ANEXO I -
Lição 07 Estevão – Um Mártir Avivado - 1° Trimestre de 2023
Subsídio
Pastor e prof. Osvarela
As
Sinagogas:
O Santuário Menor
As sinagogas
se iniciaram no exílio nos idos de Ezequiel.
Muito
embora, alguns não datem o início deste local de ensino e leitura das
Escrituras. Mas, a sinagoga tinha um papel muito importante para a comunidade
judaica, já que era o centro de educação religiosa e de orientação espiritual
do povo.
συναγωγη
- sunagoge;
n. f. ajuntamento, recolhimento (de frutas); no NT, uma assembleia de homens; Sinagoga
- assembleia de judeus formalmente
reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras;
reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde,
também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembleia
de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos
As
construções onde aquelas assembleias judaicas solenes eram organizadas. Origem:
Parece-nos ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico.
No hebraico,
o templo recebe o nome de בית כנסת, transl. beit knésset, significando
"casa de reunião". Também pode ser chamado בית תפילה, beit tefila:
"casa de oração".
No NT:
Lucas 4:16-21 E, chegando
a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume,
na sinagoga, e levantou-se para ler.
E foi-lhe dado o livro do
profeta Isaías; e, quando abriu o livro [...], E, cerrando o livro, e tornando-o
a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam
fitos nele.
Na
época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas
também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes
judeus, tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das grandes cidades tinha
diversas, ou mesmo muitas sinagogas. Na região havia entre 390 a 480 sinagogas.
Nestes
tempos de Jesus, já existia a Sinagoga - em Jerusalém especificamente, não
havia sinagogas. Isso porque a presença do Templo dispensava-a - que servia de encontro nos sábados e servia de
escola para os filhos dos judeus se iniciarem na leitura da Torá. Jesus
frequentou o Templo e a Sinagoga. Sabemos que os Romanos no ano 70 d.C.
destruíram o Templo e Jerusalém. Daí por diante a Sinagoga adquire forças e
passa a ser o lugar do culto.
As sinagogas
eram também usadas para julgamentos e punições.
Saulo
(Paulo de Tarso) - Isso
leva a crer que Saulo fazia parte dessa Sinagoga e lá demonstrava seu zelo e
radicalismo. Aliás, é possível que todos os primeiros sete diáconos também
tenham vindo de lá. Portanto, a Sinagoga dos Libertos foi afetada, perdendo
muitos membros que se tornaram diáconos na Igreja de Jerusalém, e apoiaram os
apóstolos no serviço aos santos.
συναγωγη era, antes dos tempos do
N.T., apropriada para designar uma sinagoga, uma assembleia judaica para
adoração, distinta do Templo, em cujo sentido é usado no N.T.
Provavelmente
por esta razão, e também por sua grande aptidão etimológica inerente, εκκλησια
(Eklésiaa) é a palavra tomada para designar igreja cristã, uma associação de
crentes que se encontram para adorar. Estas palavras, no entanto, são algumas
vezes usadas no N.T. num sentido não técnico
Administração
de uma sinagoga:
As sinagogas
geralmente possuem uma comissão administrativa. Uma comissão ad hoc de três
membros adultos, com profundo conhecimento da halacá, formam o Bet
Din, para exercer funções judiciárias. Um presidente leigo da congregação,
chamado em hebraico de rosh haknesset, pode presidir sobre a disciplina,
finanças, supervisão dos empregados, com o apoio de anciãos que formam um
conselho, os parnas. Um bedel, o gabbai, é responsável pela manutenção e
providenciar elementos dos serviços. Os serviços são presididos e cantados por
um Chazan ou cantor. Nos dias atuais tornou-se comum contratar rabinos
para exercer funções congregacionais em uma sinagoga.
“E, cerrando o livro, e tornando-o
a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam
fitos nele.” Lucas 4.16 ss
αρχισυναγωγος
- archisunagogos;
n. m. líder da sinagoga. Era seu dever selecionar os leitores ou
mestres na sinagoga, examinar os discursos dos oradores públicos, e ver que
todas as coisas fossem feitas com decência e e de acordo com o costume
ancestral
A referência
de cultos ao Senhor se iniciou com o
Tabernáculo sob a saga mosaica, seguiu após a construção do primeiro Templo
hebreu de Salomão, filho de David, em meados do século 9 a.C. que foi destruído
pela primeira vez pelos Babilônios em 586/587 a.C.
