Os Artesãos do
Tabernáculo
Lição
2 - CPAD Abril 2019
Estudo Pr. Prpf. Unv. Osvarela
Texto Áureo
“Mas
um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a
cada um como quer.” 1 Coríntios 12.11
Leitura Bíblica
Êxodo
31.1-11
1
– Depois, falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
2
– Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da
tribo de Judá,
3
– e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência
em todo artifício,
4
– para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre,
5
– e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para
trabalhar em todo lavor.
6
– E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de
Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio
de coração, para que façam tudo o
que te tenho ordenado,
7
– a saber, a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e o propiciatório
que estará sobre ela, e todos os móveis da tenda;
8
– e a mesa com os seus utensílios, e o castiçal puro com todos os seus
utensílios, e o altar do incenso;
9
– e o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a sua base;
10
– e as vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as
vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio;
11
– e o azeite da unção e o incenso aromático para o santuário; farão conforme
tudo que te tenho mandado.
Discurso:
A
grande obra do Tabernáculo vai destacar que na Obra divina, Deus chama e
capacita homens especialmente para cada função. Nada a ver com ditos populares usados
acerca deste assunto.
Havia
uma necessidade de pessoal extremamente capacitado para realizar as obras e moldar
cada utensílio sagrado conforme determinação de Deus.
“Eis
que eu tenho chamado por nome a Bezalel,
o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, E o enchi do Espírito de Deus, de
sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o lavor, Para
elaborar projetos” Êxodo 31:2,4
“E repousará sobre ele
o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de
conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” Isaías 11:2
Para
isto, nenhum homem até então, havia sido treinado, para tais capacitações e, tecnologias,
além de necessidade de instrumentos adequados para cada ação.
Os
materiais a serem usados necessitariam de conhecimento químicos, conhecimento
de temperaturas de cada um para moldar ou formatar, ou seja, descoberta de
novas tecnologias.
Somente
alguém dotado de espírito de conhecimento, sabedoria e de ciência poderia obter
revelações, sim revelações, aqui como descobertas através do espírito para
entender e descobrir técnicas nunca dantes conhecidas por qualquer artífice,
mas só um chamado para tal atividade.
“Porque Deus não é
injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para
com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis.” Hebreus 6:10
Mas,
precisamos entender que Bezalel e Aoliabe foram artífices destacados na obra do
Tabernáculo e tiveram seus nomes citados nas Escrituras, contudo não fizeram
tudo sozinhos, tiveram a ajuda de muitos outros artesãs e de mulheres, como já
citei anteriormente, que fiaram cortinas.
Demonstração
clara que Deus chama alguém, e coloca eu e você ao lado para realizarmos a Sua
Obra, se nossos nomes não aparecerem, não demonstra que estamos sendo
esquecidos.
Na
Bíblia há milhares de heróis e heroínas anônimos, que deram a suas vidas, seja
na causa Veterotestamentária, como na Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Eis uma lição a
aprendermos:
Nosso
galardão é nos Céus:
“Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança,
porque a Cristo, o Senhor, servis.” Colossenses 3:24
Nunca
despreze alguém que consegue realizar algo diferente de tudo, na igreja, mas
entenda que, ele pode estar cheio do Espírito, não na forma que entendemos, com
expressão de ação espiritual, mas cheio do Espírito de Sabedoria, e ciência, para executar.
Como
o modelo dado e determinado por Javé: “faça
tudo como no monte te se mostrou!”
“E há diversidade de
operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do
Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” 1 Coríntios 12:6,7
“Porque há homem cujo trabalho é feito com
sabedoria, conhecimento e destreza;” Eclesiastes
2:21
Diz Flavio Josefo:
2 – Eis que eu tenho
chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,
3 – e o enchi do
Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo
artifício,
4 – para inventar
invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre,
5 – e em lavramento de
pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo
lavor.
6 – E eis que eu tenho
posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado
sabedoria ao coração de todo aquele que
é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho
ordenado,
Os
Artífices e a interpretação de cada elemento e material na visão de Flavio Josefo.
2 – Eis que eu tenho
chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,
6 – E eis que eu tenho
posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado
sabedoria ao coração de todo aquele que
é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho
ordenado,
10 – e as vestes do
ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para
administrarem o sacerdócio;
Aqui
vemos a diferença em tipo e comparação.
“Bezalel e Aoliabe empregaram sete meses para fazer as obras de que
acabo de falar e, então, passou-se o primeiro ano depois da saída do Egito.
Eram dois artífices admiráveis,
principalmente Bezalel, e eles, por si mesmos, inventaram várias coisas. [..] Moisés
ensinou-os, segundo o que o próprio Deus lhe havia manifestado, como Ele queria
que se construísse o Tabernáculo, que era como um Templo portátil, e exortou-os
a não perderem tempo em construí-lo.
Deus,
escolheu os homens mais capazes para trabalhar naquela obra — tanto que,
tivesse o povo a liberdade de escolher, não teriam lançado os olhos sobre
melhores peritos. Ainda vemos os seus nomes, nas
Sagradas Escrituras, a saber: Bezalel, da tribo de Judá, filho de Uri, filho de
Hur e de Miriã, e Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã.
O
Tabernáculo está dividido, as duas em que é permitido aos sacerdotes entrar,
como se entraria num lugar profano, significam a terra e o mar, que
estão abertos a todos os homens.
E
a terceira parte, que lhes é inacessível, é como um céu reservado
a Deus somente, pois o céu é a sua morada.
Pães
da Proposição:
Deus
se mostra como o Provedor de todo Israel, com alimento para cada mês.
Os
doze pães da proposição significam os doze meses do ano.
Os
véus, tecidos de quatro cores, indicam os quatro elementos, pois o linho
refere-se à terra, que o produz, e é da mesma cor; a púrpura
significa o mar, pois é tingida com o sangue de um certo peixe; o
escarlate representa o fogo (a túnica do sumo sacerdote significa também a
terra); o jacinto, que tende para a cor do azul, representa o
céu; as sementes de romã, os relâmpagos; o som das campainhas, os trovões.
