Garota cristã acusada de blasfêmia sai da prisão no Paquistão.
Ela foi levada de
helicóptero para um lugar seguro, disse ministro.
Rimsha foi presa
por queimar papéis que continham versos do Alcorão.
ATUALIZAÇÃO.
MENINA
LIBERTADA.
IMÃ MUÇULMANO
PRESO.
O caso de Rimsha, que atraiu os olhares de
organizações de direitos humanos e de vários Governos ocidentais, sofreu uma
reviravolta no final de semana passado após a detenção do imame de uma mesquita
de Mehrabadi por ter falsificado provas contra a menor.
O IMÃ Khalid Yadun foi preso no domingo após ser acusado por um de seus assistentes
de alterar as evidências e pôr folhas arrancadas do Corão na bolsa que continha
as cinzas do que foi queimado pela menina.
Polícia
prende o imã de Mesquita próxima à residência da jovem cristã
Acusado de
ter entregue ele próprio as páginas do Alcorão trazidas por um vizinho com o
objetivo de expulsar os cristãos do bairro.
08/09/2012 10h51 - Atualizado em 08/09/2012 12h40
Da France Presse
A jovem cristã paquistanesa acusada de ter
profanado o Alcorão saiu neste sábado da prisão em que estava detida havia três
semanas, segundo o ministro paquistanês para Harmonia Nacional.
Polícia paquistanesa escolta a menina cristã até o helicóptero que a
levaria da prisão (Foto: AP)
Rimsha Masih sai da prisão e é levada a 'lugar seguro' em helicóptero
(Foto: AFP)
"Ela deixou a prisão e foi levada de helicóptero para um lugar seguro, onde ficará com a família", declarou à AFP Paul Bhatti, ministro paquistanês para a Harmonia Nacional, responsável pelas relações entre a maioria muçulmana e as demais minorias.
"Ela deixou a prisão e foi levada de helicóptero para um lugar seguro, onde ficará com a família", declarou à AFP Paul Bhatti, ministro paquistanês para a Harmonia Nacional, responsável pelas relações entre a maioria muçulmana e as demais minorias.
Os canais de televisão paquistaneses mostraram
imagens da adolescente - com o rosto coberto por um véu - saindo em um veículo
blindado do prédio da prisão até a pista do helicóptero.
Um juiz paquistanês autorizou na sexta-feira a
libertação sob fiança de Rimsha Masih.
O juiz estabeleceu uma fiança de um milhão de
rúpias (10.400 dólares).
Esta decisão decide o caso, ou seja, a
culpabilidade ou não da jovem e a investigação prossegue, segundo um dos
advogados de Rimsha, Raja Ikram, que acrescentou que a adolescente não pode
deixar o país.
A jovem analfabeta e com deficiências mentais, de
14 anos de idade segundo os Médicos que a examinaram, está detida há três
semanas depois de ter sido acusada por vizinhos do bairro popular onde mora, na
periferia de Islamabad, de ter queimado papeis que continham versos do livro
sagrado muçulmano do Alcorão, um crime suscetível de punição com prisão
perpétua no Paquistão.
O caso deu
uma reviravolta no fim de semana passado quando a polícia prendeu o imã da
mesquita próxima à residência da jovem cristão e o acusou de ter entregue ele
próprio as páginas do Alcorão trazidas por um vizinho com o objetivo de
expulsar os cristãos do bairro.
A tentativa
de desconstruir a imagem da menina cristã.
-Analfabeta
-Síndrome de Down
-Desnutrida
Tudo para encobrir a perseguição aos cristãos e a Intolerância
religiosa.
Garota cristã acusada de blasfêmia no Paquistão pode ser analfabeta
Rimsha está presa
por queimar papéis que continham versos do Alcorão.
Radicais defendem pena mais rigorosa para garota, que teria 14 anos.
Radicais defendem pena mais rigorosa para garota, que teria 14 anos.
Da AFP
A jovem
cristã paquistanesa acusada de blasfêmia por ter queimado papéis que continuam
versículos do Alcorão tem 14 anos e "parece analfabeta" e com atraso
mental, afirmou um relatório médico obtido nesta terça-feira (28) pela France
Presse.
Rimsha foi
detida no dia 16 de agosto em Mehrabad, um bairro popular periférico de
Islamabad, acusada por muçulmanos de ter queimado páginas de um manual que
contém versículos do Alcorão em árabe.
Seu advogado,
que não se pronunciou sobre os incidentes, afirma que sua cliente não tem mais
que 13 ou 14 anos.
Outras vozes
que surgiram em sua defesa afirmam que não sabe ler ou que possui Síndrome de
Down, e, portanto, não pode ser considerada responsável pelo que é acusada.
Um grupo de
médicos examinou na segunda-feira a jovem para determinar sua idade,
desconhecida pela falta de documentos de identidade. Seus defensores estimavam
que poderia ter 11 anos, enquanto a polícia falava de 16 anos.
Casa da garota Rimsha é vista em 22 de agosto
em Islamabad, capital do Paquistão (Foto: AFP)
Segundo o relatório redigido por estes médicos, do
qual a AFP obteve uma cópia, Rimsha, por seu tamanho, peso e dentição, tem
"cerca de 14 anos". "Parece analfabeta e sua idade mental parece
ser inferior a sua idade física", afirma o documento.
Neste país de 180 milhões de habitantes, dos quais
97% são muçulmanos e onde vivem três milhões de cristãos, insultar o profeta
Maomé é punível com a pena de morte, enquanto queimar um versículo do Alcorão
pode levar à prisão perpétua, em virtude da lei sobre a blasfêmia.
Os partidos religiosos defendem ao extremo este
texto, contestado, no entanto, pelos liberais, que, assim como alguns países
ocidentais, lamentam sua utilização para resolver conflitos pessoais.
As autoridades locais e o Ocidente, em particular
Estados Unidos, França e o Vaticano, acompanham de perto o caso de Rimsha.
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