Lição 09: O Batismo – A Primeira Ordenança da Igreja
1° Trimestre de 2024 - EBD – CPAD - ADULTOS
Subsídio Pastor e professor Osvarela
Texto Áureo
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19)
Prática
O batismo é uma ordenança de Jesus Cristo e, por isso, deve
ser uma prática obedecida pela igreja.
LEITURA BIBLICA
Romanos 6.1-11
1 – Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?
2 – De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 – Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 – De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 – Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressureição;
6 – sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, afim de que não sirvamos mais ao pecado.
7 – Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8 – Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
9 – sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.
10 – Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 – Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Etimologia Inicial:Não confundir com, bapto (Strong 911). O exemplo mais claro que
mostra o sentido de baptizo é um texto do poeta e médico grego Nicander, que
viveu aproximadamente em 200 A.C.
Curiosidade: termo oriundo de uma receita para fazer picles. É de
grande ajuda porque nela o autor usa as duas palavras. Nicander diz que para
preparar picles, o vegetal deveria ser primeiro ‘mergulhado’ (bapto) em água
fervente e então ‘batizado’ (baptizo) na solução de vinagre. Ambos os verbos
descrevem a imersão dos vegetais em uma solução. Mas o primeiro descreve uma
ação temporária. O segundo, o ato de batizar o vegetal, produz uma mudança
permanente.
Rm. 6.9 – sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.10 – Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.11 – Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
συνθαπτω - sunthapto; v. enterrar com; Pois todos os
que no rito do batismo cristão são mergulhados na água, declaram que depositaram
a fé na morte expiatória de Cristo para perdão de seus pecados passados; por
esta razão, Paulo compara o batismo a um sepultamento, por meio do qual a
anterior iniqüidade é sepultada, i.e., totalmente tirada.
Quando usada no Novo Testamento, esta palavra refere-se com
maior freqüência à nossa união e identificação com Cristo que ao nosso batismo
com água. P.e. Mc 16.16. ‘Quem crer e for batizado será salvo’. Cristo está
dizendo que o mero consentimento intelectual não é o bastante. Deve haver uma
união com ele, uma mudança real, como a do vegetal em relação ao pickle! (Bible
Study Magazine, James Montgomery Boice, Maio 1989). Dicionário Strong
βαπτισμα - baptisma; n. n. imersão, submersão - de
calamidades e aflições nas quais alguém é submergido completamente - do batismo
de João, aquele rito de purificação pelo qual as pessoas, mediante a confissão
dos seus pecados, comprometiam-se a uma transformação espiritual, obtinham
perdão de seus pecados passados e qualificavam-se para receber os benefícios do
reino do Messias que em breve seria estabelecido. Este era um batismo cristão
válido e foi o único batismo que os apóstolos receberam. Não há registro em
nenhum outro lugar de que tenham sido alguma vez rebatizados depois do
Pentecostes.
Do batismo cristão; um rito de imersão na água, como
ordenada por Cristo, pelo qual alguém, depois de confessar seus pecados e
professar a sua fé em Cristo, tendo nascido de novo pelo Santo Espírito para
uma nova vida, identifica-se publicamente com a comunhão de Cristo e a igreja. Dicionário
Strong
“CREMOS, professamos e ensinamos que
o batismo em águas é uma ordenança de Cristo para a sua Igreja, dada por ordem
específica do Senhor Jesus: “Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Reconhecemos esse ato como o testemunho público da experiência anterior, o novo
nascimento, mediante a qual o crente participa espiritualmente da morte e da
ressurreição de Cristo: “Sepultados com ele no batismo, nele também
ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Cl 2.12). Declaração de Fé das
Assembleias de Deus - pag.72
A) Objetivos da Lição:
I) Pontuar os pressupostos bíblico-doutrinários do Batismo;
II) Explicar o símbolo e o propósito do Batismo;
III) Esclarecer a fórmula e o método do Batismo.
Conceito do Estudo - Ordenanças à Igreja
“As ordenanças, estão conectadas, ou seja, uma não
funciona sem a outra, assim também como, uma é consequência da outra quando
aceitamos a Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas:
1ª - O batismo nas águas,
2ª A Santa Ceia ou Ceia do Senhor (gosto mais desta forma)
3ª O ide de Jesus.
