II Cor 10:1-8, 17-18
2 Co 10.1-8,17,18
Leitura Bíblica em Classe:
Leia também:
10 Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível.
11 Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes.
12 Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos,
e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.
13 Porém, não nos gloriaremos fora da medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós;
14 Porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo,
15 Não nos gloriando fora da medida nos trabalhos alheios; antes tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra,
16 Para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado.
Pequeno Glossário:
Obediência – hupakoe – de hupo, “sob” e akouo”, ouvir; significa ouvir com atenção, escutar com submissão;assentir e concordar condescentemente.
Usada em relação a obediência em geral e para obediência aos Mandamentos de Deus e obediência a Cristo.
Ochuroma, significa um castelo, fortaleza, fortaleza, solidez.
Milícia e Polícia - A palavra “polícia” vem do grego “politeía”, que quer dizer: “A arte de governar a cidade”, “Tratar da coisa pública”.
Já no dicionário, “milícia” vem do latim “militia”, que significa: “Qualquer corporação sujeita à organização e disciplina militares”.
Conselho (Boulê)
I - Introdução:
Entramos na Lição, da qual já falamos desde a primeira lição deste trimestre.
Trata-se de tema correlato a primeira Lição: A Defesa do Apostolado de Paulo.
Agora nesta lição seguindo a direção proposta pelo autor o novel, Pr. Elienai Cabral, retomamos a questão do apostolado paulino, sob não mais a questão da defesa de ser ou não apóstolo.
Paulo já tendo, para usar um de seus termos, redargüido esta questão, conjura agora aos seus leitores para que se mantenham dentro da Doutrina a eles direcionada, mesmo por Epístola, pois Deus lhe deu Autoridade, que não está embasada na sua própria aparência ou presença, se por escrita ou por fala, mas sob a égide do Espírito Santo.
A vontade de Deus nos dá Autoridade:
Paulo descortina para os coríntios a sua situação como Apóstolo de Jesus cristo.
O que Paulo quer dizer:
Que o homem que é escolhido por Deus não precisa de agir sob o poder da carne ou com o uso de armas letais , as quais os poderosos, talvez vislumbrando os soldados de seu tempo, utilizam.
Que tipo de arma eu uso?
4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;
Que tipo de autoridade eu exerço?
O Espírito Santo quer que a gente sabe exatamente que tipo de poder que temos, em contraste com o carnal.
A palavra realmente usada no grego é Dunatos, significa poder, poderoso, forte, a palavra tem a mesma raiz, a nossa palavra de dinamite. Our weapon in other words is spiritual dynamite. Nossa arma em outras palavras, é dinamite espiritual.
É isto que Paulo vai falar aos coríntios.
Nele não está o querer:
Intimidar,
Exercer a sua autoridade apostólica sobre ninguém por usurpação,
Paulo escreve sobre obviedade dos argumentos antes escritos, mas derrubados um a um.
Paulo não usa a sua autoridade de forma carnal porque de nada adiantaria usa-la assim, pois a sua peleja e a da Igreja não se dá neste nível físico, mas no mundo místico, onde as fortalezas imperam e querem destruir a Igreja.
Paulo vai mostrando aos coríntios o que eles não conseguem distinguir, mesmo sendo espiritualmente bem dotados em dons, mas doutrinariamente pouco ensinados, no uso daquilo que receberam do Senhor.
Desconhecem o poder destas Fortalezas que estão no ar, mas não a vista carnal.
Agem nos homens, mesmo nos crentes, mas não são ainda entendidas pelos de Corinto, como devem ser discernidas.
Muitas vezes, somos vitimados por elas e demoramos a entender os seus ataques.
II - Discurso disciplinar Retomado:
Bem sabemos que Paulo neste capítulo está dando continuidade, ao discurso aparentemente deixado de lado, para explicar a questão administrativa da Igreja nos capítulos 8 e 9.
Paulo retoma com força aquele discurso, leia de que ponto ele retoma o discurso:
2 Co.7. 8. Porquanto, ainda que vos contristei com a minha carta, não me arrependo; embora antes me tivesse arrependido (pois vejo que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo)...
Uma de suas estratégias é a fortaleza espiritual.
III – Fortaleza e Milícia:
O que é uma fortaleza?
“Fortaleza” nos papiros tinha o significado de prisão. Essas fortalezas são muralhas que resistem, portas que se fecham, e paredes que aprisionam (...). O inimigo tem suas fortalezas.
