sábado, junho 14

A Intercessão de Jesus pelos discípulos – 1ª Parte Lição 11 – CPAD

A Intercessão de Jesus pelos discípulos – 1ª Parte

Lição 11 – CPAD - ADULTOS

15 de junho de 2025

Texto Áureo

E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3).

Prática

A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais.

Leitura Bíblica

João 17.1-3,11-17.

1 — Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,

2 — assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.

3 — E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

11 — E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.

12 — Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.

13 — Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.

14 — Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.

15 — Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.

16 — Não são do mundo, como eu do mundo não sou.

17 — Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

 

A) Objetivos da Lição: 

I) Meditar sobre a oração de Jesus pela sua glorificação, que se refere à sua missão redentora;

II) Examinar a oração pelos discípulos para que sejam protegidos e santificados;

III) Mostrar a oração por aqueles que futuramente creriam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus.

Etimologia:

υπερεντυγχανω - huperentugchano; v. interceder por alguém.

παρακλητος - parakletos; n. m. chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém; alguém que pleitea a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado; pessoa que pleitea a causa de outro com alguém, intercessor - de Cristo em sua exaltação à mão direita de Deus, súplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados.

ενδοξαζω - edoxazo; v. glorificar, adornar com glória

συνδοξαζω - sundoxazo; v. aprovar com, concordar; glorificar com

ενδοξος - endoxos; adj. ter em boa ou grande estima, de alta reputação -  ilustre, honrável, estimado -  notável, glorioso -  esplêndido - de vestes - fig., livre de pecados

Introdução:

João 17.11 — E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.

Esta frase “E eu já não estou mais no mundo” é para ser notada na oração de Jesus sobre a sua posição como Deus, fora do cronos.

Interceder no grego se inicia pelo prefixo huper, ou seja, é uma ação mais do que super, é acima de tudo uma ação extremamente importante, alguém interceder por outro, mostra que o intercessor tem confiança que sua intervenção diante de alguém sobre a vida do que recebe a intercessão terá efeito e será ouvida, trazendo benefícios a vida de quem ele intercede!

Cristo em sua exaltação à mão direita de Deus, suplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados!

Sempre digo que nós temos um privilégio: Jesus orou por nós. E não foi uma oração sem sentido, foi uma oração intercessória que, como compreendemos que a oração ao entrar no etéreo do trono Deus, o Pai, se eterniza, esta oração tem efeito continuado enquanto houver nessa fase da Igreja alguém sendo alcançado pela ação salvífica do Jesus Cristo. A oração destes trechos do Evangelho de João extrapola o ambiente e momento no qual foi realizada e alcançará todos os crentes e discípulos de Jesus por todo século, desde a época da Igreja, até sua Volta!

João 17.1 — Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,

Jesus é ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro.

Jesus nesta oração demonstra que Ele estava certo, de que, O Pai ouviria sua oração para atender ou socorrer os discípulos o que pelo poder da oração, como explicamos, continua acontecendo até os nossos dias.

Jesus pode realizara oração intercessória porque estava prestes a completar o proposito do Pai, para com o homem e sabendo, como Deus, que o Pai o iria glorificar, conforme as tratativas no plano eterno, sobre o final da Kenosis!

I-A Glorificação de Jesus é o fechamento da tarefa que Jesus se colocou para realizar diante do Pai, na necessidade vicária de redenção do homem decaído, da qual, o apóstolo Paulo escreveu, por revelação, Deus, o Pai, lhe deu:

Filipenses 2:5-11 também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas fez a si mesmo de nenhuma reputação, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.

 

João essencialmente divide seu relato sobre Jesus em dois atos dramáticos, aos quais os estudiosos apelidaram de:

“Livro dos Sinais” (capítulos 2–12);

“Livro da Glória/Exaltação” (capítulos 13–21).

Situação: Um concilio discipular já sem a presença do traidor!

Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim (…) Jesus, sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus, levantou-se da ceia (João 13.1-4).

Jesus sabia que sua ida ou retorno a Glória, pós sua morte e ressurreição seria um momento de dificuldades e entendimento dos discípulos e que sobre tudo eles seriam ridicularizados ou perseguidos, pois Ele já não estaria fisicamente com eles.

Por isso, esmo, Jesus se apresentou diversas vezes após sua ressurreição para mostrar-se diante do s discípulos de tal forma que eles se dessem conta que Ele continuava vivo e mais poderosos.

1 Coríntios 15:5-7 E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.

                   Algumas das aparições mais notáveis incluem: 

A Maria Madalena perto do túmulo.

Aos discípulos no caminho de Emaús.

Aos onze discípulos, com Tomé presente, em um quarto fechado.

A sete discípulos na praia do mar da Galileia.

Aos apóstolos e mais de 500 discípulos na Galileia.

Aos discípulos antes de sua ascensão. Atos 1

Na Galileia, o Senhor apareceu duas vezes: primeiro a sete discípulos, no episódio da segunda pesca milagrosa (cf. Jo 21, 1-23), à beira do mar de Tiberíades, e depois ao grupo dos Onze, em uma montanha designada pelo Senhor (cf. Mt 28, 16-20).