Exórdio:
A Visão do Batismo – Nas Escrituras.
O significado antes de Cristo na era Veterotestamentária.
O sentido do batismo, como ação de arrependimento e inserção religiosa.
O batismo tem em muitas atividades um sentido de iniciação em
alguma atividade, após o batizando passar por um processo.
Batismo – baptisma - do verbo baptizo: mergulhar, imergir.
Baptisma enfatiza o resultado do ato em vez do ato em si.
O que significa batismo em latim?
Encontra raízes no latim tardio
como baptismus, sendo adaptado do grego baptismós. Por sua vez,
identifica-se o vínculo com o verbo batizar, originado no latim tardio como
baptizāre, com referência no grego baptízein, interpretado como
submergir, no contexto de um processo de limpeza espiritual e física.
Visão em Israel.
Os judeus não ficaram surpreendidos ao virem João batizar,
mas com o fato dele batizar, e concitá-los ao arrependimento: “Então ,
porque batizas, se não és o Cristo...?” – Jo. 1.25
O batismo dos prosélitos era visto com naturalidade, pois
eram considerados impuros e imundos.
A iniciação do prosélito se dava com imersão, sendo uma das
regras para iniciação no culto a Javé ou na religião judaica, o que era
solicitado ao converso à religião judaica.
Um prosélito ao judaísmo deveria fazer três atos como
indicação de que se tornara um judeu: “receber a circuncisão”, “submeter-se a
um banho ritual” e “oferecer sacrifícios”.
Etimologia aplicada – βαπτισμος - baptismos; n. m. lavagem,
purificação efetuada por meio de água - da lavagem prescrita pela lei mosaica
(Hb 9.10) que parece significar uma exposição da diferença entre as lavagens
prescritas pela lei mosaica e o batismo cristão.
I CORINTIOS 10: 1- 4: Pois não quero, irmãos, que
ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram
pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés, ...
Com respeito ao banho de imersão ritual, os rabinos
consideravam o ato em si como a mesma experiência que os ancestrais israelitas
passaram junto ao Monte Sinai: Quando os judeus imergiram, no Monte Sinai,
completaram o processo de conversão que iniciaram com a circuncisão quando
saíram do Egito; portanto, os convertidos de todas as épocas devem mergulhar na
Micve .
A micve era entendida como representação de um túmulo.
O convertido saia da morte para a vida e era tido como uma
criança “recém-nascida”. (COENEN; BROWN, 2000, p. 180-181).
“Porque este é o anunciado pelo
profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai
o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas. E este João tinha as suas
vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se
de gafanhotos e de mel silvestre. Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a
Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão; E eram por ele batizados no rio
Jordão, confessando os seus pecados.” Mateus 3:3-6
O batismo para o judeu já era um costume religioso. Podemos notar
que a multidão se dirigiu ao deserto para ser batizada por João O Baptista, no
deserto, porque naquela região era local que essênios praticavam o batismo.( O
batismo também era praticado dentro da seita judaica dos essênios, na
localidade de Qumran.)
Além disto, porque já era instruída sobre a necessidade de
passar pelas águas, como demonstração de arrependimento e purificação.
No judaísmo do início do primeiro século da era cristã, dois
tipos de imersão eram praticados.
O primeiro pedia dos judeus que se fizessem com frequência os
rituais de purificação e tinha suas raízes nas práticas bíblicas (BROWN, 1965,
p. 2). Assim, os rabinos instruíram seus seguidores na prática do batismo e
“relacionavam […] o lavar as vestes” (por exemplo, em Êxodo 19:10 – vide mais, no
corpo deste estudo) “com o dever de tomar banho de completa imersão”
Os rituais de lavar, imergir, purificar com água no Antigo
Testamento apresentam o conceito de uma demonstração de limpeza dos pecados e
suas consequências, tais como doenças, fluxos, cadáveres etc. Ele deve ser
acompanhado de arrependimento e abandono das transgressões dos mandamentos de
YHWH, seguido da prática da justiça. Essas lavagens ritualísticas eram símbolos
da purificação que o próprio Deus traria para o seu povo.