O éfode, tecido de quatro cores, representa também toda a natureza (penso
que o ouro foi acrescentado para representar a luz).
10 – e as
vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de
seus filhos, para administrarem o sacerdócio;
O racional1, que está no meio, representa também a terra, que está no
centro do mundo, e o cinto que o rodeia tem relação com o mar, que circunda
a terra. Quanto às sardônicas que servem de colchetes, indicam o Sol e a
Lua. As outras doze pedras preciosas simbolizam os meses do ano. A tiara, sendo
da cor do jacinto, significa o céu, sem o que não seria digno de que nela se
escrevesse o nome de Deus, e a tríplice coroa de ouro representa, por seu
brilho, a sua glória e a sua soberana majestade.
10 – e as
vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de
seus filhos, para administrarem o sacerdócio;
Ao
artífices também, realizaram o desenho dado a Moisés, sem nunca terem visto,
com sabedoria divina, cada item, por inspiração foi realizado, compondo um
conjunto de vestes, que era constituído de:
Obs.: 1O
que é o racional? “..., as vestes do sacerdote. Quanto às do sumo
sacerdote, além do que acabo de dizer, ele se revestia de uma túnica cor de
jacinto, chamada methir, que lhe ia até os calcanhares. Ele a cingia com um
cinto semelhante ao de que falei, exceto que era entrelaçado de ouro. A parte
inferior de seu vestuário era ornada de franjas com guizos e campainhas de
ouro, entremeadas de maneira igual. Essa túnica, que era toda uma só peça, sem
costura, não era aberta de lado, mas de alto a baixo, isto é, por trás desde o
alto até abaixo das espáduas e na frente apenas até a metade do estômago. Para
adorno dessa abertura, colocaram-se bordados, como também naquelas feitas para
passar o braço. Por cima dessa túnica, punha-se uma terceira veste, chamada
éfode, parecida com a que os gregos chamam epomis, cuja descrição é esta:
tinha um côvado de comprimento, mangas, e era como uma espécie de túnica curta.
Era de um tecido tingido com várias cores e misturado com ouro e deixava sobre
o meio do peito uma abertura de quatro dedos em quadrado. A abertura era
coberta por uma peça de pano semelhante ao do éfode. Os hebreus chamam-no
essem, e os gregos, logiom, que significa em língua vulgar "racional"
ou "oráculo". Tinha a largura de um palmo e estava preso à túnica
por colchetes de ouro, juntamente com uma tira cor de jacinto, que passava por
anéis. Para que não se visse a menor abertura entre esses anéis, uma fita,
também cor de jacinto, cobria a costura.”
Continuando:
3 – e o
enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em
todo artifício,
Como
alguém, poderia humanamente entender como por exemplo, de uma só peça de ouro
batido forjar e esculpir uma Menorá conforme o modelo de uma haste principal,
que é propriamente a Lâmpada, e seus seis braços, todos de uma só peça?
A
Menorá deveria ser feita a partir de uma peça de ouro batido, não podendo ter
emendas ou rejuntes. Era um grande castiçal de 1,5 metro de altura e 43 quilos, o qual deveria ter sete hastes, ou pontas.
Menorah
é uma grande representação, da temática que citei no primeiro estudo: Deus unido
ao seu povo, ou com os homens (6- número do homem; 7- número da perfeição –
número de Deus)
Cada
haste seria decorada com 3 (três)
cálices de ouro em formato de amêndoas, uma maçaneta (espécie de suporte para a
lâmpada) e uma base estrelada em formato de flor, a qual serviria como lâmpada.
Um fato interessante é que todas as hastes deveriam iluminar em direção ao
centro (Ex. 25.37), e não em
todas as direções como é comum a candelabros. Dessa forma, as hastes da Menorá
brilhariam como se fossem uma grande e única chama, realçando a haste central:
“todos juntos como se fossem um, mas
ligados à Deus a Lâmpada central”.
A
Menorá existia tanto no Tabernáculo
quanto no Primeiro e, posteriormente, no Segundo Templo (Êxodo 25:31-40; Êxodo
37:17-24, Zacarias 4:2-5; Zacarias 10:14).
Após
o ano 69 d.C., com a invasão romana a Jerusalém e a destruição do Templo, a
Menorá foi levada pelos invasores para Roma, - fato este retratado em forma de
relevo no Arco de Tito.
Refutação:
“opinião de nossos Sábios sustenta que, antes de Tito invadir o Templo
Sagrado, os sacerdotes esconderam os objetos mais importantes num local
secreto, de maneira que a Menorá levada para Roma era uma das outras.”
Chabad – A Chanucá - A Menorá do Templo
Sagrado
Hoje,
a Menorá constitui um símbolo do Estado de Israel, juntamente com a Estrela de
Davi.
Existe
também a Chanukiá (חנוכיה - chanukiah),
um candelabro adaptado com nove braços (diferentemente da Menorá, que tem sete
braços).
A
primeira Menorah foi feita obedecendo a instruções minuciosas do Eterno. Na
Menorá, há sete braços ao todo: uma haste central, e três braços que saiam de
cada lado.
מנורה - menorah - "lâmpada,
lâmpada candelabro"; o símbolo judaico mais antigo e mais
imponente de que se tem relato. Ela também representa, desde os tempos
mosaicos, Israel e o povo judeu.
