Lição 08 – CPAD – 23/11/2008 Autor: Osvarela
TEXTO ÁUREO:
Is. 40.8: Seca-se a erva, e caem as flores, mas a Palavra de nosso Deus subsiste, eternamente.
Leitura Bíblica em Classe:
Salmos 119.1-12.
“A Bíblia é a fonte de todo o conhecimento Teológico”
"Principium cognoscendi externum"
Revelação, Inspiração e Cânon – Prof. João Alves dos Santos.
Se você quiser conhecer adequadamente, a Deus, tem que necessariamente ler a Bíblia, pois ela é A Palavra de Deus inspirada e a única fonte confiável de conhecimento Teológico!
Foco:
Entender esta lição é estudar a matéria Teologia Bíblica na classe da sua aula da Escola Dominical, considere isto uma dádiva de Deus para você.
O foco principal é consolidar a sacracidade da Bíblia como A Palavra de Deus.
I - Discurso Inicial Teológico-apologético:
Por mais paradoxal, que seja, pela sua qualidade e autoria:
Nunca nenhum livro sofreu tantos ataques como a Bíblia Sagrada. Os ataques têm surgido quer de dentro quer de fora da igreja.
Infelizmente nos últimos dias muito se tem questionado sobre a Infalibilidade e outras qualificações da Bíblia Sagrada.
Os críticos liberais reduzem a Bíblia a um livro humano, apesar das revelações sobrenaturais e das manifestações miraculosas.
Estes críticos dizem que: “a Bíblia teve uma perspectiva como um documento meramente humano, sem nenhuma autoridade transcendental. Sendo assim, a Bíblia deve ser estudada e interpretada da mesma maneira que a vulgar literatura que lemos nos nossos dias, de acordo com a pesquisa de métodos literários”.
II Tm.4. 3: Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos,
II PEDRO 2.1: Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
Fundamentalmente, o movimento crítico é anti-sobrenatural e anti-miraculoso. Ele rejeita na sua totalidade a idéia de que, Deus atua de qualquer modo sobrenatural ou atuou na história da humanidade.
Mt. 5. 19: Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
Para aumentar a dificuldade, a teologia bíblica tem sido dividida por correntes Ortodoxas e Heterodoxas, sendo que a última tem procurado descaracterizar alguns predicados santos da Bíblia – O Livro de Deus ou A Palavra de Deus -, nivelando-a, quase a posição de livro de homens, mesmo que estes sejam tidos como santos.
1-Ortodoxia:
Conceito ortodoxo é aquele que aceita a definição de que a Bíblia toda é inspirada por Deus, inerrante e infalível. 2-Heterodoxia:
O conceito dos não-ortodoxos [heterodoxos], não aceita a Inspiração das Escrituras como a entendemos, principalmente quanto à Inerrância.
Alguns heterodoxos chegam a afirmar que crêem na inspiração da Escrituras e até na sua infalibilidade, mas certamente não aceitam que as Escrituras não erram em tudo o que afirmam. Pensam que como literatura a Bíblia contém vários erros, em diversas áreas, sendo que ela é infalível quanto às verdades chamadas “espirituais”.
II - Resultado destas introspecções nas mentes dos crentes:
Desta forma muitos questionamentos têm penetrado no recôndito das mentes de muitos crentes [mormente os que se iniciam na teologia], muito embora, salvos e com a fé firmada, que se angustiam com estas sombras lançadas, sobre a veracidade da Bíblia, seja em alguns pontos ou doutrinas.
Há tempos escrevi algo sobre a transmissão da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada preocupado com dúvidas levantadas por alunos e membros que me questionavam sobre como a Bíblia Sagrada, ou as Escrituras [aqui: Antigo Testamento e Novo Testamento], chegaram até os nossos dias.
Procurando ser um Aliado ao estudo da teologia bíblica que se inicia com algumas perguntas:
· O que entendemos ser a Bíblia?
· O que é a Bíblia para você?
· Um simples texto que manifesta uma série de verdades universais?
· Um livro que reflete um grande número de crenças de um povo antigo chamado Israel e uma comunidade chamada cristã?
· Ou a Bíblia é mais do que isto?
· O que entendemos ser a Bíblia?
· A Bíblia que eu tenho em mãos é a Palavra de Deus?
· Posso confiar na Bíblia, que leio?
Algumas perguntas, acima eram parte de meu estudo, preocupação, que a meu ver, já pode ter ocorrido em muitas mentes, inclusive entre nós os crentes e quem sabe na sua mente.
I-a- A resposta que encontrei foi:
Sim, eu posso confiar na Bíblia que leio!
Ressalva: com ressalva sobre o cuidado com algumas versões. Porque toda tradução é no fundo uma interpretação dos textos escritos no original, de tal forma encontramos, nos dias de hoje edições de Bíblias com erros grosseiros doutrinários e até mesmo alteração ou redução do texto, em relação aos melhores manuscritos!Mas, podemos entender que ninguém ficará sem entender a Bíblia, por causa de notas de rodapés de certas edições.Por isto sempre tenha mais de uma versão, se for possível .
III - Definindo o que é a Bíblia:
Há entre os teólogos muitos que já afirmam:
A Bíblia contém a Palavra de Deus!
Eu, porém continuo na boa ortodoxia dizendo:
A Bíblia é a Palavra de Deus.
Esta é a definição do cristianismo histórico.
A conservação da Bíblia, por si só, é um milagre divino.
a-O processo ao longo do Tempo:
a-Qual é a vantagem dos judeus?
Esta é a pergunta que o Apóstolo Paulo faz para descrever a discussão entre judeus e gentios.
Ele responde em ROMANOS 3.1: Que vantagem, pois, tem o judeu? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus.
Quando partimos desta passagem bíblica podemos obter uma série de importantes informações:
Como a Bíblia foi transmitida inicialmente: leia acima e na Lição.
Como se deu o processo da transmissão manuscrita das Escrituras.
Quem mandou escrever as Escrituras?
O processo secular até a formação final do cânon bíblico pode ser acompanhado pela análise da própria Escritura.
Desde a formação do Antigo Testamento que começa com Moisés, recebendo a revelação divina em várias formas e a transcrevendo em livros, utilizando-se da tradição oral e dos oráculos recebidos de Deus, face a face, passando por Samuel, como “primeiro profeta”, e ainda pelos reis e sacerdotes e demais profetas tudo foi sabiamente preservado.