Agora o Povo
de Deus, não tem mais terra e nem Templo. Somente depois do regresso do exílio
da Babilônia a religião Judaica começa a tomar a forma atual. Surge nesta
época a Sinagoga, o culto passa a centralizar-se surgindo à figura do
Rabino, geralmente um fariseu conhecedor da Lei Judaica. Este hábito já teve
seu início na Babilônia onde o povo judeu não possuía mais seu Templo.
Sigo a
informação:
Depois do regresso do
exílio na Babilônia que o judaísmo começou a se desenvolver, com o culto a
centrar-se na sinagoga, um hábito adquirido na Babilônia devido à inexistência
de um templo. A sinagoga passou a funcionar como um ponto de encontro dos
judeus para as orações e para a leitura das Escrituras.
Seu propósito:
Elas eram
locais de ensino da Lei, e se ornaram locais de ensino dos jovens judeus.
A exigência
básica para a formação de uma sinagoga era que houvesse pelo menos dez homens.
Cirene inicia sua importância na
história bíblica através da dispersão dos judeus.
Ainda em
Jerusalém são citados os judeus de Cirene que foram juntos com os de Alexandria
e das províncias da Cilícia e da Ásia, para discutir com Estevão, os quais
pertenciam a chamada "Sinagoga dos Libertos".
Os indícios
mais antigos de uma sinagoga são fragmentos de uma inscrição contendo a
dedicação de uma sinagoga encontrados no Egito, que datam do século III a.C.
E levantaram-se alguns que
eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e
dos que eram da Cilícia e da Asia, e disputavam com Estêvão. Atos 6:9
Sinagoga Dos
Libertinos
A
Sinagoga dos Libertos
não era um recinto de judeus hebreus, mas, sim, dos judeus helenistas.
Era um
espaço frequentado por peregrinos turistas e imigrantes que, de passagem ou
permanentemente, reuniam-se ali para debater teologia e estudar a Toráh
na versão grega (língua usual no sidos do NT).
Além disso,
ele significa que eles eram estranhos, que viviam na Judéia, para poderem
exercer mercadorias ou aprender. Por isso, ele disse que alguns deles eram cirenianos
(de Cirene), alguns de Alexandria, alguns da Cilícia, alguns da Ásia. Ele
disse que eles eram todos da sinagoga dos libertinos.
Collationis
Carthagine habitae inter Catholicos et Donatistas, publicado pela Optatus’s. works, Paris, 1679, (nº
201 e p. 57), temos as seguintes palavras: Victor episcopus Ecclesiae
Catholicae Libertinensis dixit , Unitas est ilic, publicam non latet
conscientiam . A unidade existe: todo o mundo sabe disso. duas passagens es
parece que havia na Líbia uma cidade ou distrito chamado Libertina,
cujos habitantes tinham o nome de Libertines, quando o cristianismo
prevaleceu lá. Eles tinham uma visão episcopal entre eles, e o vencedor acima
mencionado era seu bispo no conselho de Cartago, no reinado do imperador
Honório. E a partir daí, parece provável que a cidade ou distrito e o povo
existissem no tempo em que Lucas está falando aqui. Eles eram judeus (sem
dúvida), e surgiram, como os judeus cirenianos e alexandrinos,
para trazer suas ofertas a Jerusalém e adorar a Deus no templo ali.
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Sinagogas nos Tempos de Jesus - Rodrigo Silva - Bloco 1"
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Houve uma
grande diferença de opinião sobre o significado dessa palavra. As principais
opiniões podem ser reduzidas para três:
1. A palavra significa
propriamente um “homem livre”, um homem que havia sido escravo e posto
em liberdade. Muitos supuseram que essas pessoas eram escravos de origem
romana, mas que haviam se tornado proselitistas da religião judaica e que
tinham uma sinagoga em Jerusalém. Essa opinião não é muito provável; embora
seja certo, de Tácito (Ann., lib. 2: c. 85), que havia muitas pessoas dessa
descrição em Roma. Ele diz que 4.000 prosélitos judeus de escravos
romanos libertados foram enviados ao mesmo tempo para a Sardenha.
Libertinos. Durante as guerras civis,
muitos judeus foram escravizados e depois libertados por seus senhores. Um
escravo consumado era chamado libertino. Estes eram provavelmente os
descendentes de tais libertos que haviam retornado a Jerusalém, após o decreto
de Tibério expulsar os judeus de Roma por volta de 20 dC
2. Pompeu, o Grande, quando subjugou a
Judéia, enviou um grande número de judeus a Roma (Philo, In Legat. Ad Caium).
Esses judeus foram postos em liberdade em Roma e designaram um lugar além do
Tibre como residência. Veja Introdução à Epístola aos Romanos (1.1-7). Essas
pessoas são chamadas por Philo de “libertinos” ou “libertos” (Kuinoel,
in loco). Muitos judeus também foram transportados como cativos por Ptolomeu I.
para o Egito e obtiveram uma residência naquele país e nas proximidades.
