A Intercessão de Jesus pelos
discípulos – 1ª Parte
Lição 11 – CPAD - ADULTOS
15 de junho de 2025
Texto Áureo
“E a vida eterna é esta: que
conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo
17.3).
Prática
A oração que Jesus fez ao Pai em
favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias
atuais.
João 17.1-3,11-17.
1 — Jesus
falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
2 — assim
como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos
quantos lhe deste.
3 — E
a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus
Cristo, a quem enviaste.
11 — E
eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai
santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como
nós.
12 — Estando
eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me
deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a
Escritura se cumprisse.
13 — Mas,
agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria
completa em si mesmos.
14 — Dei-lhes
a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não
sou do mundo.
15 — Não
peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
16 — Não
são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 — Santifica-os
na verdade; a tua palavra é a verdade.
A) Objetivos da Lição:
I) Meditar sobre a oração de
Jesus pela sua glorificação, que se refere à sua missão redentora;
II) Examinar a oração pelos
discípulos para que sejam protegidos e santificados;
III) Mostrar a oração por aqueles
que futuramente creriam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre
o Reino de Deus.
Etimologia:
υπερεντυγχανω - huperentugchano;
v. interceder por alguém.
παρακλητος - parakletos;
n. m. chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar
alguém; alguém que pleitea a causa de outro diante de um juiz, intercessor,
conselheiro de defesa, assistente legal, advogado; pessoa que pleitea a causa
de outro com alguém, intercessor - de Cristo em sua exaltação à mão direita de
Deus, súplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados.
ενδοξαζω - edoxazo;
v. glorificar, adornar com glória
συνδοξαζω - sundoxazo;
v. aprovar com, concordar; glorificar com
ενδοξος - endoxos;
adj. ter em boa ou grande estima, de alta reputação - ilustre, honrável, estimado - notável, glorioso - esplêndido - de vestes - fig., livre de
pecados
Introdução:
João 17.11 — E
eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou
para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um,
assim como nós.
Esta frase “E eu já não estou
mais no mundo” é para ser notada na oração de Jesus sobre a sua posição como
Deus, fora do cronos.
Interceder no grego se inicia
pelo prefixo huper, ou seja, é uma ação mais do que super, é acima de
tudo uma ação extremamente importante, alguém interceder por outro, mostra que
o intercessor tem confiança que sua intervenção diante de alguém sobre a vida
do que recebe a intercessão terá efeito e será ouvida, trazendo benefícios a vida
de quem ele intercede!
Cristo em sua exaltação à mão
direita de Deus, suplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados!
Sempre digo que nós temos um
privilégio: Jesus orou por nós. E não foi uma oração sem sentido, foi uma
oração intercessória que, como compreendemos que a oração ao entrar no etéreo
do trono Deus, o Pai, se eterniza, esta oração tem efeito continuado enquanto
houver nessa fase da Igreja alguém sendo alcançado pela ação salvífica do Jesus
Cristo. A oração destes trechos do Evangelho de João extrapola o ambiente e
momento no qual foi realizada e alcançará todos os crentes e discípulos de
Jesus por todo século, desde a época da Igreja, até sua Volta!
João 17.1
— Pai,
é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te
glorifique a ti,
Jesus é ajudador, amparador,
assistente, alguém que presta socorro.
Jesus nesta oração demonstra que
Ele estava certo, de que, O Pai ouviria sua oração para atender ou socorrer os
discípulos o que pelo poder da oração, como explicamos, continua acontecendo
até os nossos dias.
Jesus pode realizara oração intercessória
porque estava prestes a completar o proposito do Pai, para com o homem e
sabendo, como Deus, que o Pai o iria glorificar, conforme as tratativas no
plano eterno, sobre o final da Kenosis!
I-A Glorificação de Jesus
é o fechamento da tarefa que Jesus se colocou para realizar diante do Pai, na
necessidade vicária de redenção do homem decaído, da qual, o apóstolo Paulo
escreveu, por revelação, Deus, o Pai, lhe deu:
Filipenses
2:5-11 também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve
por usurpação ser igual a Deus, Mas fez a si mesmo de nenhuma reputação,
tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma
de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre
todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão
nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus
Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
João essencialmente divide seu
relato sobre Jesus em dois atos dramáticos, aos quais os estudiosos apelidaram
de:
“Livro dos Sinais”
(capítulos 2–12);
“Livro da
Glória/Exaltação” (capítulos 13–21).
Situação: Um concilio discipular
já sem a presença do traidor!
Ora, antes da Festa da Páscoa,
sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai,
tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim (…) Jesus, sabendo
este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava
para Deus, levantou-se da ceia (João 13.1-4).
Jesus sabia que sua ida ou retorno
a Glória, pós sua morte e ressurreição seria um momento de dificuldades e
entendimento dos discípulos e que sobre tudo eles seriam ridicularizados ou
perseguidos, pois Ele já não estaria fisicamente com eles.
Por isso, esmo, Jesus se
apresentou diversas vezes após sua ressurreição para mostrar-se diante do s
discípulos de tal forma que eles se dessem conta que Ele continuava vivo e mais
poderosos.
1 Coríntios 15:5-7 E que
foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto,
uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte,
mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por
todos os apóstolos.
Algumas
das aparições mais notáveis incluem:
A Maria
Madalena perto do túmulo.
Aos
discípulos no caminho de Emaús.
Aos onze
discípulos, com Tomé presente, em um quarto fechado.
A sete
discípulos na praia do mar da Galileia.
Aos
apóstolos e mais de 500 discípulos na Galileia.
