sexta-feira, abril 10

A SUPERIORIDADE DA MENSAGEM DA CRUZ-LIÇÃO 02-CPAD

A Superioridade da Mensagem da Cruz.
Lição 02-CPAD Autor: Osvarela
Texto Áureo:

I Co. 1.18:
Porque a Palavra da Cruz é loucura para os que perecem; mas, para nós, que somos salvos é o poder de Deus.
Leitura Bíblica em Classe:
I Co. 2.1-10.

»I CORINTIOS 2.1: E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
2 Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.
3 E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
4 A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder;
5 para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
6 Na verdade, entre os perfeitos falamos sabedoria, não porém a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que estão sendo reduzidos a nada;
7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, que esteve oculta, a qual Deus preordenou antes dos séculos para nossa glória;
8 a qual nenhum dos príncipes deste mundo compreendeu; porque se a tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória.
9 Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.
10 Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus.
Destaque neste texto:
2 Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.
7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, que esteve oculta, a qual Deus preordenou antes dos séculos para nossa glória;
8 a qual nenhum dos príncipes deste mundo compreendeu; porque se a tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória.
Glossário:
Mitte - ou um conceito unificador central ou centro ou cerne.
Plenitude – pleroma = número completo, complemento total; medida completa; abundância; plenitude, o que foi completado; enfatiza a plenitude / perfeição.
"Práxis” (do grego πράξις): é o processo pelo qual uma teoria, lição ou habilidade é executada ou praticada, se convertendo em parte da experiência vivida.
Mistagogo: a pessoa que iniciava um novo adorador de uma divindade.
Fundamento:
A Mensagem da cruz é intrínseca a Teologia paulina utilizada na I Epístola aos Coríntios.
Corpus Paulinus:
A principal fonte de informação sobre Paulo é o Corpus Paulinus (i.é. as 13 cartas atribuídas a Paulo). Além de seus sermões no Livro dos Atos dos Apóstolos.
Estas quatro ficaram conhecidas como Hauptbriev – “cartas principais”:
Rm, 1 e 2 Cor e Gl.
Texto contextual:
I CORINTIOS 2.12,14: Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus;
As quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente
23: nós pregamos..., o que:
...A Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos,
Você que está acompanhando nossas mensagens comentários sobre este 2º trimestre, já deve ter lido, o texto os Caminhos de Corinto, onde disponho em seqüência a um esboço-estudo sistematizando vários documentos sobre esta Epístola.
Procure ler este documento no endereço:
http://www.ebdweb.com.br/2009/04/01/os-caminhos-de-corinto-pr-osiel-varela/
A mensagem da cruz na visão de Paulo se coaduna com a Revelação que ele teve do Cristo glorificado no caminho de Damasco e com a posição de nosso credo sobre o seu sofrimento e morte na cruz.
O Pacto da Criação, firmado com Adão, advindo durante este período a Queda, permite Deus revelar através do protoevangelho, o propósito da redenção da Criação. Podemos então, entender que há uma expansão da forma pactual de Deus agir com o Homem AO LONGO DOS SÉCULOS ATÉ A Plenitude dos Tempos, que ocorre com o advento da encarnação de Deus no ventre de Maria, na pessoa de Jesus Cristo.
A mensagem da cruz é inerente a mensagem eterna da salvação, ou seja, é a própria revelação e declaração de Deus em Gn.3.15.
Demonstração da eterna Sabedoria de Deus em Cristo Jesus Nosso Senhor.

O Cordão Dourado--O Mitte Integrador e Unificador

Ao longo da história bíblica Jesus esteve em todas as quadras da história universal humana.
Ele é o grande assunto de Paulo!
Paulo em I Co.15.3,4: porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras...
Paulo ao dizer “recebi”:
Também recebi como ele diz em outras de suas Escrituras, não é somente um receber de uma palavra, mas é a uma palavra que demonstra:
Revelação divina, do próprio Cristo:
Uma palavra de sabedoria que, era necessária ser revelada de maneira entendível por todos, não só os corintos, mas também a todas as Igrejas ao longo da história da Igreja.
Este “recebi” é a sabedoria liberada por Deus a Paulo para retransmiti-la de maneira que os corintos recebessem a sabedoria da revelação, mesmo que fossem crentes necessitavam que Deus, por Paulo lhes aclarasse a mente.
Não se discute o fato de que as Escrituras revelam Deus e Jesus Cristo.
Elas revelam Deus como o Criador Triúno, Governador e Provedor do seu reino. Revelam que Deus é um Senhor pactual e que Jesus Cristo é o mediador do pacto e, conseqüentemente, foi o agente divino do reino aqui na Terra. Conseqüentemente toda a escritura é permeada metaforicamente ou simbolicamente ou tipologicamente ou literalmente, pela figura unificadora de Jesus Cristo.
Mitte da pregação de Paulo:
O tema Mensagem da cruz faz parte do “mitte” da pregação paulina.
Seu objetivo com as cartas era expor as implicações da obra de Cristo, particularmente sua morte e ressurreição, para a vida dos cristãos, e para sua “práxis”.
“A proclamação e explicação do tempo escatológico de salvação inaugurado com o advento de Cristo, sua morte e ressurreição”. Prof.Antonio Walter R. Almeida.
Há discussão teológica sobre o “mitte” da pregação-escritura paulina, mas eu fico, sob meu ponto de vista, e estudos com a certeza, de que:
O “mitte” do pensamento de Paulo era a sua cristologia, aliás, toda a Bíblia Sagrada é cristocêntrica e Paulo toda a escritura paulina se entende sem nenhuma necessidade de demonstração sobre as escrituras, mas é notadamente um centro expansor do entendimento das escrituras, leia Pedro, falando, à respeito das escrituras paulinas e comparando-as as Escrituras[entenda, que estamos focando sobre escritura de Paulo no período dos anos 50-60DC e a comparação é com a Escritura conhecida e reconhecida canônica ou sagrada desde Moisés a Malaquias]:
II Pe.3. 15,16: e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, nas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição.
Ele discorre como poucos nas Escrituras, sobre a importância e significado da Cruz de Cristo.
Nota do editor.
Obs. : daqui em diante quando usarmos cruz, será sempre entendido:Cruz de Cristo.
Paulo abre um novo tempo de entendimento ao citar que a Cruz é aparente loucura, pois, os judeus não entenderam o momento da Cruz, mas o capitão de cem, romano que, ali estava disse e entendeu, tudo o que eles não conseguiram entender:
Mc.15.39: Ora, o centurião, que estava defronte dele, vendo-o assim expirar, disse: Verdadeiramente este homem era filho de Deus.
Lc.23. 47 Quando o centurião viu o que acontecera, deu glória a Deus...
I Co. 2.8: a qual nenhum dos príncipes deste mundo compreendeu; porque se a tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória.
Paulo discorre sobre a Cruz de Cristo como algo que os carnais não podem compreender que da morte saia vida.
Que da maldição saia benção;
Que da cruz saia esperança;
E que na cruz haja regeneração!
Paulo quer mostrar que a Mensagem que emana da Cruz é a Mensagem que religa o homem a Deus e permite acesso à todos e permite ao mais miserável pecador unir-se a Cristo em sua morte, pela Cruz.
Seja como base doutrinaria para:
Vida – João 6.53: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
Igreja – Cl.1. 18: também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,
I Co. 8.11,12: Pela tua ciência, pois, perece aquele que é fraco, o teu irmão por quem Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo-lhes a consciência quando fraca pecais contra Cristo.
A união corporativa dos crentes, com Cristo domina de tal modo, o pensamento de Paulo, o conceito de novo homem, que os próprios crentes em sua totalidade podem ser chamados de um novo homem. Revelado na carne, Carne e Espírito.