O que o próprio historiador judeu Flávio Josefo afirma, transliterando suas palavras: “o nosso Cânon é formado desde Moisés a Malaquias”.
Chegando até ao Novo Testamento, com Paulo iniciando a escrita divina pelos idos dos anos 48 a 66 a.C até A revelação de João no final do primeiro século, com o reconhecimento no mesmo período por Clemente Romano, um dos bispos em Roma, que menciona de forma clara I Coríntios, Romanos, Hebreus e “os ensinos de Jesus” – leia-se os Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Tudo isto demonstra a qualidade da Bíblia como Livro de Deus.
Muito embora os séculos se tenham passado, muito embora não tenhamos mais os autógrafos, ou seja, os originais, contudo a veracidade da Bíblia que lemos, é absoluta em termos divinos, e confirmada, a cada dia por achados arqueológicos de antigos Manuscritos, que confirmam outros Manuscritos menos antigos.
IV- Os números:
A-O Antigo Testamento:
O texto hebraico do AT foi preservado por ordem divina pelos judeus.Para tanto, eles tinham regras que garantiam a preservação dos manuscritos:
Um rolo da sinagogaga deveria ser escrito sobre pele de animais limpos
Unidos mediante tiras de couro da mesma qualidade
Determinavam a altura da coluna e linhas e o máximo da largura em 30 letras
Toda cópia era dotada de linhas
A tinta deveria ser preta, nunca vermelha ou verde ou qualquer outra cor.
Nunca escrever de memória, nem um yod [Mt.5.18: de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til], ou seja, mesmo sabendo de cor, como era hábito judeu, o escriba deveria acompanhar outro texto escrito ao escrever um novo.
O texto Massorético – 900 a 1000 d.C (veja lição), foi confirmado pelos achados das cavernas de Qumram – no Mar Morto [local onde já estivemos], com uma antiguidade, ou seja manuscritos mais antigos , de 1000 anos, e ainda nestes dias(ver nosso site: http://estudandopalavra.blogspot.com) foram achados manuscritos com a mesma qualidade de texto com mais de 1000 anos aos do mar Morto.
É Deus confirmando a veracidade de sua Palavra, muito embora creiamo-la por Fé e não por vista.
Antes de Qumram, cujos textos foram datados como de 150-100 a.C, os textos mais antigos e importantes eram os datados de 850 a.C; 895 a.C; 916 a.C; 980 a.C; e o códice de São Peterburgo de 1008-9 d.C
B-Novo Testamento:
Existem:
24.000 fontes de evidência:
Quase 5.300 manuscritos gregos das Escrituras.
10.000 manuscritos latinos
9.300 outras versões.
Para melhor qualificação destas afirmações e respostas às perguntas é necessário ao leitor da Bíblia que saiba que para produzir tal afirmação precisamos verificar elementos qualificadores da Bíblia Sagrada, como A Palavra de Deus.
Desde Erasmo de Rotherdan os editores da Bíblia foram buscando novas técnicas e descobrindo outros e mais antigos manuscritos.
V - Vejamos então alguns [poucos] destes pontos os quais nos dará uma visão divina das Escrituras, o livro de Deus.
Entendo que sobre tudo devemos neste aprendizado buscar qualificar a Bíblia.
Esse livro chamado Bíblia é a Palavra de Deus é:
1-Inspirada. “In spiro” – soprar para dentro, insuflar.
Job 32. 8: Há, porém, um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz entendido.
Os antigos profetas entendiam plenamente este fato místico que acontecia em suas vidas:
II Sm.23. 2: O Espírito do Senhor fala por mim, e a sua palavra está na minha língua.
“Sua inspiração divina” quer dizer, que Deus estava por trás dos autores humanos, durante a redação dos livros individuais que compõem a Bíblia.
A expressão chave de 2 Timóteo 3.16:
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”;
A frase “Toda Escritura é inspirada por Deus” é explicada por 2 Pedro 1.21 que diz que os autores humanos que escreveram a Bíblia, fizeram isto sob a influência e controle do Espírito Santo, de forma que o que eles falaram não era deles, mas de Deus. “Sua inspiração divina” quer dizer, que Deus estava por trás dos autores humanos, durante a redação dos livros individuais que compõem a Bíblia.
- Assim, temos Pedro falando:
2 Pedro 1.20-21.2: “Sabendo, primeiramente, isto que nenhuma profecia da Escritura provém de particular interpretação; 21 porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”
Veja que neste trecho há uma direta referência, à ação de Deus, sobre o ato em si, na ação de escrever as santas palavras.
Devido a maior antiguidade, alguns podem, ou já pensaram, sobre a questão da nova porção dada por Deus, após o Ministério de Jesus Cristo, mas embora possamos, dizer sobre a inspiração das mesmas: “São inspiradas”, em primeiro lugar, como que apenas se referindo ao Antigo Testamento podemos estender com base na Bíblia, a Inspiração do Novo testamento.
Alguns autores e estudiosos bíblicos ressaltam a questão da igualdade da inspiração, muito embora, a clareza de Paulo no texto citado, mais abaixo, que há uma evidente reivindicação de igual inspiração e qualificação com as Escrituras [aqui, como o Antigo Testamento], pelos autores do Novo testamento.
O próprio Apóstolo Paulo declara a inspiração de seus Escritos:
I Co.2.13: as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.
A ação de Deus na transmissão da Bíblia:
a-Entenda, aqui, um ponto essencial:
Todos os homens que escreveram e formaram com seus escritos o Cânon Bíblico são considerados como Profetas!
b-O Apóstolo Pedro ressalta, em suas palavras a qualidade do Novo Testamento, usando os escritos paulinos. As Epístolas do Apóstolo Paulo são consideradas Inspiradas, por inferência com as Escrituras [Antigo Testamento], ou seja, os escritos paulinos são comparados no mesmo grau de Inspiração divina com as Escrituras, leia:
II PEDRO 3.15: e tende por salvação...de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;16 como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, nas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição.
c-A declaração de inspiração, contudo, é explícita em muitos textos:
II Pe. 1.19: E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro.....
Rm.15.4: Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.
2-Infalível.
João 17. 12: Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
3-Inerrante.
No Antigo Testamento:
Js. 21. 45: Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o Senhor prometera à casa de Israel; tudo se cumpriu.
No Novo Testamento:
Mt.4. 35: Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.
Mt.26. 54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?
João 10. 35: Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada). João 19. 28: Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede. Lc.1.45: Bem-aventurada aquela que creu que se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.
