O Padrão da Lei Moral - 2ª PARTE EM EDIÇÃO
Lição 02 – CPAD – 1º Trimestre 2015
“Tudo da vida é ético, e tudo da vida é permeado com preocupações éticas”. Greg L. Bahnsen
Edição e Estudo Pr Osvarela
“Então vos anunciou ele a sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”. Deuteronômio 4:13
Deuteronômio 9:9-11
Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o Senhor fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi, e água não bebi;
E o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus; e nelas estava escrito conforme a todas aquelas palavras que o Senhor tinha falado convosco no monte, do meio do fogo, no dia da assembléia.
Sucedeu, pois, que ao fim dos quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança.
Deuteronômio 10:1-5
Naquele mesmo tempo me disse o SENHOR: Alisa duas tábuas de pedra, como as primeiras, e sobe a mim ao monte, e faze-te uma arca de madeira;
E naquelas tábuas escreverei as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste, e as porás na arca.
Assim, fiz uma arca de madeira de acácia, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão.A Atuação divina para a ação ativa do padrão Moral.
“A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das
tuas justas ordenanças dura para sempre”. Salmos 119:160 ARIB
O próprio
Deus instrui os pecadores no caminho e ama as obras justas. Sl. 11:7; 25:8.
Uma verdade
a ser estudada é a afirmação de Tiago 2:10-12: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto,
tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério,
também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares,
estás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei, como devendo
ser julgados pela lei da liberdade.”
A lei é
antes de tudo padronizadora do comportamento humano, ela na verdade é a lei da
liberdade, ou seja, do livre arbítrio, sabendo que haverá consequências para
não obedecê-la.
Romanos 7:14 “Porque
bem sabemos que a
lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado”.
Deus nos
concedeu estes padrões, como já dissemos acima, para o bem viver e para a
religação. No entanto, sabemos que a natureza adâmica contaminada luta contra
eles.
Assim, há
como em todo viver do homem que obedece aos mandamentos divinos uma ação divina
que o ajudará no entendimento, guarda e cumprimento destes mandamentos.
Devemos entender,
sendo um tanto quanto calvinistas, que:
Não estamos
sob a lei, porque o “sangue de Jesus Cristo”, nos resgatou, neste sentido
estamos livres da ação da lei.
No entanto,
estamos sob a lei, no sentido de que ela representa a moralidade que devemos
atender nossas obrigações com Deus e com os nossos semelhantes. E ainda, sob a
ótica de que a Lei (Decálogo) representa um caminho que Deus traçou para nossa santificação
e demonstração do nosso amor para com Deus e Seu Filho – João 14:15 “Se me amais,
guardai os meus
mandamentos”.
A Lei na
realidade servindo de aio nos mostra a superabundância da Graça: “Por isso nenhuma carne será justificada
diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Veio,
porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça”; Romanos 3:20; 5:20.
Cristo ab-roga
a lei, mas não retira dela a sua ação de magisterialidade. Portanto, a lei
continua a exercer o seu papel de ensinar-nos, a vontade de Deus e a busca de
uma vida relacional em ambos, os sentidos, para com Deus e para com toda a
Criação.
Elencamos alguns
parâmetros divinos que nos auxiliam.
Graça
Atributos divinos
– como a Imutabilidade
Hesed (Chesed) –
Misericórdia
Justiça
- A Graça De Deus.
A palavra
“graça” é uma tradução do termo hebraico ‘chanan’
e do grego ‘charis’. Esta atividade divina conduz sem custo ao homem a sua
iniciativa de executar os beneplácitos divinos, dando condições de que todo
coração atingido por ela, tenha o bem estar e prazer em cumprir Seus
Mandamentos.
Por ela é
possível ao homem atingir os padrões de moralidade na vertente horizontal, ou
seja, no relacionamento homem-homem ou homem-criação, pois segundo as Escrituras,
é manifestada não só por Deus, mas também pelos homens, ainda que em nível
imperfeito, nos casos em que demonstra, o favor de um homem a outro, Gn 33.8, 10, 18; 39.4; 47.25; Rt 2.2; 1 Sm
1.18; 16.22.
Sendo assim,
ao exercermos a moralidade estamos exercendo “graça”
para os que nos são próximos, na relação horizontal homem-homem.
Quanto A Imutabilidade:
As leis
morais de Deus são aquelas leis que são baseadas na natureza de Deus. O próprio
Deus é o padrão absoluto de justiça. Visto que as leis morais refletem sua
natureza e caráter, elas são “imutáveis e irrevogáveis, mesmo pelo próprio
Deus”.
Isaías 41:4 “Quem operou
e fez isto, chamando as gerações desde o princípio? Eu o Senhor, o primeiro, e com os últimos
eu mesmo”.
Pelo princípio
da Imutabilidade, podemos enteder, pelas Escrituras, que a natureza moral de Deus não muda e não pode mudar, então devemos
considerar, que as Suas leis que são baseadas nessa natureza são absolutas. Deus não muda, Ex. 3:14; Is. 41:4; Hb.
1:11, 12; E “a lei do SENHOR é perfeita” Sl. 19:7.
Portanto,
quando Paulo declara em Romanos que “a lei é santa”
(Rm. 7:12), ele está declarando que pela sua natureza, ao ser ditada e escrita
por Deus ela tem esta propriedade divina.
