A Lei, a Carne e o
Espírito – 3ª Parte
Lição
6 CPAD 2016
Estudo e subsídio de autoria do: Pastor Osvarela
A
Hamartiologia vista sob a ótica paulina.
Texto Áureo
"Dou graças a
Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento,
sirvo à Lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado." Romanos 7.25
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Romanos 7.1-15
“NÃO
sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre
o homem por todo o tempo que vive? Porque a mulher que está sujeita ao marido,
enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre
da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for
de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será
adúltera, se for de outro marido. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos
para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que
ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus. Porque,
quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam
em nossos membros para darem fruto para a morte. Continua,
abaixo
Base textual:
“Porque, quando estávamos na carne, as paixões
dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para
a morte.”
Terceira
parte - Continuação
Mas agora temos sido libertados da lei,
tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em
novidade de espírito, e não na velhice da letra. Que diremos pois? É a lei
pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu
não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o
pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência;
porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei,
mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que era
para vida, achei eu que me era para morte. Porque o pecado, tomando ocasião pelo
mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o
mandamento santo, justo e bom. Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo
nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo
bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o
pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o
que aborreço isso faço.
Agora
livres precisamos estar atentos a certas atividades que a são inerentes a
natureza carnal.
Primeiro: O pecado é
oportunista
É da Sua natureza Criar Pecado no Homem.
“Porque,
quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam
em nossos membros para darem fruto para a morte.”
Basta
darmos oportunidade a atuação da carne que o pecado tentará, sempre, aproveitar
qualquer oportunidade ou vacilo do homem.
Assim
como, Satanás é o pai da mentira e “anda
ao derredor, procurando a quem possa tragar” a atividade do Pecado, que é
intestina ao homem, sempre vai querer atuar na área que lhe pertencia, através
do engano.
É
o que Paulo diz ao afirmar que o Pecado, como um membro do Reino Parasita do Mal
necessita mostrar o que é, tal qual o pai da mentira [“Vós tendes por pai ao diabo ... Ele foi homicida desde o princípio, e
não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere
mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” João 8:44] não há espaço para nenhum
bem em sua atuação destruidora. Apenas a Graça tem o antídoto que só recebe o
que nasce de novo para ser colocado sob o império e constituição divina da Lei
do Espírito de Vida em Jesus Cristo.
“... mas o pecado, para que se mostrasse
pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado
se fizesse excessivamente maligno. Porque
bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado [a dívida adâmica, foi paga, quando Jesus
riscou a cédula na Cruz]. Porque
o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço
isso faço.”
O
importante da atuação oportunista do pecado é uma manifestação sempre
exponencial, a cada vez que lhe damos oportunidades: “... mas o
pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim
de que pelo mandamento o pecado se
fizesse excessivamente maligno.”
O
pecado se apoiou na Lei (...pelo mandamento o pecado se
fizesse...) de forma idêntica a ação do pai da mentira, usando-a,
como usou as ordens de Deus no Éden, para enganar, ao homem, como se a Lei de
Deus fosse para destruição dos homens.
Sob
esta égide o pecado sabedor que na verdade a Graça pode libertar o homem tenta
cada vez mais envolver o homem de forma tal, que Paulo diz que esta ação se
tornou um excesso de malignidade com uma finalidade: a morte do pecador: “... mas o pecado...operou
em mim a morte pelo bem; a fim de
que pelo mandamento o pecado se fizesse
excessivamente maligno.”
Paulo,
busca mostrar aos de Roma e aos judaizantes [para que deixassem, os gentios, livres da Lei] que uma vez livres
do pecado, não desprezando a Lei, mas mostrando que a Lei, fora e é um Aio, para os que se achegam para
aceitar a ação regeneradora de vida (pleonasmo), a sua ação não pode continuar
validando os atos dos que dela se libertaram, como no texto seguinte:
“NÃO sabeis vós, irmãos (pois que falo aos
que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o
tempo que vive?”
Assim,
circuncisão ou “lavar as mãos” não são necessários para demonstrar obrigação
contra o pecado, tendo em vista que a lei não possui a capacidade de libertar o
homem, da Morte e se agora, os que se chegam a Jesus Cristo forem obrigados a
cumprirem os Rituais da Lei mosaica se colocarão sob a sua influencia, pois vão
descobrir que há uma condenação da Lei para levá-los a Morte e se eles estão em
Cristo já não necessitam viver sob a condenação da Morte, pois Jesus Cristo é a
grande novidade que a Lei prefigurava e apontava.
“...porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem
lei, mas, vindo [leitura indicada:”conhecendo a Lei] o mandamento,
reviveu o pecado, e eu morri. E o
mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.”
Aio – Subs. Masc. preceptor
encarregado da educação doméstica das crianças de famílias nobres ou ricas; criado
particular; A palavra "Aio"
vem de uma palavra grega que quer dizer, literalmente, "uma
pessoa que conduz uma criança". Os Aios na época de Paulo foram servos responsáveis pela proteção dos
filhos de seus senhores, levando-os para a escola, corrigindo-os, etc. Ou seja,
período do Império Romano, seu serviço era único: cuidar da criança. É claro
que esta função foi temporária. Quando o filho chegou à maioridade, não estava
mais sujeito ao Aio.
“Assim também nós,
quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros
rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei
...” Gálatas 4:3-5
A
Lei foi dada para manter regras objetivas, de vida em conjunto, para boa convivência
entre os homens e para respeitabilidade da família, mas apontava, pelos sacrifícios
para um Cordeiro Imaculado e por ela se manteve a esperança de uma solução cabal
e duradoura pra toda Humanidade e ela deveria ser proclamadora para os hebreus
mostrarem, isto ao Mundo.
