A coragem
do apóstolo Paulo diante da morte
Lição 12
em 19
de Dezembro de 2021
Estudo Subsídio Pastor e Prof Univ Osvarela
Texto
Áureo
“E assim
nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que
a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.” (2Co
4.11).
Prática
O Espírito
Santo nos prepara para sofrer por Jesus Cristo e suportar as angústias e
aflições na obra de Deus.
LEITURA
BÍBLICA
Gênesis
2.1-8.
Atos
21.7-15
7 — E nós, concluída
a navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida; e, havendo saudado os irmãos, ficamos
com eles um dia.
8 — No dia seguinte,
partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesareia; e,
entrando em casa de Filipe, o evangelista, que um dos sete, ficamos com ele.
9 — Tinha este quatro
filhas donzelas, que profetizavam.
10 — E, demorando-nos
ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo;
11 — e, vindo ter
conosco, tomou a cinta de Paulo e, lingando-se os seus próprios pés e mãos,
disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o
varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.
12 — E, ouvindo nós
isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a
Jerusalém.
13 — Mas Paulo
respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou
pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor
Jesus.
14 — E, como não
podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor!
15 — Depois daqueles
dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.
Hinos 234, 294 e 382 da Harpa
Cristã.
Objetivo
Geral
Conscientizar
a respeito da coragem diante da morte.
Objetivos
Específicos
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Mostrar a consciência
de Paulo quanto a padecer por Jesus;
- II. Apontar a coragem para
enfrentar as ameaças de morte;
- III. Destacar as acusações e
prisão de Paulo no Templo.
Introdução:
O apóstolo
Paulo exerceu uma visão diferenciada e até crística sobre a morte. Ele estava
pronto para o momento final, muito embora durante seu ministério ele cônscio de
sua valia como instrumento divino, chamado com um propósito tenha feito
declarações, sobre ir ou não ir desta vida.
Paulo foi um
homem que usou a morte para impedir a Obra da Igreja e isto foi levado em
consideração na sua escolha como Apóstolo por Jesus.
Não era um
castigo, mas era uma maneira do Apóstolo entender o simbolismo e o ato da morte
sem Cristo.
O apóstolo
Paulo foi escolhido por Deus para esclarecer e explicar pelo menos duas grandes
revelações. A primeira delas é o próprio Evangelho - as boas novas da salvação
através da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
Morte é
ganho!
“Porque para
mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me
der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os
lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto
é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na
carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós
para proveito vosso e gozo da fé, Para que a vossa glória cresça por mim em
Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós.” Filipenses 1:21-26
O apóstolo
Paulo ao escrever o texto está na prisão, quando começa a escrever a sua
Epístola aos Filipenses. Dentre os temas ele destaca a importância da oração e
fala da relevância do amor. Porém o tema muda e o que parece ser sombrio para
todos, Paulo inicia os relatos dos seus sofrimentos, após ser atingido por Deus
no Caminho de Damasco, onde buscava cristãos para Matar e assim ele abraçara o
Evangelho de Cristo, Paulo mostrando toda a sua confiança em Deus, lança uma
sentença com os dois verbos mais significativos da existência humana
–
Viver e Morrer. E seu discurso se transforma num ode sobre um assunto
que assusta a qualquer homem, e ele escreve com firmeza o texto - Porque para
mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. - Filipenses 1.21-26.
Impressiona-me
esta visão paulino em relação a morte!
“Mas em nada tenho a minha
vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira” Atos dos
Apóstolos 20.24.
Alexander
Maclaren descreve este tema – viver ou morrer - paulino como: “O Triunfo do
Prisioneiro”:
Mesmo sendo
divinamente avisado pelo profeta antioqueno Ágabo, o Apóstolo não se deu por
entregue e subiu a Jerusalém, sabendo que lá se iniciaria todo o processo que o
levaria a ser morto, fosse pelos judeus (coisa quase impossível), mas certo de
que o Império o mataria, de uma ou outra forma.
Mas, viver
dando frutos enquanto for útil a Igreja e no tempo de Deus “Mas julgo mais
necessário, por amor de vós, ficar na carne.” Paulo não temia sua morte; ele
temia pelas pessoas que ainda permaneceriam servindo a Jesus após a sua ida.
