Reflita esta frase: “Isso aqui traz esperança”.Frase do padre católico vendo o que Deus pode fazer com o Ministério do Louvor e pregação da Plavara pelo sargento do Bope e pastor da Igreja Assembleia de Deus Carlos Mello,
Antes de cada apresentação, todos os músicos do grupo Tropa de Louvor se reúnem e se abraçam em volta da bateria para fazer uma oração.
Nas áreas urbanas, pertencer à força policial é motivo de preocupação entre os pais, e aqueles que teem familiares entre seus contingentes, sobretudo motivo de discussão sobre a ação legal no exercício desta profissão e a relação religiosa ou cristã, que seria motivo impeditivo do exercício da mesma, pelas ações de confronto, entre os fora-da-lei e os policiais.
Em pauta a questão da Vida e a da morte, inerente a ação policial.
Pertencer a uma unidade militar em tempo de Paz é sempre uma carreira procurada pelos jovens, sejam cristãos ou não.
Eu mesmo tive neste dilema ao procurar uma carreira na adolescência.
Na maioria das vezes, os meus amigos daquela época, procuravam a carreira militar como uma fuga da pobreza, que nos cercava e pela rápida ascensão social, conotada pelo uso da farda.
Assim, muitos se alistavam e outros procuravam através de concursos entrarem em uma das Corporações militares, mesmo que fosse a carreira policial.
Mas, mormente, após o ingresso, a maioria procurava se afastar da tropa de enfrentamento, através de concursos internos, seja para corporações musicais destas Unidades, ou para atividades da vida da caserna, onde não haveria o temido enfrentamento.
Alguns ingressando nas Forças Armadas, como Marinha ou Aeronáutica procuravam estas unidades pela perspectiva dos tempos de Paz e viagens internacionais.
O exemplo, deste texto abaixo, é destaque pela razão óbvia, do uso de um novo tipo de força, contra as mais ferrenhas atividades do submundo do crime, é o enfrentamento direto com a violência, com novas armas.
Ao mesmo tempo, em que estes policiais combatem o crime, eles estão preocupados com a vida das Comunidades, pelas quais adentram, para combater o Mal, caracterizado pelos diversos crimes, assaz conhecidos pela população.
Surge em meio a esta discussão, uma nova forma de Ação, entre os policiais, que combatem o crime.
Para mim, trata-se de um assunto extremamente interessante, novo e de feliz iniciativa.
Parece-me, que estes soldados, movidos pela visão, além do estado físico do combate ao crime, enxergaram o que está por detrás do mal, que combatem com armas, com aplicação física e mental.
Eles sabem que o Mal é declaradamente um estado espiritual, que move as almas e a mente dos criminosos, envolvendo-os em uma teia maligna mental, que explode na violência contra a sociedade.
Esta teia se apresenta em três lados:
Moralidade atingida;
Espiritualidade atingida;
Sensação de:
‘Ascensão’ e ‘poder’.
Além disto, eles são mais facilmente atingidos por estarem expostos:
Socialmente;
Educacionalmente;
Pobreza e miserabilidade, quase total.
Não quero dizer, que este quadro, seja, o que leva todos os moradores destes enclaves de pobreza, ao crime, o que seria, e é leviandade, pois conheço a realidade destes locais, e sei que o percentual, de criminosos, é baixíssimo em relação ao número de moradore[a]s ordeiro[a]s, estudantes, trabalhador[a]es, mas há, um domínio fortíssimo, uma ditadura do Mal, exercido, pelas verdadeiras unidades criminosas instaladas com seus quartéis general no solo destas Comunidades.
-Voltando a Ação Espiritual.
O que move estes soldados, a utilizar a música ‘gospel’ e a Bíblia?
O dever profissional de zelar pelas vidas, e pela sociedade, empunhando e utilizando armas pesadas contra estes ‘exércitos’ da criminalidade, não lhes tira a autoridade espiritual, que se sobrepõe a profissional.
Levar Paz, com cânticos e Palavra de Deus nos mesmos locais, onde por obrigação de ofício utilizam suas potentes armas bélicas, aliás, nem tão potente quanto, as de seus adversários, sejam físicos ou espirituais, é uma nova forma de combate ao crime.
Por isto, eles se utilizam de suas armas espirituais da Verdade, para combater as hostes, ou ‘exércitos’ do Mal, com a única coisa que o Mal, pode temer:
A Palavra de Deus!
O fato da Caveira, símbolo universal da Morte estar nos seus uniformes, é uma demonstração, de que a Mensagem, que eles levam é para combatê-la, com a Palavra de Vida.
Seria uma hipocrisia retirá-la, ou esconde-la, de seus Uniformes.
