Editado e Estudo: Pr Osvarela
Daniel 6:4
“Então os presidentes e
os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas
não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava
nele nenhum erro nem culpa.”
Leitura Bíblica
Daniel 6:3-5
Então
o mesmo Daniel sobrepujou a estes presidentes e príncipes; porque nele havia um
espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
Então
os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito
do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e
não se achava nele nenhum erro nem culpa.
Então
estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se
não a acharmos contra ele na lei do seu Deus.
Daniel 6:10-20
Daniel,
pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia
no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se
punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes
costumava fazer.
Então
aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do
seu Deus.
Então
se apresentaram ao rei e, a respeito do edito real, disseram-lhe: Porventura
não assinaste o edito, pelo qual todo o homem que fizesse uma petição a
qualquer deus, ou a qualquer homem, por espaço de trinta dias, e não a ti, ó
rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei, dizendo: Esta palavra é certa,
conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.
Então
responderam ao rei, dizendo-lhe: Daniel, que é dos filhos dos cativos de Judá,
não tem feito caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste, antes três vezes
por dia faz a sua oração.
Ouvindo
então o rei essas palavras, ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs
dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou para salvá-lo.
Então
aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram-lhe: Sabe, ó rei, que é lei dos
medos e dos persas que nenhum edito ou decreto, que o rei estabeleça, se pode
mudar.
Então
o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. E,
falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele
te livrará.
E
foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu
anel e com o anel dos seus senhores, para que não se mudasse a sentença acerca
de Daniel.
Então
o rei se dirigiu para o seu palácio, e passou a noite em jejum, e não deixou
trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono.
Pela
manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei, e foi com pressa à cova dos leões.
E,
chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel:
Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu
continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
Introdução
Ser
íntegro na bonança, ou quando não se está sob pressão, intimidação ou em meio a
uma cena ou quadra de vida, que nada se parece com uma guerra, mas em meio a
toda forma de paz, e não uma guerra, na qual nossa vida está em jogo, parece
ser coisa fácil.
Ser
íntegro quando não se está tentado por uma situação adversa, na qual a renuncia
a valores que fomos educados e ensinados, sejam valores morais, culturais, ou
espirituais, podem ser explicitados sem nenhum prejuízo notório, pois tudo está
a nosso favor, a Lei, o rei e os companheiros de nossa atividade também é muito
fácil
Agora,
ser íntegro em meio a Leis contrárias a nossa forma de pensar, sob pressão dos
que nos cercam e nos espionam, ter que demonstrar tudo isto: valores religiosos,
culturais, e até mesmo impedido de ser adorador a Deus, e ainda em terra estranha!Esta é lição, que nos é legada por este trecho das Escrituras de Daniel.
Longe
de pai e mãe sem saber de sua existência Daniel é um exemplo claro do que a
palavra de Deus nos diz, à respeito do ensino divino às nossas crianças: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até
quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6
É
nesta hora que se evidencia, nos criados sob os ditames bíblicos, a integridade moral religiosa, espiritual e
cultural, mesmo que desagrade a Lei, ao rei e a toda uma nação, na qual
porventura estejamos servindo, habitando, e sem visto de saída e passaporte
preso, ou confiscado e sabendo que em nossa terra natal, talvez não haja mais
nenhum parente ou amigo, pois todos podem ter sido mortos, ou pelo que nos
deteve e nos obriga a servi-lo, ou porque o tempo pode ter apagado nossas
relações com nossa terra.
Eis,
o ponto crucial desta questão.
A
Igreja está indo para este chamado “rubicão”
que se afunila, e temos que nos preparar para tal, pois esta questão deve ser
discutida em pleno século XXI, quando os valores morais, espirituais, culturais
se afunilam num viés contrário ao que as Escrituras nos ensinam, no meio da Sociedade atual.
A
questão de ter um Deus, crer na sua Palavra, ter como forma de ver o Universo
sob a ótica da Criação, ser monoteísta no Criador de todas as coisas, já não é vista como atual e até mesmo já há impedimentos legais para que isto seja cada dia menos propagado, ou até mesmo expresso publicamente (quiçá em alguns meios e até mesmo Nações) .
Quando
valores contrários ao entendimento do que se configurava como natural se movem
rapidamente para conceitos dúbios e livres (e até mesmo
esta liberdade de expressar estes conhecimentos, se torna uma coisa ruim aos
que nos cercam e nos taxam de “conservadores” com se isto fosse uma pecha, ou
até mesmo uma “doença”) do que seja, sexo, gênero da criatura
humana, honestidade, valor de uma vida, e do que conhecemos como santo,
incluindo, neste estágio, a questão da existência de um Deus, como ativo e
atuante para o bom resultado da família, da Nação e da vida pessoal é este o momento de se estudar e entender Daniel sob a ótica deste capítulo 6. Eis um legado a ser observado, entendido e utilizado de maneira contemporânea, para nós da Igreja de Cristo.
