Lição 09: A Conspiração de Hamã contra os Judeus - 3° Trimestre de 2024 - EBD ADULTOS
1ª
PARTE – UM ABORDAGEM, MAIOR SOBRE ASPECTOS ANTISSEMÍTICOS
Subsídio Pastor e
professor Osvarela
Texto Áureo
“E odiados de todos sereis por
causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mt 10.22)
Prática
Quando nos tornamos agradáveis ao
mundo é sinal de que nossa fidelidade a Deus está em crise.
Leitura Bíblica
Ester 3.7-11; 4.1-4
Ester 3
7 – No primeiro mês (que é o mês
de nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte,
perante Hamã, de dia em dia e de mês em mês, até ao duodécimo mês, que é o mês
de adar.
8 – E Hamã disse ao rei Assuero:
Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino
um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre
as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar.
9 – Se bem parecer ao rei,
escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil
talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.
10 – Então, tirou o rei o anel da
sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.
11 – E disse o rei a Hamã: Essa
prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos
teus olhos.
1 – Quando Mardoqueu soube tudo
quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiu-se de um
pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e
amargo clamor;
2 – e chegou até diante da porta
do rei; porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar pelas portas do
rei.
3 – E em todas as províncias
aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus grande luto,
com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em pano de saco e
em cinza.
4 – Então, vieram as moças de
Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu;
e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu cilício; porém ele
não as aceitou.
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar o plano odioso de
Hamã;
II) Destacar a tristeza de
Mardoqueu, dos judeus e de Ester;
III) Apontar o perigo e a
crueldade do Antissemitismo Moderno
Introdução:
Ezequiel 36. 17-20 Filho
do homem, quando a casa de Israel habitava na sua terra, então a
contaminaram com os seus caminhos e com as suas ações. Como a imundícia de
uma mulher em sua separação, tal era o seu caminho perante o meu
rosto. Derramei, pois, o meu furor sobre eles, por causa do sangue que
derramaram sobre a terra, e dos seus ídolos, com que a contaminaram. E
espalhei-os entre os gentios, e foram dispersos pelas terras; conforme
os seus caminhos, e conforme os seus feitos, eu os julguei. E,
chegando aos gentios para onde foram, profanaram o meu santo nome, porquanto se
dizia deles: Estes são o povo do Senhor, e saíram da sua terra.
“O antissemitismo é o racismo
e hostilidades direcionados aos judeus com base em preconceitos religiosos,
étnicos e culturais.”
Alguns eruditos acreditam que o
livro de Éster é uma descrição oculta de movimentos antijudaicos no período de
Antíoco Epifânio.
O povo judeu vive cercado de ódio
disseminado desde as épocas mais remotas desde sua instalação na Palestina e na
sua formação como nação.
Os ‘Hamãs’ de hoje estão
escondidos nas palavras de combate contra Israel e mesmo sob ataques de
terroristas, estes tais, incluindo governos atacam a Israel de forma que
permitam a destruição da nação judaica. “Hamã não pertence a nenhuma era ou
nação. Ele pode ser um homem sem poder, que distribui histórias e espalha
rumores acerca dos judeus. Pode ser também qualquer homem que cultiva um ódio
requeimante contra os judeus. Pode ser alguém que ocupa uma posição que saiba
quão grande arma é o anti-semitismo, e usa isso com proveito próprio. Mas quem
quer que ele seja, sua sorte será a mesma que a de Hamã" (Arthur C.
Lichtenberger, in loc.).”
Requeimante - No momento
em que as emoções são intensas. Calor humano. Sentimento de empatia e/ou
solidariedade coletiva.
Diásporas diversas ocorreram ao
longo de sua história.
Neste estudo se destaca - Primeira
Diáspora – a “Diáspora babilônica “, o Galut Bavel
Desde a ida de José ao Egito e
posterior descida de jacó seu pai, ao Egito e com a morte do Zafenate Panéia
(José) se iniciou a escravidão por longos 400 ou 430 anos do povo judeu.
A Universalização do plano:
Destruir todos os judeus... em
todo o reino de Assuero.
Como o rei governava a maior
parte do Mundo de então, o decreto atingiria todas as províncias, até a Índia.
O plano de Hamã foi diabólico,
universal, não limitado à capital do império. Ele estava disposto a fazer uma
“caça completa" no império persa inteiro,
Até aos dias mais próximos,
séculos próximos de nossa era, com crueldade o povo judeu teve momentos de
antissemitismo que desejava destruir e eliminar a sua geração da terra dos
viventes.
Não foi outra a situação nos idos
de Mardoqueu após a volta da Babilônia os que ficaram ali, foram odiados pela
trama diabólica de um homem chamado Hamã, que desejou aniquilar os judeus, ao
menos os que estavam na Babilônia, certo é,
como o império era mundial a ação se fosse executada atingiria todas as
províncias e lugares onde estivesse um judeu.
"Antissemitismo é o conceito
para o ódio que determinadas pessoas sentem de judeus, um povo de origem
semita."
O termo é historicamente
associado aos judeus, pois a perseguição a esse grupo no continente europeu se
estendeu por vários séculos, chegando a episódios violentos e à sua expulsão de
determinados países."
"Remonta à perseguição que
os judeus sofreram dos romanos na Palestina, no século I d.C.
“E odiados de todos sereis
por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mt
10.22)
Na Idade Média, ele era muito
comum, e os judeus chegaram a ser expulsos de locais, como Portugal e regiões
da Península Ibérica."
"É muito difícil traçar as
origens do antissemitismo, sobretudo o moderno, porque muitas causas podem ser
levantadas para explicar essa perseguição aos judeus, e muitas delas são
específicas ao seu próprio contexto. De toda forma, um ponto de partida é o que
conhecemos como diáspora judaica.”
O antissemitismo persiste na
contemporaneidade, manifestando-se em ataques, discurso de ódio online,
políticos antissemitas e ameaças a instituições judaicas.
Basicamente, essa diáspora foi a
fuga dos judeus que abandonaram a Palestina por conta da perseguição que
sofriam dos romanos na região. Os judeus habitavam a província romana da
Judeia, e a sua luta pelo fim da dominação romana levou a uma forte repressão
dos romanos, no século I d.C.
Muitos dos judeus que fugiram
região se estabeleceram no continente europeu, e, ao longo da Idade Média, essa
grande presença fez com que eles fossem gradativamente perseguidos."
Bibliologia e Cativeiro:
Salmos 137 1-4 Junto aos
rios da Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos
lembramos de Sião. Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos
as nossas harpas. Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam
uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos
uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra
estranha?
Ezequiel 3.11 Eia, pois, vai
aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e lhes falarás e lhes dirás: Assim
diz o Senhor DEUS, quer ouçam quer deixem de ouvir.
Neste período que estudamos os
eventos relacionados com Ester a rainha judia da Pérsia, destacamos qual o
período dos fatos e sua relação com relação a perseguição aos judeus, mesmo os
livres na Babilônia encerrado o período de escravidão:
O
Cativeiro da Babilônia foi um episódio marcante na história do povo hebreu, ocorrido
entre 586 a.C. e 538 a.C. caracterizado pelo exílio de uma parte significativa
da população judaica na Babilônia.
- o cerco de Jerusalém, ocorreu em 597 a.C.,
seguido pela destruição da cidade em 586 a.C. O Cativeiro terminou com o édito
de Ciro, em 538 a.C. O rei persa permitiu o retorno a Judá e a reconstrução do
Templo de Jerusalém, inaugurando o período pós-exílio.
- Dividido em fases, o Cativeiro incluiu
o cerco de Jerusalém em 597 a.C., a destruição da cidade em 586 a.C. e a vida
no exílio, onde os hebreus foram assimilados pela cultura babilônica,
preservando sua identidade por meio de tradições.