Essas fortalezas parecem inexpugnáveis. Mas as armas que nós usamos podem detonar essas muralhas, fazer ruir essas resistências. O evangelho é a dinamite de Deus que quebra pedreiras graníticas, arrebenta rochas sedimentadas e demole toda oposição”. (LOPES, Hernandes Dias. 2 Coríntios: o triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 227).
Em nosso meio há discussões sobre opressões ou domínios sobre vidas, até mesmo de cristãos, que na realidade são principados e potestades que são originadas e armas letais do Reino parasita do mal.
Qualquer coisa que se opõe à vontade de Deus.
Guerra na mente, contra as atitudes arrogantes e a rebeldia dos conselhos e altivez orgulhosa, que se opõe ao Verdadeiro conhecimento de Deus.
Ef.6.12. contra os principados, contra as potestades
Paulo ensina sobre este mal que pode invadir não fisicamente a Igreja, mas se instala e age nas regiões do ar.
Ef.2. 2. Nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência.
Desobediência, era uma questão a ser abordada por Paulo neste texto.
Assim, ele pode dar entendimento a Igreja de Corinto e a nós sobre o contra quem deve ser a luta da Igreja, não contra algo carnal, mas contra o mundo espiritual das potestades do mal.
1-Fortalezas:
Fortalezas atuam sobre na vida daquele, que se rebela contra o pedido de Deus em suas vidas.
Mas o que de fato é uma fortaleza?
O termo grego é um termo militar.
Podemos
E isso é o que significa que quando falamos de reduto de Satanás na vida de um ser humano.
O Apóstolo Paulo quando está falando sobre fortalezas está relembrando as fortalezas, que quase derrubaram a Igreja, ainda que alguém tenha sido atingido pelas fortalezas, que se apoderaram do seu coração.
Outras fortalezas queriam resistir no seio da Igreja.
Eram fortalezas que se instalaram na mente e consciência enraizada pelo gnosticismo e pelo helenismo pagão.
Elenco de fortalezas:
Concupiscência de todo o tipo:
Compulsões,
Facções,
Obsessões,
Prostituição cultual e familiar,
Medos,
Paixões,
Ciúmes [emulações],
Temperamento violento,
Apetites descontrolados de todos os tipos - estes são frequentemente sinais de uma fortaleza que se quer ser construídos ou está firmemente estabelecida em uma vida.
2-Milícia:
A etimologia da palavra demonstra, que mais uma vez, Paulo exemplificava e conhecia, a atuação dos crentes como uma corporação que segue regras e tem em seu corpo disciplina, para poder de forma organizada, combater os ataques de fora para dentro.
Para isto eles precisavam utilizar armas especiais e estarem preparados para destruir fortalezas que se encastelavam no seio da Igreja local.
Disto tiramos uma lição, quantas fortalezas tentam se apropriar de espaços internos da Igreja, tal qual, atingiram a Igreja de Corinto.
O Apóstolo Paulo está utilizando seus conhecimentos de cidadão romano, e conhecedor da cultura grega, dominante em sua época, para demonstrar que nós os crentes devemos ser como os “hoplitas”, uma unidade de soldados gregos, que lutavam, com uma nova maneira de formação militar, a qual os tornava inexpugnáveis.
Estes soldados gregos tornaram a arte de guerra, que era taticamente uma luta de dardos e setas [ Ef.6.16. tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.] em uma guerra pessoal e intensa.
Estes hoplitas, de então se tornaram os melhores soldados de infantaria do mundo, dominaram os campos de batalha durante séculos.
IV - Os soldados de Deus em Corinto:
Creio que de alguma forma melhor Paulo apresentaria em narrativa em figura, podemos listar:
1- Vs.Vs. 4 4. the weapons of our warfare: In the description of the armor of God, only two offensive weapons are listed. The shield, breastplate, belt, shoes and helmet are essential, but they are mainly defensive in nature. Our offensive weapons are word of God, which is the sword of the Spirit (Hebrews 4:12, As armas da nossa guerra:
A Igreja em Corinto estava sendo preparada por Paulo para usar o melhor capacete;
Não mais carnal, não mais militar, mas o capacete que podiam utilizar para destruição pelo Evangelho que Paulo lhes pregara.
a-Comparando o crente com a razão do sucesso dos hoplitas.
Eles lutavam em grupo fechado, o qual era compacto, com escudos como parede e cobertura, assim avançavam em grupo inexpugnável, mas eles tinham um problema caminhar em grupo era difícil, pois ninguém podia errar o passo, até serem ensinados a usar uma forma de andar que poucos grupos militares conseguiram obter.