I Co. 12: 13,14: Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um membro, mas muitos.
Comunhão do Corpo:
I Co. 6.14.ss: Ora, Deus não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo. Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele.
I Co. 10.16: Porventura o cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?
João 6. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Valor principal do evangelho
Valor da cruz compatibilizado ao bem-estar do crente.
Estar em Cristo, com Cristo.
Por nós – O conceito de por nós reflete a continuidade que Paulo vê entre a obra de Cristo na cruz e o sistema sacrificial do AT
Jesus Cristo sem Cruz seria impossível.
Os eventos escatológicos estão determinados na teologia da Cruz
Tudo foi realizado no “consumatum est”
A Mensagem da Cruz em tópicos relevantes:
João 15.19:E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.E muitos judeus leram este título, porque o lugar onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade; e estava escrito em hebraico, grego e latim. Diziam, pois, os principais sacerdotes dos judeus a Pilatos: Não escrevas Rei dos judeus, mas que ele disse: Sou rei dos judeus.
A ironia não superou a Mensagem da Cruz!
A aparente ironia foi uma seta no coração cauterizado dos príncipes dos sacerdotes.
Veja o que a morte na cruz representa como conteúdo principal da Mensagem da Cruz.
Atente para a superioridade dela, profeticamente ela atendeu todos os requisitos dos profetas nas Escrituras;
a) Vista no fato de ter sofrido a mais humilhante e cruel forma de morte conhecida: a crucificação, sendo identificado com a pior e mais baixa escória da humanidade na sua morte, cumprindo as mais extremas exigências da lei (Sl 22).
b) Vista no fato de ter sentido o abandono de Deus, isto é, a falta da presença do Pai, da qual estivera cônscio durante toda sua vida terrena. Sua alma foi deixada a sofrer sozinha naquele instante, em conflito com as forças do mal que tentavam desviá-lo da execução do plano da redenção. Sendo a oferta pelo pecado, foi tratado por Deus como se fosse pecador. (Sl 22.1; Mt 27.46).
c) Vista no fato de que este tipo de morte era tida como amaldiçoada pela lei (Gl 3.13; Dt 21.22-23). Não propriamente a crucificação, mas o fato de alguém ser exposto no madeiro era uma intensificação da pena capital, aos olhos dos judeus e uma abominação aos olhos de Deus.
Obs.) É importante notar o cumprimento de profecias no que dizem respeito aos sofrimentos de Cristo. Uma comparação entre o relato da crucificação com passagens como Is 50. 6; 53 e Sl 22 vão mostrar isso.
Willem Van Gemeren declara que propunha focar "Jesus Cristo como o centro"
I Co.2. 2: Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.
1- O Evangelho pregado por Paulo tem seu ponto de partida e centro na morte e ressurreição de Cristo.
- A ressurreição de Cristo, como Paulo entende, significa a erupção da nova era no sentido real e histórico-redentivo do termo.
Estar em Cristo, com Cristo
· Por nós – O conceito de por nós reflete a continuidade que Paulo vê entre a obra de Cristo na cruz e o sistema sacrificial do AT
· Em Cristo, Nele – Com esta expressão, o apóstolo Paulo tenciona demonstrar que Cristo está em tão estreita comunhão com aqueles, por quem ele se manifestou que os mesmos estão nele. Estar em Cristo, na pregação de Paulo, é um estado contínuo, um modo de existência, e não um evento que acontece quando alguém é batizado ou toma o pão e o vinho.
O velho homem e o novo - No pensamento de Paulo os termos devem ser entendidos da perspectiva escatológica da pregação do apóstolo. A união corporativa dos crentes com Cristo domina de tal modo o pensamento de Paulo, o conceito de novo homem, que os próprios crentes em sua totalidade podem ser chamados de um novo homem. Revelado na carne, Carne e Espírito
Manifestado na Carne – Quando Paulo diz que Cristo revelou-se na carne, ele se refere à fraqueza e à transitoriedade da sua condição, como encarnado, e depois morto na Cruz , em aparente contraste com o fato de que ele é o Filho de Deus. O Messias de Israel.