Podemos até mesmo inferir, teologicamente analisando o AT,
que a passagem no Mar Vermelho foi a iniciação do povoo escravo para formar um
novo povo, como Nação de Israel:
“Segundo
a teologia do Antigo Testamento, quando Israel sai do Egito e passa pelas águas
e recebe os mandamentos, então, surge como uma nação. Antes eram considerados
somente como um povo.”
O batismo era realizado em água corrente, como em outras
cerimônias de purificação – água viva.
Águas vivas – em Israel significa águas correntes, não pode
ser água parada.
Nós podemos definir o batismo como um ato litúrgico de
inserção numa comunidade. Em muitos casos a expressão batismo é utilizada nas
iniciações, seja até mesmo em forças armadas, como prova de aptidão com um ato
inicial na atividade. O batismo
é tido como a cerimônia que insere o iniciando (prosélito) no seio da
comunidade a qual vai ser tornar membro apto.
Para o povo judeu a circuncisão era a forma de inserção do
indivíduo na comunidade judaica.
O batismo de João achava-se mais ligado, sob o entendimento
do povo daqueles dias, às lavagens do
cerimonial mosaico do que o do rito cristão.
Por isto eles sentiram dificuldades de entender por que João
batizava.
Os rituais de lavar, imergir, purificar com água no Antigo
Testamento apresentam o conceito de uma demonstração de limpeza dos
pecados e suas consequências, tais como doenças, fluxos, cadáveres etc.
Acompanhado de arrependimento e abandono das transgressões
dos mandamentos de YHWH, seguido da prática da justiça. Essas lavagens
ritualísticas eram símbolos da purificação que o próprio Deus traria para o
seu povo.
No livro do Êxodo encontramos um momento de santificação para
o povo se apresentar diante de Jeová, para tal, foram instruídos a lavarem suas
vestes antes de receber
os Dez Mandamentos e estabelecer o pacto entre Deus e Israel:
“Disse também o Senhor a Moisés: Vai
ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas
roupas,” Êxodo 19:10
A prática da imersão na prática religiosa e no
pensamento do judeu para obter-se a purificação pode ser encontrada no
Antigo Testamento, das seguintes formas: no ingresso do novo sacerdote nos
serviços do templo (Lv 8:6);
“se cobrirá com uma mitra de linho;
estas são vestes santas; por isso banhará a sua carne na água,” Levítico
16:4
- no ingresso dos
sacerdotes no trabalho diário antes de entrar na tenda da congregação e diante
do altar do holocausto para oficiar (Ex 30:18); no Dia da Expiação, o sumo
sacerdote se imergia em água (Lv 16:4,24);
Mesmo nos Salmos encontramos a necessidade da lavagem para
mudar a posição diante de Deus.
“Outra referência sobre ao tema do batismo encontra-se no
livro de Salmos, quando Davi, “em seu arrependimento”, dizia “lava-me
completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado […]lava-me,
e ficarei mais alvo que a neve” (Sl 51:2,7) (BROWN, 1965, p. 2). Não
era somente um desejo de purificação, mas também um clamor de mudança de
atitude”
Podemos inferir que a prática da imersão de João no rio
Jordão está ligada ao ato de a pessoa se arrepender e confessar os seus
pecados.
“E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus
pecados.” Mateus 3:6
Essa é uma demonstração pública de contrição e pesar pelos
seus atos de transgressão aos mandamentos do Senhor ou separação dele. Por esse
motivo é chamado de “batismo de arrependimento” para “remissão de
pecados” (Mt 3: 5-7, 11; Mc 1: 4-7, 8; Lc 3:3).
A palavra “arrependimento” na língua grega é metánoia, que
significa: a) religiosidade e moralidade, como uma mudança de mente que leva a
mudança de comportamento, conversão, dar meia volta (Mt 3.8; 2Co 7:10); b) uma
mudança de opinião a respeito de atos pesarosos.
O batismo de João achava-se mais ligado, sob o entendimento
do povo daqueles dias, às lavagens do
cerimonial mosaico do que o do rito cristão.
“E, estando o povo em expectação,
e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o
Cristo,” Lucas 3:15
Por isto eles sentiram dificuldades de entender por que João
batizava.