Assim é a Igreja, seja a de Corinto, seja a Igreja de nossos dias, temos que andar como Corpo e precisamos aprender sob a doutrina de Deus como caminhar juntos para derribar as fortaleza e formarmos uma milícia vencedora.
Vs.4. ...mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;
Como os hoplitas tinham as suas armas de ataque e defesa, assim a Igreja tem armas de defesa e ataque, as quais não são carnais, mas poderosas
Na descrição da armadura de Deus, apenas duas armas ofensivas são listadas.
O escudo, peitoral, cinto, sapatos e capacete são essenciais, mas que são essencialmente de natureza defensiva.
Nossas armas ofensivas são:
A Palavra de Deus, que é a espada do Espírito –
Hebreus 4:12. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração;
Ef 6:17. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
E a Oração –
A palavra de Deus, juntamente com o poder da oração, cria a arma mais poderosa do universo.
Ef 6:18. com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos.
IV-a- Guerra - O Uso dos gregos:
Proteção e arma de guerra, formação para luta.
Ef.6. 11-16. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes. Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz, tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
Cada soldado espartano levava uma toga escarlate, apresentando-se como espartano, mas esta capa nunca se usava em combate.
Ef 6:17. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
Como nós devemos ter este capacete espiritual os gregos usavam um capacete com desenho apropriado, dos capacetes, variaram com o tempo, sempre preocupados em não deixar brechas para atingir a cabeça do soldado.
A Igreja deve ter o capacete pois é na mente que as fortalezas iniciam e exploram brechas para atingirem na guerra espiritual a vida da Igreja.
O capacete coríntio era o capacete padrão, e era o que tinha mais êxito.
Por isto, Paulo pode apresentar seu ensino de forma que todos entendiam, até porque todo cidadão grego era um soldado em potencial obrigatoriamente, o serviço de guerra era uma obrigação e uma honra até mesmo para a famíli.
Para nós deve ser honroso lutar por Jesus e sua Igreja.
Os espartanos tinham o mesmo uniforme e a letra grega chamada (Λ) em seus escudos, em referência á sua terra de origem, Lacedemônia (Esparta).
Nós temos como nosso comandante, Jesus é o Alfa e o Ômega, ou seja, do princípio ao fim.
Jesus nos garante a vitória com as armas que ele nos deu.
2-Vs.4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;
Mas, o que Paulo quer é corrigir aos Coríntios, sobre a guerra que está sendo travada de forma espiritual.
Enquanto estamos no mundo teremos que entender que estamos expostos a estes ataques:
João 17.14-16. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Então ele usa escreve sobre o que somos, e em que corpo estamos, mas as atitudes não devem ser tomadas no corpo que estamos, ou seja, neste plano físico, pois a guerra que eles estão enfrentando não é no nível carnal, mas sim no espiritual.
3-Vs.3 Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne.
Somos humanos, estamos em carne, mas não usaremos as táticas humanas, estas não têm poder algum contra as armas da milícia do império do mal.
Paulo demonstra o que o partidarismo é: carnal;
Então, a carnalidade produz, no seio da Igreja, as guerras e o interesse ilegítimo dos que não dispõem de armas espirituais ou não sabem como usa-las.
I Co.3.3;16. Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Você está em carne, neste Mundo, mas não use as armas carnais, não use de porfias, de contendas, dissensões, pois você estará instalando fortalezas, na sua vida e no seio da Igreja de Deus.
4- Vs.5 Destruindo os conselhos
Destruição de Conselhos:
Paulo fala aquém conhecia esta forma de governo, ele usa figura de linguagem para chamar a atenção dos de Corinto.
Mas, através desta linguagem Paulo pode elevar o seu discurso para a ação espiritual destes conselhos
Este Conselho é uma reunião de forças do mal para agir contra a Igreja de Corinto, usando os próprios atacantes de Paulo.
5 Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;
Instituições da democracia - O Conselho dos 500
Uma vez por ano, os demos sorteavam 50 cidadãos para se apresentarem no Conselho (Boulê) que governava a cidade em caráter permanente. Como eram 10 demos, ele denominava-se "Conselho dos 500".
O Conselho determinava a pauta das discussões, bem como a convocação das assembléias gerais populares (a Ecclesia), que se realizavam duas vezes por semana.
A Ecclesia - A assembléia geral que reunia o povo inteiro não tinha um lugar fixo.
A palavra ecclesia era utilizada para definir, genericamente, qualquer reunião para debater questões públicas, semelhante ao comício (comitiu) romano em sua forma original.
Entretanto, em Atenas costumou-se fazer esses grandes encontros num lugar chamado Pnix, uma grande pedra que dominava uma colina, a qual comportava parte considerável dos cidadãos.
