sábado, dezembro 18

A coragem do apóstolo Paulo diante da morte - Lição 12 em 19 de Dezembro de 2021

A coragem do apóstolo Paulo diante da morte

Lição 12 em 19 de Dezembro de 2021

Estudo Subsídio Pastor e Prof Univ Osvarela

Texto Áureo

E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.” (2Co 4.11).

Prática

O Espírito Santo nos prepara para sofrer por Jesus Cristo e suportar as angústias e aflições na obra de Deus.

LEITURA BÍBLICA

Gênesis 2.1-8.

Atos 21.7-15

7 — E nós, concluída a navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida; e, havendo saudado os irmãos, ficamos com eles um dia.

8 — No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesareia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que um dos sete, ficamos com ele.

9 — Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.

10 — E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo;

11 — e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, lingando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.

12 — E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém.

13 — Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.

14 — E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor!

15 — Depois daqueles dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.

Hinos 234, 294 e 382 da Harpa Cristã.

Objetivo Geral

Conscientizar a respeito da coragem diante da morte.

Objetivos Específicos

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

  • I. Mostrar a consciência de Paulo quanto a padecer por Jesus;
  • II. Apontar a coragem para enfrentar as ameaças de morte;
  • III. Destacar as acusações e prisão de Paulo no Templo.

Introdução:

O apóstolo Paulo exerceu uma visão diferenciada e até crística sobre a morte. Ele estava pronto para o momento final, muito embora durante seu ministério ele cônscio de sua valia como instrumento divino, chamado com um propósito tenha feito declarações, sobre ir ou não ir desta vida.

Paulo foi um homem que usou a morte para impedir a Obra da Igreja e isto foi levado em consideração na sua escolha como Apóstolo por Jesus.

Não era um castigo, mas era uma maneira do Apóstolo entender o simbolismo e o ato da morte sem Cristo.

O apóstolo Paulo foi escolhido por Deus para esclarecer e explicar pelo menos duas grandes revelações. A primeira delas é o próprio Evangelho - as boas novas da salvação através da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

Morte é ganho!

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé, Para que a vossa glória cresça por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós.” Filipenses 1:21-26

O apóstolo Paulo ao escrever o texto está na prisão, quando começa a escrever a sua Epístola aos Filipenses. Dentre os temas ele destaca a importância da oração e fala da relevância do amor. Porém o tema muda e o que parece ser sombrio para todos, Paulo inicia os relatos dos seus sofrimentos, após ser atingido por Deus no Caminho de Damasco, onde buscava cristãos para Matar e assim ele abraçara o Evangelho de Cristo, Paulo mostrando toda a sua confiança em Deus, lança uma sentença com os dois verbos mais significativos da existência humana

Viver e Morrer. E seu discurso se transforma num ode sobre um assunto que assusta a qualquer homem, e ele escreve com firmeza o texto - Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. - Filipenses 1.21-26.

Impressiona-me esta visão paulino em relação a morte!

“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira” Atos dos Apóstolos 20.24.

Alexander Maclaren descreve este tema – viver ou morrer - paulino como: “O Triunfo do Prisioneiro”:

Mesmo sendo divinamente avisado pelo profeta antioqueno Ágabo, o Apóstolo não se deu por entregue e subiu a Jerusalém, sabendo que lá se iniciaria todo o processo que o levaria a ser morto, fosse pelos judeus (coisa quase impossível), mas certo de que o Império o mataria, de uma ou outra forma.

Mas, viver dando frutos enquanto for útil a Igreja e no tempo de Deus “Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne.” Paulo não temia sua morte; ele temia pelas pessoas que ainda permaneceriam servindo a Jesus após a sua ida.

O Apóstolo Paulo foi um arauto e doutrinador sobre o mistério da Morte:

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. 1 Tessalonicenses 4:13-15

Segundo a visão paulina o confronto da vida e da morte, é um fato pelo qual ambos engrandecem a Cristo. Comentário Beacon A Participação na Adversidade Filipenses 1.18,19

Dormir é uma das formas bíblicas de apresentar a Morte do ser humano.

Não chorem", disse Jesus. "Ela não está morta, mas dorme". Lucas 8:52

Nosso amigo Lázaro dorme, mas eu vou, para que eu possa despertá-lo do sono. Disseram-lhe, então, os seus discípulos: Senhor, se dorme, ele ficará bom. Todavia Jesus havia falado de sua morte, mas eles pensavam que falava do repouso do sono. Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto.” João 11-11:14

A Visão paulina da Morte – Doutrina da Morte

         “..., pois quem morreu, foi justificado do pecado. Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. Pois sabemos que, tendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre ele. Porque morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas vivendo, vive para Deus”. Romanos 6:7-10

O apóstolo Paulo foi escolhido por Deus para esclarecer e explicar pelo menos duas grandes revelações. A primeira delas é o próprio Evangelho - as boas novas da salvação através da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.” (2Co 4.11).