O Apóstolo
Paulo foi um arauto e doutrinador sobre o mistério da Morte:
Não quero,
porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que
Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os
tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que
nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que
dormem. 1 Tessalonicenses 4:13-15
Segundo a
visão paulina o confronto da vida e da morte, é um fato pelo qual ambos
engrandecem a Cristo. Comentário Beacon A Participação na Adversidade Filipenses
1.18,19
Dormir é uma
das formas bíblicas de apresentar a Morte do ser humano.
“Não chorem",
disse Jesus. "Ela não está morta, mas dorme". Lucas 8:52
Nosso amigo Lázaro
dorme, mas eu vou, para que eu possa despertá-lo do sono.
Disseram-lhe, então, os seus discípulos: Senhor, se dorme, ele ficará bom.
Todavia Jesus havia falado de sua morte, mas eles pensavam que falava do
repouso do sono. Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto.” João
11-11:14
A Visão
paulina da Morte – Doutrina da Morte
“..., pois quem morreu, foi justificado
do pecado. Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele
viveremos. Pois sabemos que, tendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo
não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre ele. Porque
morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas vivendo, vive
para Deus”. Romanos 6:7-10
O apóstolo
Paulo foi escolhido por Deus para esclarecer e explicar pelo menos duas grandes
revelações. A primeira delas é o próprio Evangelho - as boas novas da salvação
através da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
“E
assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus,
para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.” (2Co
4.11).
Embora a
morte seja um tema que divide o homem, como Ser, entre a vida e a vida
posterior, para onde se vai pelos caminhos dos homens, pela Morte. Paulo escreve
sobre a morte com uma doutrina sobre morrer e viver, o sentido da vida do
crente em Jesus Cristo, neste mundo.
Aliás, ainda
em nossos dias viver ou morrer para alguém que se diz cristão é determinado
pela região do mundo que vive.
Por amor
a Cristo
- vivemos, estamos sempre entregues à morte, ...
Apresentamos, manifestamente a vida de
Jesus em nossa carne - ..., vida de Jesus se manifeste também em nossa
carne mortal.
“...,
Estes o fazem por amor, sabendo que aqui me encontro para a defesa do
evangelho. Aqueles pregam a Cristo por ambição egoísta, sem sinceridade,
pensando que me podem causar sofrimento enquanto estou preso. Mas, que
importa? O importante é que de qualquer forma, seja por motivos falsos ou
verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me alegro. De fato,
continuarei a alegrar-me, pois sei que o que me aconteceu resultará em minha
libertação, graças às orações de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus
Cristo. Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado.
Pelo contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será
engrandecido em meu corpo, quer pela vida quer pela morte;” Filipenses 1:16-20
NVI
Neste
texto Paulo usa o termo grego soterian (salvação) significando
mais que a “libertação” da prisão ou a morte, pois para ele pessoalmente
pouco lhe importava viver ou morrer!
Paulo
não se envergonhava do evangelho antes de ir para Roma (Rm 1.14-16), demonstra sobretudo,
apresentar-se sem medo da pena de morte e sua execução, [..., à noite
apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: ‘Paulo,
não tenha medo. É preciso que você compareça perante César” Atos 27:23,24]
assim Paulo se mantém firme na esperança, não lhe falta confiança diante da
possibilidade da morte – ele tinha “coragem”, AEC, CH, NTLH - “ousadia”,
BJ, RA - “determinação”, NVI; literalmente, “franqueza no falar” (cf. At
14.13). Ele deseja que Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no
meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Cristo é o sujeito desta
oração, que foi colocada na voz passiva. Meyer sugere que o passivo foi usado,
porque o apóstolo percebe que ele é o órgão da operação de Deus. Portanto,
Paulo não está dizendo: “Eu engrandecerei a Cristo”, mas: Cristo será...
engrandecido. O seu corpo será o “teatro no qual a glória de Cristo
é representada”16 (cf. Rm 12.1; 6.13). você pode imaginar uma visão desta para
a morte?