Podemos entender que o a preocupação de Paulo com a Igreja era, que a Ecclesia divina estava e deve estar assentada na Grande Rocha – Jesus Cristo.
I Pe.2. 4-6. e, chegando-vos para ele, pedra viva, [...] para com Deus eleita e preciosa, vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual [...]oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido.
Mt.16.18. ... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
Quando a ecclesia estava reunida, não só entravam na liça os problemas mais candentes da comunidade.
As funções executivas estavam divididas entre os magistrados sorteados e os escolhidos por voto popular.
No seio da Igreja só existe um Magistrado – Juiz – Deus!
5-Vs.2 Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne.
Mas, há ministros, como Paulo que podem doutrinar e orientar toda a Igreja, para que e quando cometem falta grave e podem até mesmo separar do convívio eclesial.
Eles eram responsáveis perante a ecclesia por todos os seus atos, podendo ser julgados por ela em caso de falta grave.
Veja a força de um Conselho, no sentido prático e da prática deste Boulê.
Eram determinantes para as atividades da ecclésia.
V- A Autoridade Apostólica de Paulo:
6 E estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.
Muito embora, Paulo use a ironia fina [como quando fala da ressurreição dos mortos], com sofismas apuradas, combatendo o que “dizem”, para defender a sua autoridade apostólica, Paulo não é algo que ele tenha que apresentar como uma defesa declarada com atos, mas com a demonstração de sua doutrina.
Sofismas são pensamentos ou raciocínios que parecem razoáveis e válidos, porém são falsos.
10 Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível.
Paulo está combatendo a acusação de outros que se introduziram na Igreja de corinto usando uma forma de linguagem irônica, ao escrever: “dizem”.
12 Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.
Assim ele pode falar sobre:
Sua posição de autoridade era como a de um Moisés, mas vinha pela ação vicária de Cristo:
1-Vs.1- ALÉM disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo...
Ele era antes de tudo um homem humilde, mas exercia com ousadia o seu Apostolado, mesmo a distancia, quando seu coração não vendo podia ser mais duro em doutriná-los, mas poderia muito bem, se necessário fosse, usar desta ousadia legítima de um mestre judeu ou de um romano legítimo, diferentemente de outros.
Esta visão que tenho de Paulo é corroborada pelos textos bíblicos, nos quais ele se mostra forte o suficiente para mostrar ousadia pessoal.
Gl.2.11-15. E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão.E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios.
Ou:
ATOS 23.1-3. Fitando Paulo os olhos no sinédrio, disse: Varões irmãos, até o dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência. Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá a ti, parede branqueada; tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei, e contra a lei mandas que eu seja ferido?
2-Vs.2a- eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;
A única coisa dele que deu motivo para se gloriar foi a sua própria fraqueza e humildade. Paulo sabe e a Igreja de Corinto também o sabe, que em muitas provas e perseguições intensas, que Paulo enfrentou foi Deus que deu livramento. A fraqueza de Paulo, até a sua incapacidade de se defender, destacou a grandeza de Deus e seu poder (veja 10:17). Vide lição do vaso de barro.
Portanto, apenas este texto serviria para demonstrar a autoridade e ousadia de Paulo, até mesmo, com os mais excelentes apóstolos.
3-Vs.3 Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne.
Somos humanos, estamos em carne, mas não usaremos as táticas humanas, estas não têm poder algum contra as armas da milícia do império do mal.
Paulo demonstra o que o partidarismo é: carnal;
Então, a carnalidade produz, no seio da Igreja as guerras e o interesse ilegítimo dos que não dispõem de armas espirituais ou não sabem como usa-las.
I Co.3.3;16. Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
4-Vs.2 Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne.
VI - O que é vingar senão a punição?
1-a-Vs.6 E estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.
É com esta visão que Paulo fala sobre vingar ou punir toda a desobediência ou insubordinação.
É a retribuição ao erro do que não presta obediência a quem tem autoridade, seja a Deus, ou seja, aos seus discípulos, no caso Apóstolo.
Vingar nada mais é do que um sentimento de fazer Justiça. [sem valorar a questão para a inferência de vingança costumeira].
O apóstolo Paulo fala e completa o pensamento em Rm. 18,19. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Paulo sabe que só com a visão de Deus podemos vingar a desobediência, pois só ele pode determinar este limite que a alma humana desconhece. Só Aquele que ama igualmente e na mesma intensidade tanto o agressor, quanto o agredido, sabe transformar vingança em justiça.
Se houver agravo Paulo está pronto para combater com Justiça de Deus este agravo.