Mesmo assim houve desânimo, divisão e outras coisas, até o dia de Pentecostes, no qual eles foram revestidos para deixarem todo o desânimo pela falta do Mestre.

A Oração

Jesus estendeu sua oração de tal forma que o evangelista e apóstolo João a transcreveu em uma extensão que poucas orações nas Escrituras Sagradas registram (talvez a de Salomão), sob a visão que o contexto anterior e o posterior são parte do conteúdo desta oração:

“Oração do Senhor”, Jesus aqui desenvolve em uma das orações mais longas registradas nos Evangelhos.

Local:

Não se conhece o local exato onde esta oração foi proferida, mas talvez tenha sido em algum lugar entre o cenáculo (14.31) e o ribeiro de Cedrom (18.1).

João, imediatamente após a oração final de Jesus, refere-se a um “jardim” no qual Jesus e seus seguidores entraram depois de cruzar o ribeiro do Cedrom, pouco antes de Jesus ser levado sob a custódia romana (18.1-2). Embora João não dê o nome do jardim, os leitores dos evangelhos anteriores não terão dificuldade em inferir que era Getsêmani, onde Jesus orou pouco antes de sua prisão (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.40-46).

Títulos dados a esta oração são de interesse. A maioria chama-a de “A Elevada Oração Sacerdotal”. Westcott a chama de “A oração da Consagração”.

A oração tem três temas principais:

1. Jesus ora por si mesmo (1-8);

2.Jesus ora pelos seus discípulos (9.19);

3. Jesus ora pelos futuros crentes (20-26).

A oração de Jesus no jardim do Getsêmani nos três primeiros evangelhos fornece assim um fascinante pano de fundo canônico para o relato de João sobre a oração final de Jesus, a oração sacerdotal.

João 17. 12 — Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.

13 — Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.

14 — Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.

15 — Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.

16 — Não são do mundo, como eu do mundo não sou.

17 — Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

Esta é a mais longa, e talvez a mais importante, das orações de Jesus que foram registradas. Enfrentando a hora (1; cf. 12.23; 13.1), era natural que Ele orasse, como sempre fazia, ao ser confrontado com uma grande prova ou crise, como orou por Lázaro diante da multidão (Jo 11.41,42; Mc 1.35; 6.46; Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28; 11.1; cf. Mt 11.25-27).

A Visão da Unidade:

Jesus orou pela unidade a ser mantida no corpo da Igreja.

Unidade resulta na perfeição. ‘Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade.’

Esta perfeição consumada na cruz - O verbo grego no particípio perfeito passivo teteleiomenoi (lembre-se de telestetai), traduzido como perfeitos, é uma forma da mesma palavra traduzida como “consumado”. Jesus usa alguns títulos que dá ao Pai –

“Pai santo”

“Pai justo”(25)

esta forma de invocação, além de nos ensinar, indica ou assinalam “o rumo da oração, da morte de Cristo até à glorificação da igreja”.

Orou pela proteção dos discípulos, certo de que dias duríssimo viriam e muitos  poderiam não suportar.

Orou por proteção contra o ódio que viria

Orou, pois eles ficariam no mundo

Orou para que entendessem que já não eram mais do mundo

Orou para que se mantivessem santificados

Orou para que mantivessem a alegria

Orou para que a Glória d’Ele continuasse sobre os discípulos.

A glorificação advinda da redenção em Jesus, mantém a unidade: a redenção do homem, que é a glorificação do Pai e do Filho. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um!

A ação de glorificação é uma palavra que significa - ενδοξος - endoxos; adj. ter em boa ou grande estima, de alta reputação -  ilustre, honrável, estimado -  notável, glorioso -  esplêndido - de vestes - fig., livre de pecados

Inclui – estima ao que recebe glorificação

Torna-o ilustre diante de outros

Infere recebimento de vestes diferenciadas (lembre-se de José)

O mais importante – apresenta o que recebe esta glorificação como livre de pecados.

Ao interceder pelo s discípulos Jesus sabia de sua condição e serviço ao qual se dispusera profunda consciência do seu relacionamento com o Pai e sobre tudo sobre o momento urgente e final desta missão. Logo, Ele iria passar deste mundo para o Pai.

Responsabilidade - Ele também sabia que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus

Consciência - Ele estava “consciente da sua missão divina e de seu destino divino”.

Fonte:

Dicionário Strong

Citações no corpo do texto

Apontamentos do autor

Bíblia online ARA

Comentário Beacon - Evangelho de João -

A veracidade de uma Ressurreição – Brian Schwertley

Orando como Jesus Orou - John MacArthur Jr.

O contexto da oração sacerdotal de Jesus – Andreas Köstenberger é Professor Pesquisador de Novo Testamento e Teologia Bíblica e Diretor do Centro de Estudos Bíblicos do Midwestern Baptist Theological Seminary. Site Voltemos ao Evangelho


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