Ñ Kim Jong-Il ordena libertação de jornalistas americanas
SEUL, Coreia do Sul, 4 Ago 2009 (AFP) - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Il, ordenou a libertação das duas jornalistas americanas detidas em março passado, anunciou a agência oficial norte-coreana KCNA.
ft/yw
O ex-presidente americano Bill Clinton partiu nesta terça-feira de Pyongyang em direção aos Estados Unidos acompanhado das duas jornalistas libertadas durante sua visita à Coreia do Norte.
Segundo o porta-voz de Clinton, a comitiva deve chegar a Los Angeles, na Califórnia, na manhã desta quarta-feira.
No desembarque, as jornalistas Laura Ling e Euna Lee serão recebidas por familiares. Nesta terça-feira, elas receberam um perdão especial do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Il, após um encontro entre o mandatário com Bill Clinton.
As jornalistas americanas estavam presas desde março, quando foram condenadas a 12 anos de trabalhos forçados, acusadas de terem ter cruzado ilegalmente a fronteira entre a China e a Coreia do Norte.
Após visita de Bill Clinton, Coreia do Norte liberta jornalistas presas.
Repórteres haviam sido condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Segundo agência, Kim Jong-il concedeu perdão especial para soltá-las.
Do G1, com agências internacionais
Reuters
Após se encontrar com o ex-presidente Bill Clinton, o líder norte-coreano Kim Jong-il concedeu um "perdão especial" para as duas jornalistas dos Estados Unidos que estavam presas no país, segundo a agência oficial do país, KCNA.
"Kim Jong-il assinou uma ordem ao diretor da Comissão de Defesa Nacional garantindo um perdão especial para as duas jornalistas americanas que haviam sido condenadas a trabalhos forçados de acordo com o artigo 103 da Constituição Socialista, e ordenando que sejam soltas", disse a declaração da KCNA.
Encontro ocorreu nesta terça-feira (4), em Pyongyang (Foto: Reuters); Imagem tirada de vídeo mostra o encontro de Bill Clinton e Kim Jong-il (Foto: KRT/Reuters)
Segundo a rede de TV ABC, há grandes chances de as duas jornalistas, Laura Ling e Euna Lee, voltarem aos Estados Unidos já na quarta-feira (5).Esta era a expectativa, finalmente ocorreu a libertação das jornalistas, as duas tem família e filhos nos EUA.
A PRISÃO:
As duas mulheres foram presas em 17 de março quando tinham acabado de entrar - ilegalmente - no território norte-coreano. Elas foram condenadas em junho a 12 anos de trabalhos forçados.
Em sua viagem à Coreia do Norte, o ex-presidente americano Bill Clinton foi recebido pelo líder Kim Jong-il, noticiaram as agências de notícias, citando fontes sul-coreanas. A rádio Pyongyang e a estação central de televisão norte-coreana anunciaram o encontro, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Agências de notícias haviam divulgado que Clinton levava uma mensagem de Obama, mas o porta-voz da casa Branca Robert Gibbs desmentiu o fato.
A foto divulgada é uma comprovação de imagem recente do líder norte-coreano, que é constantemente alvo de especulação da mídia ocidental a respeito de sua saúde.
Bill Clinton viajou ao país com o objetivo de conseguir a libertação das jornalistas condenadas pelo regime a doze anos de trabalhos forçados.
Ele é a mais importante personalidade dos Estados Unidos a visitar o regime comunista desde 2000, durante sua última presidência (1997-2001), quando a ex-secretária de Estado, Madeleine Albright, viajou ao país.
A coreano-americana Euna Lee e a sino-americana Laura Ling, que trabalham para o canal de TV californiano Current TV, foram detidas em 17 de março por ter cometido, segundo Pyongyang, "atos hostis" e entrado ilegalmente em território norte-coreano. O tribunal encarregado as condenou a 12 anos de reeducação pelo trabalho.
Segundo especialistas, o regime norte-coreano quer usar as duas jornalistas como um meio para pressionar Washington e convencer o governo de Barack Obama a iniciar conversações diretas.
A viagem de Clinton acontece após meses de provocações militares por parte da empobrecida Coreia do Norte, que virou as costas para as negociações com potências regionais, incluindo os EUA e a China, e decidiu manter seus planos de construir um arsenal atômico.
* Com informações da Reuters e France Presse
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