A morte a
todos traz sentimentos diversos, como:
- pensar nos
que ficam – Paulo o faz com [Paulo
comentou com os pastores da igreja de Éfeso: “Eu sei que, depois da minha
partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho” (Atos
20:29). Paulo não temia a morte, mas temia as ameaças que os cristãos ainda
teriam de encarar.] Dennis Allan
- pensar em nós mesmos, na
vida futura (expectativa, da glória, ou penalidade)
- vislumbrar a presença no
Paraíso!
Dentro
desta visão doutrinária o Apóstolo Paulo evidentemente se imagina em batalha,
lutando não “contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades” (Ef. 6.12), contra os quais a peleja final será a
vitória sobre as potestades e até mesmo sobre o inimigo morte.
Paulo faz
uma ilação a Jó? Parece-me que sim: “Embora ele me mate, ainda assim
esperarei nele; certo é que defenderei os meus caminhos diante dele.
Aliás, isso será a minha libertação,...” Jó 13:15,16
Paulo e
suas prisões:
Imaginemos a
vida de Paulo ao manifestar algum gozo ou alegria pela visão da morte, principalmente
escrevendo dentro de uma prisão em Roma, onde seria imolado, como um dos
apóstolos mártir do Evangelho, ele vê sua prisão lhe aperfeiçoará o caráter
para a glória de Cristo. No final da sua terceira viagem missionária, como
lemos no escrito lucano em Atos dos Apóstolos, Paulo foi preso em Jerusalém e levado
posteriormente a Roma. Alguns judeus queriam matá-lo, e ele continuou durante
mais de quatro anos encarando a possibilidade de ser condenado à morte, talvez
pelo imperador mau Nero. Durante esse tempo, Paulo escreveu quatro cartas:
Efésios, Colossenses, Filemom e Filipenses.
“Sobrevieram, porém,
judeus de Antioquia e Icônio e, instigando as multidões e apedrejando a Paulo,
arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto”. Atos 14:19
Levantou-se a multidão,
unida contra eles, e os pretores, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los
com varas. E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere,
ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Este, recebendo
tal ordem, levou-os para o cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Atos
16:22-24
Segundo a
Bíblia a narrativa da morte de Paulo, como data e ocasião não é narrada, pelo escritor
Lucas.
“Porém em
nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a
minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o
evangelho da graça de Deus”. Atos 20:24
Mas, a história
e estudos cronológicos de diversas fontes, dão conta que Paulo seguiu um roteiro
até o momento de ser morto.
Primeiro anúncio:
“Depois de nos
despedirmos, embarcamos, e eles voltaram para casa. Demos prosseguimento à
nossa viagem partindo de Tiro, e aportamos em Ptolemaida, onde saudamos os
irmãos e passamos um dia com eles. Partindo no dia seguinte, chegamos a
Cesaréia e ficamos na casa de Filipe, o evangelista, um dos sete. Ele tinha
quatro filhas virgens, que profetizavam. Depois de passarmos ali vários
dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo. Vindo ao nosso encontro, tomou
o cinto de Paulo e, amarrando as suas próprias mãos e pés, disse:
"Assim diz o Espírito Santo: ‘Desta maneira os judeus amarrarão o dono
deste cinto em Jerusalém e o entregarão aos gentios’ ". Quando ouvimos
isso, nós e o povo dali rogamos a Paulo que não subisse para Jerusalém. Então
Paulo respondeu: "Por que vocês estão chorando e partindo o meu
coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém
pelo nome do Senhor Jesus. Como não pudemos dissuadi-lo, desistimos e
dissemos: "Seja feita a vontade do Senhor". Atos 21:6-14
Tal convicção
o levaria a enfrentar a sua situação, não como um mero destino, mas com o
pensamento que se lhe fosse necessário morrer por amor a Cristo, ele estava
pronto!
Temos tal
convicção?
Eis
um exemplo de difícil entendimento, em nossos dias, mas há ainda cristãos
morrendo por amor a Cristo, no presente século!
Paulo
já sofrera diversas perseguições e tentativas de assassinato, pelo seus irmãos
judeus, como em
O início
do final:
Usando a
mesma forma que fizeram com Cristo, Paulo é acusado, primeiramente de profanação,
do Templo!