“E eu, em verdade, vos batizo com
água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que
eu;” Mateus 3:11
Não tinham esclarecimento da necessidade da nação se preparar
para receber O que batiza com fogo.
“..., veio no deserto a palavra de
Deus a João, filho de Zacarias. E percorreu toda a terra ao redor do
Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados;
Segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz
do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as
suas veredas.” Lucas 3:2-4
Em seu ritual, João não somente apelava para o arrependimento
e confissão, mas, ao mesmo tempo, exigia de seus discípulos produção de frutos
dignos de um retorno a Deus (Lc 3. 8). Esta pregação se coaduna com a visão do
batismo cristão, que leva o batizado a viver em novidade de vida!
Βαπτιστης - Baptistes; n. m. aquele que batiza,
um batizador; alguém que administra o rito do batismo; o sobrenome de
João, o precursor de Cristo!
Batismo Cristão:
Romanos 6.3 – Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em
Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 – De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na
morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai,
assim andemos nós também em novidade de vida.
Encontro em João Baptista a conexão divina para o
estabelecimento do arrependimento e confissão de pecados e novidade de vida,
como a transição da religiosidade judaica para a vida de plenitude espiritual
em Cristo.
Da mesma forma, o batismo com água é o meio de inserção do
cristão no corpo de Cristo, a Igreja. É ele que inicia o novo membro no corpo
de Cristo.
No batismo cristão, a ênfase está na identidade da pessoa
batizada com Cristo na sua morte, sepultamento e ressurreição.
A palavra descreve a experiência de uma conversão da
aceitação inicial por Cristo para a iniciação à comunidade cristã. A imersão de
todo corpo, em água corrente, sendo possível, era um meio de limpar toda a
cerimonial impureza. Is.1.16 Lavai-vos, purificai-vos; Além das
cerimônias de lavagens do corpo, havia, entre os judeus, o hábito de batizar os
convertidos ao Judaísmo, os prosélitos.
No batismo cristão, a lavagem tornou-se o sinal da
purificação da alma, sinal da purificação moral, ao passo de que o batismo de
João era intermediário entre o cerimonial dos judeus e o emblemático e
espiritual dos Apóstolos.
No livro dos Atos dos Apóstolos, Pedro, do mesmo modo que
João Batista, apresenta o batismo como uma expressão pública de arrependimento,
conversão e remissão de pecados (At 2:38-41).
O apóstolo Pedro nos faz entender que o batismo cristão
amplia a posição a um nível espiritual, pois acrescenta que ao ser batizada, a
pessoa recebe o dom do Espírito Santo (At 2:38; 3:19-20; 1Co 10:1-25).
João Batista preanunciou isso ao dizer que Jesus batizaria
com “Espírito Santo e fogo” (Mt 3:11; Mc 3:18; Lc 3:16; At 1:5), diferenciando-o
de seu próprio batismo, Jesus ampliou o significado de batismo, confirmando as palavras
de João Batista. Jesus na sua entrevista com Nicodemos chamado por aquele de Mestre, apresentou a
necessidade de “nascer de novo” ou “nascer da água e Espírito” (Jo 3:3,5).
Jesus usa a palavra “novo”, no grego ‘ánothen’, ela pode ter
duplo sentido: “nascer de novo” ou “nascer do alto” (NICHOL, 1995, v. 4, p.
958).
É nesse conceito, que o batismo possui o sentido de algo
novo, um renascimento, e esse “nascer de novo” é possuir a natureza celestial,
ou seja, nascer como filho de Deus através do Espírito Santo.
Desta forma podemos entender sobre a liturgia no ato do
batismo:
Dessa forma, ao se batizar, deve se invocar “o nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo” sobre o batizando (Mt 28:19), pois ele é aceito
na família Celestial.
O batismo cristão acha-se num modo especial em conexão com o
dom do Espírito Santo.
Quando aceitamos Jesus como nosso Senhor e Salvador, somos
feitos novas criaturas. Este novo nascimento não é algo feito por nós, mas é
feito por Deus, na dimensão espiritual, e é crido pela fé.