Se a lei é “lei espiritual” - Rm. 7:14, ela, sendo procedente do Espírito de Deus - Jo. 4:24, evidencia
em si mesma, as marcas do caráter divino.
Ela está cheia
e completa das diversas qualidades divinais: “Porque o Senhor é justo” - Sl. 116:5, 129:5; 145:17; Lm. 1:18.
Como então devemos entender as alegações de que algumas
caíram em desuso?
A
mutabilidade humana é a causa do desuso de leis promulgadas pelo próprio Deus.
Sendo assim, Israel que as recebeu ao longo de sua caminhada e formação de
nação, Estado e Pátria se afastou dos ensinos e formas cultuais determinadas
por Deus, fazendo que alguns pontos destas leis não pudessem ser exercitados,
mormente a questão das leis cerimoniais.
No entanto,
na questão das leis morais, o descostume ou costume descontinuado, não infere
em nulidade destas Leis. Pois, a Justiça de Deus impede que ele lhes dê (A justiça se manifesta especialmente em dar
a cada homem o que lhe é devido, em trata-lo de acordo com a sua capacidade
humana/merecimentos.) leis injustas e inalcançáveis.
Uma vez, que
independente de costumes, culturas e hábitos humanos, conhecidos do próprio
Deus não podem impedir que Seu Padrão divino seja modificado pelo antropos, a
Humanidade não pode impor seu padrão a Divindade Criadora. Deus não muda.
A Misericórdia de Deus.
A ação da Lei
Moral tem como padrão a ação de Deus para que o homem seja objeto das Misericórdias,
para que sob o cumprimento destes mandamentos e padrão possa ser alvo do
objetivo final, que é a Salvação.
“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas
misericórdias não têm fim;” Lamentações
3:22
A palavra
hebraica mais geralmente empregada para esta perfeição é chesed.
Há outra
palavra, porém, que expressa uma terna e profunda compaixão, a saber, a palavra
racham, às vezes traduzida de forma
poética como “terna misericórdia”.
A
Septuaginta e o Novo Testamento empregam a palavra grega eleos
para designar a misericórdia de Deus.
Repetidamente
se nos diz que essa perfeição divina é demonstrada para com os que temem a
Deus, Ex 20.2; Dt 7.9; Sl 86.5; Lc 1.50.
Não
significa, porém, que se limita a eles, conquanto a desfrutem em medida
especial. As ternas misericórdias de Deus estão sobre todas as Suas obras, Sl
145.9, e até os que não O temem compartilham delas, Ez 18.23, 32; 33.11; Lc
6.35, 36. Não se pode apresentar a misericórdia de Deus como oposta à Sua
justiça. Ela é exercida somente em harmonia com a mais estrita justiça de Deus,
em vista dos méritos de Jesus Cristo.
Sendo assim,
o atendimento as leis Morais levam o homem a ser alguém carente da misericórdia
de Deus para o/e no exercício destas Leis.
A JUSTIÇA DE DEUS.
Este
atributo relaciona-se estreitamente com o da santidade de Deus.
Shedd fala
da justiça de Deus como “um modo de Sua santidade”, e Strong lhe chama
simplesmente “santidade transitiva”.
Contudo,
estes termos só se aplicam à geralmente denominada justiça relativa de Deus, em
distinção de Sua justiça absoluta.
Geralmente
se faz distinção entre a justiça absoluta de Deus e a relativa.
Aquela é a
retidão da natureza divina, em virtude da qual Deus é infinitamente reto em Si
mesmo, enquanto que esta é a perfeição de Deus pela qual Ele se mantém contra
toda violação da Sua santidade e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é Santo.
É a esta
retidão que o termo “justiça” se aplica mais particularmente.
Há que se
fazer certas distinções à aplicação da justiça de Deus.
Isto porque
podemos ver que em primeiro lugar há uma justiça rectoral de Deus. Ou seja, é a
própria retidão de Deus manifesta no exercício do seu domínio tanto sobre o bem
como sobre o mal. 1 João 3:22 “E
qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque
guardamos os seus mandamentos”; 1 João 5:2 “Nisto conhecemos
que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus
mandamentos”.
É por este
atributo, aqui em distinção seccionada, que Deus instituiu um governo moral no
mundo, pôs à disposição do homem uma lei justa, porém, mesmo sem merecimento, com
promessas ao obediente, e por sua própria definição também punitiva o
transgressor (justiça retributiva).
Podemos inferir
que:
O
propósito primordial da punição do pecado é a manutenção do direito e da
justiça. Deus pune o pecador para reformá-lo, ou para dissuadir outros de
pecar;
Aceitemos a
coreeção do Senhor para que cumpramos todo o designio de seus mandamentos, que
nos levam a santificação e nos aproxima de sseus atributos que podem nos ser
compartilhados, por Ele.
“Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a
qualquer que recebe por filho.Se suportais a correção, Deus vos trata como
filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos
são feitos participantes, sois então
bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne,
para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao
Pai dos espíritos, para vivermos?” Hebreus
12:6-9
Bibliologia:
Fonte: Louis
Berkhof, Teologia Sistemática, Editora Cultura Cristã.
Lei E Graça –
Uma Visão Reformada – Mauro Meister – UPM
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