terça-feira, dezembro 28

A Gloriosa Esperança do apóstolo Lição 13 CPAD de 26 de Dezembro de 2021

 A Gloriosa Esperança do apóstolo

Lição 13 CPAD de 26 de Dezembro de 2021

Estudo e subsídio escrito pelo Pastor e Professor Universitário Osvarela

Texto Áureo

Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.” 1Tessalonicenses 5.8.

Prática

A esperança gloriosa da volta de Jesus traz sobriedade para as nossas vidas, e disposição para exercer a fé e o amor em esperança.

Leitura Bíblica

2 Timóteo 4.6-8; 1 Tessalonicenses 5.1-11.

2 Timóteo 4

6 — Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.

7 — Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

8 — Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

1 Tessalonicenses 5

1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;

2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite.

3 — Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.

4 — Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;

5 — porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.

6 — Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.

7 — Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.

8 — Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.

9 — Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,

10 — que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.

11 — Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.

Objetivo Geral

Enfatizar a gloriosa esperança dos cristãos.

Objetivos Específicos

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

  • I. Ressaltar a consciência de Paulo diante da morte;
  • II. Apresentar a doutrina bíblica de Paulo sobre a volta do Senhor;
  • III. Expor sobre os tempos e as estações até a volta do Senhor.

Texto auxiliar:

“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança”. 1 Tessalonicenses 4:13

Introdução:

Paulo um combatente que não perdeu a Esperança ante a Morte:

Se alguém ensinou sobre a esperança, com base na vida, morte e ressurreição de Cristo, este foi Paulo. A mensagem de Paulo é sempre uma mensagem calçada na Esperança.

A esperança pertence, como a fé, à essência da vida cristã. O objeto da esperança mais viva é a parusia de Cristo.

Os seus ensinos aos de Tessalônica foi um dos ápices para exercitar a esperança – ‘A esperança é uma intervenção do Espírito, sendo que a própria ausência do dom de profecia nos últimos séculos do judaísmo tinha avivado a expectativa de uma intervenção do Espírito’ - daquela Igreja e se espalhou até aos nossos dias como a principal ou uma das principais mensagens acerca da esperança numa vida futura. Paulo conhecedor e estando junto aos filósofos gregos no areópago conhecia e diferenciava a esperança da cultura filosófica grega: “A esperança cristã e a esperança grega são diametralmente opostas, aquela referindo-se à ressurreição 9por isto, Paulo destaca a Ressurreição de Cristo), a à libertação do corpo”. Cristo na teologia de Paulo / Lucien Cerfaux, pag. 69; Ressurreição de Cristo.

“E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,” 2 Tessalonicenses 2:16

O discurso aos de Tessalônica é a pura expressão da Esperança, pois nele Paulo mostra que ele havia obtido a revelação que a nossa chamada, e a sua própria, mesmo com certa indicação de uma morte nos dias de seu apostolado, não era para haver nenhum prejuízo espiritual, a não ser que a nossa chamada, pelo amor de Deus, a Salvação no indicava,

- primeiro: consolação, diante desta, que é algoz dos homens; esta consolação é escatológica e mantem os salvos no paraíso de Deus, cônscios de que o Dia de receber o galardão os faz feliz eternamente, com a mente aclarada pela ressureição de Jesus – 1 Co. 15. 17-22, a garantia de toda a esperança dos crentes diante da morte.

E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. 1 Coríntios 15:54-58

- segundo: a graça nos alcança  e por ela temos a boa esperança – Jesus Cristo, Esperança nossa!

Entendamos, pois, que o nosso procedimento deve conformar-se com a essência da vida cristã, isto é, a "vida" segundo Cristo, ou a justiça (    

de uma vida de posterior ressurgimento, em corpo glorioso, como de Cristo) que possuímos em Cristo, a realidade futura pela esperança transposta para a vida atual. Os antigos apóstolos e a Igreja não viram aqui outra mística senão a da realidade da vida da graça, na qual, aliás, não insistem, e sobretudo não entendem como um Cristo fluido (no sentido de um Cristo que se adapta a condições e situações e entendimentos humanos, Ele permanece sempre como O Caminho e a Verdade e a Vida).

O AT nos traz uma noção de esperança, a qual foi transmitida, pela própria origem do Cristianismo (nascido e realizado por um judeu – Jesus Cristo e toda igreja nascida em Jerusalém).

Esta esperança, que tinha e tem por base a marca da "confiança" em Deus, é uma marca da promessa messiânica, a qual se dá pela necessidade do resgate e de uma salvação eterna e concretizada e universalizada em Cristo, e isto só se realiza, segundo a visão paulina da esperança, na confiança nascida na realização da salvação nos dons cristãos e que nos dá segurança de que Deus terminará por Cristo a salvação começada por ele.

É esta visão escatológica eterna que Paulo ensina e dissemina biblicamente a todos que o ouviram e esta mensagem chegou até nós pelas páginas da Bíblia Sagrada, inerrante e divinamente inspirada, que atuou no coração convertido do Apóstolo.

Nós os gentios estávamos sem Cristo, e desta forma sem esperança, éramos excluídos da cidadania de Deus, alheios às promessas de Israel, sem esperança e sem Deus; mas, agora, somos "próximos". Cristo é nossa "paz", nos garante a esperança. Esperança para Paulo não é apenas um termo para aguardar o futuro, mas é segurança no futuro eterno e a chave da esperança é Cristo (1 Ts. 2.11-22), quem nos fez ter Paz com Deus.

