Martin
Luther King - Dead in 4 de abril de 1968
O
Apóstolo Da Não-Violência
No
dia 4 de abril de 1968, o Nobel da Paz de 1964, Martin Luther King, morre ao
ser baleado em Memphis, nos Estados Unidos.
Um Reverendo Um pastor que
pregou para milhões de pessoas.
Antes de tudo um Pastor: “"Livre
afinal, livre afinal.
Tudo começou em defesa de uma
mulher negra Rosa Parks.
Em dezembro de 1955, em Montgomery, a costureira negra
de 52 anos Rosa Parks resolveu não ceder seu lugar num ônibus para um passageiro
branco.Parks foi presa e, em decorrência,
Martin Luther King, pastor da cidade, conclamou um boicote dos negros aos
ônibus. Em um ano, tornou-se tão conhecido no país que assumiu a
liderança do movimento negro norte-americano.
Em 3 de abril, de volta a
Memphis, King pronunciou o que seria seu derradeiro sermão, declarando: "Tivemos algumas dificuldades
dias atrás. Porém nada importa para mim agora porque estive no alto da
montanha... E Ele permitiu que eu subisse a montanha. Olhei ao redor e avistei
a Terra Prometida. Não irei até lá com vocês. Mas quero que esta noite saibam
que nós, como povo, chegaremos à terra prometida."
Após dois atentados contra a
sua vida, pouco depois das 6 horas da tarde de 4 de abril de 1968, Martin Luther King Jr. foi ferido mortalmente por uma arma de fogo quando se
encontrava na sacada do 2º andar do Lorraine Motel em Memphis. O líder dos
direitos civis estava na cidade para apoiar a greve dos trabalhadores em
serviços sanitários e ia jantar quando um projétil o atingiu no queixo e rompeu
sua medula espinhal. King foi declarado morto logo depois de sua chegada a um
hospital local. Um reverendo negro que tanto se engajou pela igualdade de
direitos nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 Tinha apenas 39 anos!!!
No contexto dos Estados Unidos
em plena década de 50: uma superpotência em plena Guerra Fria, uma nação rica,
um país racista.
O país que se considerava
modelo de democracia e liberdade, mas seus habitantes eram classificados de
acordo com a raça. Os negros eram discriminados em todos os setores: na
política, na economia e no aspecto social.
Boicote
de ônibus
Os negros norte-americanos não
podiam votar, eram chamados pejorativamente de "nigger" e "boy", seu trabalho não era
devidamente remunerado, e as agressões dos brancos eram rotina. Até que, em
dezembro de 1955, em Montgomery, a costureira negra de 52 anos Rosa
Parks resolveu não ceder seu lugar num ônibus para um passageiro branco.
Parks
foi presa e, em decorrência, Martin Luther King, pastor da cidade, conclamou um
boicote dos negros aos ônibus. Em um ano, tornou-se tão conhecido no país que
assumiu a liderança do movimento negro norte-americano.
O boicote aos ônibus foi apenas
o começo. Seguiram-se as marchas de protesto de King e milhares de defensores
dos direitos civis em todo o país, acompanhadas de violações conscientes da
legislação racista. Usavam, por exemplo, as salas de espera e os restaurantes
reservados aos brancos. Nem a violenta repressão policial enfraqueceu o
movimento.
"Temos que
levar nossa luta adiante, com dignidade e disciplina. Não podemos permitir que
nosso protesto degenere em violência física", advertia o
pastor batista, não se deixando provocar pela ordem pública. Ele manteve esta
filosofia, mesmo quando os 1.100 participantes do movimento negro radical
exigiram a divisão dos Estados Unidos em dois, para brancos e negros, na Black
Power Conference, em 1967.
Vinte e quatro horas antes de
sua morte, Martin Luther pronunciou o célebre discurso em que anunciava ter
avistado a terra prometida. "Talvez eu não consiga chegar com vocês até
lá, mas quero que saibam que nosso povo vai atingi-la", declarou ele, como
se previsse a proximidade da morte.
Seu assassinato provocou
consternação internacional. As inquietações raciais se agravaram em Chicago e
Washington. Depois de anunciar o fim dos bombardeios no Vietnã e sua
desistência de se recandidatar à Casa Branca, o presidente Lyndon Johnson
chegou a adiar uma viagem ao exterior.
Em memória a King, no ano de
1983, os Estados Unidos tornaram feriado nacional a terceira segunda-feira de
janeiro (ele havia nascido em 15 de janeiro de 1929).
Vinte e quatro horas antes de
sua morte, Martin Luther pronunciou o célebre discurso em que anunciava ter
avistado a terra prometida. "Talvez eu não
consiga chegar com vocês até lá, mas quero que saibam que nosso povo vai
atingi-la".
