Pastor é o
novo presidente da Alemanha contra vontade de Angela Merkel.
Quem é Joachim Gauck?
Gauck já foi chamado de “a versão alemã de Nelson Mandela”, pois defendeu os abusos da polícia alemã oriental, à
época, do regime comunista, antes da unificação do país.
Foi um dos principais líderes do movimento de pastores protestantes que
lutaram durante anos para derrubar o regime comunista no país. Com a queda do presidente
alemão Christian Wulff, que se demitiu do posto dia 17 de fevereiro, devido a
um escândalo de corrupção.
Curiosamente não está ligado a nenhum partido político, e é considerado por Angela Merkel, atual Chanceler alemã, como seu opositor [– A Alemanha é um país sob
regime Paalamentarista em quem determina decisões de governo é a Chanceler, no
caso Ângela Merkel -].
Ordenado em 1965, sempre pautou seu ministério pela valorização do
ser humano.
O pastor hoje tem 72 anos, é casado e tem quatro filhos.
Quando tinha 11
anos, o pai de Gauck foi preso pelas autoridades comunistas e enviado a uma
prisão siberiana. Desde então afirma que se tornou um opositor ao comunismo.
Quando jovem, queria ser jornalista, mas sua carreira foi abortada quando se
recusou a entrar para uma associação de jovens comunistas. Foi então que decidiu estudar teologia.
Em 1989, pouco antes da queda do comunismo na Alemanha, Gauck surgiu como
o porta-voz do Novo Fórum, o primeiro movimento legal de oposição ao regime na
Alemanha Comunista. Em 1990, ele já havia sido sondado para o cargo, mas recusou
uma oferta dos conservadores para se tornar presidente.
Foi diretor dos arquivos da polícia política, a STASI, á partir, de 3 de
outubro de 1990, dia oficial da reunificação da Alemanha.
Ficou no cargo até 2000, se tornou uma das figuras mais fortes na luta
pela reunificação das duas Alemanhas, mas nunca aceitou convites para ocupar
cargos políticos.
“As questões centrais na vida
pública de Joachim Gauk têm sido a liberdade e a responsabilidade. É isso que
me liga a ele pessoalmente, apesar das nossas diferenças”, disse Angela Merkel
aos repórteres durante a coletiva neste domingo (19).
Ele estava ao lado de Merkel durante o anúncio e ressaltou que não é um
“super-homem” nem um “homem sem erros”.
Curiosamente, Gauck não está filiado a nenhum partido político,
descrevendo-se como “um conservador de esquerda, um liberal”.
Autor de muitos livros que tratavam do tema direitos humanos, está
lançando hoje sua nova obra “Liberdade – Um apelo”, justamente quando sua
candidatura foi oficializada.
Gauck não terá opositores na eleição realizada por votos indiretos na
Convenção Federal. Participam todos os membros do Bundestag, bem como os
delegados escolhidos pelas assembleias legislativas dos Estados. O pleito
ocorrerá dia 18 de março.
“Não vamos esquecer que foram
sacerdotes como Joachim Gauck que ajudaram a fazer uma revolução pacífica na
Alemanha Oriental”, acrescentou Merkel, que é filha de um pastor protestante. Angela
Merkel
Pastor é o novo Presidente da Alemanha.
A forte Alemanha tem sido a âncora,
que segura a dilação da crise da União Européia.
Diante de um irrespondível conflito de
interesse e odor de corrupção e abuso de poder, Christian Wulff, pressionado
pela Magistratura que pediu ao Parlamento autorização para iniciar processo
criminal contra ele, renunciou à presidência da Alemanha na sexta-feira
passada. Uma vitória do estado de Direito e do princípio universal de que todos
são iguais perante a lei. Também do impecável trabalho apuratório do promotor
de Hannover, Clemens Eimterbaumer, pois o fim da imunidade do presidente, caso
não houvesse a renúncia de Wulff, passaria fácil pelo Parlamento.
Na
mesma sexta-feira e no Parlamento, o ex-pastor protestante e humanista
Joachim Gauck lançou o seu nome como pretendente à chefia de estado.
Logo, sofreu a oposição da poderosa Angela Merkel, a chefe do governo.
Ontem
à tarde e depois de um demorada reunião entre os integrantes da maioria
parlamentar, o nome de Gauck restou ovacionado. Imediatamente, Merkel foi
aconselhada a renunciar à resistência a Gauck, representante da chamada
Alemanha do Leste.
O
novo presidente da Alemanha é um conhecido defensor dos direitos humanos.
Wálter
Fanganiello Maierovitch
Outras fontes
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