A sutileza da relativização da Bíblia
Lição 7 CPAD - 14 de Agosto 2022
Estudo em edição e revisão - Pastor e Professor Osvarela
Data: 14 de Agosto de 2022
Texto Áureo
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2Tm 3.16).
Prática
A
Bíblia é a inspirada, a inerrante e a
infalível Palavra de Deus. Por isso, não podemos relativizá-la.
Leitura Bíblica
Timóteo 3.14-17.
14 — Tu, porém,
permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o
tens aprendido.
15 — E que,
desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a
salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 — Toda
Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça,
17 — para que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
A) Objetivos da Lição:
I) Destacar os
aspectos desconstrucionistas e relativistas a respeito da Bíblia;
II) Explicar o
processo de construção de narrativas para criminalizar a opinião
doutrinariamente conservadora da Bíblia;
III) Pontuar as
novas metodologias e teologias a partir da relativização da Bíblia; IV) Afirmar
que a Bíblia é um livro revelado e inspirado por Deus.
Logos
Gênesis 1:3 Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
Logocentrismo é
um termo de Jacques Derrida. Para ele, um pensamento logocêntrico é aquele que
considera o "logos" como o principal princípio da filosofia. E este entendimento encontra como embate o uso as
Palavra como centro da vida cristã e da crença em Deus.
João 1:1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
João 1:1 εν αρχη ην ο λογος και ο λογος
ην προς τον θεον και θεος ην ο λογος
O uso da Palavra
na Criação e - o Criador-Logos – com o uso da Palavra de Deus - para criação da Terra e tudo que nela há; é um ponto que pode ser alvo do
desconstrucionismo ou do relativismos.
E entendendo que
“o Cristo Logos é o Fim de todas
as coisas”;
Colossenses 1:17
Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.
Quando pensamos sobre o uso do termo logoi, e a
visão que insiro, abaixo (lógico com restrições da minha fé) algo estudado na
antiguidade:
“Segundo a teologia “mística”
cristã, o Criador-Logos implantou em cada coisa criada seu próprio logos, seu
próprio princípio ou essência interior, aquilo que faz a coisa ser o que
propriamente é e que ao mesmo tempo direciona essa coisa a seu fim próprio,
isto é, a Deus. O Criador-Logos, trazendo tudo à unidade, faz do universo um
“cosmos” integrado e harmonioso. Ele atrai todos as coisas a Si (cf. João
12:32), embora domine sem compulsão, direcionando cada coisa naturalmente,
segundo seu próprio logos. Conforme ensina São Máximo, o Confessor, “a Origem e
Causa dos seres criados tem, enquanto Verdade, conquistado todos as coisas
naturalmente, atraindo suas atividades a Si”.
Cristo Logos é o Fim de todas as
coisas é
misteriosa e profunda. Conforme dissemos acima, todas as coisas criadas possuem
seu logos, sua essência ou princípio interior. O logos de cada coisa é uma “ideia” de Deus, e é mediante o logos que a coisa passa a existir
em um determinado tempo e lugar e de uma determinada forma, e é mediante o
logos que ela se desenvolve.
O logos é o ponto de contato da coisa com Deus, ao mesmo
tempo em que é o fim ao qual ela tende.
Deus introduziu
nas criaturas o amor que as faz tender a Si, atraindo-as para sua realização.” 11 de outubro de 2012 - Os logoi das coisas criadas.
Fonte: Christ the Eternal Tao e Genesis, Creation and Early Man.
Timóteo 3.14 — Tu, porém, permanece naquilo que
aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
Acadêmicos e
escritores, usaram o desconstrucionismo, sobretudo nas notáveis análises
feministas, que usaram a abordagem desconstrucionista e a estratégia da
diferência para dar origem a novos termos que ignoram o dualismo em geral, mas
mais incisivamente, o
dualismo entre o feminino e o masculino, fundado sobre as oposições
pathos/logos, eu/outro.
Obs.: Por intermédio do estudo da etimologia do
termo pathos é apresentado as transformações e sentidos que as concepções
concernentes tomaram ao longo do tempo.
Gênesis 1:27 Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2Tm 3.16).
Relativizar:
- relativizar,
ou seja, em ver as mesmas coisas – o tão falado discurso – de diferentes
ângulos e perspectivas.
As modalidades
de logoi possíveis e, o mais importante, complementares na instauração da
adesão, tais como:
“logos-palavra”, com todo o peso retórico da
formação de vocábulos e da seleção lexical, “logos-sintaxe”, “logos prosódico”,
“logos-raciocínio”, “logosinferencial”, com seus pressupostos e subentendidos,
“logos-narração”, “logos-descrição”,
“logos-enunciação (em primeira,
segunda e terceira
pessoas) etc.
Obviamente, todas essas e outras dimensões do logos,
incluindo – por que não! – os raciocínios, reforçam ou constroem opiniões,
“teses” ou visões de mundo, a partir de sua estrutura cognitiva e referencial,
mas se desdobram, também – eis a questão –, no ethos e no pathos durante a
interação.
O paradoxo “logos
x ethos/pathos”
A relativização usada como efeito sobre um público ou as emoções do auditório.
Em outros termos, isso equivale a dizer que o ethos
e o pathos (as imagens de si e as emoções suscitáveis no auditório) só se
tornam realidade a partir do discurso, ou seja, do uso de sua estrutura, de
seus raciocínios, em suma, de tudo o que se chamou acima de logos.Sem o
logos em toda
a sua complexidade,
ou melhor, sem
o uso de sua estrutura num determinado kairos, a busca
pelo ethos e o pathos – atrelados a ele – torna-se uma viagem a esmo. Ademais,
o resgate da sua rede polissêmica coloca
imediatamente como problema
(ou solução!) a
impertinência de se
considerar o ethos e o pathos de modo independente (ou separado
abstratamente) do logos, como se aqueles fossem recursos “autônomos” de
persuasão. É nessa moldura
especulativa que se
torna cabível questionar
oposições como as
de Plantin (2005) e de Eggs
(2008), que, numa caprichosa engenharia, interpuseram
Persuasão:
A palavra
retórica acha-se constantemente associada à manipulação, ou seja, a
comportamentos discursivos pautados na demagogia, por lidar, perigosamente, com
emoções, desejos e anseios das subjetividades humanas (o pathos e seu inseparável
parceiro: o ethos).
Pathos - O
pathos é a capacidade de extrair a emoção do público.
Ethos – Ethos - o
termo “ética” é derivado dessa palavra, o que já é bastante explicativo. O ethos é a percepção que o público tem sobre a sua autoridade e a sua
boa moral.
Na melhor das
hipóteses, tais investidas verbais, taxadas como retóricas, entrariam, mesmo
que desastradamente, no inventário dos “erros” (ou “vícios”) abusivos do
raciocínio, propensos a persuadir.
Desconstrucionismo:
- um
movimento intelectual que procura desfazer a interpretação tradicional dos
textos literários e filosóficos na cultura ocidental, desestruturando
simultaneamente os valores e as "verdades" vinculados a esta
tradição, tendo como fundamento uma concepção pluralista e polissêmica do
processo significacional; desconstrução [Surgido no decênio de 1960, foi concebido
pelo filósofo contemporâneo Jacques Derrida 1930-e propalado por uma série de
epígonos, esp. nos E.U.A.].
Para que haja a
desconstrução é necessário que haja a dissolução de todas rígidas oposições
conceituais (masculino/feminino, natural/cultural…).
Assim, os conceitos não são vistos separadamente e diferentes entre si. Cada
categoria preserva o traço de sua categoria oposta.
O relativismo,
como o desconstrucionismo permite a discussão de textos bíblicos sobre homem e
mulher, utilizado pelos defensores de relativizar a forma da Criação de macho e
femea.
A partir desta
teoria a desconstrução e o relativismo permitiu a introdução de valores morais
diferenciados e que defendem, por exemplo, a androginia oou o andrógeno que carrega
os traços do masculino e do feminino; (“o traço do observador permanece num
experimento objetivamente científico; na natureza, a lei do mais forte
repercute em organizações sociais e nas estruturas da sociedade”).https://colunastortas.com.br/jacques-derrida-desconstrucao-e-differance/#indice8; 257Alfa,
São Paulo, 58 (2): 257-285, 2014LOGOS, ETHOS E PATHOS: “TRÊS LADOS” DA MESMA
MOEDA; Melliandro Mendes GALINARI
A Bíblia (AT) tem um povo como
seu recebedor e detentor do direito de cuidar de sua porção inicial.
Romanos 3:1,2 Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as
palavras de Deus lhe foram confiadas.
É sob as características
e senso comum hebreu que a porção bíblica mais antiga ou até mesmo o NT detém
forte traços das características étnico-cultural.
É a partir desta
visão que a desconstrução e o relativismo se utiliza para desconstrução ou
relativismo humano, com base no pensamento da escrita por quem a escreveu - autor,
sociedade, história, contexto.
A origem da desconstrução: “A desconstrução refere-se a todos as técnicas e
estratégias usadas por Derrida para desestabilizar, abrir e deslocar textos que
são explicitamente ou invisivelmente idealistas.” (Hottois, 1998).
A teoria vem do filósofo Derrida.
- o texto não
pode ser explicado por suas origens (autor, sociedade, história, contexto)
sendo que repetição é a sua origem.
Dar mais de um
sentido a um texto. Uma sutileza semântica para confundir a possibilidade de
que o texto bíblico possa ter erros, seja por repetição (escribas) ou por erro
de interpretação cultural.
Resultado de
imagem para desconstrucionismo
De acordo com
Jacques Derrida, o texto não pode ser explicado por suas origens (autor,
sociedade, história, contexto) sendo que repetição é a sua origem. O texto é
escrito, e escrever é linguagem (não-intencional). A linguagem é relativa ao
discurso que ela mesma programa.
23 de jul. de
2015; Jacques Derrida: desconstrução e "différance'' | Colunas
Tortashttps://colunastortas.com.br › jacques-derrida-desconstruc.
A Oposição.
A Escrita e o Discurso.
A Escritura Sagrada
e a Pregação ou elocução das verdades bíblicas, com uma exegese inspirada da
Revelação.