Embora a morte seja um tema que divide o homem, como Ser, entre a vida e a vida posterior, para onde se vai pelos caminhos dos homens, pela Morte. Paulo escreve sobre a morte com uma doutrina sobre morrer e viver, o sentido da vida do crente em Jesus Cristo, neste mundo.

Aliás, ainda em nossos dias viver ou morrer para alguém que se diz cristão é determinado pela região do mundo que vive.

Por amor a Cristo - vivemos, estamos sempre entregues à morte, ...

Apresentamos, manifestamente a vida de Jesus em nossa carne - ..., vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.

“..., Estes o fazem por amor, sabendo que aqui me encontro para a defesa do evangelho. Aqueles pregam a Cristo por ambição egoísta, sem sinceridade, pensando que me podem causar sofrimento enquanto estou preso. Mas, que importa? O importante é que de qualquer forma, seja por motivos falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me alegro. De fato, continuarei a alegrar-me, pois sei que o que me aconteceu resultará em minha libertação, graças às orações de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo. Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado. Pelo contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida quer pela morte;” Filipenses 1:16-20 NVI

Neste texto Paulo usa o termo grego soterian (salvação) significando mais que a “libertação” da prisão ou a morte, pois para ele pessoalmente pouco lhe importava viver ou morrer!

Paulo não se envergonhava do evangelho antes de ir para Roma (Rm 1.14-16), demonstra sobretudo, apresentar-se sem medo da pena de morte e sua execução, [..., à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: ‘Paulo, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César” Atos 27:23,24] assim Paulo se mantém firme na esperança, não lhe falta confiança diante da possibilidade da morte – ele tinha “coragem”, AEC, CH, NTLH - “ousadia”, BJ, RA - “determinação”, NVI; literalmente, “franqueza no falar” (cf. At 14.13). Ele deseja que Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Cristo é o sujeito desta oração, que foi colocada na voz passiva. Meyer sugere que o passivo foi usado, porque o apóstolo percebe que ele é o órgão da operação de Deus. Portanto, Paulo não está dizendo: “Eu engrandecerei a Cristo”, mas: Cristo será... engrandecido. O seu corpo será o “teatro no qual a glória de Cristo é representada”16 (cf. Rm 12.1; 6.13). você pode imaginar uma visão desta para a morte?

A morte a todos traz sentimentos diversos, como:

- pensar nos que ficam – Paulo o faz com  [Paulo comentou com os pastores da igreja de Éfeso: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho” (Atos 20:29). Paulo não temia a morte, mas temia as ameaças que os cristãos ainda teriam de encarar.] Dennis Allan

- pensar em nós mesmos, na vida futura (expectativa, da glória, ou penalidade)

- vislumbrar a presença no Paraíso!

Dentro desta visão doutrinária o Apóstolo Paulo evidentemente se imagina em batalha, lutando não “contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades” (Ef. 6.12), contra os quais a peleja final será a vitória sobre as potestades e até mesmo sobre o inimigo morte.

Paulo faz uma ilação a Jó? Parece-me que sim: “Embora ele me mate, ainda assim esperarei nele; certo é que defenderei os meus caminhos diante dele.
Aliás, isso será a minha libertação
,...” Jó 13:15,16

Paulo e suas prisões:

Imaginemos a vida de Paulo ao manifestar algum gozo ou alegria pela visão da morte, principalmente escrevendo dentro de uma prisão em Roma, onde seria imolado, como um dos apóstolos mártir do Evangelho, ele vê sua prisão lhe aperfeiçoará o caráter para a glória de Cristo. No final da sua terceira viagem missionária, como lemos no escrito lucano em Atos dos Apóstolos, Paulo foi preso em Jerusalém e levado posteriormente a Roma. Alguns judeus queriam matá-lo, e ele continuou durante mais de quatro anos encarando a possibilidade de ser condenado à morte, talvez pelo imperador mau Nero. Durante esse tempo, Paulo escreveu quatro cartas: Efésios, Colossenses, Filemom e Filipenses.

“Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio e, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto”. Atos 14:19

Levantou-se a multidão, unida contra eles, e os pretores, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Este, recebendo tal ordem, levou-os para o cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Atos 16:22-24

Segundo a Bíblia a narrativa da morte de Paulo, como data e ocasião não é narrada, pelo escritor Lucas.

“Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”. Atos 20:24



Mas, a história e estudos cronológicos de diversas fontes, dão conta que Paulo seguiu um roteiro até o momento de ser morto.

Primeiro anúncio:

“Depois de nos despedirmos, embarcamos, e eles voltaram para casa. Demos prosseguimento à nossa viagem partindo de Tiro, e aportamos em Ptolemaida, onde saudamos os irmãos e passamos um dia com eles. Partindo no dia seguinte, chegamos a Cesaréia e ficamos na casa de Filipe, o evangelista, um dos sete. Ele tinha quatro filhas virgens, que profetizavam. Depois de passarmos ali vários dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo. Vindo ao nosso encontro, tomou o cinto de Paulo e, amarrando as suas próprias mãos e pés, disse: "Assim diz o Espírito Santo: ‘Desta maneira os judeus amarrarão o dono deste cinto em Jerusalém e o entregarão aos gentios’ ". Quando ouvimos isso, nós e o povo dali rogamos a Paulo que não subisse para Jerusalém. Então Paulo respondeu: "Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. Como não pudemos dissuadi-lo, desistimos e dissemos: "Seja feita a vontade do Senhor". Atos 21:6-14

Tal convicção o levaria a enfrentar a sua situação, não como um mero destino, mas com o pensamento que se lhe fosse necessário morrer por amor a Cristo, ele estava pronto!

Temos tal convicção?

Eis um exemplo de difícil entendimento, em nossos dias, mas há ainda cristãos morrendo por amor a Cristo, no presente século!

Paulo já sofrera diversas perseguições e tentativas de assassinato, pelo seus irmãos judeus, como em

O início do final:

Usando a mesma forma que fizeram com Cristo, Paulo é acusado, primeiramente de profanação, do Templo!

“Quando já estavam para terminar os sete dias, alguns judeus da Província da Ásia, vendo Paulo no templo, agitaram toda a multidão e o agarraram, gritando: "Israelitas, ajudem-nos! Este é o homem que ensina a todos em toda parte contra o nosso povo, contra a nossa lei e contra este lugar. Além disso, ele fez entrar gregos no templo e profanou este santo lugar". Anteriormente eles haviam visto o efésio Trófimo na cidade com Paulo e julgaram que Paulo o tinha introduzido no templo. Toda a cidade ficou alvoroçada, e juntou-se uma multidão. Agarrando Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente as portas foram fechadas. Tentando eles matá-lo, ...” Atos 21:27-31

No final da sua terceira viagem missionária, Paulo foi preso em Jerusalém. Alguns judeus queriam matá-lo, e ele continuou durante mais de quatro anos encarando a possibilidade de ser condenado à morte, talvez pelo imperador mau Nero.

A visão de que se morresse seria levado ao Reino Celestial do Kyrios:

Sem ninguém para o ajudar em sua defesa.

“Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta! Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial, ...” 2 Timóteo 4:16-18

Após este período, Paulo foi colocado em liberdade condicional, e até alugou uma casa para receber os irmãos em Roma.

A História informa que ele sofreu o martírio por volta dos anos 67-70, e que entes deste período esteve quase 4 (quatro) anos na condição que o permitiu pregar á guarda pretoriana e ganhar muitos soldados para Cristo.

Porém antes de morrer, escreveu a Timóteo a mais linda declaração de um justo crente, certo da salvação e do cumprimento de um Ministério fecundo e inigualável, dentre todos os homens.

O Discurso de Despedida do Apóstolo. 2 Tm.4.6-8

“Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado.

Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.

Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” 2 Timóteo 4:6-8

A natural melancolia de quem sabe que enfrentará a morte e não há nada que possa ser feito, transparece no tom quase patético em suas palavras, e um natural e certo sentimento de tristeza humana (como dissemos, não apenas por si, mas pelos que iria deixar, aos quais ele insiste com Timóteo a manter ao Doutrina, após a sua partida), mas pelo fato da;

    - separação iminente daqueles a quem ele amava.

As palavras “o tempo da minha partida” trazem em si a imagem do navio zarpando ou do soldado (o grande soldado, não mais do sinédrio ou romano, mas o grande soldado de Cristo) levantando acampamento.

Encontramos um relato nos comentários bíblicos mostrando, que O grande Apóstolo se aprova, após analisar sua vida de pregador do Evangelho – Ele, Paulo, não se acha um derrotado, mas um vencedor, ele não fica confuso pelo que estar por vir. Mas, tem a visão clara quanto ao caminho que seguiu e o aprova: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Aqui, a figura de linguagem já não é de uma guerra, mas de um atleta vencedor de uma maratona. Kelly traduz a primeira frase: “Lutei na nobre competição”.

