sexta-feira, junho 10

A Tolerância Cristã – 1ª Parte - Lição 11 CPAD 2º Semestre 2016

A Tolerância Cristã – 1ª Parte
Lição Bíblica Da Escola Dominical.
Lição 11 CPAD
Estudo de Pastor Osvarela
Texto Áureo
“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Romanos 14. 17
Leitura Bíblica
Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Romanos 14:1-6
Etimologia:
ασθενεια [Grego]: astheneia; (Sub. Fem.). Fraqueza. Doença, enfermidade. Saúde debilitada, ou enfermidade. Suportar aflições e preocupações. Reprimir desejos corruptos.
“Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre  dúvidas”.
 “τον δε ασθενουντα τη πιστει προσλαμβανεσθε μη εις διακρισεις                                     διαλογισμων”.
ανοχη - anoche; n. f. tolerância, paciência.
ασθενημα - asthenema; n. n. fragilidade; erro que provém da fraqueza de mente.
Ανεξικακος - anexikakos; adj. paciente diante de males e erros, tolerante.
asthenema; n. n. fragilidade; erro que provém da fraqueza de mente”
Υπομονη -  hupomone; n. f. estabilidade, constância, tolerância; no NT, a característica da pessoa que não se desvia de seu propósito e de sua lealdade à fé e piedade mesmo diante das maiores provações e sofrimentos; pacientemente, firmemente; paciente, que espera por alguém ou algo lealmente; que persiste com paciência, constância e perseverança.
μακροθυμια - makrothumia; n.f. paciência, tolerância, constância, firmeza, perseverança; paciência, clemência, longanimidade, lentidão em punir pecados.
Introdução: 
Uma enfermidade que ataca aos que se afastam da Graça, ou deixam se levar pela ação da humanidade em detrimento do espírito, como já dissemos em outros estudos publicados.
astheneia; (Sub. Fem.). Fraqueza. Doença, enfermidade. Saúde debilitada, ou enfermidade. Suportar aflições e preocupações. Reprimir desejos corruptos.
É assim, que vemos a questão da Tolerância Cristã em oposição a forma intolerante que vivíamos antes da ação da Graça.
I - Tolerando o mais fraco
makrothumia; n.f. paciência, tolerância, constância, firmeza, perseverança; paciência, clemência, longanimidade, lentidão em punir pecados.
Atualmente, a tolerância está em falta entre os homens, inclusive no interior da Igreja. As atitudes “intraeclesial” é cada dia mais tensa, por meio de palavras duras e condenação para atos de outrem, com ampliação entre os irmãos de fé dos problemas, formando grupos, a favor ou contra.
E é exatamente esta a posição de Paulo ao escrever o texto bíblico, explicar aos irmãos que há uma necessidade de um posicionamento, de cada membro do Corpo a ser tolerante, independente da discordância com a atitude alheia.
O que importa é ser resiliente a ponto de considerar a posição do outro, ainda que seja discordante com sua posição, ou pensamento, ou convicção, seja doutrinária, ou religiosidade, ou fé para uso e costumes.
Noto, que Paulo, não faz condenações sobre às questões, inferidas na narrativa bíblica, tais como, ser circuncidado, comer comidas puras ou impuras, conforme a consciência de cada um.
Contudo, ele orienta a cada cristão, da Igreja em Roma, e que nos alcança no atual momento da Igreja, para a lição da tolerância e contra a posição magister, ou de juiz ou julgamento do entendimento alheio.
Confrontando e exortando a cada um dos seus leitores romanos, a se considerarem e pautarem suas vidas por uma forma de serem tolerantes [aqui ser tolerante significa ser forte] diante de qualquer irmão, que ainda apresente uma posição que lhes seja aparentemente uma demonstração de fraqueza, do tal irmão.
II - Empatia
Empatia – subs. fem. Capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc.  Processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro.
Forma de cognição do eu social mediante três aptidões: para se ver do ponto de vista de outrem, para ver os outros do ponto de vista de outrem ou para ver os outros do ponto de vista deles mesmos.
O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu”.
Empatia - É a palavra usada em nossos dias, que mais se aproxima das afirmações e orientações de Paulo.
“E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos”. Mateus 14:14
Ver-se na posição do outro ou como no significado na área psicológica: “para ver os outros do ponto de vista deles mesmos”.
“Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus”; Romanos 3:25
A posição de Deus é a maior exemplificação, para com esta Doutrina da tolerância.
Imaginemos que Ele levasse em conta nossos erros e não fosse tolerante, mesmo com os que aceitaram a salvação. Se Ele se importasse com o que comemos e que deixamos de comer, Ele não leva em consideração certas coisas que exercemos por arbítrio próprio, mas foi e é tolerante ao longo dos séculos, longânimo e paciente usando definições diferentes para sinonímia de tolerante:
“Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;” Romanos 3:25
O que usa de tolerância, não desiste do seu propósito. E não tem pressa em punir, o julgar, mas em entender a posição alheia.
Paulo foi usado por Deus para fazer-nos entender, que há sempre, a necessidade de um julgamento interior, de quem quer apontar para o aparente erro alheio, ou situação de enfermidade espiritual do outro.
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo...” 1 Coríntios 11:28
Aliás, é a tônica bíblica do discurso de Nosso Senhor Jesus Cristo: Olhar o nosso interior e próprios erros, ainda que achemos que estejamos certos, antes de apontar para a enfermidade alheia.
“E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” Lucas 6:41
“E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”. João 8:7
 “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. 1 João 1.10
Então a doutrinação, de Paulo, serve para que possamos no colocar no lugar que sofre da “astheneia” e precisa ser entendido, ou compreendido antes de qualquer julgamento.
Será esta a nossa posição, nos dias da Igreja atual?
III - Enfermos na Igreja
Comendo o que é impuro?
Sim. Alguns podem enfermar na Fé, e mesmo assim não devem e nem merecem, sob a ótica da Regra Geral divina ser apontados ou julgados, por quem quer que se sinta superior. Mensagem de Paulo para todos os cristãos, não só os de Roma: Isto não deve ser visto como motivo de contenda ou briga.
Há que haver espaço para tolerância e aceitação de diferentes condutas, no caso de Paulo ele as coloca com base na expressão "comer" [metáfora], apresentando este ato, para conduzir a doutrina da tolerância no seio da Igreja, na vida cristã. Quando ambos o fazem para honrar a Deus e o servir.
Mas, o que se recusa a “comer carne” se deixa enfraquecer [entenda o discurso, na visão judaizante, e ainda, sob a ótica de que entre os de Roma havia judeus e gentios, com hábitos alimentares, sob a religiosidade de um grupo e outro, com ou sem estas obrigações dos gentios], é fraco, ou imaturo, pois comer carne se relaciona a uma questão da moralidade humana, em detrimento a Fé de que tudo posso naquele que me fortalece, se como, como para o Senhor, q.v.
O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor”. Romanos 14:6-8
Devemos posicionar esta questão de fracos e fortes, com vista ao trecho, acima, entre parênteses:
"Não é por ser judeu, que alguém seria considerado fraco ou forte, da mesma forma um romano não deveria ser considerado de idêntica forma".
III – A - Porque:
Os “fracos” entre os Cristãos - judeus e gentíos:
Os que se abstinham de comer carne, como Pedro teve experiência e foi confrontado por Paulo [vide quadro] e por Deus.
“...Simão, que tem por sobrenome Pedro... subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta. E tendo fome, quis comer ... sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos, E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas ... todos os animais quadrúpedes e feras e répteis da terra, e aves do céu.... dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas Pedro...: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou”. Atos 10:5-15
Os “fracos” eram cristãos, entre ambos os grupos de nascimento, judeus e gentios, que tinham estilo de vida ascético por razões da própria época e pensamento, usual no modo de vida de uma população helenizada. Havia ainda grupos que se mantinham de forma ascética para exprimir piedade. Advinha, deste comportamento, um estilo de vida de sincretismo religioso, que temos visto no seio da Igreja atual.
Os “fracos” eram principalmente os cristãos judeus que se mantinham nos moldes de vida observando suas práticas de purificação determinadas à Lei pensando viver em retidão servindo a Deus sob estes preceitos. Eram “fracos” os que se abstinham de certos tipos de alimentos e observavam os dias em razão do calendário da lei, com lealdade, o que os aprisionava à Lei, da qual foram libertos.
Os “fracos” seriam os cristãos judeus, como o caso de Pedro, no quadro. Que se juntavam a irmãos de Coríntio, que acreditavam ser errado comer carne vendida no mercado, provavelmente morta, por meio de alguma forma de idolatria, como oferecimento de órgãos do animal morto, ou mesmo a forma de matança, haja vista a citação de Atos dos Apóstolos no Concílio de Jerusalém, sobre não se c a carne sufocada, leia, abaixo Atos 15.
IV - Sem Contenda
Quando se lê, o texto nota-se que o pensamento inferente, na doutrinação paulina, está esta questão - a posição ou modo do outro entender ou ver ou comer: “não pode ser motivo para contenda entre os irmãos”. A contenda é demonstração de falta de koinonia e de fraqueza no amor ao próximo, pelo que ele faz, come ou crê.
Se você é forte, a tua força está exatamente em ser alguém que pode entender a visão do comer, ou de mantença das tradições, costumes e modo de vida anterior a conversão ou mesmo ao entendimento da vida no judaísmo, de alguns.
Então contender é uma forma de se mostrar fraco. Quem não é contencioso é forte e tolerante e tem empatia, com o próximo.
Se ele está enfermo, precisa de cura, e de alguém que possa entende-lo, como é ou se comporta.
“O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu”.
Partindo da visão divina, como sempre, Paulo nos incita a sermos tolerantes com aquele que Deus recebeu do jeito que é! Lógico, em relação as diretrizes de coisas e condutas que não são exigidas nas Escrituras.
Claro que o receber implica em regeneração pela atuação da Graça, que é muito superior a forma cultural do comer ou beber, que é diferente a cada um, por meio da fé.
Imagine isto no seio da Igreja “mista/culturalmente” de Roma, judeus e gentios.
“E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me: Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas. Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja...escreveram o seguinte:
‘Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento...’
Escreve Lucas em Atos dos Apóstolos: Pareceu-nos bem, ... eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo ... Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
“Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.” Atos 15:21-29
Observando o texto acima, no Concílio de Jerusalém, podemos ver que Paulo se comporta conforme o ensino apostólico. E mesmo, após alguns anos ainda havia algumas fontes de divergências, entre eles, conforme quadro:
Montagem do quadro é uma Compilação e adaptação, à partir de – Bíblia Dake – pag 1817
Fonte:
Bíblia Plenitude
Bíblia Dake
Apontamentos do autor
Julgar ou Não Julgar? Helder Nozima
Bíblia Explicada

Comentários – Romanos – C. Marvin Pate

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