O apóstolo Paulo escreveu: “Assim que, se alguém está em
Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez
novo” (2 Coríntios 5:17).
O batismo nas águas é o passo seguinte ao de aceitar Jesus em
nossa vida, quando nos tornamos uma nova criatura
A tipologia ensina sobre o batismo:
Romanos 6.10 ..., mas, quanto a viver, vive para Deus.11 –
Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus,
em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Segundo Vine (2002, p. 431), o dilúvio era figura ou tipo dos
fatos da morte, sepultamento e ressurreição espirituais, sendo o “batismo”
cristão um ‘antitupon’, um “tipo correspondente”, uma figura
igual (1Pe 3:21).
αντιτυπος - antitupos; adj. uma coisa formada a partir de
algum modelo; uma coisa semelhante a outra, sua contraparte; algo no tempo
messiânico que corresponde ao tipo, como o batismo corresponde ao dilúvio.
Pedro, ao relacionar o dilúvio com o batismo e a
ressurreição de Cristo, atribui ao batismo o sentido de renascimento.
A autoridade do Senhor Jesus e seu exemplo:
I Co.1. 18;30: Porque a palavra da cruz é deveras
loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de
Deus....vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus
sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 13 será que
Cristo está dividido? foi Paulo crucificado por amor de vós? ou
fostes vós batizados em nome de Paulo?
Paulo procura lembrar aos coríntios que apenas quase dois
anos da sua saída da Igreja ele se afastaram tão celeremente da teologia e
ética que aprenderam e se deixaram levar pelo entusiasmo dos dons de
charisma que haviam recebido e se achavam suficientemente adultos espirituais.
Paulo não procura jogar culpa alguma sobre outras lideranças,
mas ele se propõe a ensinar aos irmãos de Corinto o ser “santificados em
Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar
invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”.
Romanos 6.5 – Porque, se fomos plantados juntamente com ele na
semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressureição;
Como os israelitas foram batizados em Moisés, assim nós somos
salvos em Cristo, pois como Segundo e último Adão, Cristo é a Cabeça da
Federação dos Justos, é a Cabeça da Igreja (Efésios 5.21 ss: também
Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo.
Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo...como também Cristo amou a
igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado
com a lavagem da água, pela palavra...), tendo autoridade para
tal, tendo em vista, ter cumprido toda a Justiça de Deus no ato do Seu Batismo.
No significado do ato batismal, relatado no trecho de
Romanos, temos a compreensão clara do significado que o Batismo de Jesus, tem
para Igreja. II Co.5.21: Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez
pecado por nós.
ROMANOS 6.1ss: Que diremos, pois? ...Nós, que já morremos para o
pecado, como viveremos ainda nele? Ou, porventura, ignorais que todos quantos
fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? De sorte que
fomos sepultados com ele pelo batismo na morte.
Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para
que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
andemos nós também em novidade de vida.
Batizados em Cristo, como?
Batizados no ato da mortificação que representa o batismo,
“não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou
o de outra qualquer semente.”, já nos falava do seu ato principal que havia de
se cumprir com sua morte e ressurreição, pois infere-se também no batismo em
águas o sepultamento da carne, para nascimento do espiritual, desta forma somos
primícias com Jesus, no Batismo.
Era necessário por tudo isto, que Ele passasse pelo Batismo de João.
Significado Para Nós:
I CORINTIOS 10: 1- 4: Pois não quero, irmãos, que ignoreis
que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar; e,
na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés, e todos comeram do mesmo
alimento espiritual; e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam
da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era Cristo.
Ao lermos este texto e os anteriores e os abaixo, nós temos,
através dos mesmos, uma visão, pela qual, Cristo se insere no contexto do rito
do Batismo, como homem.
O Apóstolo Paulo, obtém e nos deixa uma profunda Revelação,
talvez única, à respeito do que significou o batismo de Jesus e também o
batismo de todos nós. (I Co. 12. 13: Pois...fomos todos nós batizados
em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livre...)
O Batismo De Jesus Foi:
Podemos entender por que Jesus O Cristo disse: "Ide ...batizando-os
em o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ou Ide, ... quem
crer e for batizado será salvo..."