4-Autoritativa.
Rm.16.26: mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé;
João 5.47: Mas, se não credes nos escritos, como crereis nas minhas palavras?
4-Nossa única regra de fé e prática.
João 5. 39: Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim;
Você deve ter notado que não dei como referências extremamente diretas, por versículos específicos, sobre as qualificações citadas, acima sobre a Bíblia como a Palavra de Deus, mas procurei apresentar versículos que nos inferem estas qualificações, para que você entenda que nas Escrituras encontramos a sua própria qualificação.
a- Mas, leia agora um versículo que fala diretamente sobre isto:
II Tm. 3.16: Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;
A Bíblia é assim: um livro absolutamente divino que pode produzir, pelas suas qualificações:
Os judeus ensinam-nos que a palavra para ser canônica, entre outros predicados, precisa cumprir algumas ações sobrenaturais na vida do homem, ou seja, alcançar o homem e produzir alteração na sua forma de viver, caráter, pensamento e ação, além de citar os Patriarcas com especial referência a Abraão e Moisés.
Para o Novo Testamento podemos utilizar alguns critérios para validação canônica do seu conteúdo como conhecemos:
A Apostolicidade: um livro ou epístola seria recepcionado no seio da Igreja quando subscrito por um Apóstolo. A autoridade que os apóstolos receberam para completar a revelação de Jesus Cristo está evidenciada nos textos de João 14.26; 16.13 e Atos1.1-3,8.
Tão conscientes estavam dessa autoridade que Paulo podia dizer: “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.” (1Co 2.13).
E: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus”;
E ainda “Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1Ts 1.8,13).
Outros textos onde essa autoridade é reivindicada por Paulo, Pedro e João são 1Co 14.37; Cl 4.16; 2Pe 1.16;1Jo 1.3;e Ap 1.3).
Foram os apóstolos que transmitiram à segunda geração a confiabilidade de seu testemunho (Hb 2.3,4).
Gl.6.11: Vede com que grandes letras vos escrevo com minha própria mão.
Cl.4.18: Esta saudação é de próprio punho, de Paulo. Lembrai-vos das minhas cadeias. A graça seja convosco.
Recepção:
A Igreja que recebia os escritos era testemunha e utilitária do documento recebido.A leitura em público consolidava o documento.
Cl.4. 16: Depois que for lida esta carta entre vós, fazei que o seja também na igreja dos laodicenses; e a de Laodicéia lede-a vós também.
Consistência doutrinária dos escritos:
Os escritos produzidos sempre tiveram como fator parametral (cânon-vara de medir) o Antigo Testamento, mesmo as palavras pronunciadas por Jesus cristo continham estas verdades e eram por ele demonstradas com acontecimentos miraculosos ou eventos da sua vida terrena e ministerial.Assim, os escritores do Novo testamento também utilizaram esta forma de dar consistência aos seus escritos no Novo Testamento.
VI- A questão da qualificação pela ação da Bíblia:
Quando, acima, falamos sobre a Inspiração, devemos entender, que “sopro de Deus”, indica a qualidade primária e fundamental que dá à Bíblia o seu caráter de autoridade sobre a vida espiritual, e torna as suas lições proveitosas nos vários aspectos da necessidade humana.
A Bíblia Sagrada tem demonstrado cabalmente isto, ela uma vez ouvida, muda o ser que lhe da a devida atenção.
Rm.10. 17: Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. 18 Mas pergunto: Porventura não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até os confins do mundo.
Rm. 15. 21 antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão; e os que não ouviram, entenderão.
· Regeneração:
Tt.3. 5: não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo; Tg.1 18: Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade...; I Pe.1. 23 tendo renascido, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e permanece.
· Aperfeiçoa o crente:
II Tm.3.17: para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.
· Libertação:
Mt.8. 16: Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos;
· Uma mudança de Mente no homem:
I Co.2. Mas nós temos a mente de Cristo.
· Santificação:
João 17. 17 Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.
· Produzir Esperança:
João 20. 31 estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
· Atingir o homem como ser tricotômico, em toda plenitude:
Hebreus 4. 12: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Nela: A Bíblia. Deus revelou tudo o que Lhe aprouve revelar para o bem dos seus filhos.
“Revelação executada no curso do tempo de Adão a Malaquias e desde a anunciação do nascimento de Cristo até o último escrito inspirado do apóstolo João, o Livro de Apocalipse”.(Criação e Consumação, São Paulo: Cultura Cristã, 2003 –-Van Groningen).
Ao estudar as Escrituras [Bíblia Sagrada] partimos do princípio fundamental, que tudo o que se encontra nelas é verídico, muito embora, o seu propósito principal não seja o de servir como um relato de história ou se auto-afirmar, pois Ela é Palavra de Deus e a Revelação de Deus naquilo que aprouve a Deus revelar e fazer registrar. Assim como o registro dos atos e palavras úteis a nossa fé.
A história que encontramos nas Escrituras é uma história de certa forma seletiva, que registra apenas aquilo que tem valor para a sua função teológica e salvífica, e para o entendimento do Plano Divino de Deus com relação a nós e a toda a humanidade, chegando até a Revelação do problema Escatológico e da Nossa Redenção.
João 5.46: Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim ele escreveu.
João 8.30: Falando ele estas coisas, muitos creram nele.31 Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos;32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
VII- Qual o Mitte da Bíblia: Há um tema central na Bíblia:
Nota: [Mitte - um tema central]
Jesus Cristo – O Messias, a maior Revelação do Deus da Bíblia:
João 1.14.ss: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. João deu testemunho dele, e clamou, dizendo: Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim, passou adiante de mim; porque antes de mim ele já existia.
16 Pois todos nós recebemos da sua plenitude, e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.
Rm.16.26: mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé;
Este é o tema que liga toda a Bíblia, provendo Deus coisa melhor a nosso respeito, nos preparou uma redenção para religar o homem caído á Ele, por seu filho Jesus O Cristo, Ungido de Deus.
Através deste mitte, temos temas integrados, como:
Salvação - João 20. 31: estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
Revelação de Deus aos homens –
Dt.29. 29: As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei.
Ef.3. 3: como pela revelação me foi manifestado o mistério, conforme acima em poucas palavras vos escrevi.
Regeneração final [tanto da humanidade, como da Criação].
Sl.19.7: A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples.
Poderíamos falar de outros temas, mas estes são bastante, para nesta lição, nos apresentar como A Bíblia – É a Palavra de Deus.
