segunda-feira, fevereiro 13

ANEXO I - Lição 07 Estevão – Um Mártir Avivado - 1° Trimestre de 2023

ANEXO I - Lição 07 Estevão – Um Mártir Avivado - 1° Trimestre de 2023

Subsídio Pastor e prof. Osvarela

As Sinagogas:

O  Santuário Menor

As sinagogas se iniciaram no exílio nos idos de Ezequiel.

Muito embora, alguns não datem o início deste local de ensino e leitura das Escrituras. Mas, a sinagoga tinha um papel muito importante para a comunidade judaica, já que era o centro de educação religiosa e de orientação espiritual do povo.

συναγωγη - sunagoge; n. f. ajuntamento, recolhimento (de frutas); no NT, uma assembleia de homens; Sinagoga -  assembleia de judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembleia de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos

As construções onde aquelas assembleias judaicas solenes eram organizadas. Origem: Parece-nos ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico.

No hebraico, o templo recebe o nome de בית כנסת, transl. beit knésset, significando "casa de reunião". Também pode ser chamado בית תפילה, beit tefila: "casa de oração".

No NT:

Lucas 4:16-21 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.

E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro [...], E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes judeus, tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das grandes cidades tinha diversas, ou mesmo muitas sinagogas. Na região havia entre 390 a 480 sinagogas.

Nestes tempos de Jesus, já existia a Sinagoga - em Jerusalém especificamente, não havia sinagogas. Isso porque a presença do Templo dispensava-a -  que servia de encontro nos sábados e servia de escola para os filhos dos judeus se iniciarem na leitura da Torá. Jesus frequentou o Templo e a Sinagoga. Sabemos que os Romanos no ano 70 d.C. destruíram o Templo e Jerusalém. Daí por diante a Sinagoga adquire forças e passa a ser o lugar do culto.

As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições.

Saulo (Paulo de Tarso) - Isso leva a crer que Saulo fazia parte dessa Sinagoga e lá demonstrava seu zelo e radicalismo. Aliás, é possível que todos os primeiros sete diáconos também tenham vindo de lá. Portanto, a Sinagoga dos Libertos foi afetada, perdendo muitos membros que se tornaram diáconos na Igreja de Jerusalém, e apoiaram os apóstolos no serviço aos santos.

συναγωγη era, antes dos tempos do N.T., apropriada para designar uma sinagoga, uma assembleia judaica para adoração, distinta do Templo, em cujo sentido é usado no N.T.

Provavelmente por esta razão, e também por sua grande aptidão etimológica inerente, εκκλησια (Eklésiaa) é a palavra tomada para designar igreja cristã, uma associação de crentes que se encontram para adorar. Estas palavras, no entanto, são algumas vezes usadas no N.T. num sentido não técnico

Administração de uma sinagoga:

As sinagogas geralmente possuem uma comissão administrativa. Uma comissão ad hoc de três membros adultos, com profundo conhecimento da halacá, formam o Bet Din, para exercer funções judiciárias. Um presidente leigo da congregação, chamado em hebraico de rosh haknesset, pode presidir sobre a disciplina, finanças, supervisão dos empregados, com o apoio de anciãos que formam um conselho, os parnas. Um bedel, o gabbai, é responsável pela manutenção e providenciar elementos dos serviços. Os serviços são presididos e cantados por um Chazan ou cantor. Nos dias atuais tornou-se comum contratar rabinos para exercer funções congregacionais em uma sinagoga.

“E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.” Lucas 4.16 ss

αρχισυναγωγος - archisunagogos; n. m. líder da sinagoga. Era seu dever selecionar os leitores ou mestres na sinagoga, examinar os discursos dos oradores públicos, e ver que todas as coisas fossem feitas com decência e e de acordo com o costume ancestral

A referência de  cultos ao Senhor se iniciou com o Tabernáculo sob a saga mosaica, seguiu após a construção do primeiro Templo hebreu de Salomão, filho de David, em meados do século 9 a.C. que foi destruído pela primeira vez pelos Babilônios em 586/587 a.C.

Agora o Povo de Deus, não tem mais terra e nem Templo. Somente depois do regresso do exílio da Babilônia a religião Judaica começa a tomar a forma atual. Surge nesta época a Sinagoga, o culto passa a centralizar-se surgindo à figura do Rabino, geralmente um fariseu conhecedor da Lei Judaica. Este hábito já teve seu início na Babilônia onde o povo judeu não possuía mais seu Templo.