“Farás também um candelabro de ouro puro; de ouro batido se fará este candelabro; o
seu pedestal, a sua haste, os seus cálices, as suas maçanetas e as suas flores
formarão com ele uma só peça. Seis hastes sairão dos seus lados: três de um
lado e três do outro. Numa haste, haverá três cálices com formato de amêndoas,
uma maçaneta e uma flor; e três cálices, com formato de amêndoas na outra haste,
uma maçaneta e uma flor; assim serão as seis hastes que saem do candelabro. Mas
no candelabro mesmo haverá quatro cálices com formato de amêndoas, com suas
maçanetas e com suas flores. Haverá uma maçaneta sob duas hastes que saem dele;
e ainda uma maçaneta sob duas outras hastes que saem ele; e ainda mais uma
maçaneta sob duas outras hastes que saem dele; assim se fará com as seis hastes
que saem do candelabro. As suas maçanetas e as suas hastes serão do mesmo; tudo
será de uma só peça, obra batida de ouro puro. Também lhe farás sete lâmpadas,
as quais se acenderão para alumiar defronte dele. As suas espevitadeiras e os
seus apagadores serão de ouro puro. De um talento de ouro puro se fará o
candelabro com todos estes utensílios. Vê, pois, que tudo faças segundo o
modelo que te foi mostrado no monte.” Ex. 25:31-40(RA)
ARTÍFICES
Tudo teria de ser feito de acordo com o Padrão
divino:
Êx 25.40 - Atenta, pois, que os faças conforme o seu
modelo, que te foi mostrado no monte
בצלאל – Be^tsal’el; n. pr. m. Bezalel = “à
sombra (i.e. proteção) de Deus”; filho de Uri e neto de Hur;
um artesão de Judá hábil em todas as obras de metal, madeira e pedra e um dos
arquitetos do tabernáculo.
Bezaleel
desde sua meninice aprendeu o oficio de joalheiro com seu avô Hur, adquirindo
vasta experiencia em confeccionar jóias a partir do ouro, prata, bronze e
pedras preciosas.
O
talento de Bezalel na construção do Mishcan (Tabernáculo)
e de seus utensílios era inato, dado por Deus. Era um verdadeiro milagre, pois
no Egito os judeus só realizavam trabalhos de escravo, construindo casas e
fazendo tijolos. Nenhum deles tivera experiência, ou mesmo contato, com algum
tipo de trabalho artístico ou artesanal mais delicado.
O
mais sagrado de todos os objetos era a Arca. Besaliel era o principal
trabalhador na construção da Arca, e realizou essa tarefa com o maior cuidado e
atenção.
אהליאב - ’Oholiy’ab; n. pr. m. Aoliabe
= “tenda do pai” - principal auxiliar de Bezalel na construção do tabernáculo.
Aaoliabe (Êx 31.6b). Foi dado a
Aoliabe uma tarefa aparentemente menor: repassar a outros os ensinamentos
recebidos por ele e Bezaleel. Para isso, seria necessário ser “sábio de
coração” (חֲכַם לֵב, chacham-lev). Ser sábio não é tão
somente acumular dados.
Não
basta racionalidade; é necessário aplicar o coração.
E
o que é aplicar o coração?
Deixar
que Deus nos dirija e nos dê a verdadeira sabedoria.
O
verdadeiro sábio, o verdadeiro ‘ensinador’ recebe isto de Deus como um
dom.
Aoliabe recebeu o dom de
ensinar: Êxodo 35.34: “infundiu o dom de ensinar em seu coração”
[Tradução Ecumênica], assim como Bezalel:
“Também lhe dispôs o
coração para ensinar a outros; a ele e a Aoliabe,...” Êxodo 35:34
אחיסמך - ’Achiycamak; n. pr. m. Aisamaque =
“meu irmão é apoio (tem sustentado)” - um danita, pai de Aoliabe, um
trabalhador no tabernáculo
דעת–
da’ath;
n. m/f. conhecimento - conhecimento,
percepção, habilidade; discernimento, compreensão, sabedoria
חכמה- chokmah; n. f. perspicácia, sabedoria - sabedoria, prudência (em assuntos
religiosos) - sabedoria (ética e religiosa)
כשרון-
kishrown;
n. m. sucesso, habilidade, proveito - habilidade, destreza
תבון-
tabuwn
e (fem.) תבונה t ebuwnah ou תובנה – towbunah; n. m. compreensão,
inteligência - o ato do entendimento; habilidade; a capacidade do entendimento;
inteligência, compreensão, percepção
δυναμαι
- dunamai;
v. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de
alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou
pela permissão de lei ou costume; ser apto para fazer alguma coisa; ser
competente, forte e poderoso
Quem
Eram Estes Artífices:
Na
sombra de Deus.
3 – e o
enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em
todo artifício,
l.
o filho de Uri, o filho de Hur, da tribo de Judá, isto é, um descendente de
Calebe (1 Cr 2.18 a 20,50) – era hábil mecânico e desenhador, e foi encarregado
de executar as obras de arte necessárias para o tabernáculo no deserto.
Associado
com Aoliabe, que tinha a seu cargo a fabricação dos tecidos.
O trabalho pessoal de Bezalel era em metal, madeira e pedra, mas
ele era mestre de Aoliabe, e dirigia os trabalhos deste artista (Êx 31.2 –
35.30 – 36.1,2 – 1 Cr 2.20 – 2 Cr 1.5).
2.
Filho de Paate-Moabe, um dos que tinham casado com mulheres estranhas (Ed
10.30).
Bezalel
era um:
σοπφος
sophos (saphes
(claro); adj. Sábio - hábil, experto: de artífices - sábio, hábil nas
letras, cultivado, instruído - que elabora os melhores planos e que usa
os melhores meios para a sua execução.
τεκτων
- tekton;
n. m. artífice em madeira, carpinteiro, marceneiro, construtor - carpinteiro ou
construtor de navio – artesão: projetador, planejador, conspirador; autor.
τεχνιτης
- technites;
n. m. artífice, artesão
אמון-
’amown;
n. m. artífice, arquiteto, trabalhador capacitado, trabalhador hábil
חרש–
choresh;
n. m. artífice de metal
חרש-
charash;
n. m. artífice, artesão, entalhador, lapidador
6 – E eis
que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e
tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de
coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado,
Interessante
como Bezalel e Aoliabe usaram elementos da doação dos israelitas maiores
de 21 anos, com sentido Crístico, como vemos no estudo “As Bases e Os Encaixes
- O Pastor Ron Crisp, nos seus estudos sobre o livro de Êxodo ensina
como a voluntariedade era divinamente inspirada no coração dos ofertantes e chegou
ao coração dos que com as ofertas realizaram a transformação das mesmas em objetos
e utensílios santos para o Tabernáculo:
“Os judeus com vinte
ou acima de vinte anos deveriam dar metade de um siclo de prata ao Senhor como
oferta de expiação Êxodo 30:11-16.
