Lição 10 CPAD - Junho de 2016 - 2ª PARTE
Deveres Civis, Morais e Espirituais
Deveres Civis, Morais e Espirituais
Estudo Pastor Osvarela
TEXTO ÁUREO
"Toda
alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus."Romanos 13.1
Leitura Bíblica:
3
- Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más.
Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
5
- Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo,
mas também pela consciência.
6
- Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus,
atendendo sempre a isto mesmo.
7
- Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
8
- A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos
outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
Discurso
O
princípio estabelecido, por Cristo, era que os homens cristãos fossem um modelo
de obediência, que é o parâmetro da Obra da salvação – Jesus foi obediente ao Pai
– esta noção era fundamento de Paulo para estabelecer a questão de submeter-se
as autoridades.
“Portanto,
é necessário que lhe estejais sujeitos,
não somente pelo castigo, mas também pela consciência”.
υπακοη - hupakoe; n. f. obediência,
complacência, submissão; obediência em resposta aos conselhos de alguém,
obediência demonstrada na observação dos princípios do cristianismo.
“E, achado na forma de
homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz”. Filipenses 2:8
Paulo
era ciente de seus deveres e direitos, pois ele mesmo pediria audiência a Cesar
para resolver seu espancamento sendo um romano.
“Se fiz algum agravo, ou
cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das
coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para
César”. Atos 25:11
Esta
consciência de direitos não foi abstraída nesta narrativa, ele mantém a questão
de obedecer para ser exemplo e,
Não ter nada que o acuse pelos de fora: “Para
que andeis
honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de
coisa alguma”. 1 Tessalonicenses 4:12
Ou
“Convém
também
que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em
afronta, e no laço do diabo”. 1 Timóteo
3:7
Exemplificando:
podemos entender que há laços nas relações com as autoridades, numa falsa
informação para as autoridades em declarações de renda, é um laço do diabo e
quem cai nele, está tenso e esperando, o que Paulo descreve como temor e terror
das autoridades:
“Porque os magistrados
não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade?
Faze o bem e terás louvor dela.
Aqui
aparece a figura do juízo na função de castigador e vingador dos erros de quem
não obedece a lei e irão se utilizar dos “huperetes” para cumprir os mandatos
dos castigos.
υπερετης - huperetes; n. m. no NT, dos
empregados ou serventes dos magistrados como — dos empregados que executam
penalidades.
O
crente não deve passar este terror ou temor, se obedecer fielmente a este modo
de vida ensinado pelo Apóstolo Paulo.
A Questão da Consciência
A
nossa consciência cristã está limpa e clara sobre a obediência e respeito. Ainda
que as masmorras de Roma anos seguintes tenham aprisionado o próprio Paulo e anos,
depois, muitos cristãos tiveram que viver nas Catacumbas, Paulo os ensina que a
autoridade foi levantada por Deus para cumprir, o bem ou o mal, a punição, o
elogio e o castigo, para os que não cumprem seus deveres.
Quem
cumpre os seus deveres não se preocupa com o que a autoridade venha exigir, ou
os castigos advindos de uma vida fora da lei, pois vive suas obrigações. Se alguém
o fizer, isto é, deixar de cumprir a lei deve estar pronto para a punição.
Na
realidade a consciência pura é um
dos mistérios da Fé: “Guardando o mistério da fé
numa consciência pura”. 1
Timóteo 3:9
A Consciência Alheia – Nosso
Exemplo.
Inclusive
não prejudicando a consciência alheia, ao observar o modo de vida dos cristãos,
que devem ser exemplo:
“Digo, porém, a
consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha
liberdade ser julgada pela consciência de outrem?” 1 Coríntios 10:29
“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns
aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei”.
Podemos realizar uma releitura
do texto, da seguinte forma: “Continue não devendo nada a ninguém”.
Jesus
resumiu a Lei em – amor a si mesmo e ao próximo – o amor é a obrigação essencial
do cristão e quem ama ao outro, não vai defraudar ou tomar o que não lhe
pertence, por isto, Jesus perguntou sobre a figura da moeda e orientou aos
discípulos a base do que Paulo, agora ministra aos de Roma.