Pois, nestes locais encontrar a Morte, pode ser uma questão de fração de segundos; o território Dela está sendo atacado com a Vida!
Afinal, eles sabem que estão lutando contra um adversário invisível, tal qual, os tiros contra eles, quando adentram ao território do crime.
Esta é uma ação policial no campo metafísico:
A Paz contra o Mal!
Fica um registro pela política, que o Governo do RJ tem aplicado, com a instalação das UPPA’s, as unidades de Pacificação em comunidades com elevado número de violência,.
Para nós foi uma benéfica surpresa, a ação sem muito alarde, deste projeto de combate a Violência Urbana, o qual espero continue, com sucesso.
Só resta esperar o apoio crucial de nossas Unidades federais de combate ao crime nas fronteiras, pois RJ, MG ou SP, não produzem armas bélicas, mas estão cheias destas letais armas do adversário da Sociedade: O MAL.
Parabéns ao BOPE, pela ação de seus membros que participam desta ação espiritualizadora, numa visão socialmente mais justa e verdadeira, atingindo corações com cânticos e não com balas.
Ec. 9.4. Ora, para aquele que está entre os vivos há esperança...
Parafraseio o padre católico: “Isso aqui traz esperança”.
Leia o texto...
Fonte: O Dia
BANDA GOSPEL DO BOPE LEVA PAZ ÀS COMUNIDADES.
BOPE – Batalhão de Operações Especiais-PM-RJ
Tropa de Louvor é o grupo formado por membros do Batalhão de Operações Especiais, que realiza shows-cultos e se apresenta com a arma na cintura e a Bíblia na mão direita.
POR CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - 'Se queres a paz, prepara-te para guerra'.
A frase estampada em latim na parte de trás da camisa preta é o aviso que os integrantes da Tropa de Louvor deixam por onde passam.
A banda gospel é formada por membros dos Caveiras de Cristo, policiais evangélicos que integram o Batalhão de Operações Especiais (Bope).
A Tropa realiza cultos-shows nas comunidades pacificadas e cria uma nova vertente de comportamento, por vezes contraditório, na unidade em que seus homens são treinados para matar.
“Deus está neste lugar”, diz o sargento do Bope e pastor da Igreja Assembleia de Deus, Carlos Mello, para um grupo de 200 pessoas, entre eles pastores e padres, no culto-show do Borel, no sábado à tarde.
Com a tradicional farda do Bope, o emblema da caveira no braço esquerdo e a Bíblia na mão direita, ele conta seus testemunhos de conversão e convida os moradores para uma tarde de louvor: “Estamos aqui trazendo a palavra do Senhor”.
O público, tímido no início, não demora a se acostumar com a cena do palco:
-um coral de homens de preto, com coldres e armas na cintura, cantando e orando.
A quadra da Escola de Samba Unidos da Tijuca se transforma então numa espécie de templo evangélico dos Caveiras de Cristo.
No culto, animado pela Tropa de Louvor, a interação com os moradores é mantida o tempo inteiro.
Além dos momentos de cura e libertação, a banda abre para o plateia um espaço para uma espécie de show de calouros evangélico.
Neste momento vale tudo: alguns anunciam o CD que será lançado, outros cantam funk-gospel e ainda há os que aproveitam para prestar depoimentos como o de uma ex-alcoólatra.
“É a primeira vez que os vejo. Estou realmente surpresa. Desmistifica aquela imagem do Bope nos lugares com o Caveirão e para matar”, disse a auxiliar de creche, Andréia Cristiane de Albuquerque, 34 anos.
Público cresce a cada apresentação
A favela do Borel, na Tijuca, foi a quarta comunidade com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em que a Tropa de Louvor se apresentou — e a que atraiu o maior número de fiéis, cerca de 200.
Na primeira tentativa de aproximação do grupo com moradores, no Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, apareceram 20 pessoas.
No segundo culto, na Ladeira dos Tabajaras, foram 30 moradores.
E no Morro da Providência, na Gamboa, eram apenas 10 pessoas.
“Não soubemos convidar os moradores”, admitiu o sargento do Bope, Max Coelho.
Prova de que o culto organizado pelo Bope é marcado pelo diferencial está na platéia: lado a lado padres e pastores rezam de mãos dadas.
“Isso aqui traz esperança”, diz o padre da Paróquia São Camilo, na Tijuca, José Patrício de Souza, 63 anos.
Para o bispo da Igreja Evangélica Pentecostal Salvação por Cristo, Antonio Ferreira, 75 anos, o culto não é para falar de religião: “Estamos aqui para unir pessoas”.
| Foto: Fernando Souza / Agência O Dia.
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