Cumprimento do Plano de Deus;
Marca da posterior União da Igreja com Cristo.
Cumprimento da Justiça de Deus em todos os Homens;
Identificação de Deus com os homens, por seu Filho;
Submissão exemplar de Jesus, para nós;
I Co.1.17: Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para
pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz
de Cristo.
Exemplos neotestamentários de batizandos:
Crispo, chefe da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios,
ouvindo, criam e eram batizados.
O Batismo incorpora o crente a um corpo de maneira declaratória:
O batismo nas águas simboliza a morte e ressurreição espiritual do homem
baseada na obra da cruz, e é um testemunho público da nossa fé n’Ele.
A partir do momento em que estamos mergulhados em Cristo,
passamos a viver em novidade de vida.
Romanos 6:4: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo
batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de
vida.”
Ou seja, morremos no batismo na imersão e ressurgimos um novo
homem incorporado ao Corpo para uma nova vida dedicada a fé naquele que nos
salvou.
Ato de Fé
A fé é tão importante a ponto de anteceder o ato batismal:
“Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer, já está condenado”
(Mc 16. 16). A atitude de não crer (confiar e entregar-se completamente) à
manifestação da graça de Deus traz a condenação ao indivíduo mesmo depois de
participar do batismo.
Ato consciente:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo;” Marcos 16:15,16
Participamos do batismo de forma consciente e
desfrutarmos de tudo o que este ato de fé nos oferece em Deus, é necessário
sabermos o que é o batismo para a vida da Igreja.
As igreja pentecostais e outras denominações, em geral,
batizam apenas pessoas, ainda que jovens, pelo entendimento que o batizando tem
que ter consciência do ato que pratica, pois é também confessional, é uma decisão consciente de amor, uma decisão de
acreditar o que lhe foi pregado, portanto, jamais é uma decisão religiosa.
Assim, crianças sem entendimento do seus atos, como bebês, ou
recém-nascidos não são batizados nas nossas igreja.
Para a Igreja Cristã:
Segundo o entendimento da Igreja:
É pactual.
“O batismo substituiu, na nova aliança em Cristo, o sinal de
pacto com Deus que a circuncisão representou no Antigo Testamento” (cf. Cl 2.
11-12).
Pacto é um compromisso de fidelidade assumido com Deus e o
seu povo diante de uma comunidade de fé.
Segundo o texto bíblico, o batismo é realizado com água, nós pentecostais
em sua maioria, o fazemos por imersão e não por aspersão, e não nas águas (cf.
Jo 1. 26; Lc 3. 16; Mt 3.11).
“Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo;” Mateus 28:19
Segundo estes textos e outros da Palavra de Deus, a ênfase
bíblica está em primeiro lugar, litúrgico, no Nome pelo qual o batismo é
administrado na vida do crente, a menção litúrgica: “em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo”.
O Nome em nome da Trindade, assim como, o elemento, água
deverá obrigatoriamente estar presente como sinal do pacto entre a pessoa e
Deus é a fé, principalmente.
Discussão – em nome de Jesus?
Há diversas discussões, sem maior impacto na vida da Igreja,
porque alguns alegam que os discípulos batizavam apenas em nome de Jesus.
“Certamente João batizou com o
batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de
vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do
Senhor Jesus.” Atos 19:4,5
Além do modo “eligendo” que Deus deu autoridade
ao Filho, sob este Nome, o Pai aprova e o Espírito Santo convence o crente para
estes atos.
“Para que ao nome de Jesus se
dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,”
Filipenses 2:10
Mas, eu prefiro não discutir estes pensamentos (por
isto, aqui escrevo apenas algumas linhas sobre isto), pois não inferem
nenhum desfavor ao ato em si, O Batismo. Até porque os atos em nome de Jesus foram
uma forma de confirmação da deidade do Cristo ressurreto, forma pela qual os discípulos
mostravam o poder deste Nome.
“Seja conhecido de vós todos,
e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele
a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em
nome desse é que este está são diante de vós.” Atos 4:10
A propagação do Evangelho era segundo o Nome de Jesus, sob a
crença e aceitação do Evangelho do Senhor Jesus os apóstolos e a igreja
primitiva anunciavam a salvação e após a conversão sob o Nome D’Ele – Jesus.
