sábado, fevereiro 24

Lição 08: A Disciplina na Igreja CPAD 25 de Fevereiro 2024

 Lição 08: A Disciplina na Igreja CPAD Adultos – TEMA: O CORPO DE CRISTO – Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo - Escola Biblica Dominical 

Subsídio Pastor e professor Osvarela

Texto Áureo

E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido. (Hb 12.5)

Prática

A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.

“A disciplina é a mãe do temor!” Osvarela

LEITURA BÍBLICA

Hebreus 12.5-13

5 – E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido;

6 – porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.

7 – Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem opai não corrija?

8 – Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.

9 – Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?

10 – Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.

11 – E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.

12 – Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,

13 – e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.

A) Objetivos da Lição:

I) Mostrar a necessidade de disciplina na igreja;

II) Destacar que a disciplina tem como propósito preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado;

III) Apresentar as diferentes formas de disciplina elencadas na Bíblia.

Texto definidor:

Todo filho está sob a disciplina do pai e nós que cremos em Jesus, somos filhos de Deus - João 1.12, e estamos passiveis da disciplina de Deus, por sermos seus filhos e família de Deus - Efésios 2,19.

Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos.

"Todo o que ama a disciplina ama o conhecimento, mas aquele que odeia a repreensão é tolo" (Provérbios 12.1). . "Quem despreza a disciplina cai na pobreza e na vergonha, mas quem acolhe a repreensão recebe tratamento honroso" (Provérbios 13.18).24 de jul. de 2010

Aquele que ordena a disciplina na igreja é o mesmo que estabelece o padrão a ser seguido no exercício da mesma. Esse padrão consiste primeiramente em amor paternal (Hb 12.4-13). É certo que o mundo vê a disciplina como expressão de ira e hostilidade, mas as Escrituras mostram que a disciplina de Deus é um exercício do seu amor por seus filhos.

Breve comentário explicativo: A Disciplina pode ser um ato de correção, mas também pode ser uma forma de conduta pessoal. O termo tem estas vertentes, então devemos estar atentos quando usamos a palavra DISCIPLINA.

Disciplina é saber se controlar. A pessoa disciplinada se dedica a coisas boas e não permite espaço para o pecado. A disciplina ajuda a evitar os impulsos que levam ao pecado. A disciplina é o caminho para a sabedoria.

A Disciplina, nas Escrituras, evoca primeiramente o zelo e o amor com aquele que é disciplinado e para com o indisciplinado, que necessita de correção.

A disciplina é uma expressão de amor paternal. “Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga” (Provérbios 13:24).

Disciplinar corretamente as crianças quando são pequenas poupa problemas maiores mais tarde.

Introdução:


Disciplina - substantivo feminino; obediência às regras, aos superiores, a regulamentos; ordem, regulamento, conduta que assegura o bem-estar dos indivíduos ou o bom funcionamento (p.ex., de uma organização).

Disciplina eclesiástica é um termo em risco de extinção no atual vocabulário cristão e nesta fase da Igreja. O pós-modernismo trouxe aos homens um pensamento do individualismo (o meu corpo, minhas regras).

Desde então estes princípios do pós-modernismo foram absorvidos no seio da igreja

Desta forma, a disciplina ou qualquer conceito que ameace o individualismo e a liberdade de escolha quanto ao estilo de vida, comportamento, etc., é logo taxado de arcaico, ou alguma forma de atingir a individualidade do crentes.

A dicotomia prática, (usada como argumento facilitador por aqueles que não amam a disciplina) de muitos cristãos gera a ilusão de que a igreja não tem nada a ver com o procedimento "secular" de seus membros e que cada crente é responsável por si mesmo da sua forma de vida.

Conceitos:

Disciplina é submissão a uma regra, aceitação de certas restrições. Ensino, instrução, educação.

Na disciplina pode estar envolvido sofrimento corporal, castigo ou não.