Gaither Vocal Band - Peace In
The Valley (Live)
White and black singres
Sua famosa pregação, ecoa até hoje:
Sua
famosa pregação, ecoa até hoje:
I
Have A Dream
"Eu estou contente em
unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração
pela liberdade na história de nossa nação.
Cem anos atrás, um grande
americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de
Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança
para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça.
Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro
ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do
Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de
discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive
em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material.
Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se
encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para
dramatizar sua vergonhosa condição.
De certo modo, nós viemos à
capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa
república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da
Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo
americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens,
sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos
inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que
aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta
obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um
cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós nos recusamos a
acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que
há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar
este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de
liberdade e a segurança da justiça.
Nós também viemos para recordar
à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo
refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar
em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do
vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer
nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da
fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os
filhos de Deus.
Seria fatal para a nação
negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo
descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de
liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que
esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação
votar aos negócios de sempre.
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo
que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de
conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de
injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da
amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de
dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se
degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas
alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e
maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma
desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos
brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o
destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade
deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar
só.
E como nós caminhamos, nós
temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos
retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis,
"Quando vocês estarão satisfeitos?"
Nós nunca estaremos satisfeitos
enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial.
Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da
viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das
cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no
Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para
votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos
até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa
correnteza.
Eu não esqueci que alguns de
você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram
recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas
onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das
perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do
sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor.
Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do
Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e
guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação
pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.
Eu digo a você hoje, meus
amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda
tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia
esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós
celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são
criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia
nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os
filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da
fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia,
até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da
injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis
de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia
viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo
conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia,
no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios
gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos
negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas
brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu
tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e
montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares
tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne
estará junta.
Esta é nossa esperança. Esta é
a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da
montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos
transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de
fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar
juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós
seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças
de Deus poderão cantar com um novo significado.
"Meu país, doce terra de
liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram,
terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha,
ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande
nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da
liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas
poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos
engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas
montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas
ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o
sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na
Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em
todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o
sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando
nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós
deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda
cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus,
homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos,
poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
"Livre afinal, livre
afinal.
Agradeço ao Deus todo-poderoso,
nós somos livres afinal."
"Tivemos algumas
dificuldades dias atrás. Porém nada importa para mim agora porque estive no
alto da montanha... E Ele permitiu que eu subisse a montanha. Olhei ao redor e
avistei a Terra Prometida. Não irei até lá com vocês. Mas quero que esta noite
saibam que nós, como povo, chegaremos à terra prometida."
Martin
Luther King, o pastor negro norte-americano, é assassinado
por xxxxx xxxx xxx [não insiro o nome do criminoso, por decisão
própria] em Memphis, Tennessee, no dia 4 de abril de 1968. O
apóstolo da não-violência sonhava com uma sociedade racialmente igualitária à
qual os afro americanos estariam plenamente integrados. Sua luta pelos direitos
civis, as manifestações em marchas pacíficas, como a de 25 de agosto de 1963
sobre Washington que reuniu 250 mil pessoas, despertou a consciência dos
Estados Unidos para uma participação enfática na instauração de uma sociedade
mais justa. Sua ação lhe valeu o prêmio Nobel da Paz de 1964.
Nos meses que antecederam seu
assassinato, Martin Luther passou a ficar crescentemente preocupado com a
desigualdade econômica nos Estados Unidos. Organizou a Campanha do Povo Pobre
para enfrentar a questão, inclusive uma marcha interracial de pessoas pobres em
Washington e em março de 1968 viajou a Memphis para apoiar a greve dos
sanitaristas, majoritariamente de trabalhadores afroamericanos. No dia 28 de
março, uma marcha de protesto de trabalhadores liderada por King terminou em
violência e com a morte de um adolescente negro. King deixou a cidade mas
prometeu voltar no começo de abril para comandar outra manifestação.
Em 3 de abril, de volta a
Memphis, King pronunciou o que seria seu derradeiro sermão, declarando:
"Tivemos algumas dificuldades dias atrás. Porém nada importa para mim
agora porque estive no alto da montanha... E Ele permitiu que eu subisse a
montanha. Olhei ao redor e avistei a Terra Prometida. Não irei até lá com
vocês. Mas quero que esta noite saibam que nós, como povo, chegaremos à terra
prometida."
No dia seguinte, King é
assassinado por um franco-atirador. Assim que a notícia se espalhou, a
população saiu às ruas em várias cidades do país. A Guarda Nacional foi
deslocada para Memphis e Washington. Em 9 de abril, King foi enterrado em sua
cidade natal de Atlanta, Geórgia. Dezenas de milhares de pessoas alinharam-se
nas ruas para ver passar o ataúde colocado sobre uma simples carroça rural
puxada por dois burros para prestar-lhe o último tributo.
Várias fontes
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