Historicamente, para alguns estudiosos, as origens da sinagoga remontam a este momento, tempos em que os judeus exilados, expulsos da Palestina, foram obrigados a manter seus preceitos. Denominada pelos judeus de o “santuário menor”. O lugar onde a memória dos rituais do templo destruído deveria ser mantida e, nesse sentido, os sacrifícios eram substituídos por preces afins, realizadas em horários equivalentes, o que irá definir a estrutura litúrgica judaica.

Sigo a informação:

Depois do regresso do exílio na Babilônia que o judaísmo começou a se desenvolver, com o culto a centrar-se na sinagoga, um hábito adquirido na Babilônia devido à inexistência de um templo. A sinagoga passou a funcionar como um ponto de encontro dos judeus para as orações e para a leitura das Escrituras.

Seu propósito:

Elas eram locais de ensino da Lei, e se ornaram locais de ensino dos jovens judeus.

A exigência básica para a formação de uma sinagoga era que houvesse pelo menos dez homens.

Cirene inicia sua importância na história bíblica através da dispersão dos judeus.

Ainda em Jerusalém são citados os judeus de Cirene que foram juntos com os de Alexandria e das províncias da Cilícia e da Ásia, para discutir com Estevão, os quais pertenciam a chamada "Sinagoga dos Libertos".

Ruínas da antiga sinagoga de Kfar Bar'am, na Galileia.

Os indícios mais antigos de uma sinagoga são fragmentos de uma inscrição contendo a dedicação de uma sinagoga encontrados no Egito, que datam do século III a.C.

O edifício mais antigo de uma sinagoga já descoberto pelos arqueólogos é a Sinagoga de Delos, uma sinagoga samaritana que data de 150 - 128 a.C. ou até mesmo antes, e localiza-se na ilha de Delos, no mar Egeu.

E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Asia, e disputavam com Estêvão. Atos 6:9

Sinagoga Dos Libertinos

A Sinagoga dos Libertos não era um recinto de judeus hebreus, mas, sim, dos judeus helenistas.

Era um espaço frequentado por peregrinos turistas e imigrantes que, de passagem ou permanentemente, reuniam-se ali para debater teologia e estudar a Toráh na versão grega (língua usual no sidos do NT).

Além disso, ele significa que eles eram estranhos, que viviam na Judéia, para poderem exercer mercadorias ou aprender. Por isso, ele disse que alguns deles eram cirenianos (de Cirene), alguns de Alexandria, alguns da Cilícia, alguns da Ásia. Ele disse que eles eram todos da sinagoga dos libertinos.

Collationis Carthagine habitae inter Catholicos et Donatistas, publicado pela Optatus’s. works, Paris, 1679, (nº 201 e p. 57), temos as seguintes palavras: Victor episcopus Ecclesiae Catholicae Libertinensis dixit , Unitas est ilic, publicam non latet conscientiam . A unidade existe: todo o mundo sabe disso. duas passagens es parece que havia na Líbia uma cidade ou distrito chamado Libertina, cujos habitantes tinham o nome de Libertines, quando o cristianismo prevaleceu lá. Eles tinham uma visão episcopal entre eles, e o vencedor acima mencionado era seu bispo no conselho de Cartago, no reinado do imperador Honório. E a partir daí, parece provável que a cidade ou distrito e o povo existissem no tempo em que Lucas está falando aqui. Eles eram judeus (sem dúvida), e surgiram, como os judeus cirenianos e alexandrinos, para trazer suas ofertas a Jerusalém e adorar a Deus no templo ali.

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Houve uma grande diferença de opinião sobre o significado dessa palavra. As principais opiniões podem ser reduzidas para três:

1.      A palavra significa propriamente um “homem livre”, um homem que havia sido escravo e posto em liberdade. Muitos supuseram que essas pessoas eram escravos de origem romana, mas que haviam se tornado proselitistas da religião judaica e que tinham uma sinagoga em Jerusalém. Essa opinião não é muito provável; embora seja certo, de Tácito (Ann., lib. 2: c. 85), que havia muitas pessoas dessa descrição em Roma. Ele diz que 4.000 prosélitos judeus de escravos romanos libertados foram enviados ao mesmo tempo para a Sardenha.

Libertinos. Durante as guerras civis, muitos judeus foram escravizados e depois libertados por seus senhores. Um escravo consumado era chamado libertino. Estes eram provavelmente os descendentes de tais libertos que haviam retornado a Jerusalém, após o decreto de Tibério expulsar os judeus de Roma por volta de 20 dC

2.     Pompeu, o Grande, quando subjugou a Judéia, enviou um grande número de judeus a Roma (Philo, In Legat. Ad Caium). Esses judeus foram postos em liberdade em Roma e designaram um lugar além do Tibre como residência. Veja Introdução à Epístola aos Romanos (1.1-7). Essas pessoas são chamadas por Philo de “libertinos” ou “libertos” (Kuinoel, in loco). Muitos judeus também foram transportados como cativos por Ptolomeu I. para o Egito e obtiveram uma residência naquele país e nas proximidades.

