sábado, maio 7

A Lei, a Carne e o Espírito – 3ª Parte Lição 6 CPAD 2016

A Lei, a Carne e o Espírito – 3ª Parte
Lição 6 CPAD 2016
Estudo e subsídio de autoria do: Pastor Osvarela
A Hamartiologia vista sob a ótica paulina.
Texto Áureo
"Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à Lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado." Romanos 7.25
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 7.1-15
NÃO sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive? Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus. Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Continua, abaixo
Base textual:
“Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.”
Terceira parte - Continuação
Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
Agora livres precisamos estar atentos a certas atividades que a são inerentes a natureza carnal.
Primeiro: O pecado é oportunista
É da Sua natureza Criar Pecado no Homem.
“Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.”
Basta darmos oportunidade a atuação da carne que o pecado tentará, sempre, aproveitar qualquer oportunidade ou vacilo do homem.
Assim como, Satanás é o pai da mentira e “anda ao derredor, procurando a quem possa tragar” a atividade do Pecado, que é intestina ao homem, sempre vai querer atuar na área que lhe pertencia, através do engano.
É o que Paulo diz ao afirmar que o Pecado, como um membro do Reino Parasita do Mal necessita mostrar o que é, tal qual o pai da mentira [“Vós tendes por pai ao diabo ... Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” João 8:44] não há espaço para nenhum bem em sua atuação destruidora. Apenas a Graça tem o antídoto que só recebe o que nasce de novo para ser colocado sob o império e constituição divina da Lei do Espírito de Vida em Jesus Cristo.
“... mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado [a dívida adâmica, foi paga, quando Jesus riscou a cédula na Cruz]. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.”
O importante da atuação oportunista do pecado é uma manifestação sempre exponencial, a cada vez que lhe damos oportunidades: “... mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.”
O pecado se apoiou na Lei (...pelo mandamento o pecado se fizesse...) de forma idêntica a ação do pai da mentira, usando-a, como usou as ordens de Deus no Éden, para enganar, ao homem, como se a Lei de Deus fosse para destruição dos homens.
Sob esta égide o pecado sabedor que na verdade a Graça pode libertar o homem tenta cada vez mais envolver o homem de forma tal, que Paulo diz que esta ação se tornou um excesso de malignidade com uma finalidade: a morte do pecador:  “... mas o pecado...operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.”
Paulo, busca mostrar aos de Roma e aos judaizantes [para que deixassem, os gentios, livres da Lei] que uma vez livres do pecado, não desprezando a Lei, mas mostrando que a Lei, fora e é um Aio, para os que se achegam para aceitar a ação regeneradora de vida (pleonasmo), a sua ação não pode continuar validando os atos dos que dela se libertaram, como no texto seguinte:
“NÃO sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?”
Assim, circuncisão ou “lavar as mãos” não são necessários para demonstrar obrigação contra o pecado, tendo em vista que a lei não possui a capacidade de libertar o homem, da Morte e se agora, os que se chegam a Jesus Cristo forem obrigados a cumprirem os Rituais da Lei mosaica se colocarão sob a sua influencia, pois vão descobrir que há uma condenação da Lei para levá-los a Morte e se eles estão em Cristo já não necessitam viver sob a condenação da Morte, pois Jesus Cristo é a grande novidade que a Lei prefigurava e apontava.
“...porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo [leitura indicada:”conhecendo a Lei] o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.”
Aio – Subs. Masc. preceptor encarregado da educação doméstica das crianças de famílias nobres ou ricas; criado particular; A palavra "Aio" vem de uma palavra grega que quer dizer, literalmente, "uma pessoa que conduz uma criança". Os Aios na época de Paulo foram servos responsáveis pela proteção dos filhos de seus senhores, levando-os para a escola, corrigindo-os, etc. Ou seja, período do Império Romano, seu serviço era único: cuidar da criança. É claro que esta função foi temporária. Quando o filho chegou à maioridade, não estava mais sujeito ao Aio.
“Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei ...” Gálatas 4:3-5
A Lei foi dada para manter regras objetivas, de vida em conjunto, para boa convivência entre os homens e para respeitabilidade da família, mas apontava, pelos sacrifícios para um Cordeiro Imaculado e por ela se manteve a esperança de uma solução cabal e duradoura pra toda Humanidade e ela deveria ser proclamadora para os hebreus mostrarem, isto ao Mundo.
 Embora, a Lei seja Santa ela não era a Plenitude [“a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho...”], continha e contém regras de vida para o Bem do Homem hebreu, em primeiro lugar e para todos os homens, no sentido primário, mas se resumiu, na Graça em Jesus Cristo, no Amor próprio e ao próximo. Além disto, se requer que saibamos e soubessem, os de Roma que a Lei é santa e e não é pecado, mas ela serviu para revelas o pecado.
Romanos 7.14-20  