O valor da Bíblia:
- Produz Revelação –
- Consolação – Rm.15. 4 Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.
- É poder de Deus [no conceito de evangelho, como “god’spel” de Deus ou Boas-Novas, Boas Notícias ou Palavras]
- Fala com o homem, pelo Logos [Jesus- O Verbo encarnado]
- Mostra o Caminho da salvação
Mt.21. 42: Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos
Mt.24.27: E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
- Leva o homem ao arrependimento através do conhecimento da Obra de Cristo:
I Co. 15.3: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4 que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras;
Mt 4:17: Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. - O inclui no Reino de Deus:
Mt 8:11: Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.
- Limpa o homem arrependido do pecado
Lc.4. 36: E veio espanto sobre todos, e falavam entre si, perguntando uns aos outros: Que palavra é esta, pois com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem?João 15. 3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.
- Purificação:
Sl.119.9: Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra.
- Redenção do homem, pelo seu poder.
Antigo Testamento:
Sl.111.9: Enviou ao seu povo a redenção; ordenou para sempre o seu pacto; santo e tremendo é o seu nome.
Novo Testamento:
Rm.3.24: sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
Rm.8. 19 Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus
Como dito anteriormente, vários estudiosos da teologia bíblica crêem que existe um tema central unificador da teologia do Antigo Testamento (um Mitte) que “costura” as diversas partes do texto, apresentando, pelo menos, uma idéia teológica geral. Outros entendem que esse Mitte estende-se do AT para o NT.
VIII- A forma de interpretação da Bíblia:
Eu sempre ensino aos meus alunos que devem utilizar-se de três regras para estudar e analisar o texto bíblico:
Literalmente
Simbolicamente
Figurativamente (metaforicamente).
Trabalhando com o Antigo e com o Novo Testamento, não anulando partes ou trechos em função do Novo testamento ou do Antigo Testamento.
E utiliza-los segundo o contexto ou a necessidade sem desprezar um ou outro.
A leitura bíblica sem estes três sustentáculos poderá trair o conhecimento verdadeiro da Palavra de Deus.
IX - As Línguas da Bíblia Sagrada:
Ainda esta semana, estou participando, da 6º EBO da Igreja Assembléia de Deus em Mauá – São Paulo – Brasil, que tem como líder o Pastor Samuel Marcelino da Silva, e Vice-presidente Pastor Justino, a quem mando meus agradecimentos pela forma honrosa como me trataram. A EBO contou, com a participação, entre outros, do pastor Silas Daniel, escritor e jornalista da CPAD e do pastor Sérgio Pereira – Doutor em divindade, professor de grego e hebraico.
Ouvi do pastor Sérgio algumas informações que gostaria de compartilhar com os leitores deste comentário.
Ele dizia sobre as línguas da Bíblia:
Hebraico – a Língua de Deus O Pai –
Aramaico – a língua de Deus O Filho
Grego – a língua do Espírito Santo
Obviamente não estamos falando no sentido absoluto, mas utilizando uma forma simbólica para informar sobre a maneira escrita, falada e utilizada da Palavra de Deus, até a composição do Cânon bíblico.
Antigo testamento – escrito em hebraico e algumas pequenas partes em aramaico
Jesus O Filho falava as multidões em aramaico, língua corrente, em Israel, durante a sua vida terrena.
Novo Testamento – inspirado pelo Espírito santo através da Igreja e escrito em Grego e com porções do aramaico.
Entendendo as Línguas do Livro de Deus - A na Bíblia:
1) Hebraico
A língua hebraica foi a língua dos Hebreus ou israelitas desde a sua entrada em Canaã. Língua em que foi escrito o Velho Testamento só possuímos escassos documentos para o seu estudo. O mais provável é que o hebraico tenha vindo do cananeu e foi falado pelos israelitas depois de sua instalação na Palestina.
A atual escrita hebraica (chamada "hebraico quadrado") é cópia do aramaico e entrou em uso pouco antes da nossa era, em substituição ao hebraico arcaico.
Os Targuns o denominam de "língua sagrada" (Isa. 19:18); e no Velho Testamento é chamado "a língua de Canaã" ou a língua dos judeus (Isa. 36:13, II Reis 18:26-28).
2) Aramaico
O aramaico era a língua usada por Jesus (Mar. 5:41; 7:34; 15:34), pela maioria das pessoas na Palestina, bem como pelas primeiras comunidades cristãs. Segundo outros estudiosos entre os quais se destaca Robertson, Jesus falava aramaico na conversação diária, mas no ensino público e nas discussões com os fariseus a língua usada era o grego.
3) Grego Bíblico
"O grego passa, com justiça, por ser a mais bela língua do mundo. De fato é um dos instrumentos mais aperfeiçoados, dos mais delicados, extremamente harmonioso, ao mesmo tempo que preciso e sutilíssimo, jamais forjado pelos homens. É ao mesmo tempo o fruto e o instrumento do gênio grego, o gênio da clareza, da ordem e do equilíbrio." (sic) - Georges Auzou, em seu livro A Palavra de Deus
Estas afirmações se referem muito mais ao grego erudito, clássico, do que ao grego coinê do Novo Testamento.
O Novo Testamento foi escrito na coinê. O termo coinê significa a língua comum do povo entre os anos 330 A.C. e 330 A.D.
Com exceção da Epístola aos Hebreus e da linguagem de Lucas (Evangelho e Atos) que se encontram num coinê mais literário, os outros escritos pertencem ao coinê.
Obs.: Gostaria de deixar claro que:
- Há alguns, que por exagero ou preciosismo, por pureza acadêmica lingüística ou teológica, ou mesmo por convicção, podem discordar sobre o termo “a língua do Espírito Santo”, porém deixo-os à vontade, sem criticá-los, estou aqui, apenas, apresentando uma figura possível de ser utilizada por todos, sem ferir a Teologia plena.
Já antes da Era Cristã suplantou totalmente o hebraico que se tornou a língua morta e exclusivamente religiosa.
Targuns – traduções.
CONCLUSÃO:
Salmos 19. 1: Os céus proclamam a glória de Deus
Salmos 119. 89: Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.
Os céus proclamam a Glória de Deus a Bíblia a Palavra de Deus proclama o Deus da Glória!
Fonte:
Prof. Pr. Mauro Meister;
Pr. Pedro Apolinário
Álvaro César pestana
Livro sempre me perguntam – Ed. Vida cristã
Elias R. de Oliveira
Bíblia digital –cortesia Tio Sam
Bíblia JFA-ERC-IBB-76ª IMPRESSÃO.-1993-rj-Brasil.