Todos
os homens acabaram representados nas obras do Tabernáculo pelas mãos de Bezalel
e Aoliabe:
“Assim foram todos os
contados dos filhos de Israel, segundo a casa de seus pais, de vinte anos
para cima, todos os que podiam sair à guerra em Israel; Todos os contados eram
seiscentos e três mil e quinhentos e cinqüenta.” Números 1:45,46
Assim,
os artífices divinamente inspirados, pois seria difícil humanamente entender a representatividade
do Plano Redentivo de Javé (que seria para todos os homens, em Jesus; muito
importantes durante séculos porque simbolizavam o futuro Messias e a obra
redentora de Cristo) no que realizavam, o que seria revelado, para nós a
Igreja.
“Mas, vindo a
plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido
sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a
adoção de filhos.” Gálatas 4:4,5
“O rico não dará
mais, e o pobre não dará menos da metade do siclo, quando derem a oferta alçada
ao Senhor, para fazer expiação por vossas almas. E tomarás o dinheiro
das expiações dos filhos de Israel, e o darás ao serviço da tenda da
congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante do Senhor, para
fazer expiação por vossas almas.” Êxodo 30:15,16
Isto
seria usado no Tabernáculo - Êxodo 30:16. Esta moeda de metade de um
siclo era de muito leve, no entanto, foram recolhidas 603.350, pois
representavam o número de homens (Números 1:46). Seis mil destas moedas
formavam um talento. Esta prata que ao ser juntada gerou cem talentos, foi
depois transformada em cem encaixes, pesando um talento cada um.
Os
7/12 (sete doze avos) dos talentos restantes foram deixados para serem
utilizados na parede do pátio.
“É
muito instrutivo o fato da prata dos encaixes ter vindo do dinheiro da
expiação ou redenção. A redenção é o fundamento de tudo o que
Cristo faz pelo Seu povo. Todos necessitavam de redenção.
O
mesmo valor seria pago tanto pelo rico quanto pelo pobre:
“...,
a todos quantos o receberam, deu-lhes
o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de
Deus.” João 1:12,13
Estes
encaixes de prata eram figuras da verdadeira redenção que Cristo fez por Seu
povo (I Pedro 1:18-19).” Compilado e reeditado pelo autor deste estudo,
de texto do Pr Calvin Gardner - O Tabernáculo - O Tabernáculo E As Suas
Tábuas
As Vestes Sacerdotais
As vestes eram “para Me administrarem o oficio sacerdotal” - Ex
28.4, 41
אפוד- ’ephowd raramente אפד -
’ephod; n. m. estola sacerdotal; veste
sacerdotal, manto ou capa sobre os ombros, veste externa
- usada pelo sacerdote e confeccionada de material branco; usada pelo sumo
sacerdote - mais cara, tecida de ouro, azul, púrpura, escarlate, e fios de
linho acompanhados de umbrais e um peitoral feito com o mesmo material, ornamentado
com pedras preciosas e ouro.
Bezalel e Aolibae tiveram ordem mosaica advinda de
Deus para montar o “design” das vestes sacerdotais, conforme o modelo do Monte.
Javé diz a Moisés que Ele já colocara inspiração no coração dos artífices:
“E farás vestes sagradas a Arão teu irmão, para glória e
ornamento. Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenho enchido do
espírito da sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo; para que me administre o
ofício sacerdotal.” Êxodo 28:2,3
Lembramos que O Tabernáculo era “uma alegoria para o tempo
presente”, ou seja, era a “sombra dos bens futuros, e não a
imagem exata das coisas” (Hb 10.1).
Algumas Igreja querem usar símbolos daqueles dias e alguns pastores,
até usam tst-tsit como veste para ministrar.
O Tabernáculo não é um modelo para nós hoje imitarmos na igreja.
É aqui, que nós devemos entender esta série de Estudos:
Tudo no Tabernáculo era uma
representação de Cristo, e quando Cristo veio, todas essas “sombras” não
tinham mais a necessidade de existir.
Assim, não há razão nenhuma para o
sacerdotalismo e ritualismo existirem em nenhuma igreja evangélica hoje.
Conhecendo as Vestes Sacerdotais e seus símbolos de maneira
Histórica e tipologismo Crístico:
“Estas
pois são as vestes que farão: um peitoral, e (1) um éfode, e (2) um
manto, e (3) uma túnica bordada, (4) uma mitra, e (5) um
cinto; farão, pois, santas vestes para Arão, teu irmão, e para seus
filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal.” Êxodo 28:4
As vestes dos:
כהן- kohen; n. m. sacerdote, oficiante principal ou governante
principal. Oriundos da família e Arão, mas hoje temos um Sumo sacerdote divino –
Jesus que é sacerdote de uma ordem anterior a de Arão, que ali o simbolizava, e
que trazia em seu peito, e vestes, informações, redentivas e sombras do Sumo
Sacerdote Divino Jesus:
“Onde
Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote,
segundo a ordem de Melquisedeque.” Hebreus 6:20
- O Peitoral, o Éfode com o Urim e o Tumim e as pedras de engaste,
o Manto, a Túnica Bordada com os Calções e um Cinto, e a Mitra com a sua Lâmina
de ouro, e, as Tiaras (v.36-39, 40).
O peitoral do juízo, uma peça quadrada medindo um palmo de cada
lado, feita do mesmo material que a estola sacerdotal, e preso às ombreiras
desta por correntes e argolas de ouro; o peitoral nunca devia se separar da
estola. Seu nome anuncia o fato que o pecado já foi castigado. É a couraça da
justiça (dele próprio) que o Senhor Jesus vestiu no mundo (Isaías 59:17) e
devemos vestir (Efésios 6:14), para cobrir o nosso coração pecaminoso. É a
única maneira em que podemos nos apresentar diante de Deus, indicando que o
nosso pecado já foi castigado
Os Materiais – Ex 28.5
As vestes dos sacerdotes eram de ouro, o azul, a púrpura, o
carmesim e de linho fino torcido.