- pode ser dividido em três
diferentes fases:
- 1ª fase - O cerco de Jerusalém (597 a.C.): a
Babilônia invadiu Judá e sitiou Jerusalém pela primeira vez, deportando
parte da população judaica para a Babilônia. O rei Joaquim foi levado
cativo, inaugurando o início do Cativeiro.
- 2ª fase - A destruição de Jerusalém (586
a.C.): diante de uma revolta judaica, Nabucodonosor II retaliou
com força total, invadindo Jerusalém e destruindo o Templo de Salomão.
Grande parte da população foi deportada para a Babilônia, e o Cativeiro
atingiu seu ponto mais crítico.
- 3ª fase - A vida no exílio: durante o
cativeiro, os hebreus foram assimilados pela cultura babilônica, vivendo
em um ambiente estrangeiro. A comunidade judaica manteve sua identidade
por meio da preservação de suas tradições religiosas e culturais.
Quanto a Bibliologia, o período
do Cativeiro babilônico teve certamente muita influência na literatura bíblica.
Ezequiel 37.21-23 “Assim
diz o Senhor DEUS: Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre os gentios,
para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua
terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel,
e um rei será rei de todos eles, e nunca mais serão duas nações; nunca
mais para o futuro se dividirão em dois reinos. E nunca mais se
contaminarão com os seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com
as suas transgressões, e os livrarei de todas as suas habitações, em que
pecaram, e os purificarei. Assim eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.”
“..., é preciso não subestimar o
papel do cativeiro de Babilônia. A ele deveu Israel, em todos os domínios, essa
profunda reflexão sobre si e essa espiritualização que permitiram recobrir de
carne viva os ossos dessecados dos mortos do deserto”. Assim, o período do
exílio foi o responsável pela formação do judaísmo e deixou marcas que aparecem
ao longo de toda Sagrada Escritura.”
Ezequiel 37. 11,12 Então
me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem:
Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós mesmos estamos
cortados. Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: Eis
que eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas, ó
povo meu, e vos trarei à terra de Israel.
“O exílio representou o
trágico fim da independência nacional com a queda da dinastia davídica no reino
de Judá. O exílio não só abriu um novo capítulo na história da formação da
Bíblia, como também na história do povo judeu após a volta do exílio”
(Scardelai). Departamento de Teologia – PUCRIO - JUNTO AOS RIOS DA
BABILÔNIA: UM ESTUDO ACERCA DA HISTÓRIA DE ISRAEL NO EXÍLIO Aluno: Michel Alves
dos Santos Orientadora: Profª Maria de Lourdes Corrêa Lima
Antes da catástrofe se abater
sobre Judá, o profeta envia uma mensagem aos exilados na Babilônia: “Assim
disse o Senhor das Legiões, D’us de Israel, a todos os exilados que exilei de
Jerusalém para a Babilônia: Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e
comam seus frutos. Tomem esposas e tenham filhos e filhas ... e se multipliquem
...”. Jeremias 29.5
Os deportados começaram a
reorganizar sua vida comunitária e particular da forma que acharam melhor.
Tentaram reviver da melhor forma a vida e as tradições da sua terra.
Dedicaram-se à agricultura e ao comércio de onde tiravam a sobrevivência. Mesmo
longe do templo, tentaram manter viva a fé em Javé, apesar de estar ameaçada
pelo sincretismo religioso.
Na realidade do exílio, surge
uma instituição de grande valia: o sacerdócio.
Os sacerdotes não tendo mais
preocupações com o templo dedicam-se à escrita, ampliando o material que já
existia e reinterpretam a história, segundo a visão sacerdotal. Recolhem
material já existente e acrescentam outros escritos, assim surge nova tradição
organizada, que é a literatura sacerdotal (representada pela letra P). Essa
literatura foi preparada por exilados e para exilados. Os sacerdotes, portanto,
exercem um papel importante, apesar de suas limitações, e, longe do templo,
procuram unir o povo em torno da palavra de Deus. Com isso, surge a
“importância do livro”, nova mentalidade que mudará os rumos de Israel.