R.C.Sproul
Revelação, Inspiração e Cânon – Prof. João Alves dos Santos.
Se você quiser conhecer adequadamente, a Deus, tem que necessariamente ler a Bíblia, pois ela é A Palavra de Deus inspirada e a única fonte confiável de conhecimento Teológico!
Foco:
Entender esta lição é estudar a matéria Teologia Bíblica na classe da sua aula da Escola Dominical, considere isto uma dádiva de Deus para você.
O foco principal é consolidar a sacracidade da Bíblia como A Palavra de Deus.
I - Discurso Inicial Teológico-apologético:
Por mais paradoxal, que seja, pela sua qualidade e autoria:
Nunca nenhum livro sofreu tantos ataques como a Bíblia Sagrada. Os ataques têm surgido quer de dentro quer de fora da igreja.
Infelizmente nos últimos dias muito se tem questionado sobre a Infalibilidade e outras qualificações da Bíblia Sagrada.
Os críticos liberais reduzem a Bíblia a um livro humano, apesar das revelações sobrenaturais e das manifestações miraculosas.
Estes críticos dizem que: “a Bíblia teve uma perspectiva como um documento meramente humano, sem nenhuma autoridade transcendental. Sendo assim, a Bíblia deve ser estudada e interpretada da mesma maneira que a vulgar literatura que lemos nos nossos dias, de acordo com a pesquisa de métodos literários”.
II Tm.4. 3: Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos,
II PEDRO 2.1: Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
Fundamentalmente, o movimento crítico é anti-sobrenatural e anti-miraculoso. Ele rejeita na sua totalidade a idéia de que, Deus atua de qualquer modo sobrenatural ou atuou na história da humanidade.
Mt. 5. 19: Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
Para aumentar a dificuldade, a teologia bíblica tem sido dividida por correntes Ortodoxas e Heterodoxas, sendo que a última tem procurado descaracterizar alguns predicados santos da Bíblia – O Livro de Deus ou A Palavra de Deus -, nivelando-a, quase a posição de livro de homens, mesmo que estes sejam tidos como santos.
1-Ortodoxia:
Conceito ortodoxo é aquele que aceita a definição de que a Bíblia toda é inspirada por Deus, inerrante e infalível. 2-Heterodoxia:
O conceito dos não-ortodoxos [heterodoxos], não aceita a Inspiração das Escrituras como a entendemos, principalmente quanto à Inerrância.
Alguns heterodoxos chegam a afirmar que crêem na inspiração da Escrituras e até na sua infalibilidade, mas certamente não aceitam que as Escrituras não erram em tudo o que afirmam. Pensam que como literatura a Bíblia contém vários erros, em diversas áreas, sendo que ela é infalível quanto às verdades chamadas “espirituais”.
II - Resultado destas introspecções nas mentes dos crentes:
Desta forma muitos questionamentos têm penetrado no recôndito das mentes de muitos crentes [mormente os que se iniciam na teologia], muito embora, salvos e com a fé firmada, que se angustiam com estas sombras lançadas, sobre a veracidade da Bíblia, seja em alguns pontos ou doutrinas.
Há tempos escrevi algo sobre a transmissão da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada preocupado com dúvidas levantadas por alunos e membros que me questionavam sobre como a Bíblia Sagrada, ou as Escrituras [aqui: Antigo Testamento e Novo Testamento], chegaram até os nossos dias.
Procurando ser um Aliado ao estudo da teologia bíblica que se inicia com algumas perguntas:
· O que entendemos ser a Bíblia?
· O que é a Bíblia para você?
· Um simples texto que manifesta uma série de verdades universais?
· Um livro que reflete um grande número de crenças de um povo antigo chamado Israel e uma comunidade chamada cristã?
· Ou a Bíblia é mais do que isto?
· O que entendemos ser a Bíblia?
· A Bíblia que eu tenho em mãos é a Palavra de Deus?
· Posso confiar na Bíblia, que leio?
Algumas perguntas, acima eram parte de meu estudo, preocupação, que a meu ver, já pode ter ocorrido em muitas mentes, inclusive entre nós os crentes e quem sabe na sua mente.
I-a- A resposta que encontrei foi:
Sim, eu posso confiar na Bíblia que leio!
Ressalva: com ressalva sobre o cuidado com algumas versões. Porque toda tradução é no fundo uma interpretação dos textos escritos no original, de tal forma encontramos, nos dias de hoje edições de Bíblias com erros grosseiros doutrinários e até mesmo alteração ou redução do texto, em relação aos melhores manuscritos!Mas, podemos entender que ninguém ficará sem entender a Bíblia, por causa de notas de rodapés de certas edições.Por isto sempre tenha mais de uma versão, se for possível .
III - Definindo o que é a Bíblia:
Há entre os teólogos muitos que já afirmam:
A Bíblia contém a Palavra de Deus!
Eu, porém continuo na boa ortodoxia dizendo:
A Bíblia é a Palavra de Deus.
Esta é a definição do cristianismo histórico.
A conservação da Bíblia, por si só, é um milagre divino.
a-O processo ao longo do Tempo:
a-Qual é a vantagem dos judeus?
Esta é a pergunta que o Apóstolo Paulo faz para descrever a discussão entre judeus e gentios.
Ele responde em ROMANOS 3.1: Que vantagem, pois, tem o judeu? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus.
Quando partimos desta passagem bíblica podemos obter uma série de importantes informações:
Como a Bíblia foi transmitida inicialmente: leia acima e na Lição.
Como se deu o processo da transmissão manuscrita das Escrituras.
Quem mandou escrever as Escrituras?
O processo secular até a formação final do cânon bíblico pode ser acompanhado pela análise da própria Escritura.
Desde a formação do Antigo Testamento que começa com Moisés, recebendo a revelação divina em várias formas e a transcrevendo em livros, utilizando-se da tradição oral e dos oráculos recebidos de Deus, face a face, passando por Samuel, como “primeiro profeta”, e ainda pelos reis e sacerdotes e demais profetas tudo foi sabiamente preservado.
O que o próprio historiador judeu Flávio Josefo afirma, transliterando suas palavras: “o nosso Cânon é formado desde Moisés a Malaquias”.