3.     Suidas diz que este é o nome de um lugar. E em um dos pais esta passagem ocorre: “Victor, bispo da Igreja Católica em Libertina, diz que a unidade existe, etc.” a partir desta passagem, fica claro que havia um lugar chamado “Libertina”. Aquele lugar era na África, não muito longe da antiga Cartago. Veja o comentário do Dr. Pearce sobre este local.

Obs.: Sefarad quer dizer Espanha em hebraico. Após a saída da palestina em 70 d.C., o grupo que se instalou na Península Ibérica e Marrocos teve grande intercâmbio com comunidades árabes e orientais, criando inclusive novos dialetos como o ladino, que admitiu influências do hebraico no castelhano. A inquisição, a partir de 1492, marca uma diáspora sefaradita em direção à Europa Oriental, África e América.

Destaque a formação da Sinagoga dos Libertinos ou Libertos:

Atos 6.8-10

Atos 6. 8- E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.

9- E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.

“Na manhã de Pentecostes havia gente de todas as etnias visitando Jerusalém por ocasião de mais uma festa sagrada, temos razões bíblicas para acreditar que nem toda aquela gente era visitante, peregrina ou turista, mas imigrantes, aliás, conforme sugere o sentido da palavra “residindo”, que aparece em Atos 2.5, que na versão NAA já é traduzida por “morando”. Conclui-se, então, que boa parte do povo alcançado por Pedro na manhã de Pentecostes – gente da Ásia, Capadócia, Líbia, Cirene e Egito, e até mesmo de Roma – não estava de passagem em Jerusalém, antes moravam em Jerusalém e lá tinham um ponto de encontro semanal muito bem localizado, e justamente por isso deduz-se que eles marcavam presença notável na sociedade daquele tempo, reunindo-se em sinagogas próprias, conforme mencionado em Atos dos Apóstolos, a chamada “Sinagoga dos Libertos” (At 6.9).

Mencionada uma única vez na Bíblia, a “Sinagoga dos Libertos” ficava nas escadarias das Portas de Huldah, uma das principais entradas do santuário. Essas portas davam acesso ao Pátio dos Gentios, local sobremodo movimentado em dias de festividade, localizado também na região da cordilheira do Ofel, ao sul do monte do Templo, de onde se contemplava parte do monte das Oliveiras. Era um local estratégico, exposto à vista de todos os que caminhavam em direção ao santuário, já que ficava junto a um dos muros, bem à sombra do Templo.

O espaço foi edificado para atender às necessidades básicas dos peregrinos, no entanto os helenistas de residência fixa fizeram do local a sua segunda casa de oração, sem nenhum tipo de interferência das autoridades da Judeia. Nela, a Escritura era lida e explicada pelos doutores helenistas nos dias de sábado e, em pouco tempo, o recinto se tornou um reduto de teólogos da Diáspora, no qual se reuniam para debates fecundos e, vez ou outra, terminavam em discussões sérias.” Parte de Artigo publicado no Jornal Mensageiro da Paz, Ano 91 – Número 1.629 – Fevereiro de 2021

Os helenistas que moravam em Jerusalém eram religiosos febris, fanáticos, zelosos da Lei de Moisés e pode-se dizer que pagavam um preço alto para morar em Jerusalém.

Bibliografia:

Sinagogas e o processo de renovação da arquitetura ligada ao judaísmo

Sergio Kopinski Ekerman; site: vitruvius em 13/02/2023 às 20:22

O que era a Sinagoga dos libertos? Site:Fazerpergunta

Estudo de Atos 6:9 – Comentado e Explicado; by bibliaco - Posted on 13 de março de 2020

A controvérsia acerca de Estêvão (6:8-15); Bibliografia I. H. Marshall

O Dia de Pentecostes e a Sinagoga dos Libertos; Douglas do Carmo é pastor-auxiliar na Assembleia de Deus em Bonsucesso, Rio de Janeiro (RJ), e mestrando em Teologia na PUC-Rio. É pós-graduado em Teologia Bíblica do NT e bacharel em Teologia pela FAECAD. Artigo publicado no Jornal Mensageiro da Paz, Ano 91 – Número 1.629 – Fevereiro de 2021

Bíblia Org

https://synagogues-360.anumuseum.org.il/gallery/delos-synagogue/

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