Castigo é sofrimento corporal ou moral infligido a um culpado. Pena, punição, mortificação.

Nessa "nova era" em que vivemos sob o antropocentrismo, a igreja é vista como uma organização altamente dependente do indivíduo, e que precisa conservá-lo ao custo de várias exceções. O medo da impopularidade leva muitos líderes à cumplicidade e pecados são justificados em nome de uma atitude mais "humana." Por outro lado, o que dizer daqueles que, em nome do zelo pela disciplina, cometeram injustiças e causaram mais males que bens? Em todo esse contexto, a disciplina tem uma vida curta e a tolerância consagra-se como a virtude da moda.

NO entanto a Igreja sendo constituída por homens, é uma Instituição divina regrada pelas Bíblia e dirigida pelo Espírito Santo, até ao dia do encontro da noiva com o noivo nos céus. E toda noiva procura agradar o noivo.

“Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,” Tito 2:12

Para se aplicar a disciplina se deve ensinar, discipular o crente para que ele entenda que a vida cristã é uma vida com regras morais, comportamentais sob a égide da Bíblia e da Declaração de fé da Igreja da qual é agora membro, e todo membro deve seguir regras.


Discurso:

Disciplina é a obediência ao conjunto de regras e normas que são estabelecidos por determinado grupo. Também pode se referir ao cumprimento de responsabilidades específicas de cada pessoa.

Do ponto de vista social, a disciplina ainda representa a boa conduta do indivíduo, ou seja, a característica da pessoa que cumpre as ordens existentes na sociedade.

Neste aspecto, o oposto de disciplina é a indisciplina, quando há a falta de ordem, regra, comportamento ou de respeito pelos regulamentos.

Como dito, cada grupo social apresenta o seu conjunto de normas e regras de conduta, que variam de acordo com os seus preceitos. O significado de manter a disciplina no trabalho ou a disciplina na igreja, por exemplo, são diferentes, visto que para cada parte as regras e comportamentos costumam variar, de acordo com aquilo que estas consideram de maior importância.

Manter a disciplina ainda pode estar relacionado com o ato de ser constante, ou seja, se dedicar no cumprimento de determinada tarefa para o alcance de um objetivo final, por exemplo. Aliás, ter disciplina no trabalho é fundamental para o bom desempenho de qualquer profissional.

Sinônimos :

  • Observância;
  • Regra;http://
  • Regulamento;
  • Norma;
  • Princípio;
  • Ordem;
  • Ordenamento;

A Disciplina na Igreja

A necessidade de disciplina na igreja;

A disciplina é a mãe do temor!

Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo. Provérbios 13:24

Saibam, pois, em seu coração que, assim como um homem disciplina o seu filho, da mesma forma o Senhor, o seu Deus, os disciplina. Deuteronômio 8:5

Porém, o que acontece com uma igreja sem disciplina?

Quando não se usa a disciplina o povo se torna desobediente e sem respeito até a própria Palavra e finalmente será levado a perder o temor de Deus.

A indisciplina e a falta de temor não ficarão impunes, haverá juízo de Deus, a Seu tempo (vide texto, abaixo): “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.”

A Igreja não sabe ou não está vendo! Eis o pensamento que o diabo coloca na mente do crente.

Mas, tal atitude pode levar a morte, tanto a física como a espiritual.

Tem crente que acha que peca e não sofrerá dano (Vigiai justamente e não pequeis;”  1 Coríntios 15:34.)

            “Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado. E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.” Lucas 12:2-5

Assunto em baixa nas Igrejas, a disciplina se tornou quase um produto de conforto para alguns que quebram as regras morais e divinas do caminho do Senhor.

Há dois grupos envolvidos com a disciplina eclesiástica:

- os que aplicam a disciplina,

- os que sofrem a aplicação da mesma. 

Alguns, em nossos dias, até se autodisciplinam.