Chegando até ao Novo Testamento, com Paulo iniciando a escrita divina pelos idos dos anos 48 a 66 a.C até A revelação de João no final do primeiro século, com o reconhecimento no mesmo período por Clemente Romano, um dos bispos em Roma, que menciona de forma clara I Coríntios, Romanos, Hebreus e “os ensinos de Jesus” – leia-se os Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Tudo isto demonstra a qualidade da Bíblia como Livro de Deus.
Muito embora os séculos se tenham passado, muito embora não tenhamos mais os autógrafos, ou seja, os originais, contudo a veracidade da Bíblia que lemos, é absoluta em termos divinos, e confirmada, a cada dia por achados arqueológicos de antigos Manuscritos, que confirmam outros Manuscritos menos antigos.
IV- Os números:
A-O Antigo Testamento:
O texto hebraico do AT foi preservado por ordem divina pelos judeus.Para tanto, eles tinham regras que garantiam a preservação dos manuscritos:
Um rolo da sinagogaga deveria ser escrito sobre pele de animais limpos
Unidos mediante tiras de couro da mesma qualidade
Determinavam a altura da coluna e linhas e o máximo da largura em 30 letras
Toda cópia era dotada de linhas
A tinta deveria ser preta, nunca vermelha ou verde ou qualquer outra cor.
Nunca escrever de memória, nem um yod [Mt.5.18: de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til], ou seja, mesmo sabendo de cor, como era hábito judeu, o escriba deveria acompanhar outro texto escrito ao escrever um novo.
O texto Massorético – 900 a 1000 d.C (veja lição), foi confirmado pelos achados das cavernas de Qumram – no Mar Morto [local onde já estivemos], com uma antiguidade, ou seja manuscritos mais antigos , de 1000 anos, e ainda nestes dias(ver nosso site: http://estudandopalavra.blogspot.com) foram achados manuscritos com a mesma qualidade de texto com mais de 1000 anos aos do mar Morto.
É Deus confirmando a veracidade de sua Palavra, muito embora creiamo-la por Fé e não por vista.
Antes de Qumram, cujos textos foram datados como de 150-100 a.C, os textos mais antigos e importantes eram os datados de 850 a.C; 895 a.C; 916 a.C; 980 a.C; e o códice de São Peterburgo de 1008-9 d.C
B-Novo Testamento:
Existem:
24.000 fontes de evidência:
Quase 5.300 manuscritos gregos das Escrituras.
10.000 manuscritos latinos
9.300 outras versões.
Para melhor qualificação destas afirmações e respostas às perguntas é necessário ao leitor da Bíblia que saiba que para produzir tal afirmação precisamos verificar elementos qualificadores da Bíblia Sagrada, como A Palavra de Deus.
Desde Erasmo de Rotherdan os editores da Bíblia foram buscando novas técnicas e descobrindo outros e mais antigos manuscritos.
V - Vejamos então alguns [poucos] destes pontos os quais nos dará uma visão divina das Escrituras, o livro de Deus.
Entendo que sobre tudo devemos neste aprendizado buscar qualificar a Bíblia.
Esse livro chamado Bíblia é a Palavra de Deus é:
1-Inspirada. “In spiro” – soprar para dentro, insuflar.
Job 32. 8: Há, porém, um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz entendido.
Os antigos profetas entendiam plenamente este fato místico que acontecia em suas vidas:
II Sm.23. 2: O Espírito do Senhor fala por mim, e a sua palavra está na minha língua.
“Sua inspiração divina” quer dizer, que Deus estava por trás dos autores humanos, durante a redação dos livros individuais que compõem a Bíblia.
A expressão chave de 2 Timóteo 3.16:
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”;
A frase “Toda Escritura é inspirada por Deus” é explicada por 2 Pedro 1.21 que diz que os autores humanos que escreveram a Bíblia, fizeram isto sob a influência e controle do Espírito Santo, de forma que o que eles falaram não era deles, mas de Deus. “Sua inspiração divina” quer dizer, que Deus estava por trás dos autores humanos, durante a redação dos livros individuais que compõem a Bíblia.
- Assim, temos Pedro falando:
2 Pedro 1.20-21.2: “Sabendo, primeiramente, isto que nenhuma profecia da Escritura provém de particular interpretação; 21 porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”
Veja que neste trecho há uma direta referência, à ação de Deus, sobre o ato em si, na ação de escrever as santas palavras.
Devido a maior antiguidade, alguns podem, ou já pensaram, sobre a questão da nova porção dada por Deus, após o Ministério de Jesus Cristo, mas embora possamos, dizer sobre a inspiração das mesmas: “São inspiradas”, em primeiro lugar, como que apenas se referindo ao Antigo Testamento podemos estender com base na Bíblia, a Inspiração do Novo testamento.
Alguns autores e estudiosos bíblicos ressaltam a questão da igualdade da inspiração, muito embora, a clareza de Paulo no texto citado, mais abaixo, que há uma evidente reivindicação de igual inspiração e qualificação com as Escrituras [aqui, como o Antigo Testamento], pelos autores do Novo testamento.
O próprio Apóstolo Paulo declara a inspiração de seus Escritos:
I Co.2.13: as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.
A ação de Deus na transmissão da Bíblia:
a-Entenda, aqui, um ponto essencial:
Todos os homens que escreveram e formaram com seus escritos o Cânon Bíblico são considerados como Profetas!
b-O Apóstolo Pedro ressalta, em suas palavras a qualidade do Novo Testamento, usando os escritos paulinos. As Epístolas do Apóstolo Paulo são consideradas Inspiradas, por inferência com as Escrituras [Antigo Testamento], ou seja, os escritos paulinos são comparados no mesmo grau de Inspiração divina com as Escrituras, leia:
II PEDRO 3.15: e tende por salvação...de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;16 como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, nas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição.
c-A declaração de inspiração, contudo, é explícita em muitos textos:
II Pe. 1.19: E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro.....
Rm.15.4: Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.
2-Infalível.
João 17. 12: Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
3-Inerrante.
No Antigo Testamento:
Js. 21. 45: Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o Senhor prometera à casa de Israel; tudo se cumpriu.
No Novo Testamento:
Mt.4. 35: Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.
Mt.26. 54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?
João 10. 35: Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada). João 19. 28: Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede. Lc.1.45: Bem-aventurada aquela que creu que se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.
4-Autoritativa.
Rm.16.26: mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé;
João 5.47: Mas, se não credes nos escritos, como crereis nas minhas palavras?
4-Nossa única regra de fé e prática.