“Quando
já estavam para terminar os sete dias, alguns judeus da Província da Ásia,
vendo Paulo no templo, agitaram toda a multidão e o agarraram, gritando:
"Israelitas, ajudem-nos! Este é o homem que ensina a todos em toda parte
contra o nosso povo, contra a nossa lei e contra este lugar. Além disso, ele fez
entrar gregos no templo e profanou este santo lugar". Anteriormente
eles haviam visto o efésio Trófimo na cidade com Paulo e julgaram que Paulo o
tinha introduzido no templo. Toda a cidade ficou alvoroçada, e juntou-se uma
multidão. Agarrando Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente
as portas foram fechadas. Tentando eles matá-lo, ...” Atos 21:27-31
No final da
sua terceira viagem missionária, Paulo foi preso em Jerusalém. Alguns judeus
queriam matá-lo, e ele continuou durante mais de quatro anos encarando a
possibilidade de ser condenado à morte, talvez pelo imperador mau Nero.
A visão de
que se morresse seria levado ao Reino Celestial do Kyrios:
Sem ninguém para
o ajudar em sua defesa.
“Na minha primeira defesa,
ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja
posto em conta! Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por
meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a
ouvissem; e fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará também de toda
obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial, ...” 2 Timóteo
4:16-18
Após este período,
Paulo foi colocado em liberdade condicional, e até alugou uma casa para receber
os irmãos em Roma.
A História informa
que ele sofreu o martírio por volta dos anos 67-70, e que entes deste período esteve
quase 4 (quatro) anos na condição que o permitiu pregar á guarda
pretoriana e ganhar muitos soldados para Cristo.
Porém antes
de morrer, escreveu a Timóteo a mais linda declaração de um justo crente, certo
da salvação e do cumprimento de um Ministério fecundo e inigualável, dentre
todos os homens.
O
Discurso de Despedida do Apóstolo. 2 Tm.4.6-8
“Quanto a mim, estou sendo
já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado.
Combati o bom combate,
completei a carreira, guardei a fé.
Já agora a coroa da
justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e
não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” 2 Timóteo
4:6-8
A natural
melancolia de quem sabe que enfrentará a morte e não há nada que possa ser
feito, transparece no tom quase patético em suas palavras, e um natural e certo
sentimento de tristeza humana (como dissemos, não apenas por si, mas pelos que
iria deixar, aos quais ele insiste com Timóteo a manter ao Doutrina, após a sua
partida), mas pelo fato da;
- separação iminente daqueles a quem ele
amava.
As palavras “o
tempo da minha partida” trazem em si a imagem do navio zarpando ou do soldado
(o grande soldado, não mais do sinédrio ou romano, mas o grande soldado de
Cristo) levantando acampamento.
Encontramos um
relato nos comentários bíblicos mostrando, que O grande Apóstolo se aprova,
após analisar sua vida de pregador do Evangelho – Ele, Paulo, não se acha um
derrotado, mas um vencedor, ele não fica confuso pelo que estar por vir. Mas,
tem a visão clara quanto ao caminho que seguiu e o aprova: Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé. Aqui, a figura de linguagem já não é
de uma guerra, mas de um atleta vencedor de uma maratona. Kelly traduz a primeira
frase: “Lutei na nobre competição”.
A tradução
NEB interpreta esta mesma frase, como um complemento da segunda: “Corri a
grande corrida, completei o circuito” (NEB).
Transcrição
do relato dos últimos dias do Apóstolo Paulo:
“Alguns
biógrafos de Paulo mencionam que Paulo foi decapitado fora da cidade de
Roma, “ad Aquas Salvias”, e os seus discípulos o enterraram numa
propriedade particular as margens da via que leva para Óstia.
[...] Existe
um grupo de estudiosos que negam a autenticidade das cartas Pastorais,
concluindo que ele tenha sofrido o martírio durante a perseguição do Imperador
Romano Nero em 64 d.C.
No entanto
os últimos anos de Paulo só se consegue conhecer, fazendo uma combinação de
datas e notas que foram escritas nas cartas Pastorais. Acreditamos que nesta
forma de estudar a biografia de Paulo é a que se aproxima mais da verdade.