A Representação dos Materiais -veja nossos outros estudos, sobre
Materiais
O ouro representa a divindade de Cristo,
O azul aponta o fato que Cristo é dos céus,
A púrpura lembra-nos de reis,
O carmesim manifesta a humilhação de Cristo na Sua morte
e
O linho fino torcido ensina-nos da Sua justiça e a Sua pureza, pois o
linho fino era branco.
O Éfode – Ex 28.6-14
Ele continha um peitoral, com suas pedras de engaste, mencionado
primeiro na lista (Ex 28.4), o éfode é descrito primeiro (Ex 28.6-14).
Nos ensina sobre vestimentas que são tipo das vestes de Jesus,
segundo a Sua Revelação, as vestes vistas por João na Ilha de Patmos:
“E
no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos
pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.” Apocalipse 1:13
“sobre
a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que
ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de veste tingida em sangue;
e o nome pelo qual se chama é A Palavra de Deus.” Apocalipse 19:12,13
As vestes
de Jesus tingidas do sangue, mostra que, quando os sacerdotes faziam os sacrifícios
suas vestes ficavam tingidas do sangue dos animais, realizando sacrifícios que
cobriam os pecados do povo de Israel, mas Jesus tem suas vestes tingidas pelo seu
próprio sangue, que ‘vindicativamente’ substituiu todos os sacrifícios humanos,
sendo Ele mesmo o sacrifício e o Sumo Sacerdote, pelos pecados de toda a
Humanidade, para que todo aquele que N’Ele crer tenha seus pecados perdoados!
“Porque
tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca,
pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode
aperfeiçoar os que a eles se chegam.” Hebreus 10:1
O éfode era a parte exterior, a última peça das vestes sacerdotais, era
uma peça comum de todos os sacerdotes (I Sm 22.18).
O jovem Samuel foi “vestido com um éfode de linho” (I
Sm 2.18).
Ao Sumo Sacerdote, era reservado o éfode com matérias preciosas.
O éfode das vestes sagradas, como o peitoral, era composto de
todo o tipo de material reservado para as vestes sacerdotais (Ex 28.6).
O éfode representava a divindade de Cristo (ouro), a origem
de Cristo, dos céus (azul), a Sua realeza (púrpura), a Sua
humilhação na morte (carmesim) e a Sua justiça e pureza (linho fino
torcido de cor branca).
Representação do Manto:
O Manto do Éfode – Ex 28.31-35; 39.22-26
Muitas são as suas representações:
Significa Justiça – Jó 29.14;
“...,
um intercessor; por isso o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua
própria justiça o susteve.Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs
o capacete da salvação na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de
vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto.” Isaías 59:16,17
“..., porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto
de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, ...”Isaías
61:10 - sem manto quer dizer que confessa estar com pecado, portanto, sem
justiça;
Zelo – Is 59.17;
Autoridade e proteção - compromisso – Ez 16.8; Ap 19.16 –
“Tendo,
pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo
e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,” Hebreus
10:19,20
Só com este manto – O Sangue de Jesus - temos autorização
para entrar na presença de Deus (Jo 14.6; Hb 10.19-23) e eterna proteção (Jo
10.27-30; Jd 24).
Feito de azul, a qualidade de Cristo como Mediador vindo dos
céus é exaltada.
Nessa qualidade celestial Ele tem a autoridade do Pai, as Palavras
do Pai, as obras do Pai, o agrado do Pai em tudo. Nessa qualidade celestial de
Cristo Deus justifica completamente o pecador que vem a Ele pelo Seu Filho
Jesus - Rm 8.1-4.
Quem está em Cristo, tem a vida eterna que é celestial, pois no céu
não há mais morte. É importantíssimo ser vestido do Celestial para agradar o
Deus do céu para sempre.
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;” Hebreus
7:26
O Sacerdote, com este manto:
É vestido – v. 32, 35 do peito até os pés; Jó 29.14.
Como Deus ‘vestiu’ Adão e Eva com as túnicas de peles, Cristo é a
vestimenta agradável e propícia para todo pecador que se arrepende dos pecados
e vem a Deus pela fé em Cristo (Gn 3.21; Is 61.10, “Regozijar-me-ei muito no
SENHOR, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de
salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com
turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias”).
É coberto – v. 35, estará sobre Arão quando ministrar; Is 59.17; o
significado da palavra hebraico para manto (#4598, Strong’s) é no senso de
cobrir ou cobrindo. Cristo é a justiça nossa (II Co 5.21).
É ouvido – v. 35, para que se ouça ao entrar e quando sair no serviço. Nós
oramos por Cristo (Jo 14.13, 14) e entramos neste serviço por sermos em Cristo
(Hb 10.19). O nosso serviço nunca é por nós.
O Manto:
É a segunda peça para o sacerdote vestir – 29.5; Lv 8.6-9. Logo
depois de vestir a túnica de linho fino, vestiu-se o manto. Depois da peça que
representa a justiça que Cristo ganhou pela Sua obra na cruz, vem essa peça que
denota a divindade e a origem celestial deste Justo.
É todo de azul – Ex 28.31; 39.22.
Jesus manifesta ricamente tudo e somente o divinal e celestial, Ele
agrada o Pai perfeitamente em tudo que é e faz, o Pai nos faz aceitáveis a Si
mesmo completa e eternamente pelo Amado Filho (Ef 1.6).
Igreja, intenções, caridades, sacrifícios, etc. são contaminados
pela fraqueza da carne, mas Ele é Deus conosco cujo trabalho O satisfaz
trazendo paz celestial para todo o sempre (Is 53.7-11).
O importante é ter Cristo Jesus como Salvador e Mediador!
Manto - É peça de roupa usada por Sacerdotes (Arão – Ex 28.31-35;
Esdras – Ed 9.3, 5; todos os levitas – I Cr 15.27),
Reis (Saul - I Sm 24.4-11; Davi – I Cr 15.27;
Cristo – Ap 19.16), homens de bens (Jó – Jó 1.20; amigos de Jó – Jó
2.12), e por Profetas (Ezequiel – Ez 5.3).