“Mas, como cressem em Filipe, que lhes
pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam,
tanto homens como mulheres.” Atos 8:12
Podemos ver isto, nos atos de cura realizadas em Nome de
Jesus ou atos apostólicos nos quais o Nome de Jesus era divulgado pelo poder
que tem em Si.
Formas de batismo, que podemos encontrar no meio cristão:
O processo do batismo (pela sua própria etimologia) é
realizado em três fases:
Imersão
Submersão
Emersão
Dicionário Vine, pag 431
A Igreja Cristã (de forma genérica e/ou conforme a
denominação), reconhece 3 formas que representam o Batismo bíblico:
- Aspersão: a água é aspergida sobre o
batizando;
- A
efusão: a água
é derramada sobre o batizando, utilizando-se as duas mãos como concha;
- A
imersão: o
batizando é imerso nas águas. Esta é a forma que os pentecostais adotaram
como prática e interpretando os batismo narrados nas Escrituras. E temos
como entendimentos pela etimologia, além da leitura textual: “Do grego báptisma:
consiste nos processos de imersão, submersão e emersão; o verbo “batizar”,
primariamente forma frequentativa de bapto (“imergir”), era usado
entre os gregos para significar o ato de tingir roupa ou a ação de
tirar água imergindo uma vasilha em outra (VINE et al, 2002, p. 431).
Para melhor esclarecimento das palavras hebraicas e gregas quanto a
lavagens de purificação, ver Coenen e Brown (2000, v. 1, p. 180-189).”
[Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento]
O Batismo é um elemento de vital importância para a Igreja Cristã. Através
dele, declaramos que estamos arrependidos diante de Deus; que aceitamos
Seu projeto de vida e estamos desejosos de fazer parte do Seu Corpo, a Igreja.
O Batismo é sinal vivível da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual nos
tornamos participantes da comunhão com o Espírito Santo e herdeiros da vida
eterna”.
Obs.: O que é vivível? É o Que se
pode ou que vale a pena viver ou experienciar (ex.: experiências vivíveis;
sensação vivível), digno
de se viver; Em que se pode viver, no sentido de localidade ou
ambiente (ex.: queriam tornar o bairro mais vivível).
I Co. 12: 13,14: Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só
corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós
foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um membro,
mas muitos.
Seja ao mundo físico, seja ao mundo das potestades, quando o
crente pede o batismo ele está fazendo uma confissão pública que quer fazer
parte do Corpo que tem Cristo como cabeça!
Conclusão:
O batismo é um ato pelo qual o próprio jesus Cristo se
submeteu e nos deixou esta ordenança, a ser praticada por todos que creem em Seu
Nome.
Para que sejam imersos no Corpo – A Igreja.
“As ordenanças, estão conectadas, ou seja, uma não
funciona sem a outra, assim também como, uma é consequência da outra quando
aceitamos a Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas: o batismo nas águas,
a santa ceia e o ide de Jesus. As ordenanças fazem parte da Nova Aliança, não
estão inseridas no contexto de leis para Israel, e são ordens espirituais, que
Jesus Cristo deixou para a sua Igreja.” Editado e compilado de As
ordenanças de Jesus para a igreja. Você as conhece? (site: geração bíblia)
Concordamos nesta prática temática e exposta no estudo:
“O batismo é uma ordenança de Jesus Cristo e, por isso, deve
ser uma prática obedecida pela igreja.”
A Igreja deve praticar e orientar sobre o batismo: “Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo.” (Mt 28.19)
Fontes:
Texto produzido pelo Pr. Genildison da Silva Ribeiro,
ex-aluno da FaTeo (formandos de 1999), pastor da 4ª Região Eclesiástica da
Igreja Metodista (MG/ES)
Origem e conceito do batismo na Bíblia The concept and the
origin of the biblical baptism João L. Marcon, José R. Ceribeli, Delmer S. R.
Ocáriz
Apontamentos do autor
Lição CPAD
Site EBD
Citações no corpo do texto
Dicionário Strong
Henry
F. Brown - Baptism Through the Centuries
Bíblia online
- ARA
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