João 5. 39: Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim;
Você deve ter notado que não dei como referências extremamente diretas, por versículos específicos, sobre as qualificações citadas, acima sobre a Bíblia como a Palavra de Deus, mas procurei apresentar versículos que nos inferem estas qualificações, para que você entenda que nas Escrituras encontramos a sua própria qualificação.
a- Mas, leia agora um versículo que fala diretamente sobre isto:
II Tm. 3.16: Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;
A Bíblia é assim: um livro absolutamente divino que pode produzir, pelas suas qualificações:
Os judeus ensinam-nos que a palavra para ser canônica, entre outros predicados, precisa cumprir algumas ações sobrenaturais na vida do homem, ou seja, alcançar o homem e produzir alteração na sua forma de viver, caráter, pensamento e ação, além de citar os Patriarcas com especial referência a Abraão e Moisés.
Para o Novo Testamento podemos utilizar alguns critérios para validação canônica do seu conteúdo como conhecemos:
A Apostolicidade: um livro ou epístola seria recepcionado no seio da Igreja quando subscrito por um Apóstolo. A autoridade que os apóstolos receberam para completar a revelação de Jesus Cristo está evidenciada nos textos de João 14.26; 16.13 e Atos1.1-3,8.
Tão conscientes estavam dessa autoridade que Paulo podia dizer: “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.” (1Co 2.13).
E: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus”;
E ainda “Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1Ts 1.8,13).
Outros textos onde essa autoridade é reivindicada por Paulo, Pedro e João são 1Co 14.37; Cl 4.16; 2Pe 1.16;1Jo 1.3;e Ap 1.3).
Foram os apóstolos que transmitiram à segunda geração a confiabilidade de seu testemunho (Hb 2.3,4).
Gl.6.11: Vede com que grandes letras vos escrevo com minha própria mão.
Cl.4.18: Esta saudação é de próprio punho, de Paulo. Lembrai-vos das minhas cadeias. A graça seja convosco.
Recepção:
A Igreja que recebia os escritos era testemunha e utilitária do documento recebido.A leitura em público consolidava o documento.
Cl.4. 16: Depois que for lida esta carta entre vós, fazei que o seja também na igreja dos laodicenses; e a de Laodicéia lede-a vós também.
Consistência doutrinária dos escritos:
Os escritos produzidos sempre tiveram como fator parametral (cânon-vara de medir) o Antigo Testamento, mesmo as palavras pronunciadas por Jesus cristo continham estas verdades e eram por ele demonstradas com acontecimentos miraculosos ou eventos da sua vida terrena e ministerial.Assim, os escritores do Novo testamento também utilizaram esta forma de dar consistência aos seus escritos no Novo Testamento.
VI- A questão da qualificação pela ação da Bíblia:
Quando, acima, falamos sobre a Inspiração, devemos entender, que “sopro de Deus”, indica a qualidade primária e fundamental que dá à Bíblia o seu caráter de autoridade sobre a vida espiritual, e torna as suas lições proveitosas nos vários aspectos da necessidade humana.
A Bíblia Sagrada tem demonstrado cabalmente isto, ela uma vez ouvida, muda o ser que lhe da a devida atenção.
Rm.10. 17: Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. 18 Mas pergunto: Porventura não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até os confins do mundo.
Rm. 15. 21 antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão; e os que não ouviram, entenderão.
· Regeneração:
Tt.3. 5: não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo; Tg.1 18: Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade...; I Pe.1. 23 tendo renascido, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e permanece.
· Aperfeiçoa o crente:
II Tm.3.17: para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.
· Libertação:
Mt.8. 16: Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos;
· Uma mudança de Mente no homem:
I Co.2. Mas nós temos a mente de Cristo.
· Santificação:
João 17. 17 Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.
· Produzir Esperança:
João 20. 31 estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
· Atingir o homem como ser tricotômico, em toda plenitude:
Hebreus 4. 12: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Nela: A Bíblia. Deus revelou tudo o que Lhe aprouve revelar para o bem dos seus filhos.
“Revelação executada no curso do tempo de Adão a Malaquias e desde a anunciação do nascimento de Cristo até o último escrito inspirado do apóstolo João, o Livro de Apocalipse”.(Criação e Consumação, São Paulo: Cultura Cristã, 2003 –-Van Groningen).
Ao estudar as Escrituras [Bíblia Sagrada] partimos do princípio fundamental, que tudo o que se encontra nelas é verídico, muito embora, o seu propósito principal não seja o de servir como um relato de história ou se auto-afirmar, pois Ela é Palavra de Deus e a Revelação de Deus naquilo que aprouve a Deus revelar e fazer registrar. Assim como o registro dos atos e palavras úteis a nossa fé.
A história que encontramos nas Escrituras é uma história de certa forma seletiva, que registra apenas aquilo que tem valor para a sua função teológica e salvífica, e para o entendimento do Plano Divino de Deus com relação a nós e a toda a humanidade, chegando até a Revelação do problema Escatológico e da Nossa Redenção.
João 5.46: Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim ele escreveu.
João 8.30: Falando ele estas coisas, muitos creram nele.31 Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos;32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
VII- Qual o Mitte da Bíblia: Há um tema central na Bíblia:
Nota: [Mitte - um tema central]
Jesus Cristo – O Messias, a maior Revelação do Deus da Bíblia:
João 1.14.ss: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. João deu testemunho dele, e clamou, dizendo: Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim, passou adiante de mim; porque antes de mim ele já existia.
16 Pois todos nós recebemos da sua plenitude, e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.
Rm.16.26: mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé;
Este é o tema que liga toda a Bíblia, provendo Deus coisa melhor a nosso respeito, nos preparou uma redenção para religar o homem caído á Ele, por seu filho Jesus O Cristo, Ungido de Deus.
Através deste mitte, temos temas integrados, como:
Salvação - João 20. 31: estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
Revelação de Deus aos homens –
Dt.29. 29: As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei.
Ef.3. 3: como pela revelação me foi manifestado o mistério, conforme acima em poucas palavras vos escrevi.
Regeneração final [tanto da humanidade, como da Criação].
Sl.19.7: A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples.
Poderíamos falar de outros temas, mas estes são bastante, para nesta lição, nos apresentar como A Bíblia – É a Palavra de Deus.
O valor da Bíblia:
- Produz Revelação –
- Consolação – Rm.15. 4 Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.