Cristo usa esse manto por direito.
Ele é o Grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus (Hb 4.14), o
Rei dos Reis (Ap 19.16), e quem está n’Ele é feito sacerdote e rei (Ap 1.5,6),
tem a mensagem divina como profeta e veste roupa nupcial feita no céu, por ser
feito Filho de Deus.
É ornamental e festivo – Jó 29.14; Is 3.22; Is 61.10.
Jesus é a beleza da vida Cristã, precioso para os que crêem nEle (I Pe 2.7). A
Sua justiça os cubra e é o único adorno que prezam.
Enfeitada com com romãs coloridas – 28.33 Feitas
de fio torcido como o éfode foi feito (39.2, 3). “Um trabalho bordado
esmerado”. Significando a beleza e representação de bom cheiro que Cristo é ao
Seu Pai.
“E
graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós
manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para
Deus somos o bom perfume de Cristo,
...” 2 Coríntios 2:14,15
Os que são de Cristo também têm a beleza do seu perfume, sendo que
a sujeira do pecado das “velhas coisas” do mundo são apagadas quando
Cristo é vestido em nós.
II Co 5.17 “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
O Cristão, firmado em Cristo, agrada ao Pai, fazendo soar o som das
campainhas feitas de ouro puro, pois o sacrifício eterno em Jesus foi aceito de
maneira definitiva.
É com campainhas de ouro puro entre uma romã e outra – 28.33, 34.
Significa a declaração do Evangelho que é música aos ouvidos de
Deus pois em Cristo Ele é glorificado (Jo 12.27-28; II Co 2.16; Ef 5.2).
O manto de justiça que o arrependido tem por Cristo
somente cheira bem quando tem a harmonia de uma vida conforme a imagem de
Cristo, pois somente dessa forma o som do Evangelho é ouvido.
A Túnica de Linho Fino e O Cinto Bordado –
Ex 28.39
Os Calções de Linho – Ex 28.42-43
Deus é um Deus de cuidados totais e ninguém pode se apresentar a
Ele sem estar vestido de maneira santa e cuidadosa.
Nos mostra que todo(o)s nós, nos dias de hoje devemos nos
preocupar, como sacerdotes - - de
maneira honrada e com vestes apropriadas.
Mesmo que a túnica bordada está na lista depois do manto (Ex 28.4),
estudaremos a túnica agora, na descrição desta parte das vestes sacerdotais a
túnica segue a descrição da lâmina de ouro puro (Ex 28.36-39).
Nessa passagem a túnica é descrita apenas como de linho fino e o
cinto é feito “de obra bordada”.
Todavia, em Ex 39.27, é dito que “de obra tecida” foram feitas
essas túnicas.
Obviamente a boa obra bordada era pelo processo de tecelagem. Os
calções de linho são mencionados depois da túnica e do cinto (Ex 28.42, 43).
Todavia, desde que o propósito deles era de cobrirem a carne nua
dos lombos até as coxas, foram vestidos antes de tudo. Todavia, desde que os
calções cobriram somente os lombos até as coxas, foi necessário ter a túnica e o
cinto também.
“E
da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os
mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos
lavou dos nossos pecados, E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a
ele glória e poder para todo o sempre. Amém.” Apocalipse 1:5,6
A túnica, o cinto e os calções eram para o sacerdote e para os seus
filhos. Quer dizer, o que é bom para o sacerdote é bom para os seus filhos.
A túnica, os calções e o cinto foram todos
feitos de linho fino.
αναξωννυμι - anazonnumi; v. cingir-se; metáf. estar
preparado - metáfora derivada da prática dos orientais que para movimentar-se
com mais naturalidade, estavam acostumados, quando iniciando uma jornada ou
engajando-se a algum trabalho, a ajustar suas vestes longas e ondeantes ao
redor de seus corpos e prendê-las com um cinto de couro.
“Estai,
pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a
couraça da justiça;” Efésios 6:14
O cinto bordado ou, melhor, tecido, segura essa túnica ao
corpo. Pela sua posição, beleza e utilidade o cinto pode representar a
prontidão, força, fidelidade e integridade de Cristo (Gill).
A justiça sem a prontidão de obedecer seria contraditória.
Os que têem a esperança de serem vestidos com a justiça de Cristo,
precisam examinar se suas vidas igualam a sua confissão. Se dizem que têem a
justiça de Cristo mas não têem vidas no mesmo nível precisam ter cuidado pois
podem ser achados nus (Ap 3.1, 17-19). O conjunto das vestes básicas é completo
somente com o cinto tecido. Este quer nos ensinar que a justiça imputada tem
juntamente a prontidão de fazer e a fidelidade em fazer a vontade de Deus.
Como estas vestes eram do sacerdócio, os verdadeiros cristãos
precisam estar prontos e ativos no ministério intercessor diante de Deus pelos
outros.
Seja pronto para ser um intercessor pelos que estão fora tanto
quanto os que já estão em Cristo (Gl 6.1; I Sm 12.23; Jo 17.9, 20-23).
Anexo:
Descrição
de Flavio Josefo, no Capítulo 8 da História do Hebreu que fala sobre As
Vestes E Ornamentos Dos Sacerdotes E Do Sumo Sacerdote. pg119.
Devemos agora falar das vestes, tanto as
dos sacerdotes, às quais os hebreus chamam chanes, quanto as do sumo
sacerdote, às quais chamam anarabachem.
Começaremos pelas comuns, dos
sacerdotes.
Aquele que ia oficiar era obrigado,
segundo a Lei, a ser puro e casto. Ele revestia-se de uma veste chamada manachaz,
isto é, "que segura forte", uma espécie de calção de linho
retorcido que se prendia nos rins. Colocava por cima uma túnica de um duplo
tecido de lã e linho, à qual chamavam chetonem, porque o linho se chama chetom.
