santo nunca se tornou inoperante, mesmo em tempos
obscuros na história da igreja.
Avivamento
ou Pentecostalismo:
“Dons como a
glossolalia (falar em línguas) tornaram-se tão raros que as igrejas acabaram esquecendo
a função deles na comunidade cristã”. Isso não significa que a glossolalia
tenha desaparecido da igreja ao longo dos séculos. Burgess mostra precedentes
históricos do vínculo do batismo no Espírito Santo com o falar em línguas, tal
qual ensina o pentecostalismo moderno: “Reconhecidamente, a ênfase nas línguas
é um tanto rara, mas as línguas de fato existiram antes em vários contextos
cristãos”.
Nenhum Avivamento,
citados abaixo, foi conhecido como Pentecostal, pois o termo é do início do
século XX, quando houve o derramamento do Espírito Santo nos Estados Unidos da
América, semelhante à manifestação de Atos dois.
Deus sempre
avivou ou reavivou sua Igreja em várias ocasiões diferentes. Esses períodos da
Era Cristã foram marcados por reavivamentos maravilhosos, onde Deus se
manifestou aos seus servos de forma sobrenatural.
O
pentecostalismo está dentro de um gênero de manifestação religiosa que chamamos
de entusiasmo religioso. Entusiasmo vem de “en” (prefixo que significa dentro)
e “Theos”, que é Deus, e significa Deus dentro, sendo uma palavra de
origem religiosa.
Avivamento
na História
da Igreja:
As
manifestações entusiásticas ou carismáticas, como também são chamadas, têm
ocorrido no cristianismo desde seus primórdios. A primeira manifestação ou
continuação que se conhece na história da igreja foi o movimento montanista,
na segunda metade do segundo século, mais ou menos por volta do ano
170. Esse movimento ocorreu na Ásia menor, atual Turquia, numa
região chamada Frigia, e o fundador foi o profeta cristão Montano, que se
considerava o porta-voz do Espírito Santo, e anunciou para breve o fim do
mundo. Ele era acompanhado por duas profetisas: Maximila e Priscila.
Montanismo
Outros movimentos
de avivamento, ao longo dos séculos
O Montanismo
foi sem dúvida alguma o primeiro grande avivamento da Igreja.
Montano
(126-180 d. C.)
pai de um movimento que ansiava pela volta aos dias da igreja do primeiro
século.
No século
II Montano (126-180 d. C.), líder religioso da Frígia na Ásia Menor no século II, é
considerado pai de um movimento que ansiava pela volta aos dias da igreja do
primeiro século, no qual todas as ações seriam comandadas pelo Espírito Santo
através de experiências extáticas.
Paul Tillich afirma em
História do Pensamento Cristão: “A igreja cristã excluiu o montanismo do seu
seio. Foi um avivamento do Espírito, não há provas que confirmem as
acusações feitas contra Montano. Contudo, a vitória sobre o montanismo resultou
em perda”.
Esse elogio
e busca da tomada do crente pelo sagrado – manifestado, sobretudo, pelo dom de
línguas – é também noticiado por:
Tertuliano
(160-220 d. C.),
Orígenes
(185-254 d. C.),
Pacômio
(292-348 d. C.),
Crisóstomo
(345-407 d. C.) e
Agostinho
(354-430 d. C.),
apenas para citar alguns dos nomes de maior vulto.
No 3º (terceiro
século), continuamos com os relatos de líderes do cristianismo primitivo
conhecidos por toda cristandade como:
Irineu de
Lyon (125-200 d.C.),
Novaciano
(210-280 d.C.),
Cipriano
(195-258 d.C.) e
Tertuliano,
talvez o mais famoso deles, considerado o “principal apologista” da Era dos Pais
da Igreja (RENNER, 2015, p. 50).
Sobre o
testemunho relatado de Tertuliano acerca dos dons em sua época, Hyatt escreveu:
“Tertuliano
demonstra, portanto, que no terceiro século os dons espirituais ainda eram
comuns na igreja. Seu ponto de vista sobre a obra do Espírito Santo após o
batismo é especialmente interessante sob a ótica do movimento
pentecostal/carismático moderno, que também ensina que há um aumento de poder
que se segue à conversão.”
Como
outros de sua era, Tertuliano não fornece nenhum indício de que esses dons
viessem a cessar. (HYATT, 2018, p. 26).
Já no século
XII, há os Cátaros (significava puro), com homens que se diziam purificados
pela visita do Espírito Santo; praticamente abandonaram a relação com a Igreja
medieval e buscaram uma aproximação com os carismas da Igreja Primitiva nos
padrões do Novo Testamento, numa busca do Pentecostes, com práticas do uso de
dons espirituais (“visões, profecias e possessões espirituais”).