Sua abordagem
crítica da desconstrução mostra que esse dualismo não se encontra de forma
balanceada, suas relações são sempre classificadas hierarquicamente.
Presença, bom,
verdade, homem, etc. em contraposição a ausência,
mal, mentira, mulher, etc.
“No caso da
escrita e do discurso, nós atribuímos ao discurso as qualidades positiva da
originalidade, centro e presença, enquanto que a escrita é relegada a um plano
secundário.”
Se pensarmos
assim, como ficam as Verdades das Escrituras Sagradas.
Os relativistas
pensam: “desconstruir não significa destruir o texto e para isso são
necessários dois passos necessários - Fase de inversão ; Nesta primeira fase, a
escrita deve dominar o discurso, o segundo deve prevalecer sobre sua própria
ausência, percepção, compreensão e assim por diante.
Fase de
neutralização: o termo favorecido na primeira fase deve ser arrancado da lógica
binária, Bem ou Mal ou Verdade e Mentira.
Deixar para trás
todos os significados do pensamento dualista.
“Essa fase dá
origem a androginia, super-discurso e arquiescritura.”
“Portanto o
termo desconstruído tornar-se algo que não pode ser provado ou refutado.
A desconstrução
é aplicada a textos.
Os novos termos
se tornam indecidíveis, em seguida, tornam-se inclassificáveis, o que resulta
numa ‘’mistura’’ entre os dois polos que antes estavam em oposição. Nota: Pharmakon
de Platão
Feminismo. Novos pensamentos.
Timóteo 3.15 — E que, desde a tua meninice, sabes as
sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus.
Essa teoria foi
retomada pelos acadêmicos e escritores, sobretudo nas notáveis análises feministas, que usaram a abordagem desconstrucionista e a estratégia da diferência
para dar origem a novos termos que ignoram o dualismo em geral, mas mais
incisivamente, o dualismo entre o feminino e o masculino, fundado sobre as
oposições pathos/logos, eu/outro.
Significado de Relativizar
Não admitir nem tomar algo como absoluto, completo, restrito:
relativizar um problema; as questões se relativizaram com a nova teoria.
Etimologia (origem da palavra relativizar).
O que é
relativismo na Igreja?
O relativismo
religioso coloca no mesmo plano todas as religiões – considerando-as todas como
expressões de um “espiritualismo” geral. Elimina seus aspectos dogmáticos e de
verdade e as reduz a um querer-se bem genérico, colocando-as todas na mesma
prateleira de um supermercado religioso.
O que é ter uma
postura relativista?
O pensamento
relativista faz parte de uma corrente filosófica que aborda que a verdade não é
superior ao passar do tempo, isto é, não é absoluta e sim mutável. Para um
relativista todo ponto de vista é válido.
Relativismo é um
mal a ser superado
A reflexão é,
portanto, essencial para superar o relativismo. O relativista não reflete,
porque o argumento alheio não lhe interessa. Concluindo, o relativismo é um mal
a ser superado, e somente a consciência do homem pode fazê-lo.
Quem foi o criador do
relativismo?
Franz Boas
A perspectiva
expressa na ideia de relativismo cultural tem como origem o pensamento do
antropólogo Franz Boas. Ele foi um dos primeiros intelectuais a tecer críticas
contra a organização hierarquizada das culturas que era apresentada pela
antropologia.4 de nov. de 2020
Rebatendo o
Relativismo:
“Segundo essa
doutrina, a que podemos chamar “relativismo”, a verdade é múltipla e depende do
ponto de vista do sujeito ou do contexto em que é formulada. Assim, todas as
afirmações, sejam científicas, filosóficas, religiosas, etc., seriam diferentes
“narrativas”, que deveriam ser compreendidas em seus respectivos contextos
históricos, culturais e lingüísticos, pois apenas revelariam os preconceitos culturais
de diferentes narradores. Os critérios de verdade, dizem-nos, são relativos às
diferentes práticas e culturas e não há qualquer juiz ou padrão de
racionalidade imparcial e superior capaz de avaliar essas diferentes
narrativas.
Penso que esse
relativismo pós-moderno não é apenas incoerente, mas também tem conseqüências
absurdas, verdadeiros contra-sensos que não condizem com a realidade. Uma
afirmação factual não pode ser considerada verdadeira ou falsa apenas dentro de
um certo sistema de crenças particular.” Os contra-sensos do relativismo
pós-moderno; Matheus Martins Silva;
https://criticanarede.com/fil_relativismo.html; https://www.pucsp.br/fecultura/textos/pessoa_sociedade/a_laicidade_do_rosto.html
O relativismo pós-moderno nos leva inevitavelmente a conseqüências absurdas e que isso constitui uma boa razão para o refutarmos.”
https://criticanarede.com/fil_relativismo.html
https://www.pucsp.br/fecultura/textos/pessoa_sociedade/a_laicidade_do_rosto.html
Citações no corpo do texto
Bíblia online
Comentário Beacon
Ethos, logos e pathos: como Aristóteles
inventou (sem querer) os princípios da redação - Gustavo Grossi - 31 mar, 17
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