Paulo, ao escrever aos de Tessalônica, apresenta no mínimo 8 das esperanças cristãs:

Primeira – A salvação – Rm. 8. 20-25

Segunda – A Justiça – Gl 5.5

Terceira – O chamado de Deus – Ef. 1.18

Quarta – A herança eterna – Ef. 1.11

Quinta – A Glória de Deus – Cl. 1.26,27

Sexta – A ressurreição (tema mitte) – I Ts. 4.13-17

Sétima – A vida Eterna – condicionante – Cl. 1.23; I Ts 5.23

Oitava – Salvos e seguros no céu – (na parusia) I Ts 2.19

Paulo diante da morte:

O apóstolo canta um hino de esperança diante de seus dias finais, sabendo que seu exemplo nos alcançaria , como nos alcançou como o exemplo a ser perseguido por todos os crentes, diante deste último inimigo a ser vencido (1 Co. 15. 24-26,ss)

Ainda em seus dias finais o Apóstolo se manteve esperançoso sobre o seu final. Ainda sabendo que seus dias seriam cortados na terra ele via, na esperança de uma vida futura uma premiação divina e contínua, de sua luta, que em poucos dias seria encerrada, apenas aqui, mas já antevia o Dia da entrega do galardão.

6 — Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.

7 — Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

8 — Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

O que se pode esperar após esta vida:

A Parousia ("O Senhor vem", afirma ser a parusia tanto objeto de fé como de esperança.) - a esperança da parusia envolve toda a Igreja. É a Igreja como tal que formarão cortejo de honra que irá juntar-se a Cristo vindouro em seu reino. Segundo os ensinos paulinos e a própria narrativa bíblica, há esperança e esta esperança deve ser guardada e aguardada na vida de todos que esperam a vinda do Senhor Jesus.

2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite.

3 — Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.

4 — Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;

Há porém alguns mistérios nesta Vinda:

1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;

2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite.

Primeiro: sem data marcada, ou horário para acontecer;

Segundo: há indícios evidentes a serem notados pelos crentes quanto a proximidade deste evento resgatador da Igreja.

Terceiro: todos que a esperam devem estar prontos para o evento;

Quarta: haverá um aviso audível para todos os preparados.

O Evento escatológico da redenção do povo de Deus se nota na expressão da liberdade dos que aceitaram a Cristo se transforma em esperança da Parousia, o da manifestação do Kurios, em evento particular com sua noiva, a Igreja e posteriormente para todo o mundo e Israel:

A liberdade estende-se a toda a criação, que a recobrará na parusia (Parousia):

"De fato, a criatura foi submetida à caducidade, não por sua inclinação, mas por vontade daquele que a submeteu, na esperança, porém, de que as próprias criaturas serão libertadas da escravatura da corrupção, para participarem da gloriosa liberdade dos filhos de Deus" Rm 8.20s. Cf. H. Schlier, art. 9, em Theolog. Wörterbuch, II, pp. 484-500; F. B uri, Clemens Alexandrinus und d er Paulinische F reiheitsbegriff, Zürich, 1939.

Assim a gloriosa esperança do apóstolo Paulo se demonstra através da sua doutrina e fé na ressurreição de Cristo.

"Se, como cremos, Jesus morreu e ressuscitou, devemos igualmente crer que Deus levará com Jesus os que nele já tiverem morrido" (1 Ts 4.14; cf. Rm 14.9; 1 Co 15.12).

Tempos finais:

1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;

2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite.

8 — Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.

9 — Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,

10 — que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.

11 — Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.

A visão de Paulo já aponta aos de Tessalônica que os dias escatológicos já se iniciaram. Aliás, se estudarmos corretamente, a soteriologia veremos que a morte e ressurreição de Cristo iniciou a Era Escatológica.

Ou seja, a ira de Deus (uma realidade escatológica) já pesa sobre a humanidade, após a morte vicária de Jesus,

- "Agora, pois, manifestou-se a justiça de Deus sobre todos os crentes". Assim, pois, o juízo de Deus a realizar-se publicamente no fim dos tempos começa desde já na ira ou na justiça.

A sabedoria de Deus revelada agora no Espírito (1 Co 2.10) estava escondida em Deus e nos era predestinada para nossa glória no fim dos tempos: é, portanto, ainda, uma realidade do fim dos tempos que se comunica agora na vida cristã, antecipação dos bens apocalípticos. Assim, como os efeitos da ira se operam neste tempo presente, considerando este “tempo presente” o início da Igreja através do rebanho dos discípulos que seguiam a Jesus, aos quais ele anunciou que voltaria, do mesmo modo que aqueles o viram subir (Atos dos Apóstolos 1.7-11).

No capítulo 1 de Atos dos Apóstolos, vs. 7: “Não vos pertence saber os tempos ou estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”.

Mateus 24 nos fornece informações divina e cristológicas para atentarmos quanto aos sinais dos tempos.

Assim como, Paulo nos fornece luz e conhecimento sobre estes sinais.

Todos os crentes, em Cristo, tem em si pela presença do Espírito Santo avisos espirituais que nos informam, em tempos e efeitos na terra, como pestes, fome, guerras e sinais dos Anticristo (2 Ts. 2.3-8, destaco “6. E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado, 7. Porque já o mistério da injustiça opera, ...”).

1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;

2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite.

A esperança gloriosa da volta de Jesus nos faz melhores crentes com entendimento que toda a sobriedade deve ser o objetivo santificador para as nossas vidas, e assim, termos disposição para exercer a fé e o amor em esperança escatológica! (Prática adaptada e compilada, por Osvarela).

Fonte:

Citações no corpo do texto

Bíblia Dake

Dicionário Strong

Cristo na Teologia de Paulo – L. Cerfaux

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