Século XII
a XIII –
Valdenses (nome derivado do líder do movimento Pedro Valdo (1140-1218)), um
movimento de renovação e avivamento dentro da Igreja, predecessores da Reforma
Protestante
No século
XVI, os Anabatistas, muito lembrados pelos estudiosos do pentecostalismo;
No início do
século XVIII, os Camisardos;
A partir do século
XVII aos dias atuais, os Quakers/Quacres; George Fox (“enquanto
orávamos, o poder de Deus foi tão grande que a casa parecia tremer. Quando
terminei, alguns professores disseram que foi como nos dias dos apóstolos,
quando a casa onde eles estavam tremia”) foi o fundador do movimento Quaker.
Pietismo – um importante movimento
carismático na Alemanha, com repercussão até a ação entre os Holiness, anos
depois.
Evidências do avivamento no Pietismo: manifestação dos carismas do Espírito, as profecias e o falar em línguas.
Neste século
XVII, não poderíamos destacar o surgimento o movimento dos moravianos, que
alcançou a vida e a vocação de John Wesley (1703-1791), que pregava a
santificação pela obra do Espírito Santo. Mais tarde, essa experiência de
santificação ficou sendo conhecido como a “segunda obra da graça” ou o “batismo
no Espírito” com o despertar do movimento metodista.
A Igreja
Morávia tem suas origens no pré-reformador João Huss (1373-1415), João Huss, o
ganso que profetizou o aparecimento do cisne (Lutero), 100 anos depois.
Alcance:
O movimento
de avivamento pietista não ficou restrito somente à Alemanha, mas passou pela
Holanda, pela Inglaterra e pela Índia.
Entre os séculos
XVIII até os dias atuais e com especial popularidade no século XIX,
os Shakers (Bitun, 2007; Souza, 2013). "Shaker", em inglês, significa
algo como "chacoalhante", e era assim, em êxtase, que eles ficavam
durante os cultos.
A origem do
nome é pejorativa -o nome oficial do grupo era Sociedade Unida dos
Crentes na Segunda Aparição de Cristo.
“O museu Hancock, em
Pittsfield, oeste do Estado, procura reproduzir a rotina dos shakers no século
19 -inclusive com encenações "ao vivo". Em 1830, 300 pessoas viviam
na Hancock. Havia 19 comunidades semelhantes nos EUA -uma ainda existe, em
Sabbathday Lake, Maine, também na Nova Inglaterra.”
Ezequiel 47.
Avivamento
ao longo dos séculos:
Justino Mártir (100-165
d.C.), que em seu Diálogo com Trifão nos relata algumas das experiências
sobrenaturais que observara presente dentro da igreja de sua época: “Pois os
dons proféticos permanecem conosco até o dia de hoje. [...] Agora ainda é
possível ver entre nós homens e mulheres que possuem os dons do Espírito de
Deus” (ROBERTS; DONALDSON,1874, p. 243)
No segundo
século da Era Cristã, logo após o período Apostólico, Justino Mártir não nos
mostra nenhum indício sobre a cessação dos carismas e da experiência
pentecostal.
No século
XVI, Deus levantou homens como Martinho Lutero, João Calvino e John Knox. No
século XVIII, ocorreu o Avivamento Morávio com o Conde Zinzendorf, o Grande
Reavivamento na Inglaterra com John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield
e o Reavivamento Americano com Jonathan Edwards.
John
Wesley
“O mundo é
minha paróquia”
Antes de ter
marcado um período de avivamento no Reino Unido, a relação de John Wesley com a
religião era um pouco mais retraída.
Sua visão
religiosa começou a mudar a partir de 1735, quando Wesley partiu em um navio
rumo à América com colonos ingleses e cristãos morávios (vindos da República
Tcheca). Na viagem missionária, ele foi profundamente tocado pela devoção dos
protestantes morávios e passou a reavaliar sua fé.
À convite de
alguns morávios que conheceu na viagem, Wesley participou de uma reunião
religiosa em Londres, em maio de 1738.
Todos os
anos, de carruagem ou a cavalo, Wesley percorria mais de 6 mil quilômetros pela
Europa para pregar. Em toda a sua vida, ele pregou cerca de 40 mil sermões. Até
a sua morte, em 1791, ele continuou fazendo campanhas sobre questões sociais,
como a reforma das prisões e a educação universal.
O que todos esses movimentos tinham e têm em comum, desde o século II até o tempo presente, é que dialogam, de certa forma, com o pentecostalismo moderno. Campos (2005) aponta essa tendência como uma inclinação ao caráter irracional da mística religiosa. Falando-se em Ocidente, Souza (2013) lembra que, a partir do quinto século de nossa era, a Igreja Católica Romana se institucionaliza fortemente, recebendo mais tarde a influência da filosofia escolástica. Essa tendência de hierarquização, controle institucional e estudo sistematizado afeta a Reforma Luterana do século XVI e, por afinidade, em maior ou menor grau, todo o protestantismo histórico2, relegando aos movimentos carismáticos, tais como os acima citados, certo status marginal.
