REPERCUTINDO:
Cidade do Vaticano, 26 mai (EFE).- O mordomo do papa Bento XVI, o italiano Paolo
Gabriele, continua preso por um suposto delito de "roubo agravado" de
documentos reservados da Santa Sé enquanto prossegue a fase de instrução do
caso, informou neste sábado o Vaticano em comunicado.
Na nota, o porta-voz da Santa Sé,
Federico Lombardi, confirma a identidade do detido nas investigações realizadas
pela Gendarmaria do Vaticano para esclarecer os vazamentos à imprensa de
documentos reservados vaticanos enviados a Bento XVI e a seu secretário, Georg
Gänswein.
Lombardi explica que já foi
concluída a primeira fase de "instrução sumarial" sob a direção do
promotor de Justiça do Vaticano, Nicola Picardi, e que começou a fase de
"instrução formal" do juiz Piero Antonio Bonnet.
"O acusado nomeou dois
advogados de sua confiança, dispostos para atuar perante o Tribunal Vaticano e
teve a possibilidade de reunir-se com eles. Eles poderão auxiliá-lo nas
próximas fases do procedimento. Ele (Gabriele) goza de todas as garantias
jurídicas previstas pelos códigos penais e de procedimento penal em vigor no
Estado da Cidade do Vaticano", detalhou Lombardi.
"A fase de instrução
continuará até que não se tenha conseguido um quadro adequado da situação alvo
de investigação, após o que o juiz instrutor procederá à absolvição ou ao envio
a julgamento", concluiu.
Em declarações aos jornalistas,
Lombardi expressou hoje o sentimento de "estupor e dor" que existe na
Santa Sé pela detenção de Gabriele e disse que a jurisdição do caso é
inteiramente vaticana, pois a casa do mordomo onde foram encontrados os
documentos está dentro do pequeno estado.
A prisão foi confirmada nesta
sexta-feira pelo vice-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Ciro
Benedittini, pouco depois de Lombardi ter informado que agentes tinham localizado
"uma pessoa em posse ilegal de documentos reservados" e que ela havia
sido colocada à disposição da magistratura vaticana "para maiores
investigações".
Gabriele é um romano que trabalha
no apartamento papal desde 2006, após ter estado a serviço do prefeito da Casa
Pontifícia, o arcebispo James Harvey.
Segundo as fontes vaticanas, os
agentes encontraram "uma grande quantidade de documentos reservados"
na casa na qual Gabriele vive com sua esposa e três filhos na Via de Porta
Angelica, anexa ao Vaticano.
Ele foi detido na quinta-feira, de
acordo com as fontes, e posto à disposição de Nicola Picardi, que lhe
interrogou durante várias horas na sexta-feira.
A prisão de Gabriele, já conhecido
como "Il curvo" (o corvo), surpreendeu em ambientes vaticanos, e
algumas fontes duvidam que ele seja o autor dos vazamentos, e sim "um bode
expiatório".
Bento XVI, segundo fontes
vaticanas, foi informado da detenção de seu mordomo e se mostrou "muito
entristecido".
O escândalo começou quando uma
rede de televisão italiana divulgou cartas enviadas pelo atual núncio nos
Estados Unidos e ex-secretário-geral do Governo da Cidade do Vaticano, Carlo
Maria Vigano, a Bento XVI, nas quais denunciava a "corrupção, prevaricação
e má gestão" na administração vaticana.
Em uma dessas mensagens, Vigano
denunciou também que os banqueiros que integram o chamado "Comitê de
finanças e gestão" do Governo e da Secretaria de Estado "se preocupam
mais com seus interesses do que com os nossos", e que em dezembro de 2009,
em uma operação financeira, "queimaram (perderam) US$ 2,5 milhões".
Após a divulgação desses
documentos, Lombardi denunciou a existência de uma espécie de Wikileaks para
desacreditar a Igreja. Mas o vazamento não ficou por aí. Em 19 de maio saiu às
livrarias o livro "Sua Santita", do jornalista Gian Luigi Nuzzi, com
uma centena de novos documentos revelam tramas e intrigas no pequeno estado.
Lombardi anunciou que a Santa Sé
levará à Justiça os autores do vazamento de todos esses documentos reservados e
cartas confidenciais ao papa Bento XVI, cuja publicação qualificou como
"ato criminoso".
Vaticano: a cidade da corrupção, prevaricação e má gestão?
Operação financeira: "queimaram US$ 2,5 milhões"!
Cartas confidenciais do Papa Bento XVI são publicadas
A série de cartas confidenciais do Papa Bento XVI traz temas quentes, como as intrigas do Vaticano e os escândalos sexuais de padres.
Sempre e de há muito tempo escrevo sobre a Igreja Católica Romana, mais uma vez volto ao tema.
Pode parecer uma questão de tê-la como alvo, mas na verdade a cada dia surgem fatos que colocam a ICAR no noticiário Mundial, em especial nas páginas policiais, agora nas páginas de um escandalo, que envolve, corrupção, dinheiro [como o que levou ao suicídio, sob uma ponte em Roma, alguns anos atrás (1982), Roberto Calvi, um banqueiro com estreitos laços com o Vaticano.Calvi,
conhecido como "banqueiro de Deus", foi assassinado em 1982, em
Londres. Seu corpo foi encontrado enforcado sob a ponte Blackfriars (dos
Frades negros). Que tinha estreita ligação com a Congregação que cuidava das finaças do Vaticano, na realidade do Banco do Vaticano].
nota:Banco Ambrosiano Veneto [foi um dos principais
bancos privados católicos italianos.] após a fusão
com o Banco Católico do Vêneto.O Banco do Vaticano era o principal parceiro do
Banco Ambrosiano, e, com a súbita morte do Papa João Paulo I em 1978, surgiram
rumores de que haveria ligações com as operações ilegais daquela instituição
(hipótese explorada no filme The Godfather Part III). O Banco do Vaticano foi
também acusado de trabalhar com fundos ilegais do Sindicato Solidariedade.
Em
19 de maio saiu às livrarias o livro "Sua Santita", do jornalista
Gian Luigi Nuzzi, com uma centena de novos documentos revelam tramas e intrigas
no pequeno Estado.
O escândalo, que ficou conhecido como
"Vatileaks", envolve o vazamento de uma série de documentos para a
mídia italiana em janeiro e fevereiro, incluindo cartas pessoais enviadas ao
papa.
Alguns documentos envolvem acusações de
corrupção, má administração e clientelismo na concessão de contratos para
trabalhos no Vaticano e desacordos internos no gerenciamento do Banco do
Vaticano. Na quinta-feira, o presidente do banco, Ettore Gotti Tedeschi, foi
demitido.
O Vaticano mais uma vez aparece nas páginas
policiais, tal como no filme estrelado pelo ator hollywoodiano, uma aparente
guerra pelo poder divide as alas dentro das paredes do Mundo interior da madre
'sacra' igreja católica.
O atual líder católico, Dom Ratzinger o príncipe
da ICAR é uma figura com uma áurea ligada a mistério e poder dominador, sobre o
bispado católico, conservadora e que manteve certos segredos da longa história
da pedofilia, na Icar incluindo local onde seu irmão era líder, na Alemanha.
Desde sua posse e mesmo durante a doença do
seu antecessor – Karol Wojtyla, o carismático João de Deus a situação é
precária, numa luta surda, para nós de fora, mas intensa entre os Cardeais
católicos, aqueles que tem direito a voto.
Parece, que o Bispo-mór da Igreja católica não conseguiu manter dentro dos muros do vaticano a luta e agora,numa forma de desmoralização de seu episcopado, o seu próprio Mordomo, é preso como o canal, corrompido por alguma corrente, que lhe é oposição.
É o próprio: morando com o inimigo.
O mordomo do Papa trabalha nos apartamentos do
Palácio Apostólico, servindo as mesas papais, entregando rosários aos
dignitários em visita e sentando na cadeira da frente do papamóvel nas
audiências papais. Como um integrante do círculo íntimo de funcionários papais,
ele fica a par das movimentações das salas mais reservadas e particulares do
Vaticano.
A mídia italiana noticiou que os investigadores
descobriram documentos no apartamento dele.
Espantado e entristecido com os vazamentos, o
Papa determinou várias investigações, incluindo uma chefiada pela polícia do
Vaticano e outra por uma comissão de cardeais.
Leia a matéria, compilada e re-editada.
Juan Lara-EFE press e outras fontes - Terra - G1 - RTV
Na Cidade do Vaticano
Andreas Solaro/AFP
Mordomo do papa Bento 16 foi preso acusado de desviar documentos
secretos da Santa Sé
Um homem, identificado por fontes da Igreja
Católica como o mordomo do papa, foi detido no Vaticano depois que a polícia o
encontrou "em posse ilegal de documentos reservados" da Santa Sé.
Paolo Gabriele é suspeito de ter divulgado
informações sigilosas, inclusive cartas pessoais enviadas ao Papa.
A prisão foi confirmada nesta sexta-feira (25) pelo
vice-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Ciro Benedittini, pouco depois de
o porta-voz, Federico Lombardi, ter informado que agentes tinham localizado
"uma pessoa em posse ilegal de documentos reservados" e que ela havia
sido colocada à disposição da magistratura vaticana "para maiores
investigações".
Veja o Vídeo com narrativa[desconsidere as propagandas da rede que deixou o link para o vídeo]:
Embora oficialmente o Vaticano não tenha revelado o
nome do detido, fontes citadas pela imprensa italiana disseram que se trata de
Paolo Gabriele, 42, e considerado um dos membros da chamada "família do
papa".
Este seleto grupo de pessoas é composto também por
seus dois secretários, os sacerdotes Georg Gänswein e Alfred Xuereb, e quatro
laicas italianas consagradas da comunidade "Memores Domini" que
cuidam do apartamento papal (residência oficial do papa).
Gabriele é um romano que trabalha no apartamento
papal desde 2006, após ter estado a serviço do prefeito da Casa Pontifícia, o
arcebispo James Harvey.
Segundo as fontes vaticanas, os agentes encontraram
"uma grande quantidade de documentos reservados" na casa na qual
Gabriele vive com sua esposa e três filhos na Via de Porta Angelica, anexa ao
Vaticano. Ele foi detido na quinta-feira (24), de acordo com as fontes, e posto
à disposição do Promotor de Justiça do Vaticano, Nicola Picardi, que lhe
interrogou hoje durante várias horas.
A prisão de Gabriele, já conhecido como "Il
curvo" (o corvo), surpreendeu em ambientes vaticanos, e algumas fontes
duvidam que ele seja o autor dos vazamentos, e sim "um bode
expiatório".
Bento 16, segundo fontes vaticanas, foi informado
da detenção de seu mordomo e se mostrou "muito entristecido".
Gabriele foi preso após as investigações realizadas
nos últimos dias pela Gendarmaria Vaticana para esclarecer os casos de
vazamentos à imprensa de documentos reservados enviados ao papa Bento 16 e seu
secretário Gänswein. As investigações foram feitas segundo as instruções
recebidas por uma comissão criada em abril por Bento 16 para esclarecer esses
casos.
O escândalo começou quando uma rede de televisão
italiana divulgou cartas enviadas pelo atual núncio nos Estados Unidos e
ex-secretário-geral do Governo da Cidade do Vaticano, Carlo Maria Vigano, a
Bento 16, nas quais denunciava a "corrupção, prevaricação e má gestão"
na administração vaticana.
Em uma dessas mensagens, Vigano denunciou também
que os banqueiros que integram o chamado "Comitê de finanças e
gestão" do Governo e da Secretaria de Estado "se preocupam mais com
seus interesses do que com os nossos", e que em dezembro de 2009, em uma
operação financeira, "queimaram (perderam) US$ 2,5 milhões".
Papa Bento 16
completa 85 anos
Após
a divulgação desses documentos, Lombardi denunciou a existência de uma espécie
de Wikileaks para desacreditar a Igreja. Mas o vazamento não ficou por aí. Em
19 de maio saiu às livrarias o livro "Sua Santita", do jornalista
Gian Luigi Nuzzi, com uma centena de novos documentos revelam tramas e intrigas
no pequeno Estado.
Entre
as informações confidenciais que foram reveladas está a de que a organização
terrorista ETA pediu ao Vaticano no início de 2011 enviar à Nunciatura de Madri
vários de seus membros para acertar com a Igreja o anúncio do fim de sua
atividade armada, mas o cardeal Tarcisio Bertone o rejeitou, após falar com o
bispo de San Sebastián, José Ignacio Munilla.
Lombardi
anunciou que a Santa Sé levará à Justiça os autores do vazamento de todos esses
documentos reservados e cartas confidenciais ao papa Bento XVI, cuja publicação
qualificou como "ato criminoso".
A
detenção de "Il Curvo" foi anunciada um dia depois de o Banco do
Vaticano (IOR) ter demitido seu presidente, Ettore Gotti Tedeschi, "por
não ter desenvolvido funções de primeira importância para seu cargo".
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