Hoje - O já: a era vindoura já se iniciou – A Plenitude dos tempos
O ainda não: a vida carnal; A Era presente [o homem a ser transformado] ainda está em vigor

14  
A lei é espiritual
Mas, não sou espiritual  (sou carnal)

15,16 

Quero praticar a boa lei de Deus
Mas, não faço o Bem
17
(extração do pensamento) Quero fazer o Bem
Mas, o pecado que habita em mim, neste corpo carnal, não me permite fazer o Bem

18
Desejo fazer o Bem
Mas, sou pecador; “na minha carne, não habita bem algum”
19
Quero fazer o Bem
Mas, faço o Mal
20
Quero fazer o bem
Mas, o pecado que habita em mim, neste corpo carnal, não me permite fazer o Bem

Quadros compilados e adaptados de: Romanos - Comentários Expositivos - C. Marwin Pate
A Era Presente
A Era Vindoura
O corpo de pecado/morte (o corpo físico) não é mau, mas é o instrumento do pecado e da morte, mas está contaminado pelo Adam) Ainda está em vigor
A nova natureza (ser interior)/mente (quanto à nova natureza, cf. 2 Coríntios 4.16; Efésios3.16; quanto à mente renovada, cf. Romanos 12.1,2)
Livre do Pecado, Novidade de Vida em espírito
Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.”
Uma vez entendido que o pecado quer exercer a sua malignidade de forma continua sobre os homens, há necessidade de entendermos que para nos mantermos livres de sua ação devemos, os alcançados pela Graça em Jesus Cristo, buscar uma nova forma de viver, que Paulo chama de “Novidade de Vida”.
Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Romanos 8:1,2
Paulo demonstra que o homem, só pode obedecer a uma única Lei que o mantém livre a lei do Espírito. Não há como servir a “dois senhores”.
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.”
"De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes" Gálatas 5:4.
Há esperança para sermos escondidos na Graça para livrar-nos da ação carnal pois a Graça é totalmente espiritual e mesmo sabendo que não temos bem algum em nós a Graça nos faz assentar nas Regiões celestiais, com Cristo: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.” Romanos 7.18
É por isto, que há uma luta entre a ação destas leis, mas só uma Lei agora rege a nova vida do que está em Cristo: A Graça.
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” Gálatas 5:16,17
A novidade de vida só se dará quando entendermos que somos carnais, mas comprados pelo Sangue da Graça, podemos vencer as nossas lutas interiores, nas quais a carne, porque, ainda, estamos neste corpo, tenta sobressair-se, mas devemos nos manter sob a ação da Graça servindo a Justiça:
“Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.” Romanos 6:16-18
Como a tradição rabínica já informava: “...quem morria estava livre dos deveres da Lei – b. Shabb, 30 a -  
Assim, não estamos mais sob o Domínio da Lei – kyrieuo (ter o domínio ou autoridade sobre). Nós que morremos para este Domínio, pois, como todos sabem, é axiomático: a Lei não pode agir sobre um morto.
Enganar – Gr. Exapatao [enganou-me] - απαταω – apatao; v. enganar, iludir, lograr; εξαπατήσει
Epicteto dizia:
“Todo pecado envolve uma contradição. Quem peca não deseja pecar, mas fazer o que é certo;logo não faz o que deseja”. Apud Marvin Pate Disc. 2.26.1,2;cf. 2.26,4,5
Leia Romanos 8:1,2
Paulo então pode entender porque Deus lhe havia dito, como ele seria mantido, mesmo neste corpo mortal, manchado e formado em pecado [em pecado me concebeu a minha mãe...], sob ação da Graça, um vencedor:
“posso todas as coisas, naquele que me fortalece...”
“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 2 Coríntios 12:9
Portanto, a Graça é o bastante e superior a lei, que só aponta o pecado, mas a Graça mantém o pecador sob o poder de Cristo!
Fonte:
Bíblia Plenitude
Bíblia online
Apontamentos do autor
O Evangelho segundo Paulo  -Hernandes Dias Lopes – Romanos –
Romanos – Comentários Expositivos – C. Marvin Pate

Dicionário Strong

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Martin Niemöller, 1933

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