Era um movimento
tipicamente carismático, apelando para novas revelações, relativizando o valor
da igreja, dos bispos e da própria Bíblia. Mas, depois, ao longo do tempo, da
Idade Média, houve muitos movimentos desse tipo, movimentos pequenos, que
acabavam sendo objeto de forte repressão por parte da igreja oficial, e não
duraram muito tempo. Com certeza, depois da Reforma Protestante,
multiplicaram-se essas manifestações entusiásticas, principalmente em conexão
com avivamentos. O pentecostalismo tem uma genealogia. É filho de um movimento,
surgido nos Estados Unidos, chamado Holiness, ou santidade; este, por
sua vez, é filho do metodismo, que é filho do anglicanismo. Essa seria a
genealogia do movimento pentecostal.
Perigo da
Institucionalização da Igreja:
O Avivamento
não coaduna com negócios.
A Idade
Média (600-1517 d.C.)
Era das
Trevas (500-1300 d.C.) – silêncio sobre o pentecoste/Avivamento.
“Praticamente todo
historiador do cristianismo concorda que a institucionalização da igreja
primitiva foi acompanhada pelo esmorecimento dos dons carismáticos”.
Ash Jr. (1976, p.
227)
O perigo de “negociar”
(fazer negócio com a Igreja) (II Pe.2.3) infere na redução da ação
carismática dos Dons do Espírito e impedem o Avivamento, pois leva ao amortecimento/”desaparecimento”
dos dons espirituais.
Esta Institucionalização
da Igreja se dá em primeira mão com Constantino,
A resenha de
John Wesley de 1750, dizia:
“O principal motivo pelo
qual os dons desapareceram tão cedo não foi somente a perda rápida da
fé e santidade, mas sim os homens excessivamente formais, ortodoxos e secos
que começaram a ridicularizar todos os dons que eles mesmos não tinham e a
censurá-los por serem todos ou loucura ou impostura.” (CURNACK, 1938, p.
490).
Cessacionismo:
“Não devemos mais ali mentar a expectativa de que
quem receba a imposição de mãos deva receber o Espírito Santo e falar em
línguas”. Agostinho de Hipona
A ação do Espírito
Santo no Mundo é motivo de entendimento diverso, não só em nossos dias, mas
desde os tempos de Agostinho (354-430 d. C.), era uma época de
distanciamento da ação espiritual, e introdução de um pensamento mais
antropológico, com evidências de introdução de doutrinas eivadas de
gnosticismo, além de um afastamento das Doutrinas e viver apostólico.
O fundamento principal da
filosofia cartesiana consiste na pesquisa da verdade, com relação a existência
dos "objetos", dentro de um universo de coisas reais. O método
cartesiano está fundamentado no princípio de jamais acreditar em nada que não
tivesse fundamento para provar a verdade.
Agostinho conhecido
como o “pai da Teoria Cessação” por ter sido o primeiro
a escrever
relatos sobre a escassez dos carismas (dons).
“Agostinho de Hipona
(354-430) e João Crisóstomo (354-407), bispo de Constantinopla, são exemplos
clássicos dessa teologia cessacionista. Para Agostinho, o sinal das línguas
“foi dado e então expirou.”
Após a
propagação da mensagem cessacionista, justamente por essa falta de crença nos Dons
Espirituais, o movimento decorrente da experiência do dia de Pentecostes
foi marginalizado na história, por um longo período do Cristianismo que haveria
de vir. Termo
utilizado por Eddie Hyatt em sua obra “2000 Anos de Cristianismo Carismático:
um olhar do século 21 na história da igreja a partir de uma perspectiva
carismático-pentecostal”
FONTE:
Edição 329 -
17 Mai 2010 - Ihu On-Line - professor do Instituto Presbiteriano Mackenzie,
Alderi Souza de Matos;
https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/3207-alderi-souza-de-matos#:~:text=Alderi%20Souza%20de%20Matos%20%E2%80%93%20Aqui,segundo%20grupo%2C%20Assembleia%20de%20Deus.
Pentecostalismo:
traços históricos - Graziela Wolfart
A História
do Pentecostalismo – Pr. Florêncio Moreira de Ataídes - Sexto presidente da
MISPA - Missão Priscila e Áquila
Pastor da
IPR desde 09-12-1989
http://iprb.org.br/_ANTIGO/artigos/textos/art101_150/art137.htm
NOVA
INGLATERRA
Comunidade
rural e puritana repelia o sexo até para procriação, mas não dispensava bens
materiais - do enviado especial a Massachusetts. Folha de São Paulo – Rodrigo Leite;
São Paulo, segunda, 9 de março de 1998; https://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx09039806.htm
Site: Subsídiosdominical
O que aconteceu com os dons espirituais? Artigo: Pr. Esequias Soares
Guiame; Conheça a história de John Wesley, o homem que provocou avivamento na Europa; O Guiame foi até Londres, na casa de John Wesley, para conhecer mais a fundo a história deste pastor que marcou o século 18.
https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/conheca-historia-de-john-wesley-o-homem-que-provocou-avivamento-na-europa.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário