MOLOQUE REVISITADO
Me deparei com uma reportagem que
posto partes, a seguir, sobre uma festa chamada festival Burning Man 2024, que
ocorre no deserto de Nevada (EUA), um evento que tem acontecido há anos nos
EUA.
É um evento hedonista, mas também
pelas características um evento de exaltação e veneração ao deus do fogo.
Moloque, uma divindade venerada
pelos amonitas, é notório por seus rituais brutais, incluindo o sacrifício de
crianças. Moloque tinha a aparência de um corpo humano com a cabeça de um boi
ou leão e uma cavidade no ventre onde o fogo era aceso para consumir
sacrifícios. Moloch
era tido como um deus dos subterrâneos, das profundezas e dos recessos mais
fundos. Os judeus se referiam a ele como o Senhor do Sheol, o reino
infernal abaixo da terra. Seus domínios consistiam de câmaras tão profunda
quanto inacessíveis, conectadas por cavernas escuras que jamais foram
iluminadas. A sala do trono do deus era tão vasta que comportava rios de fogo e
enxofre.
O rabino medieval Schlomo
Yitzchaki, escreveu um extenso comentário sobre essas passagens bíblicas no
século XII. Ele dizia:
"
A estátua de Moloch, era feita de bronze; e eles (os fiéis) a aqueciam de suas partes inferiores; e punham crianças em seu interior para queimá-las vivas. Quando os pobres sacrificados gritavam com veemência os sacerdotes batiam tambores, para que os pais não ouvissem os apelos dos filhos, e seu coração não se comovesse".No
Levítico 18:21, a Bíblia condena explicitamente este ato: “21 E da tua
descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque.
O vale de Ben-Hinom, perto de Jerusalém, se tornou um dos lugares principais onde crianças eram queimadas para Moloque. Mais tarde, o rei Josias destruiu o santuário de Moloque em Ben-Hinom, que passou a ser usado como lugar para queimar lixo (2 Reis 23:10). No entanto, o sacrifício de crianças a Moloque não foi completamente eliminado e essa foi uma das razões por que os judeus foram castigados com o exílio.
Levítico 20. 2 Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que, dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, der da sua descendência a Moloque, certamente morrerá; o povo da terra o apedrejará.3 E eu porei a minha face
contra esse homem, e o extirparei do meio do seu povo, porquanto deu da sua
descendência a Moloque, para contaminar o meu santuário e profanar o meu santo
nome.
4 E, se o povo da terra de
alguma maneira esconder os seus olhos daquele homem, quando der, da sua
descendência a Moloque, para não o matar,
5 Então eu porei a minha
face contra aquele homem, e contra a sua família, e o extirparei do meio do seu
povo, bem como a todos que forem após ele, prostituindo-se com Moloque.
O poeta inglês John
Milton escreveu em sua obra-prima de 1667, Paraíso Perdido que Moloch
era um dos principais guerreiros à serviço de Satanás e um dos piores anjos
caídos que o Diabo tinha como comandante em sua luta contra o Céu.
Em um trecho da obra, Moloch faz
um discurso no parlamento do Inferno, onde defende a guerra imediata contra
Deus e é então reverenciado na Terra como um deus pagão contrário ao
cristianismo.
"MOLOCH,
rei horrível manchado de sangue
De
sacrifício humano, e lágrimas de pais,
O barulho
de tambores e o rufar alto,
Abafava
os gritos dos inocentes que passaram pelo fogo."
A figura central do evento é uma estátua que
traz muita similaridade com as representações do ídolo Moloque citado na
Bíblia.
“O
sacrifício poderia também se referir aos cultistas que permitiam ser marcados
com ferros ou se sujeitavam a andar sobre brasas incandescentes para
provar sua devoção e coragem. Também haveria um rito de passagem no qual, o
cultista segurava pedras em brasa ou placas de bronze aquecidas.
Nos
círculos de ocultismo, Moloch se tornou uma figura associada a Goetia e ao
diabolismo. Ele seria uma entidade de destruição e avareza, de ruína e das
pragas, posicionado como o mais poderoso dos demônios na Árvore da Vida.”
Moloque era reverenciado pelas
suas características de ser no contexto primário um ídolo que tinha no seu
ventre um forno e que recebia nas suas mãos de fero crianças a serem
consagradas e queimadas vivas pelos pais.um espetáculo horrendo.
Na atual
versão estilizada, o ídolo tem todas as características similares.
Este evento tem atraído ao deserto
milhares de pessoas, faça chuva ou sol, como já ocorreu com grandes caravanas
em meio a lama. A mídia e os promotores do evento o chamam de evento de
Contracultura, eu chamo de revisitação a Moloque, um ídolo que queimava vivas
as crianças oferecidas.
É mais uma forma de manifestação
dos últimos dias de ídolos que atraem incautos e contrapõem contra Deus.
O evento é realizado desde 1986,
com hiato de dois anos por causa da pandemia de Covid-19. O festival começou em
1986 em uma praia de São Francisco (Califórnia), quando um grupo de pessoas se
reuniu para queimar uma figura de madeira no solstício de verão.
Ele se mudou para o deserto em
1990 e esgotou os ingressos pela primeira vez em 2011 — e em todas as edições
desde então. Porém, para este ano, os ingressos não esgotaram.
Orgia e queima do ídolo:
A cada ano, uma multidão se
voluntaria para criar, em coletividade, uma cidade temporária dedicada à arte,
à comunidade e à expressão, no meio do deserto. Cada pessoa é responsável por
levar tudo o que vai consumir, até a água. Além de ouvir gêneros eletrônicos
que vão do trance ao drum & bass, o público pode se encantar com as megaesculturas
e instalações montadas a céu aberto. Uma delas, de grande repercussão, é uma
tenda de orgias. Ao término do evento, o tradicional boneco é queimado —
fazendo valer o nome do festival.
Fonte:
Deus dos Sacrifícios - O
aterrorizante Culto de Moloch dedicado a morte pelo fogo
https://www.respostas.com.br/moloque/
https://extra.globo.com/blogs/page-not-found/post/2024/08/morte-de-mulher-e-investigada-no-primeiro-dia-do-festival-burning-man.ghtml
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