domingo, julho 6

A SAGA BETANCOURT!

Ex-refém Ingrid Betancourt reencontra os filhos depois de seis anos de cativeiro
03/07/2008 - 'Estou me sentindo no paraíso', disse a ex-prisioneira das Farc entre os dois filhos.
Reencontro ocorreu em base militar em Bogotá, capital da Colômbia.
Do G1, com agências.

A ex-candidata à presidência colombiana Ingrid Betancourt, libertada na quarta-feira depois de mais de seis anos de cativeiro, reencontrou nesta quinta-feira (3) seus filhos, Mélanie, de 22 anos, e Lorenzo Delloye, de 19.
O avião com a família de Ingrid chegou a Bogotá às 10h17 (hora de Brasília), vindo de Paris, e aterrissou na mesma base militar em que Ingrid e os outros 14 reféns libertados com ela chegaram à capital colombiana.
Depois do reencontro emocionado, eles entraram no avião presidencial francês para uma conversa reservada. Alguns minutos depois, desceram do avião para dar entrevista.
"É maravilhoso estar com eles, vê-los, senti-los”, disse Ingrid, entre os dois filhos. “Eles estão diferentes, mas parecidos.”
"Estou muito orgulhosa deles, que lutaram sozinhos e lutaram uma batalha linda por minha libertade", disse a ex-refém, lembrando que, da última vez que os havia visto, eles eram apenas crianças.

"Dou graças a Deus por esse momento, são meus filhinhos, são meu orgulho e minha razão de viver, minha luz, minha lua, minhas estrelas, por eles continuei com vontade de sair da selva, para voltar a vê-los."
Ingrid também insistiu para que os presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) restabeleçam vínculos com a Colômbia, para facilitar novas libertações unilaterais da guerrilha. " Essa é uma etapa essencial para que possamos vislumbrar novas libertações unilaterais", disse. Ela também convidou os outros dirigentes políticos latino-americanos a se envolverem na solução do conflito interno colombiano.
Lorenzo e Mélanie também falaram (assista ao vídeo). Ele repetiu o discurso de Ingrid de que, agora, continua a luta pela libertação dos reféns que ainda estão nas mãos da guerrilha. "A impressão de ter uma mãe tão forte é incrível", disse Lorenzo, acrescentando que sente "orgulho" dela.
Além dos filhos da ex-refém, a aeronave trouxe seu ex-marido, Fabrice Delloye, a irmã Astrid e os dois filhos dela. Ingrid, que é franco-colombiana, deve voltar à França com a família na próxima sexta-feira, no mesmo avião. Em Paris, ela vai se encontrar com o presidente Nicolas Sarkozy.
Laranjas no café da manhã
Ingrid passou a noite de quarta para quinta-feira na casa de sua mãe, em Bogotá. No café da manhã, ela pediu laranjas, disse seu marido, Juan Carlos Lecompte.
"Chegamos em casa tarde da noite e tivemos uma longa conversa na qual ela nos narrou detalhes do seu triste cativeiro", disse. "Ela quis café da manhã com laranjas, tinha esse desejo, e agora sua prioridade é sair e encontrar com seu filho."
"Ela está muito bem, generosa de espírito e muito lúcida. Seu corpo tem algumas seqüelas, mas nada grave. Sua alma está muito fortalecida", disse.
Ingrid e mais 14 reféns foram libertados na quarta-feira na selva colombiana depois de uma operação do Exército da Colômbia, que afirmou ter infiltrado homens nas Farc e enganado os guerrilheiros.
"Quero primeiro dar graças a Deus e aos soldados da Colômbia", disse Ingrid à rádio do Exército pouco depois da libertação, em entrevista reproduzida por emissoras de toda a Colômbia.
Ingrid Betancourt foi resgatada em uma região de selva do departamento de Guaviare, no sudoeste da Colômbia (Foto: Arte/G1)
Ao chegar a Bogotá, ela reencontrou a mãe, Yolanda Pulecio, e o atual marido, Juan Carlos Lecompte, disse estar muito emocionada e contou como aconteceu o resgate. "Foi uma operação perfeita, não creio que haja na história do mundo uma operação tão fantástica."
Falando em espanhol e em francês, ela agradeceu à França e Sarkozy por seu apoio e solidariedade com os seqüestrados.
"Obrigado ao meu Exército, à minha pátria Colômbia, obrigado pela impecável operação, a operação foi perfeita”.
Ingrid também garantiu que vai continuar a lutar pela liberdade dos que ficaram na selva. Ela disse que espera que a libertação dos demais reféns venha pela via da negociação, mas, se não for assim, "tenhamos confiança nas nossas forças militares".
Questionada por jornalistas, Ingrid disse que "só Deus sabe" se ela vai disputar outra vez a presidência da Colômbia. "Eu sigo com a ilusão de servir a Colômbia desde a presidência, só Deus sabe. Neste momento, só quero me sentir mais um soldado da Colômbia, a serviço da pátria."
Camisas de Che
Segundo Ingrid, os militares que se fizeram passar por guerrilheiros para fazer o resgate se camuflaram de tal maneira que vários usavam camisetas com imagem de Ernesto Che Guevara. "Eles falavam como guerrilheiros e se vestiam como eles", disse.
De acordo com a ex-refém, a operação começou ao amanhecer, quando os reféns foram informados pelos guerrilheiros de que iriam ser transferidos. Ela disse que nenhum refém suspeitou da operação, e que só se deram conta de que foram resgatados quando um dos supostos guerrilheiros gritou: "somos o Exército da Colômbia, vocês estão livres."
Antes de Ingrid, o comandante do Exército da Colômbia, Mario Montoya, disse em Bogotá que o resgate foi um "xeque-mate" para as Farc, já debilitadas pela morte de vários líderes nos últimos meses.
'Caminho de paz'