3. Suidas diz que este é o nome de
um lugar. E em um dos pais esta passagem ocorre: “Victor,
bispo da Igreja Católica em Libertina, diz que a unidade existe, etc.” a
partir desta passagem, fica claro que havia um lugar chamado “Libertina”.
Aquele lugar era na África, não muito longe da antiga Cartago. Veja o
comentário do Dr. Pearce sobre este local.
Obs.: Sefarad
quer dizer Espanha em hebraico. Após a saída da palestina em 70 d.C., o
grupo que se instalou na Península Ibérica e Marrocos teve grande intercâmbio
com comunidades árabes e orientais, criando inclusive novos dialetos como o
ladino, que admitiu influências do hebraico no castelhano. A inquisição, a
partir de 1492, marca uma diáspora sefaradita em direção à Europa Oriental,
África e América.
Destaque
a formação da Sinagoga dos Libertinos ou Libertos:
Atos 6.8-10
Atos 6. 8- E Estêvão,
cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9- E levantaram-se alguns
que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, dos alexandrinos, e
dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
“Na manhã de
Pentecostes havia gente de todas as etnias visitando Jerusalém por ocasião de
mais uma festa sagrada, temos razões bíblicas para acreditar que nem toda
aquela gente era visitante, peregrina ou turista, mas imigrantes, aliás,
conforme sugere o sentido da palavra “residindo”, que aparece em Atos 2.5, que
na versão NAA já é traduzida por “morando”. Conclui-se, então, que boa parte do
povo alcançado por Pedro na manhã de Pentecostes – gente da Ásia, Capadócia,
Líbia, Cirene e Egito, e até mesmo de Roma – não estava de passagem em Jerusalém,
antes moravam em Jerusalém e lá tinham um ponto de encontro semanal muito bem
localizado, e justamente por isso deduz-se que eles marcavam presença notável
na sociedade daquele tempo, reunindo-se em sinagogas próprias, conforme
mencionado em Atos dos Apóstolos, a chamada “Sinagoga dos Libertos” (At
6.9).
Mencionada uma única vez
na Bíblia, a “Sinagoga dos Libertos” ficava nas escadarias das Portas de
Huldah, uma das principais entradas do santuário. Essas portas davam acesso ao
Pátio dos Gentios, local sobremodo movimentado em dias de festividade,
localizado também na região da cordilheira do Ofel, ao sul do monte do Templo,
de onde se contemplava parte do monte das Oliveiras. Era um local estratégico,
exposto à vista de todos os que caminhavam em direção ao santuário, já que
ficava junto a um dos muros, bem à sombra do Templo.
O espaço foi edificado
para atender às necessidades básicas dos peregrinos, no entanto os helenistas
de residência fixa fizeram do local a sua segunda casa de oração, sem nenhum
tipo de interferência das autoridades da Judeia. Nela, a Escritura era lida e
explicada pelos doutores helenistas nos dias de sábado e, em pouco tempo, o
recinto se tornou um reduto de teólogos da Diáspora, no qual se reuniam para
debates fecundos e, vez ou outra, terminavam em discussões sérias.” Parte de Artigo
publicado no Jornal Mensageiro da Paz, Ano 91 – Número 1.629 – Fevereiro de
2021
Os
helenistas que moravam em Jerusalém eram religiosos febris, fanáticos, zelosos
da Lei de Moisés e pode-se dizer que pagavam um preço alto para morar em
Jerusalém.
Bibliografia:
Sinagogas e
o processo de renovação da arquitetura ligada ao judaísmo
Sergio Kopinski
Ekerman; site: vitruvius em 13/02/2023 às 20:22
O que era a
Sinagoga dos libertos? Site:Fazerpergunta
Estudo de
Atos 6:9 – Comentado e Explicado; by bibliaco - Posted on 13 de março de 2020
A
controvérsia acerca de Estêvão (6:8-15); Bibliografia I. H. Marshall
O Dia de
Pentecostes e a Sinagoga dos Libertos; Douglas do Carmo é pastor-auxiliar na
Assembleia de Deus em Bonsucesso, Rio de Janeiro (RJ), e mestrando em Teologia
na PUC-Rio. É pós-graduado em Teologia Bíblica do NT e bacharel em Teologia
pela FAECAD. Artigo publicado no Jornal Mensageiro da Paz, Ano 91 – Número
1.629 – Fevereiro de 2021
Bíblia Org
https://synagogues-360.anumuseum.org.il/gallery/delos-synagogue/
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