Para que haja obediência é preciso domar a desobediência no meio da Igreja.
O psicólogo americano Michael E. McCullough, da Universidade de Miami e autor de Além da Vingança – A Evolução do Instinto do Perdão, enxerga a questão pela lente da biologia.
Disse ele a VEJA: "Todo ser humano nasce biologicamente equipado para retaliar quando se ressente de alguma ofensa ou agressão".
VII – Autoridade e a não glorificação pessoal:
11 Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes.12 Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.
13 Porém, não nos gloriaremos fora da medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós;14 Porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo,15 Não nos gloriando fora da medida nos trabalhos alheios; antes tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra,16 Para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado.
17 Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor.
18 Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.
Paulo encerra o capítulo falando sobre a questão de auto gloriar-se ou vangloriar-se.
Ele mostra aos Coríntios que os que querem destruir e desfazer da sua Autoridade Apostólica eram homens, com os quais nem sequer ele quer se comparar, pois a suas próprias vidas declara contra eles pois :
12 Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.
O natural, tende a ridicularizar o espiritual. The Holy Spirit wants us to know just what type of power we have, as contrasted to the carnal. The word actually used here in the Greek is dunatovß Dunatos , means able, powerful, and strong, the word has the same root word, to our word for dynamite.
É fácil para nós nos intrometermos no que já foi fundado e começar desfazer daquilo que foi realizado pelo anterior, e nos gloriarmos em nós mesmos, para dar uma face pessoal ao trabalho de Deus.
Mas, conforme a reta medida que Deus nos deu
Paulo não queria usar a régua [regra] humana para se medir, mas o próprio Deus o mediria ou avalia a sua vida, entre os coríntios, eles próprios podiam pela visão, agora aberta, entender, que era de Deus, pela regra de Paulo – espiritual e divina.
Mt.20.25-28. Jesus, pois, chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles. Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo; assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir...
A sua medida podia ser avaliada pela Igreja como uma Entidade espiritual e não carnal e pelo próprio Evangelho que pregara e que fora avaliado pela própria Igreja de Jerusalém através dos Ministros Apóstolos Tiago, Pedro e João – Gl2.
Assim nada vale ao homem de Deus trabalhar com vistas a se auto promover.
Lc.17. 9,10. Porventura agradecerá ao servo, porque este fez o que lhe foi mandado? Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer.
Todo o trabalho do crente é visando, para nós obreiros e professor(a), servir a Igreja de Deus para que o nome de Deus seja glorificado no seio da Igreja.
Entendemos que mesmo ausentes, podemos estar presentes pela ação do Espírito Santo.Paulo ensina que o homem de Deus quer presente ou ausente, quando tem Autoridade espiritual sua palavra tem poder em qualquer situação.
Assim veja o que Paulo descreve sobre o que a Autoridade produz:
Esperança
Crescendo a vossa fé
Destruição das fortalezas
Ser humilde
Destruindo os conselhos
Toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus
Mente cativa à obediência:
O objetivo de Paulo é ensinar a necessidade de levar “todo o entendimento” que está desobediente, à obediência de Cristo.
5 Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;
Paulo descortina para a Igreja e para nós uma nova visão do que acontece quando lutamos contra as potestades.
Acima falamos sobre o capacete que protege a cabeça, na realidade o capacete da Salvação é proteção para que os dardos od inimigo não atingam a mente do crente.
Quando o crente der ouvido a esta verdfade então entenderá o que diz:
I Co.2. 16. Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.
Toda a instrução, conselho espiritual, como doutrina, toda a palavra proferida pelas Escrituras e pelos homens como o Apóstolo Paulo tem, atividade para proteger e inspirar a mente da Igreja pessoal , que sou eu e você a impedindo ação das potestades e de ser atingidos pelos dardos inflamados do maligno.
Conclusão:
A Obediência a autoridade ministerial -
Deus nos ensina por Paulo que toda a Autoridade Ministerial deve ser obedecida, atendida e aplicada pelos ouvintes da mesma e não ser desprezada, pois ela tem um alvo: defender a Igreja na Guerra Espiritual que está cerrada contra as potestades do mal, “mas graças a Deus que nos da a vitória por nosso senhor Jesus Cristo”! Aleluia!!
Fonte:
Pr. Denilson Torres
Ministério Fruto do Espírito
Veja –
IPB -
Instituições da democracia - O Conselho dos 500
Dennis Allan
História - por Voltaire Schiling
Wikipédia
Bíblia Plenitude
Hernandes Dias –Pastor Igreja Presbiteriana;Professor e renomado pregador.
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