Na quarta-feira à noite, em discurso ao lado de Uribe (veja vídeo ao lado), ela manifestou a esperança de que o resgate represente a "abertura de um caminho de paz" e afirmou que "só acredita na paz".
Muito emocionada, Betancourt relatou ao presidente colombiano, presidente da Colômbia, momentos do resgate, especialmente a alegria quando foi anunciado no helicóptero que os retirou da selva, que estavam todos livres. Ela confessou ter sentido medo de que o helicóptero caísse e atribuiu o temor aos "momentos difíceis vividos".
Ela disse ter perdoado os captores e pediu ao novo comandante das Farc, Guillermo León Sáenz (conhecido como Alfonso Cano) que "poupe a vida" dos guerrilheiros que estavam encarregados de sua custódia.
15 libertados
Betancourt foi libertada das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia junto com três norte-americanos e mais outros 11 militares colombianos, segundo o ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos.
Veja quem são os 15 libertados nesta quarta-feira
De acordo com o ministro, nenhum tiro foi disparado durante o resgate, que foi feito com a ajuda de três helicópteros.
"Seguimos trabalhando na libertação dos demais seqüestrados. Apelamos para os atuais líderes das Farc para que não se deixem matar, liberem os outros seqüestrados e não sacrifiquem seus homens", disse o ministro em Bogotá.

Os norte-americanos libertados são Thomas Howes, Keith Stansell e Marc Gonsalves, seqüestrados em 2003 quando realizavam uma missão anti-drogas na floresta de Caquetá, no sudeste do país.
Eles desembarcaram em uma base militar de San Antonio, no Texas, no final da noite de quarta-feira.
Infiltrados na guerrilha
Segundo o ministro colombiano da Defesa, o Exército da Colômbia se infiltrou na cúpula das Farc para libertar os quinze seqüestrados, enganando dois rebeldes e fazendo com que eles acreditassem que iam a um encontro com o chefe máximo rebelde, Alfonso Cano.
Ele disse que os militares infiltrados haviam feito um acordo com o comandante César, das Farc, para supostamente levar os cativos de helicóptero até o lugar onde estaria Cano, chefe da guerrilha desde maio passado, quando morreu Manuel Marulanda, o Tirofijo, fundador do grupo. Cesar e outro rebelde, cujo nome não foi divulgado, foram presos. De acordo com o ministro, a operação começou a ser executava em fevereiro do ano passado.

Refém em condições precárias
Ingrid Betancourt nasceu em Bogotá, estudou em Paris e hoje tem 46 anos - dos quais os últimos seis passou no meio da mata, vivendo em condições precárias como refém das Farc.
A parlamentar havia sido seqüestrada em 23 de fevereiro de 2002 na região de Caquetá, e era uma das mais importantes reféns que as Farc mantinham em cativeiro.
Segundo Olga Lucia Gomez, diretora-executiva da colombiana Fundação País Livre, atualmente existem 25 reféns políticos (que a guerrilha pode negociar com o governo) e cerca de 775 reféns "econômicos" (pelos quais as Farc cobram resgates para financiar suas atividades).
Sarkozy
O presidente Sarkozy, que participou das negociações, parabenizou na quarta-feira o governo de seu colega Uribe pela libertação e pediu às Farc que encerrem seu "combate absurdo".
"É uma operação militar coroada de êxito", declarou Sarkozy, acrescentando que gostaria de dizer "às Farc que têm de terminar esse combate absurdo e medieval".
"Naturalmente, a diplomacia francesa e a França estão dispostas a receber todos os que decidirem renunciar à luta armada e a tomar inocentes como reféns", disse.
EUA
Os dois candidatos à Presidência dos EUA, Barack Obama e John McCain, parabenizaram na quarta-feira o governo Uribe pela libertação dos reféns.
A operação ocorreu no mesmo dia em que o provável candidato republicano à Presidência dos EUA, John McCain, visitava a Colombia, e em um momento no qual o país tenta melhorar sua relação com os EUA.
Um porta-voz do candidato disse a jornalistas no avião de McCain que. na noite de terça-feira, o presidente Uribe e o ministro colombiano da Defesa disseram ao pré-candidato republicano e a dois senadores que estavam com ele que havia "planos" para a operação na quarta-feira.

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