Embora, a Lei seja Santa ela não era a
Plenitude [“a
plenitude dos tempos, Deus
enviou seu Filho...”], continha e contém regras de vida para o Bem do Homem
hebreu, em primeiro lugar e para todos os homens, no sentido primário, mas se
resumiu, na Graça em Jesus Cristo, no Amor próprio e ao próximo. Além disto, se
requer que saibamos e soubessem, os de Roma que a Lei é santa e e não é pecado,
mas ela serviu para revelas o pecado.
Romanos 7.14-20
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Hoje - O já: a era
vindoura já se iniciou – A Plenitude dos tempos
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O ainda não: a vida
carnal; A Era presente [o homem a ser
transformado] ainda está em vigor
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14
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A lei é espiritual
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Mas,
não sou espiritual (sou carnal)
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15,16
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Quero praticar a boa lei de Deus
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Mas,
não faço o Bem
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17
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(extração do pensamento) Quero fazer o Bem
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Mas,
o pecado que habita em mim, neste corpo carnal, não me permite fazer o Bem
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18
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Desejo fazer o Bem
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Mas,
sou pecador; “na
minha carne, não habita bem algum”
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19
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Quero fazer o Bem
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Mas,
faço o Mal
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20
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Quero fazer o bem
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Mas,
o pecado que habita em mim, neste corpo carnal, não me permite fazer o Bem
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Quadros compilados e adaptados de: Romanos - Comentários Expositivos - C. Marwin Pate
A Era Presente
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A Era Vindoura
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O corpo de
pecado/morte (o
corpo físico) não é mau, mas é o
instrumento do pecado e da morte, mas está contaminado pelo Adam) Ainda está
em vigor
|
A nova natureza (ser
interior)/mente (quanto
à nova natureza, cf. 2 Coríntios 4.16;
Efésios3.16; quanto à mente renovada,
cf. Romanos 12.1,2)
|
Livre do Pecado, Novidade
de Vida em espírito
“Mas
agora
temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos
retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na
velhice da letra.”
Uma
vez entendido que o pecado quer exercer a sua malignidade de forma continua sobre
os homens, há necessidade de entendermos que para nos mantermos livres de sua
ação devemos, os alcançados pela Graça em Jesus Cristo, buscar uma nova forma
de viver, que Paulo chama de “Novidade de Vida”.
“Portanto, agora nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo
o Espírito. Porque a lei do
Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Romanos 8:1,2
Paulo
demonstra que o homem, só pode obedecer a uma única Lei que o mantém livre a
lei do Espírito. Não há como servir a “dois senhores”.
“Porque bem sabemos que a lei é
espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que
faço não o aprovo; pois o que quero isso
não faço, mas o que aborreço isso faço.”
"De Cristo vos
desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça
decaístes" Gálatas 5:4.
Há
esperança para sermos escondidos na Graça para livrar-nos da ação carnal pois a
Graça é totalmente espiritual e mesmo sabendo que não temos bem algum em nós a
Graça nos faz assentar nas Regiões celestiais, com Cristo: “Porque eu sei que
em mim, isto é, na
minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em
mim, mas não consigo realizar o bem.” Romanos
7.18
É
por isto, que há uma luta entre a ação destas leis, mas só uma Lei agora rege a
nova vida do que está em Cristo: A Graça.
“Digo, porém: Andai em
Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne
cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao
outro, para que não façais o que quereis.” Gálatas
5:16,17
A
novidade de vida só se dará quando entendermos que somos carnais, mas comprados
pelo Sangue da Graça, podemos vencer as nossas lutas interiores, nas quais a
carne, porque, ainda, estamos neste corpo, tenta sobressair-se, mas devemos nos
manter sob a ação da Graça servindo a Justiça:
“Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para
lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência
para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado,
obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados
do pecado, fostes feitos servos da justiça.” Romanos 6:16-18
Como
a tradição rabínica já informava: “...quem morria estava livre dos deveres da Lei –
b. Shabb, 30 a -
Assim,
não estamos mais sob o Domínio da Lei –
kyrieuo (ter o domínio ou autoridade sobre). Nós que morremos para este Domínio,
pois, como todos sabem, é axiomático: a Lei não pode agir sobre um morto.
Enganar – Gr. Exapatao [enganou-me]
- απαταω – apatao; v. enganar, iludir, lograr; εξαπατήσει
Epicteto dizia:
“Todo pecado envolve uma contradição. Quem peca não deseja
pecar, mas fazer o que é certo;logo não faz o que deseja”. Apud Marvin Pate Disc. 2.26.1,2;cf. 2.26,4,5
Leia Romanos 8:1,2
Paulo
então pode entender porque Deus lhe havia dito, como ele seria mantido, mesmo
neste corpo mortal, manchado e formado em pecado [em pecado me concebeu a minha
mãe...], sob ação da Graça, um vencedor:
– “posso todas as coisas, naquele que me
fortalece...”
“E disse-me: A minha graça
te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o
poder de Cristo. 2 Coríntios 12:9
Portanto,
a Graça é o bastante e superior a lei, que só aponta o pecado, mas a Graça
mantém o pecador sob o poder de Cristo!
Fonte:
Bíblia
Plenitude
Bíblia
online
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do autor
O Evangelho segundo Paulo -Hernandes Dias Lopes – Romanos –
Romanos – Comentários
Expositivos – C. Marvin Pate
Dicionário Strong
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