Sendo justos na Disciplina

Aceitando a disciplina

Fato: É comum o abandono do disciplinado por parte da igreja (é imprescindível que a família cristã não desista de um dos seus membros que caiu.)

“Basta-lhe ao tal esta repreensão feita por muitos. De maneira que pelo contrário deveis antes perdoar-lhe e consolá-lo, para que o tal não seja de modo algum devorado de demasiada tristeza. Por isso vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor.” 2 Coríntios 2:6-8

Ato a igreja deve ter consciência que há a necessidade da manifestação do perdão, conforto e reafirmação de amor para com o arrependido, para que "o mesmo não seja consumido por excessiva tristeza" (2 Co 2.7-8).E entender que a própria disciplina causa tristeza e desconforto e dúvidas sobre a salvação do disciplinado.

Fato: recusa do disciplinado em receber a disciplina.

Devemos estar cônscios e observarmos que a disciplina não pode ser um ato de desprezo e o disciplinado não pode ver a disciplina como um ato de desamor ou discriminação.

Paulo exorta a igreja para que manifeste perdão, conforto e reafirmação de amor para com o arrependido, para que "o mesmo não seja consumido por excessiva tristeza" (2 Co 2.7-8). Outra razão para esta exortação é para que "Satanás não alcance vantagem" sobre a igreja, criando amargura, discórdia e dissensão (v. 11).

Há sempre a possibilidade de que o disciplinado não se submeta à disciplina, e acuse a igreja de discriminação. Tal atitude apenas manifesta ignorância e estupidez (Pv 12.1 - tradução literal). Segundo as Escrituras, é o pecado e a determinação em segui-lo que gera discriminação, e não a disciplina (1 Co 5.5 e 1 Tm 1.20).

Este tipo de ação autocorretiva e a correção intramuros de gabinetes, não tem fundamento bíblico, a disciplina na Igreja tem fundamento de:

Além da correção

Manutenção da ordem doutrinária

“Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.” Jó 28:28

Temor de Deus – sabedoria

“E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas.” Atos 5:11

No presente momento da Igreja O Espírito Santo não pode ser alvo de erro humano ou da mentira no seio da Igreja.

Ensino – a afastar-se do mal – inteligência

Demonstração de deveres doutrinários

Ação do Amor – “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor.” 1 João 4:18

Quem amam verdadeiramente à Deus não sofre temor, porque em amando a Deus cumpre sempre a vontade do Pai.

Em alguns casos:

            “Vou deixar de tomar a Ceia”

            “Vou ficar uns dias sem cantar no coral”

“Não vou aos cultos neste períodos para não participar da liturgia(seja no louvor, até mesmo no púlpito)”

Como se a autodisciplina fosse um recurso divino, aceitável e de correção.

Pelo contrário, a Bíblia mostra que Deus sempre disciplinou seu povo, usando até mesmo outros povos, povos pagãos para tal.

"Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho". Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. Hebreus 12:5-11

κολασις - kolasis; n. f. correção, punição, penalidade

O que a Bíblia diz sobre disciplinar?

“Não aceites acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas. Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor.” 1 Timóteo 5:19,20

Qual a forma correta?

10 – Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.

Primeiro com zelo, justiça, sem acepção de pessoas, com precaução, no entanto, deve ser levada ao conhecimento da Igreja – I Co.5.

Em confissão a penas ao líder, pastor, ou diante de toda a Igreja?

Comunicar a disciplina publicamente à Igreja?

O apóstolo Paulo ao elaborar sob orientação de Jesus, a doutrina da Disciplina por pecados, erros comportamentais e outros nos indica uma séria forma.

Paulo quando da ética requerida ao presbítero define uma situação de correção que podemos estender a toda a membresia.

Primeiro não se deve acusar sem ter testemunhas do erro. Contudo, se não houver testemunhas pode ser um ato de confissão diante das lideranças e depois apresentada a Igreja. Da mesma maneira que muitas vezes os crentes realizam boas obras e não são declaradas à comunidade eclesial, os erros também podem ficar escondidos, mas a maneira daquelas boas obras, serão revelados no devido tempo.

“Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois. Assim mesmo também as boas obras são manifestas, e as que são de outra maneira não podem ocultar-se.” 1 Timóteo 5:24,25

A disciplina tem como propósito preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado;

Também, sendo a Igreja espiritual e governada pelo Espírito Santo, pode haver a revelação de atos faltosos dos que permanecem sem condição ou sem testemunhas.

“Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.” Daniel 2:22

Segundo a repreensão, acima, ao quadro de presbíteros, utilizei este ponto que me referi acima, e quando o aplico aos membros, da mesma forma, a repreensão se deve dar diante da membresia.

Ora, sem maiores detalhes hermenêuticos, se um presbítero é sujeito a correção, toda a membresia está sob a mesma sujeição disciplinar.

Utilizamos o texto sobre presbíteros, mas o princípio de que deve haver substância e provas, nas denúncias, é genérico. O outro ensino deste trecho é que a disciplina dos que "vivem no pecado" (v. 20) se exerça "na presença de todos". Isso significa que ela não deve ser alvo de uma resolução velada. Paulo dá uma razão para isso – "para que também os demais temam". A disciplina tem essa característica didática de proclamar e provocar o temor do Senhor, livrando membros do pecado para uma vida em santidade e conformidade com a pureza de Cristo.

Neste estudo mostraremos outros textos sob a disciplina na Igreja. Segundo as Escrituras, a disciplina na igreja está fundamentada não apenas no exercício do bom senso, mas principalmente nos imperativos do Senhor. O mandato bíblico referente à disciplina é encontrado especialmente no ensino de Jesus (Mt 18.15-17) e nos escritos de Paulo (1 Co 5.1-13).

Nos dias de hoje se deu nomes a disciplina, que se tornou diferente da forma de disciplina do crente junto a sua comunidade/congregação.

A correção também foi ensinada por Jesus, sempre levando em consideração a posição da Igreja, é a Igreja que desliga e liga e tornar a desligar com autoridade do nome de Jesus.

Quando Paulo cita a necessidade de correção para temor dos presentes na  Igreja ele se refere a possível cauterização dos corações e mentes dos crentes, de tal forma, que há alguns, como já dissemos, que continuam no erro, ou se “autodisciplinam”, o que é totalmente bíblico.

O Erro - O crente nunca deve se autodisciplinar quando incorre em pecado ou erro e não se colocar sob a Disciplina da Igreja, por que estará como filho bastardo, desprezando a correção pelo erro contra a Igreja, contra o corpo e por erros que a Bíblia o condena!

Autodisciplina, aqui, é a forma do crente que peca ou era tomar para si, mesmo, uma forma de disciplina sem conhecimento da Igreja ou liderança, mantendo escondido o erro cometido e após um certo período ou praticas voltar a participar da vida de comunhão da Igreja!

Obs.: o uso da autodisciplina é benéfico quando se dá na forma de buscar não errar. Assim como a autodisciplina é utilizada pelos atletas que não comem, certas comidas, que buscam uma forma de vida sadias tudo em busca de alcançar a sua coroa de vitória. Similarmente o crente deve e pode se autodisciplinar no sentido de buscar uma vida de santidade.

Da mesma forma, na nossa fé não há confessionário, com confissão aos ouvidos dos pastores, toda confissão de erro, deve ser devidamente tratada com disciplina e com a concordância da Igreja, seja qual for o nível eclesiástico do que cometeu o erro. Esta forma de disciplina até ajuda o disciplinado, pois a Igreja ciente do erro com sabedoria fará continua oração pelo disciplinado e na sua volta ao convívio da mesa do Senhor, A Ceia – sentirá jubilo pelo retorno do irmão corrigido e este poderá continuar a exercer suas atividades no devido tempo e momento definido pela direção da Igreja.