A tradução NEB interpreta esta mesma frase, como um complemento da segunda: “Corri a grande corrida, completei o circuito” (NEB).

Transcrição do relato dos últimos dias do Apóstolo Paulo:

“Alguns biógrafos de Paulo mencionam que Paulo foi decapitado fora da cidade de Roma, “ad Aquas Salvias”, e os seus discípulos o enterraram numa propriedade particular as margens da via que leva para Óstia.

[...] Existe um grupo de estudiosos que negam a autenticidade das cartas Pastorais, concluindo que ele tenha sofrido o martírio durante a perseguição do Imperador Romano Nero em 64 d.C.

No entanto os últimos anos de Paulo só se consegue conhecer, fazendo uma combinação de datas e notas que foram escritas nas cartas Pastorais. Acreditamos que nesta forma de estudar a biografia de Paulo é a que se aproxima mais da verdade.

Paulo por ser cidadão romano, devia ser julgado pelo Tribunal Imperial. No primeiro Interrogatório permitiram ao Apóstolo fazer a sua própria defesa, da acusação de cumplicidade no incêndio de Roma. Mas ninguém o ajudou, senão DEUS. (2 Tim 4,16-17) Contudo, deve ter se saído bem, pois a audiência foi suspensa sem qualquer condenação. Este é um dos textos das cartas pastorais que nos ajudam a entender o final da vida de Paulo.

Na prisão escreveu a Timóteo (a Segunda Epístola a Timóteo), a quem cuidava e o tinha como filho espiritual nomeando-o como executor de seu testamento. Tinha esperança de vê-lo ainda uma vez, pede também uma velha capa que deixara em Trôade, a friagem do calabouço estava minando rapidamente a sua saúde.

No outono do ano 67 na Segunda Sessão do Tribunal Paulo é condenado e só resta a ele a entrada no reino dos Céus, a segunda carta a Timóteo 4,7-8 muito bem descreve:

“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que o SENHOR, justo juiz, me dará o Senhor naquele Dia, e não somente a mim mas a todos os que tiverem esperado com amor a sua Aparição” (2 Tim 4,7-8) Bíblia de Jerusalém

O Apóstolo mesmo cônscio de sua partida deixa uma palavra de exortação, aos que ficam:

                   Não há pesar nesse testemunho do Apóstolo. As perseguições, labutas, tristezas e açoites, desprezos nos últimos dias e os sofrimentos da alma, não o impedem da certeza do que lhe espera.

Sabendo que deixa seu testemunho mais sublime de todos é “guardei a fé”.

O Testemunho termina com uma esperança a todos : Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. O termo “desde agora”, deixa uma lição significativa e literalmente, “quanto ao mais”, na tradução de um termo grego que chama “atenção para o que resta ser realizado em comparação às coisas já realizadas”.

A coroa da justiça continua a imagem de correr uma corrida (como analisamos, acima, agora era o final de um vencedor de uma maratona, que recebia uma coroa,  uma guirlanda de folhas de oliveira. Mas, Paulo já sabe qual a coroa lhe espera, e a todos nós, que amarmos a vinda do Senhor: A coroa da justiça, “a coroa que pertence à justiça ou é a coroa que é a devida recompensa da justiça” White. Paulo aponta para o “naquele Dia” referindo-se ao Dia do julgamento e a recompensa final, o Dia do qual ele lembrou Timóteo no primeiro versículo deste capítulo.

No segundo Interrogatório Paulo é sentenciado a morte.

Levaram Paulo ao longo da Via Ostiense, seguindo pela Porta Trigemina, passaram pela Pirâmide de Céstio e pelo local onde hoje se encontra a Basílica de São Paulo Extramuros que foi o lugar da morte. A seguir o cortejo deixa a estrada e vão até o local onde ele foi executado. Hoje naquele lugar, existe a “Piazza Tre Fontane”. No local da execução, a cabeça do Apóstolo tombou por um golpe de espada. Como o apóstolo Paulo morreu tem alguma referência bíblica? Material didático escrito e utilizado nas aulas dos Atos dos Apóstolos e Cartas Paulinas, Instituto de Teologia de Passo Fundo, Rs, 2003; site: abiblia.org em 18/12/2021 às 22:07h

Este foi o final do Apóstolo sem medo da MORTE!

Fonte:

Viver É Cristo E Morrer É Lucro ?! – Por Amilton Alvares; Postado em 29 de fevereiro de 2016 

Citações no corpo do texto

Como Paulo Encarou a Morte - Dennis Allan

Comentário Beacon – Filipenses/ e Gálatas a Filemon

Bíblia online

Efésios (Comentário Bíblico Moody)

Cristo na teologia de Paulo / Lucien Cerfaux 

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