Ela descia até os calcanhares, era muito justa no corpo e tinha também mangas
muito estreitas para cobrir os braços.
A túnica era presa sobre o peito, um
pouco abaixo das espáduas, com um cinto da largura de quatro dedos, o qual era
de tecido fraco, de maneira que se parecia com uma pele de cobra. Diversas
flores e figuras nele estavam representadas, com linho de cor escarlate,
púrpura e jacinto. Essa cinta dava duas vezes a volta em torno do corpo. Era
atada na frente e depois caía até os pés, a fim de tornar o sacerdote mais
venerável ao povo quando não estava oferecendo algum sacrifício. Pois, quando o
oferecia, atirava a cinta sobre o ombro esquerdo, a fim de ficar mais livre
para desempenhar o seu ministério. Moisés chamou a esse cinto abanete, e
nós o chamamos hoje emiã, nome que tiramos dos babilônios. A túnica não
tinha pregas e possuía uma grande abertura em torno do pescoço, que era presa
na frente e atrás com colchetes, e a chamavam massabazem. Ele usava uma
espécie de mitra, que não lhe cobria mais que metade da cabeça e que ainda hoje
se chama masnaemphite.
Tinha a forma de uma coroa e era de tecido de
linho, mas muito grossa por causa das muitas pregas. Colocava-se por cima uma
touca de pano muito fino, que cobria toda a cabeça e descia até a fronte,
ocultando as costuras e pregas dessa coroa. Era presa com muito cuidado, para
que não caísse durante o sacrifício. Essas eram as vestes do sacerdote. Quanto
às do sumo sacerdote, além do que acabo de dizer, ele se revestia de uma túnica
cor de jacinto, chamada methir, que lhe ia até os calcanhares. Ele a
cingia com um cinto semelhante ao de que falei, exceto que era entrelaçado de
ouro. A parte inferior de seu vestuário era ornada de franjas com guizos e
campainhas de ouro, entremeadas de maneira igual. Essa túnica, que era toda uma
só peça, sem costura, não era aberta de lado, mas de alto a baixo, isto é, por
trás desde o alto até abaixo das espáduas e na frente apenas até a metade do
estômago. Para adorno dessa abertura, colocaram-se bordados, como também
naquelas feitas para passar o braço. Por cima dessa túnica, punha-se uma
terceira veste, chamada éfode, parecida com a que os gregos chamam epomis,
cuja descrição é esta: tinha um côvado de comprimento, mangas, e era como uma
espécie de túnica curta. Era de um tecido tingido com várias cores e misturado
com ouro e deixava sobre o meio do peito uma abertura de quatro dedos em
quadrado. A abertura era coberta por uma peça de pano semelhante ao do éfode.
Os hebreus chamam-no essem, e os gregos, logiom, que significa em
língua vulgar "racional" ou
"oráculo". Tinha a
largura de um palmo e estava preso à túnica por colchetes de ouro, juntamente
com uma tira cor de jacinto, que passava por anéis. Para que não se visse a
menor abertura entre esses anéis, uma fita, também cor de jacinto, cobria a
costura. O sumo sacerdote trazia sobre cada um dos ombros uma pedra sardônica
encastoada em ouro, e essas duas pedras preciosas funcionavam como um colchete
para fechar o éfode. Os nomes dos doze filhos de Jacó foram gravados nas
sardônicas, em língua hebraica, isto é: sobre a do ombro direito, os
dos seis mais velhos, e sobre a da esquerda, os dos mais novos. Sobre essa
peça, chamada racional, estavam presas doze pedras preciosas de extrema
beleza, que não tinham preço. Estavam colocadas em quatro linhas de três cada
uma e separadas por pequenas coroas de ouro, a fim de serem conservadas firmes
e não caírem.
Na primeira fila, estavam a sardônica, o topázio e a
esmeralda.
Na segunda, o rubi, o jaspe e a safira.
Na terceira, o mercúrio, a ametista e a ágata.
E na quarta, a crisólita, o ônix e o berilo.
Em cada uma dessas pedras preciosas
estava gravado o nome de um dos doze filhos de Jacó, que consideramos os chefes
de nossas tribos. Esses nomes estavam escritos segundo a ordem de seu
nascimento.
Ora, como os colchetes eram muito fracos
para sustentar o peso das pedras preciosas, havia outros dois, mais fortes,
atados à borda do racional, perto do pescoço, que sobressaíam do tecido e nos
quais se passavam duas correntes de ouro, que se uniam por um tubo nas
extremidades dos ombros.
As pontas superiores dessas correntes,
que caíam para trás das costas, atavam-se a um anel que estava por trás, à
beira do éfode, e de todo o sustentavam, para impedir que caísse. Um cinto de
diversas cores, tecido de ouro, estava preso ao racional e o prendia todo,
atando-se por cima das costuras e daí pendendo para baixo. Todas as franjas
estavam bem presas a ilhoses de fio de ouro. A tiara do sumo sacerdote era em
parte semelhante à mitra dos sacerdotes. Tinha a mais, porém, uma outra espécie
de touca por cima da de cor de jacinto. Era rodeada por uma tríplice coroa de
ouro, onde havia pequenos cálices, como os que se vêem numa planta que os hebreus
chamam daccar, e os gregos, hioscianos, vulgarmente chamada jusquiame
ou anebane. E, se alguém não a conhece bem, para entender pelo que
dizemos, vamos descrevê-la. Ela tem ordinariamente mais de três palmos de
altura. A sua raiz se parece com um nabo, e as folhas, com uma erva chamada
rinchão. Possui uma pequena pele, que cai quando o fruto está maduro. De seus
ramos saem como que pequenas taças, cálices do tamanho da junta de um dedinho,
cuja circunferência se parece mesmo com uma taça. Acrescentarei, ainda, para a
compreensão dos que não conhecem essa planta, que ela tem embaixo algo como uma
meia bola, que se estreita para cima. Depois alarga-se e forma como que uma
pequena bacia, semelhante ao centro de uma romã partida em duas, onde se adapta
uma coberta redonda, tão bem feita como se a tivessem polido em redor e com
recortes que terminam em ponta, tal como se vêem nas romãs. Por cima dessa
coberta, ao longo das pequenas taças, ela produz o seu fruto, que se parece com
a semente da erva chamada parietária, e a sua flor é como a da papoula.