O Conteúdo do Corpus Paulinus:
A principal fonte de informação sobre Paulo é o Corpus Paulinus (i.é. as 13 cartas atribuídas a Paulo). Além destas, temos seus sermões em Atos dos Apóstolos.
Rm, 1 e 2 Cor e Gl.
Estas quatro ficaram conhecidas como Hauptbriev – “cartas principais”.
Seu objetivo com as cartas era expor as implicações da obra de Cristo, particularmente sua morte e ressurreição, para a vida dos cristãos, e para sua “práxis”.
Em seus escritos Paulo – O Apóstolo – se encontra em debates diferentes em cada etapa de seu ministério, no caso de I Coríntios ele procura passar aos de Corinto a importância da Mensagem da Cruz sobre todas as demais Mensagens, como querendo dizer:
Sem a Mensagem da Cruz tudo é vão, nada que pregamos teria sentido, por isto esta palavra que pregamos é considerada loucura.
Quase no fechamento de sua I Epístola aos coríntios, Paulo discorre no capítulo 15, Paulo carrega na tinta sobre o último grande tema, a esperança da ressurreição, de onde vem esta certeza, vem da compreensão do significado do “mitte” de Paulo a morte de Cristo na Cruz, sobre a cruz, Paulo explica toda a questão da ressurreição, sendo até provocador aos que desacreditavam no fato da ressurreição, o que segundo ele, Paulo, significava não aceitar a morte de Jesus Cristo: I Co.15.12.ss: Ora, se prega que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos? Mas se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados.
Os gregos achavam ser risível, sob sua ótica, a idéia da ressurreição do corpo [At.17.32].
O corpo seria uma barreira para a alma.
Sobre a Mensagem da Cruz:
Atentemos para alguns fatos históricos:
Cruz na Palestina e no Império romano era um vitupério e uma maldição.
Anunciado no Antigo Testamento:
Dt.21. 23: o seu cadáver não permanecerá toda a noite no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto aquele que é pendurado é maldito de Deus.
Ora, Jesus se fez maldição por toda a humanidade e isto era algo que perturbou a mente de todos, como uma loucura, que todos não assimilaram, nem mesmo os discípulos de Jesus, para sermos bem claro.
Confirmado no Novo Testamento:
Gl. 3.13: Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Confirmado pelos demais Apóstolos, do círculo íntimo de Jesus:
I Pe. 2.24: levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
Hb. 12.2: olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
O escritor aos hebreus elenca alguns pontos importantes desta mensagem:
Autoria:
Autor e consumador da fé.
A renúncia:
Pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz.
O que suportou:
A própria cruz.
Nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro
A mensagem da Salvação sob a ótica da Cruz, segundo Paulo:
Mensagem da cruz é o parâmetro da medida do amor de Deus.
Rm.5.6.ss: Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer. Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho.
Há uma distinção clara no discurso Paulino quando ele divide o tempo antes e depois da plenitude dos tempos, antes era o tempo das obrigações agora na plenitude dos tempos é o tempo da comunhão e união com cristo de maneira graciosa, isto é, a Graça apresenta todos aos que aceitam a Cristo, diante de Deus como filhos reconciliados e não mais como inimigos de Deus, entenda-se que a inimizade ocorria na ação da carne pelo pecado.
O conceito da plenitude do tempo é fundamental na pregação de Paulo, e expressa-se em suas cartas pelo conceito correlato da chegada do dia da salvação.
Dia da salvação. – Não se refere primariamente à oportunidade de conversão apresentada ao ouvinte, mas, aos eventos históricos da encarnação, morte na cruz, ressurreição, glorificação de Cristo e a vinda do Espírito.