Qual
será hoje a principal ideia de Integridade?
Moral?
Cultural?
Religiosa?
Espiritual?
"Quem
tem valor sempre será odiado, por ser fiel". Osvarela
A questão de Daniel ia além de ser fiel, ao seu Deus. Eles buscavam ocasião
contra ele, para poder tira-lo da posição de destaque que ele alcançara, desde
aos seus 20 anos.
Seguindo
a regra de ser, em primeiro lugar fiel, ao seu Deus, Daniel, que havia mantido
o seu culto pessoal ao Deus de Israel, não escondia a sua predileção única pelo
Criador, o Eu Sou.
Não
cedera aos encantos de toda a pompa e luxo, no qual certamente vivia, nem
cedera as iguarias do rei, ao vinho do rei e seguia triunfando sobre os mais
sábios da Babilônia, credito que ele dava integralmente a Deus, o adorando e
servindo fielmente todos os dias orando voltado para sua Terra a Jerusalém para
onde, tenho certeza, ansiava voltar.
Sabedor
de que a inteligência, a sabedoria lhe foram acrescentado e que por isto pudera
absorver o conhecimento administrativo, que se aliou a dação divina ele é mantido
em altos cargos, dentro do contexto político da Babilônia.
A Nação que o fizera servo dependera em vários
momentos de sua palavra sábia.
A
revelação e descortínio, que lhe renderam fama, ele sabia que dependiam de que
dissera: “Falou Daniel ...: Seja bendito
o nome de Deus ... dele são a sabedoria e a força; E ele muda os tempos e as
estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento
aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está
em trevas, e com ele mora a luz. Ó Deus de meus pais, ... porque me
deste sabedoria e força; ..., porque nos fizeste saber este assunto do rei.”
Daniel 2:20-23
Enquanto
agradava ao rei dos Céus e ao seu rei terreno Daniel não tinha tempo para se
preocupar com as comezinhas conversas uterinas dos covis dos que se aliavam contra
ele. Não era uma segurança no cargo, ou na amizade do rei, mas a segurança dele
vinha da sua integridade em adorar ao Senhor e servir com fidelidade ao rei.
1 Pedro 2:17 “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.”
Mas,
se em algum momento ele passasse por dissabor de ser afastado e desprezado pelo
rei era o que vinha contra ele nesta quadra de sua vida.
Eclesiastes 8:2 “Eu digo: Observa o mandamento do rei, e isso em consideração ao juramento que
fizeste a Deus.”
A
observância, às autoridades constituídas é sempre demonstrada e ensinada nas
Escrituras, fazendo que o homem de Deus não tema a Lei, em nenhum momento,
quando ele as observa e quando elas não ferem sua relação com Deus.
Paulo
escrevendo aos de Roma esclarece, em um período de domínio universal dos
romanos, incluindo a Palestina e as regiões, nas quais pregara o Evangelho,
ensina aqueles que estão no centro do Império que:
“Toda a alma esteja
sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à
ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque
os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu,
pois, não temer a potestade? Faze o bem,
e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se
fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
Portanto é necessário que lhe estejais
sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta
razão também pagais tributos, porque
são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. Rm
13:1-7
Muito
antes, pelo Espírito Santo (como profeta e revelador do oculto de Deus, e
Escritor nomeado para o Canon Sagrado. ele era cheio de unção), Daniel cumpria
fielmente este escrito revelado em letras a Igreja, na Plenitude dos Tempos {Gl.4.4},
pelas mãos e grafia de Paulo, O Apóstolo dos Gentios.
Assim,
esta noção de integridade, nos ensina o Apóstolo, se dá por alguns critérios:
-A
Soberania de Deus sobre os reinos e nações;
-Pela
dação das autoridades (potestades) a cada um de nós (como povo, como nação e
como cidadão);
-Pela
sujeição, a Deus;-Pela sujeição a Autoridade;
-Pela
Consciência pura e reta;
-Pelas
Obrigações a cada um: “a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”
-Pelo
castigo advindo da desobediência, seja a potestade, mas a consciência de que
Deus é o Soberano que permite a Autoridade governar;
Obs.:
Deve-se depreender, aqui, que a sujeição que Paulo fala era a mesma que Daniel
vai demonstrar ao sair do lugar, onde estava por servir ao seu Deus. “Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para
sempre!” Daniel 6:21
Daniel
mostra assim, ainda que adiantemos, um pouco, a narrativa e edição deste
estudo, que mesmo sendo livre pelo Deus Eterno continuava entendendo que o Rei
era a autoridade, sob a qual Deus lhe permitira viver e servir. Não saiu
dizendo palavras duras contra o rei ou até mesmo contra seus frustrados
algozes!
Compreenda
que quando Deus te dá um livramento não seja orgulhoso, pois a Glória é toda D’Ele.
Em Seguida a Continuação ...
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