Essa tiara, ou mitra coroada, cobria a parte posterior da cabeça e as têmporas,
em volta das orelhas, pois esses pequenos cálices não rodeavam a fronte. Esta
era rodeada por uma espécie de correia de ouro, bastante larga, sobre a qual,
em caracteres sagrados, estava escrito o nome de Deus. Eram essas as vestes do
sumo sacerdote, e não deixaria eu de me admirar muito a esse respeito pela
injustiça daqueles que nos odeiam e nos tratam como ímpios, porque desprezamos
as divindades que eles adoram. Pois se eles quiserem considerar com algum
cuidado a construção do Tabernáculo, as vestes dos sacerdotes, os vasos
sacros de que se servem para oferecer os sacrifícios a Deus, verão que o nosso
legislador era um homem consagrado e que falsamente somos acusados, pois é
fácil de se ver, por tudo o que acabo de narrar, que elas representam de algum
modo todo o mundo. Pois das três partes nas quais o comprimento do Tabernáculo
está dividido, as duas em que é permitido aos sacerdotes entrar, como se
entraria num lugar profano, significam a terra e o mar, que estão abertos a
todos os homens. E a terceira parte, que lhes é inacessível, é como um céu
reservado a Deus somente, pois o céu é a sua morada. Os doze pães da proposição
significam os doze meses do ano. Os véus, tecidos de quatro cores, indicam os
quatro elementos, pois o linho refere-se à terra, que o produz, e é da mesma
cor; a púrpura significa o mar, pois é tingida com o sangue de um certo peixe;
o escarlate representa o fogo (a túnica do sumo sacerdote significa também a
terra); o jacinto, que tende para a cor do azul, representa o céu; as sementes
de romã, os relâmpagos; o som das campainhas, os trovões. O éfode, tecido de
quatro cores, representa também toda a natureza (penso que o ouro foi
acrescentado para representar a luz). O racional, que está no meio,
representa também a terra, que está no centro do mundo, e o cinto que o rodeia
tem relação com o mar, que circunda a terra. Quanto às sardônicas que servem de
colchetes, indicam o Sol e a Lua. As outras doze pedras preciosas
simbolizam os meses do ano. A tiara, sendo da cor do jacinto, significa o céu,
sem o que não seria digno de que nela se escrevesse o nome de Deus, e a tríplice
coroa de ouro representa, por seu brilho, a sua glória e a sua soberana
majestade. Eis de que modo julguei dever explicar todas essas coisas, a fim de
não perder a ocasião, nem neste lugar, nem em outros, de fazer conhecer a
grande sabedoria do nosso admirável legislador.
História geral:
NÃO bíblica
Maimônides - Em seu manuscrito das explicações da Mishná,
Maimônides desenhou de próprio punho o formato da Menorá do Templo Sagrado -
com braços retos e diagonais.
Há
outra referência em transcrições antigas do livro de Maimônides que abrange
todas as leis: o Mishnê Torá.
Durante séculos, antes do advento da imprensa, os livros eram copiados
manualmente. Nestes manuscritos antigos constam as palavras "Este era seu
formato" e logo abaixo o desenho da Menorá - sempre com braços retos. Em
alguns dos manuscritos, o desenho foi suprimido, provavelmente por incapacidade
do escriba em copiar o desenho com precisão. Em seu lugar, foi mantido um
espaço em branco abaixo dos dizeres "Este era seu formato".
Com
o surgimento da impressão com caracteres hebraicos, o desenho foi
definitivamente extinto dos livros de Maimônides. É de se supor que as primeiras
gráficas não possuíam meios técnicos para reproduzir um desenho.
Por
isso, abriram mão do desenho e também omitiram do texto as palavras "Este
era seu formato", que apareciam no original. Desde então, o livro
Mishnê Torá, de Maimônides, tem sido impresso sem o desenho e sem alusão ao
fato de que Maimônides havia desenhado esta figura em seu livro.
Além
de Maimônides, também Rashi, em seu comentário sobre a Torá, assim
descreve o formato da Menorá: "Seis braços da Menorá saem de seus lados -
para cá e para lá em diagonal, vão subindo até atingir a altura da Menorá que é
a haste central e, uma a uma, vão saindo da haste central acima da outra."
Inferimos desta linguagem que os braços não eram arredondados e arqueados, mas
retos, em diagonal.
Uma
descrição semelhante aparece no livro "História da Guerra entre os Judeus
e os Romanos", de autoria de Flavius Josephus. Lá (tradução
de Dr. Simchoni, livro 7, cap. 5) está mencionado: "Deveras, era diferente
o formato desta Menorá das demais que conhecemos, pois da base eleva-se um
"tronco" (suporte, haste) central do qual saem as ramificações mais
finas, que se assemelham a um forcado tridente."
A
beleza é algo intrínseca de Deus.
Deus
é belo indescritível por humanos, mas como o homem é Imago Dei, Ele proporcionou
a Bezalel partilhar sabedoria, conhecimento e capacidade executiva, para a Obra
do Tabernáculo.
É
assim, que entendo a dação da capacidade concedida à Bezalel, para entender e
compreender cada detalhe, que lhe fora repassado por Moisés,( você pode ver
isto?)
Fonte:
Ensino
de Sião
Pr Calvin
Gardner - O Tabernáculo - O Tabernáculo E As Suas Tábuas
Pastor
Ron Crisp
O Tabernáculo De Moises, Sombra da Igreja Moderna, O
Tabernáculo De Moisés Como Sombra Da Igreja Moderna, Pr. Daniel Gustavo Sousa
Tavares
Vestimentas Do Sumo-Sacerdote, Eder Campos Lopes
Apontamentos do autor
Citações no corpo do texto
Dicionário Bíblico Strong
História dos Hebreus – Flavio Josego 3ª Ed 1994 - CPAD
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