Paulo por
ser cidadão romano, devia ser julgado pelo Tribunal Imperial. No primeiro
Interrogatório permitiram ao Apóstolo fazer a sua própria defesa, da acusação
de cumplicidade no incêndio de Roma. Mas ninguém o ajudou, senão DEUS. (2 Tim
4,16-17) Contudo, deve ter se saído bem, pois a audiência foi suspensa sem
qualquer condenação. Este é um dos textos das cartas pastorais que nos ajudam a
entender o final da vida de Paulo.
Na prisão
escreveu a Timóteo (a Segunda Epístola a Timóteo), a quem cuidava e o tinha
como filho espiritual nomeando-o como executor de seu testamento. Tinha
esperança de vê-lo ainda uma vez, pede também uma velha capa que deixara em
Trôade, a friagem do calabouço estava minando rapidamente a sua saúde.
No outono do
ano 67 na Segunda Sessão do Tribunal Paulo é condenado e só resta a ele a
entrada no reino dos Céus, a segunda carta a Timóteo 4,7-8 muito bem descreve:
“Combati
o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está
reservada a coroa da justiça, que o SENHOR, justo juiz, me dará o Senhor
naquele Dia, e não somente a mim mas a todos os que tiverem esperado com amor a
sua Aparição” (2 Tim 4,7-8) Bíblia de Jerusalém
O Apóstolo
mesmo cônscio de sua partida deixa uma palavra de exortação, aos que ficam:
Não há pesar nesse testemunho
do Apóstolo. As perseguições, labutas, tristezas e açoites, desprezos nos
últimos dias e os sofrimentos da alma, não o impedem da certeza do que lhe
espera.
Sabendo que
deixa seu testemunho mais sublime de todos é “guardei a fé”.
O Testemunho
termina com uma esperança a todos : Desde agora, a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não
somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. O termo “desde
agora”, deixa uma lição significativa e literalmente, “quanto ao mais”, na tradução
de um termo grego que chama “atenção para o que resta ser realizado em
comparação às coisas já realizadas”.
A coroa da justiça
continua a imagem de correr uma corrida (como analisamos, acima, agora era o final
de um vencedor de uma maratona, que recebia uma coroa, uma guirlanda de folhas de oliveira. Mas,
Paulo já sabe qual a coroa lhe espera, e a todos nós, que amarmos a vinda do
Senhor: A coroa da justiça, “a coroa que pertence à justiça ou é a coroa que é
a devida recompensa da justiça” White. Paulo aponta para o “naquele Dia” referindo-se
ao Dia do julgamento e a recompensa final, o Dia do qual ele lembrou Timóteo no
primeiro versículo deste capítulo.
No
segundo Interrogatório Paulo é sentenciado a morte.
Levaram
Paulo ao longo da Via Ostiense, seguindo pela Porta Trigemina, passaram pela
Pirâmide de Céstio e pelo local onde hoje se encontra a Basílica de São Paulo
Extramuros que foi o lugar da morte. A seguir o cortejo deixa a estrada e vão
até o local onde ele foi executado. Hoje naquele lugar, existe a “Piazza Tre
Fontane”. No local da execução, a cabeça do Apóstolo tombou por um golpe de
espada. Como
o apóstolo Paulo morreu tem alguma referência bíblica? Material didático
escrito e utilizado nas aulas dos Atos dos Apóstolos e Cartas Paulinas,
Instituto de Teologia de Passo Fundo, Rs, 2003; site: abiblia.org em 18/12/2021
às 22:07h
Este foi
o final do Apóstolo sem medo da MORTE!
Fonte:
Viver É
Cristo E Morrer É Lucro ?! – Por Amilton Alvares; Postado em 29 de fevereiro de
2016
Citações no
corpo do texto
Como
Paulo Encarou a Morte - Dennis Allan
Comentário
Beacon – Filipenses/ e Gálatas a Filemon
Bíblia
online
Efésios
(Comentário Bíblico Moody)
Cristo na teologia de Paulo / Lucien Cerfaux
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