O
maior julgamento está vindo, “a nossa
salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé”,a
caminhada da Igreja já os capacitava ao Maranata, eles podiam e deviam se
desvencilhar dos erros e da cobiça e das reprimendas das autoridades, pois
também eram súditos do Reino de Deus, O Senhor Jesus Cristo, base da Escritura
Paulina, que merece todo louvor e honra.
É
hora de mostrarmos um padrão moral condizente com o estado que a Igreja
atingiu, O Juiz está as portas, Ele
vem:
“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o
cumprimento da lei é o amor. E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de
despertarmos do sono; porque a nossa
salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite
é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz”. Romanos 13:10-12
Rejeite as
Obras das trevas: o suborno, a cobiça, o engano, a desobediência.
“A
ninguém devais coisa alguma”, mas não falte e não dispense o amor. Era uma
forma de incentivar o comedimento de gastos entre os irmãos de Roma, pois as penalidades,
mesmo naqueles dias eram conhecidas de todos, como podemos ver nos Evangelhos:
“Quando, pois, vais com o teu
adversário ao magistrado, procura livrar-te dele no caminho; para que não
suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho, e o meirinho
te encerre na prisão”. Lucas 12:58
Obs.: Cobrador de
impostos.
Ver
definição de τελωνης; αρχιτελωνης - O
sistema romano de coletar taxas, especialmente o τελοι, em suas províncias, incluía de forma geral três graduações
de oficiais. O mais alto, chamado de publicano,
pagava uma soma de dinheiro pelas taxas de uma determinada província, e então
exigia o equivalente e mais quanto podia extorquir da mesma. Este vivia em Roma. Os submagistrados,
que estavam encarregados de um determinado território, e que viviam nas
províncias. Havia ainda os portitores,
os atuais oficiais alfandegários, que
faziam o trabalho de coletar os impostos.
No N.T., τελωνης era usada para descrever
os portitores;
categoria mais baixa destas três graduações. A palavra publicano, usada em algumas versões para traduzi-la, é imprecisa;
cobrador de imposto é melhor opção. αρχιτελωνης,
que ocorre somente em Lc 19.2,
evidentemente descreve um oficial superior ao τελωνης. Strong.
“
Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto,
imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”.
Assim,
podemos listar nossos deveres como cidadãos:
Submeter-se
aos governantes;
Temer
desobedecer as autoridades civis;
Fazer
o bem;
Pagar
os impostos;
Pagar
as suas dívidas;
Dar
a cada um o que lhe é devido – é uma das principais obrigações, respeitar as
autoridades;
Honrar
os governantes civis;
Orar
pelas autoridades
Obedecer
as leis civis. O melhor exemplo é dado pela própria Escritura, pela dação
divina dos Dez Mandamentos;
Não
amaldiçoar os governantes;
Trabalhar
pela Paz;
Quem
resiste aos governos humanos e não lhes honra, está desonrando a Deus e
resistindo a soberania divina. Mas,mesmo assim, os “leiturgos”, os funcionários
públicos são considerados servos de Deus para executar o governo civil e devem
ser e respeitados, pela instituição que representam, mesmo quando são
desonestos.
A
delegação dada aos governantes é punir os maus, e defender o bem. Por isto, o
cristão não deve temer os governantes, desde que estes sejam governantes que
cumpram a lei.
Observemos
que quando Paulo escreveu estas linhas bíblicas o governo de Roma, sob Nero estava em um bom momento, mas mesmo
quando Pedro escreve sua Epístola Universal tratando do mesmo assunto, o
governo romano sob Nero, nos anos 64 a
68 d.C. já estava no auge da atrocidades, mas Pedro manda idêntico recado.
Mostra
que o chamado para execução da obediência, às autoridades, não se esgarça ou é
anulado quanto ás autoridades.
Fonte:
Bíblia
Plenitude
Bíblia
Dake
Comentários
– Romanos – C. Marvin Pate
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do autor
Dicionário
Strong
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