Quando digo isto me refiro a casos em que o ato da disciplina se deu sobre algum erro que trouxe escândalo a Igreja e atingiu algum membro do corpo de Cristo, assim o recuperado pela disciplina está liberado para participar do corpo de Cristo, mas as suas atividades (pelo opróbrio do ato) serão analisadas caso a caso.

Você pode me perguntar: mas pastor já não foi perdoado? Mas, o opróbio é um impedimento que ao longo dos tempos a própria Igreja verá condições do irmão retomar todas as suas atividades, e não tem a ver com a questão da salvação pessoal, mas com a possibilidade de causar danos aos mais fracos na fé. E tem casos que envolveram famílias do recuperando e famílias da própria Igreja.

O Efeito da Indisciplina na Igreja e nos de Fora:

“Os meus deveres relacionais são deveres que ajudem a sociedade ou grupo ao qual eu pertenço, trazendo crescimento ao grupo, e toda a ação excessiva do exercício do que eu penso ser meus direitos não podem provocar ou desencadear desarrumação neste grupo.” Osvarela

A indisciplina não corrigida traz efeitos negativos tanto para o que não é disciplinado, e pior, traz efeito para o Corpo de Cristo que passa a ser visto como uma instituição sem regras e sem disciplina, além de que disciplina serve como forma de levar o crente a uma vida de santidade e obediência a Deus.

O pecado na igreja entra em choque com o seu caráter santo, mas ele ocorre. Não é negando a realidade de sua existência que resolvemos o problema. 1 Coríntios 5:1, ele diz: "...há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios...". Ou seja, o que estava ocorrendo naquela igreja chocaria até os descrentes, mesmo com sua visão dissoluta.

Muitos pecados atingem um estágio público e notório. Esse mesmo versículo 1 começa com as palavras: "Geralmente, se ouve que há entre vós...". 

A indisciplina não corrigida cria o risco iminente em contaminar todo o corpo de Cristo, A Igreja:

Paulo diz (I Co 5. vs. 6 e 7): "...Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento." A igreja era para ser "massa sem fermento" – pura. A admissão de um pouco de fermento, apenas, atinge toda a massa. Ou seja, deixar que o comportamento incompatível com a fé cristã permaneça no seio da igreja, sem disciplina, significa pôr em risco a saúde espiritual de toda a comunidade.

A santidade da Igreja – a igreja é casa natural da sinceridade, justiça e santidade “a igreja deve ser conhecida pela "...sinceridade e verdade..." e não pelo "...fermento da maldade e da malícia".”

A autoridade da Igreja sobre a disciplina.

Exclusão.

Pedro relata com ênfase os que acham que só os que pecaram contra o corpo devem sofrer disciplina:

“Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades;” 2 Pedro 2:9,10

A recusa no atendimento às admoestações, a atitude de arrogância e desafio às autoridades, retratada em 2 Pe 2.10-11 e Judas 7-8, devem levar o faltoso à exclusão da igreja visível. Ele (ou ela) deve ser considerado como um descrente ("gentio") e deve ser cortado da comunhão pessoal da mesma forma como os coletores de impostos ("publicanos") eram desprezados pelos judeus. Somente evidências de arrependimento e conversão real poderão restaurar essa comunhão cortada pela disciplina. Com essa exclusão vão-se também os privilégios de membro, como a participação na Santa Ceia, e os demais. Jesus demonstra a necessidade de respaldar essa drástica atitude na sua própria autoridade e na do Pai. Isso ele faz nos vs. 18-19, mostrando o seu acompanhamento e o do Pai, nas questões da igreja que envolvem a preservação de sua pureza. Ele fecha essas instruções com a promessa de sua presença na congregação do povo de Deus (v. 20). Essas são palavras de grande encorajamento para que a igreja não negligencie a aplicação do processo de disciplina em todos esses passos.

Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo. 1 Coríntios 5:13

“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” Mateus 18:15-18

Na história da igreja dos Coríntios Paulo teve a informação de total disciplina e desordem moral naquela Igreja (muito embora, depois ele tenha aliviado o peso suas palavras em outra epistola dirigida a mesma igreja, ele foi duro sobre total desordem naquela igreja.

“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo. 1 Coríntios 5:11-13

A Igreja necessita agir para usar a disciplina com justiça para o que andam em indisciplina e se acham, seja por ignorância, ou por cauterização do coração em uma vida indisciplinada.

A disciplina leva o crente  entender o que é ter uma vida sóbria e pia, e ser santo como Ele é Santo:

“Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,”Tito 2:12

A necessidade era a de se exercitar "julgamento interno" (v.12) contra o "malfeitor", expulsando-o do seio da igreja (v. 13).

O julgamento deve ser evidente a todos e deve ser sentido pelo disciplinado; isto é, ele deveria sentir que a comunhão fraterna havia sido atingida pelo seu pecado: "com esse tal, nem ainda comais". Muitas vezes membros, com boas intenções, confundem o desejo legítimo de restauração do disciplinado com um apoio prejudicial ao mesmo. Não se limitam a indicar que estão em oração, mas colocam "panos quentes" na ação do Conselho. Muitas vezes os disciplinados são alvo de um aconchego e atenção após a disciplina que não somente minam a autoridade da igreja, mas são prejudiciais ao próprio disciplinado, que deixa de sentir os efeitos danosos da falta de comunhão que o seu pecado causou. A advertência de Paulo é dura, mas devemos orar a Deus por sabedoria para saber como aplicar essa exortação com respeito a membros disciplinados por pecados graves nas nossas igrejas, de tal forma que eles sintam que algo mudou e que a comunhão procedente do Espírito é restaurada mediante o arrependimento sincero e o testemunho verdadeiro de uma conversão real.

Paulo nos ensina sobre formas de erro:

Divisão em grupos.

Falta de entendimento de que salva o homem.

Total falta de ética moral.

Falta de ética nas negociações entre os membros levando a igreja ser alvo de ações da justiça humana, quando poderiam resolver suas pendencias entre eles mesmos.

Logicamente todo que erra deve comunicar o ato a liderança da Igreja, porém a liderança apresentara a questão a membresia que julgara conforme foi apresentado pelo pastor a questão da punição:

Abrindo um parêntesis:

                                               A norma assembleiana determina algumas formas de disciplina:

Afastamento temporário de participação de atividades nos departamentos

       Paulo enfatiza a necessidade do afastamento de "qualquer irmão que ande desordenadamente", contrário aos ensinamentos que recebeu.

Afastamento temporário de participação da Ceia do Senhor

     Aqueles que "não prestarem obediência" à palavra dada por Paulo, na sua carta, devem ser disciplinados (v. 14). Paulo indica que não deve haver "associação" com o faltoso.

Neste caso o afastamento de atividades é diferente da exclusão - palavras de cautela (v. 15): "Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão".

Exclusão do membro da membresia da Igreja local.

Ultimamente estas fases estão sendo intituladas de tratamento espiritual, e em muitos casos o crente vai até a frente da membresia sem se quiser que a mesma tenha conhecimento do caso e em muitos casos nem perde perdão a igreja, o próprio pastor apresenta e pede que a igreja perdoe o irmão.

Sei que determinados casos não poderiam ser inteiramente relatados, mas há que se ter uma forma de comunicar a igreja o fato da disciplina.

Antes se dizia: “pecado contra o corpo”; “afastou-se da Igreja”; “deixou de participar da Ceia por meses” – “por que se afastou? Erro? Desleixo? “Não entendendo o Corpo do Senhor”.