Quanto aos irmãos de Corinto, envolvidos nas questões culturais das “práxis” anteriores ao cristianismo, e que ainda vicejavam em solo Corinto, se deixaram levar por algumas posições do panteão de deuses mitológicos e pela relação discípulo-filósofo ou pensador, ao modo de entendimento comum ao grego.
Quero aqui voltar, aproveitando este momento à questão das escolhas e acepções dos líderes, pode parecer fora de hora, mas lembre-se que o próprio Cristo estava sendo visto como líder de um partido na Igreja de Corinto, ou seja, a Mensagem da cruz também foca a posição de Cristo como Cabeça e não um líder.
Por que os corintos faziam esta diferença?
I Co.1.17: Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo.
A Igreja de Corinto e mistagogo: veja capítulo 1 e capítulo 3.
Na formação de discípulos pelos filósofos gregos, o entendimento era baseado no pensamento helenista, segundo a qual o mistagogo [a pessoa que iniciava um novo adorador de uma divindade], tinha uma especial posição em relação ao neófito, e isto foi transposto de certa forma adaptado, para o batizador cristão, por esta razão Paulo fala sobre as famílias que batizou e sobre a Mensagem original da cruz, era ela que incluía o neófito no Corpo e não havia autoridade do mistagogo [no Evangelho: pregador], nesta ação divina, só Jesus pode realizar esta ação mística na vida do homem.
Outrossim, havia um misto de entendimento, e confusão, entender ou identificação do herói grego [ex: Hercules] que era sempre visto como um deus do panteão grego, com a figura de Cristo, o que Paulo desfaz ao afirmar:
I Co.1 2: à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
Neste pensamento podemos entender uma das vertentes do pensamento Paulino sobre a atitude dos coríntios, e o que Paulo quer dizer em I Co.4. 10: Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós desprezíveis.
I Co.6.11,12: mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.
Para melhor entendimento busquei um antigo estudo de nossa lavra, do qual apresento parte, à seguir:
RESUMO DAS ESTRUTURAS DO ENSINO PAULINO.
1. Visão escatológica;
2. Visão histórico - redentiva;
3. Visão do cumprimento, em Cristo, de todo o plano de Deus, consumando-se em sua totalidade;
4. Visão baseada na sua própria revelação, através do encontro do caminho de Damasco;
5. Visão baseada na morte e ressurreição de Cristo.
6. Visão do “plenoma”, plenitude integral em Cristo.
7. Visão da plenitude profética do Antigo Testamento em Cristo, de forma escatológica;
8. Visão da revelação de todos os mistérios em Cristo;
A Ceia do Senhor e a Mensagem da cruz:
Quando Paulo ensina aos corintos à respeito da ceia do senhor, na realidade Paulo está expressando o ponto principal da vida cristã.
Por ele Paulo pode informar e tirar o véu da ignorância dos corintos, à respeito do memorial sacramento dado em ordenança por Cristo.
Ele discorre pontualmente sobre a importância da morte de Jesus, morte de cruz e sua implicação para salvação do crente, pois, infere diretamente em vida eterna nas própria palavras de Jesus:
João 6. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha [carne]. Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a [carne] do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha [carne] e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Fonte:
Antonio Walter R. Almeida;Universidade Mackenzie; Curso: Pós-graduação em Teologia Bíblica;Matéria: Teologia Paulina
G. Van Groningen, From Creation to Consumation, p. 166-169.
Cristologia - João Alves dos Santos – Prof. UPM; Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano Conservador; mestre em Divindade (M.Div.) e em Teologia do AT (Th.M.) pelo Faith Theological Seminary (Filadélfia - EUA) e mestre em Teologia do NT (Th.M.) pelo Seminário Presbiteriano "Rev. José Manoel da Conceição". Bacharel em Direito e em Letras. Professor da área de Novo Testamento do CPAJ (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper), ex-professsor de Grego e Exegese do NT no Seminário "Rev. José Manoel da Conceição”.
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Apóstolo Paulo – J.Becker
Lição CPAD – 2º Trimestre.

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Martin Niemöller, 1933

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