Aos
discípulos antes de sua ascensão. Atos 1
Na Galileia, o
Senhor apareceu duas vezes: primeiro a sete discípulos, no
episódio da segunda pesca milagrosa (cf. Jo 21, 1-23), à beira do mar de
Tiberíades, e depois ao grupo dos Onze, em uma montanha designada pelo Senhor
(cf. Mt 28, 16-20).
Mesmo assim houve desânimo,
divisão e outras coisas, até o dia de Pentecostes, no qual eles foram
revestidos para deixarem todo o desânimo pela falta do Mestre.
A Oração
Jesus estendeu sua oração de tal
forma que o evangelista e apóstolo João a transcreveu em uma extensão que
poucas orações nas Escrituras Sagradas registram (talvez a de Salomão), sob a
visão que o contexto anterior e o posterior são parte do conteúdo desta oração:
“Oração do Senhor”, Jesus aqui desenvolve
em uma das orações mais longas registradas nos Evangelhos.
Local:
Não se conhece o local exato onde
esta oração foi proferida, mas talvez tenha sido em algum lugar entre o
cenáculo (14.31) e o ribeiro de Cedrom (18.1).
João, imediatamente após a oração
final de Jesus, refere-se a um “jardim” no qual Jesus e seus
seguidores entraram depois de cruzar o ribeiro do Cedrom, pouco antes de Jesus
ser levado sob a custódia romana (18.1-2). Embora João não dê o nome do jardim,
os leitores dos evangelhos anteriores não terão dificuldade em inferir que era
Getsêmani, onde Jesus orou pouco antes de sua prisão (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42;
Lc 22.40-46).
Títulos dados a esta oração são
de interesse. A maioria chama-a de “A Elevada Oração Sacerdotal”. Westcott a
chama de “A oração da Consagração”.
A oração tem três temas
principais:
1. Jesus ora por si mesmo
(1-8);
2.Jesus ora pelos seus
discípulos (9.19);
3. Jesus ora pelos futuros
crentes (20-26).
A oração de Jesus no jardim do
Getsêmani nos três primeiros evangelhos fornece assim um fascinante pano de
fundo canônico para o relato de João sobre a oração final de Jesus, a oração
sacerdotal.
João 17. 12 — Estando
eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me
deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a
Escritura se cumprisse.
13 — Mas,
agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria
completa em si mesmos.
14 — Dei-lhes
a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não
sou do mundo.
15 — Não
peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
16 — Não
são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 — Santifica-os
na verdade; a tua palavra é a verdade.
Esta é a mais longa, e talvez a
mais importante, das orações de Jesus que foram registradas. Enfrentando a
hora (1; cf. 12.23; 13.1), era natural que Ele orasse, como sempre fazia,
ao ser confrontado com uma grande prova ou crise, como orou por Lázaro diante
da multidão (Jo 11.41,42; Mc 1.35; 6.46; Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28; 11.1; cf.
Mt 11.25-27).
A Visão da Unidade:
Jesus orou pela unidade a ser
mantida no corpo da Igreja.
Unidade resulta na perfeição. ‘Eu
neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade.’
Esta
perfeição consumada na cruz - O verbo grego no particípio perfeito passivo teteleiomenoi
(lembre-se de telestetai), traduzido como perfeitos, é uma
forma da mesma palavra traduzida como “consumado”. Jesus usa
alguns títulos que dá ao Pai –
“Pai
santo”
“Pai
justo”(25)
esta forma de invocação, além de
nos ensinar, indica ou assinalam “o rumo da oração, da morte de Cristo até à
glorificação da igreja”.
Orou pela proteção dos
discípulos, certo de que dias duríssimo viriam e muitos poderiam não suportar.
Orou por proteção contra o ódio
que viria
Orou, pois eles ficariam no mundo
Orou para que entendessem que já
não eram mais do mundo
Orou para que se mantivessem
santificados
Orou para que mantivessem a
alegria
Orou para que a Glória d’Ele
continuasse sobre os discípulos.
A glorificação advinda da
redenção em Jesus, mantém a unidade: a redenção do homem, que é a glorificação
do Pai e do Filho. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam
um, como nós somos um!
A ação de glorificação é uma
palavra que significa - ενδοξος - endoxos; adj. ter em boa ou
grande estima, de alta reputação - ilustre, honrável, estimado - notável, glorioso - esplêndido - de vestes - fig., livre de
pecados
Inclui – estima ao que recebe glorificação
Torna-o ilustre diante de outros
Infere recebimento de vestes diferenciadas
(lembre-se de José)
O mais importante – apresenta o
que recebe esta glorificação como livre de pecados.
Ao interceder pelo s discípulos
Jesus sabia de sua condição e serviço ao qual se dispusera profunda consciência
do seu relacionamento com o Pai e sobre tudo sobre o momento urgente e final
desta missão. Logo, Ele iria passar deste mundo para o Pai.
Responsabilidade - Ele também
sabia que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia
saído de Deus, e que ia para Deus
Consciência - Ele estava
“consciente da sua missão divina e de seu destino divino”.
Fonte:
Dicionário Strong
Citações no corpo do texto
Apontamentos do autor
Bíblia online ARA
Comentário Beacon - Evangelho de
João -
A veracidade de uma Ressurreição –
Brian Schwertley
Orando como Jesus Orou - John
MacArthur Jr.
O contexto da oração sacerdotal
de Jesus – Andreas Köstenberger é Professor Pesquisador de Novo Testamento e
Teologia Bíblica e Diretor do Centro de Estudos Bíblicos do Midwestern Baptist
Theological Seminary. Site Voltemos ao Evangelho
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