Reverenciar ou não?
Ouve, Israel, o Senhor
nosso Deus é o único Senhor. Deuteronômio 6:4
É interessante notar que os
embaixadores espartanos se recusaram a prostrar-se perante Xerxes (Heródoto
7.136).
Um povo (8). A maioria
esmagadora dos judeus permanecera em Babilônia; só relativamente poucos
(42.000) haviam regressado a Jerusalém sob o comando de Zorobabel em 537 antes
de Cristo. Não cumpre as leis do rei (8), a acusação dirigida aos judeus
pelos anti-semitas através dos tempos.
Dez mil talentos de prata (9).
Um talento pesava cerca de 47 quilos. O rendimento total anual do Império persa
era de 17.000 talentos (Heródoto 3.95).
A importância da riqueza com a
morte dos judeus:
Essa
prata te é dada (11):
Hamã projetava, sem dúvida,
enriquecer à custa dos bens dos judeus proscritos e calculava que, como
resultado, poderia dar ao rei esta vasta importância. À sentença de morte
seguia-se como conseqüência automática a confiscação dos bens (ver 8.1).
“ Hamã é a nossa terminologia
para um anti-semita. Ele foi promovido pelo rei pela recusa de Mordecai em
prestar-lhe honrarias (ver Est. 3.2). Isso talvez sim balizasse a inimizada existente
entre os israelitas e os amalequitas, mas Hamã, por extensão, tomou-se o
odiador dos judeus, uma figura universal’ (Arthur C. Lichtenberger, in
Ioc.). Talvez Hamã fosse apenas um homem natural de Agague, e não
descendente de um semita ocidental que viveu 600 anos antes.
Data marcada para matança
No primeiro mês, que é o mês de
nisã, no ano duodécimo do rei Assuero.
Ester 3.13-15 E enviaram-se as
cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei, para que
destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até
ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é
o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens. Uma cópia do
despacho que determinou a divulgação da lei em cada província, foi enviada a
todos os povos, para que estivessem preparados para aquele dia. Os
correios, pois, impelidos pela palavra do rei, saíram, e a lei se proclamou na
fortaleza de Susã. E o rei e Hamã se assentaram a beber, porém a cidade de Susã
estava confusa.
Superstição não adianta!
Podem lançar sortes e jogar
números para te destruir, mas não sabem que já está em andamento a proteção de
Deus, que fara suas sortes voltarem-se contra eles.
Hamã usou de sua superstição,
Hamã voltou-se à adivinhação a fim de determinar que dia seria mais favorável
(começo do Ano Novo (nisã, março-abril) os deuses se reuniam para determinar a
sorte os homens) para começar seu ataque contra os judeus, levando a questão
diante do rei.
Acreditava que seus deuses poderiam determinar o melhor dia para
conseguir seu intento diante do rei, mas se esqueceu que contra Jacó não há
encantamento.
- pur, ou “sorte”, era um meio comum de
adivinhação. As sortes provinham respostas tipo “sim” ou “não” e, mediante um
processo de eliminação, um homem poderia obter sua resposta, que
presumivelmente viria dos deuses. Pur é uma palavra não-hebraica que
corresponde à palavra hebraica que significa sorte. A forma verbal significa
“lançar”.
Livro de Ester: nos alerta
sobre o perigo de confiar nas falsas seguranças oferecidas pelas estruturas do
mundo. A vida parecia estável para os judeus em Susã até que uma ordem de
extermínio colocou tudo em risco (Et 3.7-13).
Essa falsa sensação de segurança
desapareceu rapidamente, e o povo de Judá precisou novamente da intervenção
divina para sobreviver.
FONTE:
Lição CPAD 3º Trimestre
Apontamentos do utor
Dicionário Strong
Ester - Champlin
Ester - Beacon
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/antissemitismo.htm
https://www.historiadomundo.com.br/hebreus/cativeiro-babilonia.htm
Veja mais sobre
"Antissemitismo" em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/anti-semitismo.htm
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