Esta lição nos leva a pensar, nos tempos de hoje, que sabemos ser mais difícil a atitude disciplinar da Igreja, como tratar este assunto: Disciplina.

Mas, o que não podemos deixar de ter é a disciplina na Igreja.

Read more: https://estudandopalavra.blogspot.com/search?q=disciplina

A disciplina nos coloca diante de Deus como Filhos – obedientes.

Sem disciplina até o mundo físico seria um desastre.

Imaginemos a Igreja sem esta ordenação. O que já ocorreu em alguns instantes da Igreja.

Hebreus 12.7 – Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem opai não corrija? 8 – Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.

O efeito da correção:

Santificação do disciplinado

Temor na igreja

Manutenção da seriedade doutrinaria da igreja: O pecado na igreja entra em choque com o seu caráter santo, mas ele ocorre.

Salvação do disciplinado.

Instrumentos de Correção:

A Palavra – “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” 2 Timóteo 3:16

Redarguir

Corrigir

Instruir em justiça

O objetivo da Disciplina:

O objetivo final – O objetivo final de Paulo com a disciplina, especificado no versículo 5: "...a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus." O objetivo era a salvação daquela alma disciplinada. Essa deve ser também a nossa visão: consciência da necessidade da disciplina, percepção dos perigos da sua falta de aplicação, apoio à sua aplicação correta no caso de comportamento anticristão contumaz, oração e desejo de arrependimento pelo disciplinado.

Quando a igreja não disciplina ela está colocando a vida do crente em risco espiritual!

A Disciplina Eclesial:

A Bíblia aponta regras para correção da própria Igreja, vejamos:

No livro de Apocalipse, 2.12-16, João registra as palavras de Cristo, advertindo a Igreja de Pérgamo, e a todas as nossas igrejas (2.17), contra aqueles que procuram incitar o povo de Deus a práticas contraditórias à fé cristã. Ali lemos:

Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes:

Conheço o lugar em que habitas, [...] onde Satanás habita.

Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, [...] comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.

Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas (diversas formas de idolatria entraram no seio da igreja atual).

Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.

A menção à doutrina de Balaão, no v. 14, identifica o ensinamento dos que possuem motivos pessoais, rasteiros, aqueles que, mesmo com linguajar que aparenta honrar a Deus, não estão preocupados com a santificação da igreja, mas se empenham em destruir as linhas demarcatórias de comportamento que identificam o povo de Deus e os distinguem do mundo

Conclusão:

Matéria difícil de ser aplicada nos dias de hoje, mas tão necessária para que a vida da Igreja não sofra condenação, das muitas das quais João aponta nos capítulos 3 3 4 do Apocalipse.

A igreja deve ser ensinada sobre a correção disciplinar para que a santidade, o amor e a unção com bençãos desçam e permaneçam na Igreja de Jesus Cristo.

A alegação de não haver Disciplina na Igreja só será utilizada somente por ignorância, equívocos, ou dureza de coração poderiam levar alguém a deturpar os princípios bíblicos sobre a disciplina eclesiástica e justificar sua ausência entre os membros do corpo de Cristo.

Fonte:

Lição EBD CPAD

Site EBD

Apontamentos do autor

https://estudandopalavra.blogspot.com/2011/02/importancia-da-disciplina-na-igreja.html

Dicionário Strong

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Disciplina - Equipe da Enciclopédia Significados - Criado e revisado pelos nossos especialistas

Disciplina na Igreja por F. Solano Portela Neto; presbítero na Igreja presbiteriana em Santo Amaro

Disciplina na Igreja por Valdeci da Silva Santos

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"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei . No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller, 1933

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O Credo da Assembléia de Deus
A declaração de fé da Igreja Evangélica Assembléia de Deus não se fundamenta na teologia liberal, mas no conservadorismo protestante que afirma entre outras verdades principais, a crença em:
1)Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
Pacto de Lausanne – Suíça
Teses de Martinho Lutero
95 Teses de Lutero
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