- É poder de Deus [no conceito de evangelho, como “god’spel” de Deus ou Boas-Novas, Boas Notícias ou Palavras]
- Fala com o homem, pelo Logos [Jesus- O Verbo encarnado]
- Mostra o Caminho da salvação
Mt.21. 42: Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos
Mt.24.27: E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
- Leva o homem ao arrependimento através do conhecimento da Obra de Cristo:
I Co. 15.3: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4 que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras;
Mt 4:17: Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. - O inclui no Reino de Deus:
Mt 8:11: Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.
- Limpa o homem arrependido do pecado
Lc.4. 36: E veio espanto sobre todos, e falavam entre si, perguntando uns aos outros: Que palavra é esta, pois com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem?João 15. 3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.
- Purificação:
Sl.119.9: Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra.
- Redenção do homem, pelo seu poder.
Antigo Testamento:
Sl.111.9: Enviou ao seu povo a redenção; ordenou para sempre o seu pacto; santo e tremendo é o seu nome.
Novo Testamento:
Rm.3.24: sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
Rm.8. 19 Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus
Como dito anteriormente, vários estudiosos da teologia bíblica crêem que existe um tema central unificador da teologia do Antigo Testamento (um Mitte) que “costura” as diversas partes do texto, apresentando, pelo menos, uma idéia teológica geral. Outros entendem que esse Mitte estende-se do AT para o NT.
VIII- A forma de interpretação da Bíblia:
Eu sempre ensino aos meus alunos que devem utilizar-se de três regras para estudar e analisar o texto bíblico:
Literalmente
Simbolicamente
Figurativamente (metaforicamente).
Trabalhando com o Antigo e com o Novo Testamento, não anulando partes ou trechos em função do Novo testamento ou do Antigo Testamento.
E utiliza-los segundo o contexto ou a necessidade sem desprezar um ou outro.
A leitura bíblica sem estes três sustentáculos poderá trair o conhecimento verdadeiro da Palavra de Deus.
IX - As Línguas da Bíblia Sagrada:
Ainda esta semana, estou participando, da 6º EBO da Igreja Assembléia de Deus em Mauá – São Paulo – Brasil, que tem como líder o Pastor Samuel Marcelino da Silva, e Vice-presidente Pastor Justino, a quem mando meus agradecimentos pela forma honrosa como me trataram. A EBO contou, com a participação, entre outros, do pastor Silas Daniel, escritor e jornalista da CPAD e do pastor Sérgio Pereira – Doutor em divindade, professor de grego e hebraico.
Ouvi do pastor Sérgio algumas informações que gostaria de compartilhar com os leitores deste comentário.
Ele dizia sobre as línguas da Bíblia:
Hebraico – a Língua de Deus O Pai –
Aramaico – a língua de Deus O Filho
Grego – a língua do Espírito Santo
Obviamente não estamos falando no sentido absoluto, mas utilizando uma forma simbólica para informar sobre a maneira escrita, falada e utilizada da Palavra de Deus, até a composição do Cânon bíblico.
Antigo testamento – escrito em hebraico e algumas pequenas partes em aramaico
Jesus O Filho falava as multidões em aramaico, língua corrente, em Israel, durante a sua vida terrena.
Novo Testamento – inspirado pelo Espírito santo através da Igreja e escrito em Grego e com porções do aramaico.
Entendendo as Línguas do Livro de Deus - A na Bíblia:
1) Hebraico
A língua hebraica foi a língua dos Hebreus ou israelitas desde a sua entrada em Canaã. Língua em que foi escrito o Velho Testamento só possuímos escassos documentos para o seu estudo. O mais provável é que o hebraico tenha vindo do cananeu e foi falado pelos israelitas depois de sua instalação na Palestina.
A atual escrita hebraica (chamada "hebraico quadrado") é cópia do aramaico e entrou em uso pouco antes da nossa era, em substituição ao hebraico arcaico.
Os Targuns o denominam de "língua sagrada" (Isa. 19:18); e no Velho Testamento é chamado "a língua de Canaã" ou a língua dos judeus (Isa. 36:13, II Reis 18:26-28).
2) Aramaico
O aramaico era a língua usada por Jesus (Mar. 5:41; 7:34; 15:34), pela maioria das pessoas na Palestina, bem como pelas primeiras comunidades cristãs. Segundo outros estudiosos entre os quais se destaca Robertson, Jesus falava aramaico na conversação diária, mas no ensino público e nas discussões com os fariseus a língua usada era o grego.
3) Grego Bíblico
"O grego passa, com justiça, por ser a mais bela língua do mundo. De fato é um dos instrumentos mais aperfeiçoados, dos mais delicados, extremamente harmonioso, ao mesmo tempo que preciso e sutilíssimo, jamais forjado pelos homens. É ao mesmo tempo o fruto e o instrumento do gênio grego, o gênio da clareza, da ordem e do equilíbrio." (sic) - Georges Auzou, em seu livro A Palavra de Deus
Estas afirmações se referem muito mais ao grego erudito, clássico, do que ao grego coinê do Novo Testamento.
O Novo Testamento foi escrito na coinê. O termo coinê significa a língua comum do povo entre os anos 330 A.C. e 330 A.D.
Com exceção da Epístola aos Hebreus e da linguagem de Lucas (Evangelho e Atos) que se encontram num coinê mais literário, os outros escritos pertencem ao coinê.
Obs.: Gostaria de deixar claro que:
- Há alguns, que por exagero ou preciosismo, por pureza acadêmica lingüística ou teológica, ou mesmo por convicção, podem discordar sobre o termo “a língua do Espírito Santo”, porém deixo-os à vontade, sem criticá-los, estou aqui, apenas, apresentando uma figura possível de ser utilizada por todos, sem ferir a Teologia plena.
Já antes da Era Cristã suplantou totalmente o hebraico que se tornou a língua morta e exclusivamente religiosa.
Targuns – traduções.
CONCLUSÃO:
Salmos 19. 1: Os céus proclamam a glória de Deus
Salmos 119. 89: Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.
Os céus proclamam a Glória de Deus a Bíblia a Palavra de Deus proclama o Deus da Glória!
Fonte:
Prof. Pr. Mauro Meister;
Pr. Pedro Apolinário
Álvaro César pestana
Livro sempre me perguntam – Ed. Vida cristã
Elias R. de Oliveira
Bíblia digital –cortesia Tio Sam
Bíblia JFA-ERC-IBB-76ª IMPRESSÃO.-1993-rj-Brasil.
R.C.Sproul
Nenhum comentário:
Postar um comentário