Muito se fala sobre a relação da Divindade- DEUS -Este cientista defende a necessidade da Ciência estudar efeitos da crença em Deus.
Aponta que Deus está interiorizado no Ser Humano “Deus existe!!Deus existe no Cérebro!”Jordan Grafman
Neuropsicólogo propõe estudo da religião como ciência e cria centro de pesquisa no Brasil
03 Novembro, 2024
Jordan Grafman, neuropsicólogo, defende estudos sobre religião no cérebro.
Parceria com Ciência Pioneira cria centro de pesquisa em neurociência das crenças.
Grafman investiga como crenças religiosas afetam o cérebro e comportamento humano.
A fé pode reduzir ansiedade e influenciar saúde, como demonstrado pelo efeito placebo.
Centro no Rio busca entender crenças além da religião, com impacto internacional.
O professor da faculdade de medicina da Northwestern University, nos Estados Unidos, Jordan Grafman — Foto: Divulgação
Em julho de 2023, o neuropsicólogo e professor da Faculdade de Medicina da Northwestern University, Jordan Grafman, publicou um artigo na revista Nature, intitulado “Os neurocientistas não devem ter medo de estudar religião”. Grafman destaca que muitos neurocientistas evitam investigar religião e espiritualidade por receio de serem considerados não-científicos. Ele defende que o foco deve ser a análise de como a religião se manifesta no cérebro e seus efeitos, sem a intenção de desmascarar ou promover crenças.
Para avançar nessa pesquisa, Grafman firmou uma parceria com a Ciência Pioneira, uma instituição do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), para criar um centro virtual dedicado à “neurociência das crenças”. Essa iniciativa contará com a colaboração de pesquisadores brasileiros e internacionais, incluindo o King’s College London e o Shirley Ryan AbilityLab. O professor coordenará estudos sobre temas como cognição religiosa e as bases cerebrais das crenças, explorando a relação entre crenças religiosas e não-religiosas.
Em entrevista ao GLOBO, Grafman abordou a formação das crenças, afirmando que muitas são adquiridas desde a infância, influenciadas pelo ambiente familiar e social. Ele argumenta que a escolha de crenças pode ser tanto uma adaptação ao contexto quanto uma decisão consciente, e que até mesmo os ateus possuem representações de Deus em seus cérebros. Grafman enfatiza que a busca por explicações para fenômenos naturais tem raízes na necessidade humana de entender o mundo, levando à formação de crenças que organizam sociedades.
O professor também discute a relação entre fé e ciência, reconhecendo que, embora a ciência tenha avançado na explicação de muitos fenômenos, ainda existem questões não resolvidas que permitem espaço para a fé. Ele sugere que a ciência e a religião podem coexistir, com a primeira explicando o que sabe e reconhecendo o que ainda não compreende. Grafman propõe mapear as redes cerebrais associadas à crença, buscando entender como elas se interconectam e influenciam comportamentos, incluindo crenças políticas.
Grafman aponta que a resistência dos cientistas em estudar espiritualidade pode ser atribuída a um dilema social, onde acadêmicos que não acreditam em Deus podem ridicularizar pesquisas sobre o tema. Ele acredita que essa aversão é um preconceito que deve ser superado, especialmente considerando a relevância da religião na sociedade. O professor defende que a pesquisa deve focar nos efeitos da religião na vida das pessoas, explorando as emoções que tornam a religião um sistema de crenças distinto.
Por fim, Grafman menciona a importância de um novo centro de estudos no Rio de Janeiro, que busca investigar a relação entre crenças e saúde. Ele destaca que a fé pode ter efeitos positivos, como a redução do estresse e a promoção do bem-estar, e sugere que a crença pode ativar mecanismos cerebrais que ajudam a controlar a ansiedade. A iniciativa no Rio é vista como uma oportunidade única de estudar a relação entre crenças, saúde e comportamento, com potencial impacto internacional.
Portal Tela
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário