29/11/2007
Verdade, Crueldade, Intolerância, Acusação com viés religioso ou Lenda?
Um livro do século XVII vai a leilão no próximo domingo (2). Até aí, nada espetacular, né?
Mas a obra que tem o título enorme de "A True and Perfect Relation of The Whole Proceedings against the Late most barbarous Traitors, Garnet a Jesuit and his Confederats", de 1606, é uma relíquia do bizarro. Ela traz o relato da execução de Henry Garnet, padre jesuíta executado sob acusação de conspiração para assassinar o rei Jaime I, em 1605.
E o mais impressionante: "acredita-se" que capa do livro, de Robert Barker, o tipógrafo oficial do rei, tenha sido feita com a pele do próprio condenado, uma prática conhecida como encapamento antropodérmico.
E o mais impressionante: "acredita-se" que capa do livro, de Robert Barker, o tipógrafo oficial do rei, tenha sido feita com a pele do próprio condenado, uma prática conhecida como encapamento antropodérmico.
A técnica macabra teria sido empregada até o século XIX, notadamente para livros sobre anatomia e processos judiciais "bárbaros". Muitos acreditam ver na capa do livro a imagem do religioso torturado.
Há quem diga que nazistas retomaram a prática de usar para diversos fins a pele de cadáveres dissecados nos campos de concentração, mas nunca houve prova disso.
O jesuíta, que na verdade não esteve envolvido no plano católico para matar o rei e aristocratas protestantes, soube da intenção dos rebeldes em confissões, o que o obrigava a manter segredo. Apesar da recomendação do padre para que os fiéis desistissem, o plano foi adiante. Garnet não escapou da condenação por traição.
Conta a lenda que o rosto do padre surgiu em uma mancha de sangue no cenário da execução, em maio de 1606.
Daily Telegraph
Há quem diga que nazistas retomaram a prática de usar para diversos fins a pele de cadáveres dissecados nos campos de concentração, mas nunca houve prova disso.
O jesuíta, que na verdade não esteve envolvido no plano católico para matar o rei e aristocratas protestantes, soube da intenção dos rebeldes em confissões, o que o obrigava a manter segredo. Apesar da recomendação do padre para que os fiéis desistissem, o plano foi adiante. Garnet não escapou da condenação por traição.
Conta a lenda que o rosto do padre surgiu em uma mancha de sangue no cenário da execução, em maio de 1606.
Daily Telegraph
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