O MINISTÉRIO DE PROFETA
Lição 7 – CPAD – republicada em Maio de
2021 (primeira publicação em 2014)
A republicação faz parte da temática da CGADB - A Promessa. Uma volta e busca aos Dons e Batismo com Espírito Santo
Autor Subsídio: Pastor e Professor
Univ. Osvarela
Onde não há profecia, o povo se
corrompe. Provérbios 29:18
Dom de profecia e Ministério profético, precisam
ser distinguidos.
Dom de profecia é dado a alguns na atual fase Crística
da Igreja.
E na igreja que estava em Antioquia havia alguns
profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio,
cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o
Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado.
Atos 15:22,23;30-32
Então
pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens
dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas,
chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos.
E
por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os
irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia,
saúde.
..., partiram para Antioquia e, ajuntando a
multidão, entregaram a carta.
E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.
Depois Judas e Silas, que também eram profetas,
exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.
Introdução e Textos:
Ministério como profeta é a ação ministerial
exercida, com a capacitação de profetizar, sendo usando a palavra, ou obtendo,
a revelação, seja na pregação ou na profecia exarada de forma oral, que serve
para edificação da Igreja.
Atos
“O Dom é algo que pode ser controlado, pelo
profeta, no uso, mas não na ação profética!” Osvarela
E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos,
variedades de línguas. 1 Coríntios 12:28
1 Coríntios 12:27-29
Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus
membros em particular.
E a uns pôs Deus na igreja,
primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores,
depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de
línguas.
Porventura são todos apóstolos? São
todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?
Efésios 4:11-13
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e
outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da
fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo,
Etimologia
Mutatis mutandis - é uma expressão latina que significa mudando o que
tem de ser mudado.
μαντευομαι - manteuomai. Significando um profeta, de quem se espera que
fale por inspiração;
1) agir como um vidente - Dn.6
1a) pronunciar um oráculo, profecia divina;
Viviam em um נוית
Naviyth - n pr loc. Naiote = “habitações”.
Chamamos a atenção e indicamos a leitura
do texto da postagem no link:
http://estudandopalavra.blogspot.com.br/2013/03/eliseu-e-escola-de-profetas-licao-12_23.html
http://estudandopalavra.blogspot.com.br/2013/01/elias-e-os-profetas-de-baal-licao-4.html
INTRODUÇÃO
A posição dos profetas na relação dos dons é
particularmente uma demonstração da importância deste ministério.
Contudo, não podemos colocar o mesmo acima do
governo da Igreja. Por isto, a lista coloca o Apóstolo, ou os fundadores
de trabalhos, na ordem inicial, pois eles são aqueles que representam os que
orientados, e ouvindo a voz de Deus iniciam sob esta os trabalhos onde os
profetas atuarão e exercitarão seu Ministério, por isto eles tem a
preeminência.
Esta posição honrosa na lista de dons serve ainda,
para demonstrar que a Igreja necessita estar atenta a voz de Deus e que o
Senhor quer falar a ela.
No entanto, se observada a lista na qual está
inserido, vemos que ele se encontra numa lista, de dons de atividades
necessárias, como o Espírito aloca os dons, para sustentação da Obra.
Poderíamos entender que:
Os apóstolos fundam as igrejas, os profetas falam a
igreja, os milagres e curas se manifestam como aprovação e demonstração da
presença de Deus na igreja, se exercita na mesma os socorros, e para que a
igreja se mantenha de forma estruturada necessita de governos e se como igreja
ativa no poder de Deus e demonstração para todos de sua afirmação e mantença
continua exercitando as variedades de línguas aonde quer que ela for
constituída.
PROFETA
“Havendo Deus antigamente
falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós
falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” Hebreus 1:1
Os profetas, ou nabi, ou navi no
conteúdo bíblico é alguém autorizado a falar em nome de outrem. No caso, falar
em nome de Deus.
“E dentre vossos filhos
suscitei profetas, e dentre os vossos jovens nazireus. Não é isto assim,
filhos de Israel? diz o Senhor”. Amós 2:11
Na historia bíblica estes homens eram no contexto
veterotestamentário escolhidos para esta atividade e serviam a comunidade
israelita com o seu dom.
Naquele contexto o ministério profético era
restrito.
“Então os filhos dos profetas que
estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o SENHOR hoje
tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei;
calai-vos’. 2 Reis 2:5
“E disseram os filhos dos profetas a
Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito.
Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e
façamo-nos ali um lugar para habitar. E disse ele: Ide”. 2 Reis 6:1-2
A Introdução e Ambiente
Neotestamentário:
A atividade do profeta, o faz ver as consequências.
É ele que tem a visão por detrás do que está
acontecendo, e parece normal para todos os demais.
É preciso entender a origem dos cultos e a forma de
adoração da Igreja se inicia dentro do Templo e das sinagogas judaicas.
Paulo e Pedro disputam, ou seja, buscam levar a
Revelação do Messias aos seus contemporâneos hebreus.
E, “mutatis mutandis”, buscar, a partir do
encontrado no Antigo Testamento, e projetar para como deve ser hoje.
Muito do estilo de culto da Igreja foi calcado na
sinagoga surgida no período exílico.
A Atuação Veterotestamentária.
Embora, houvesse agrupamentos e escola para
profetas em Israel eles eram poucos e o dom não se manifestava em todos ou em
pessoas como a evidencia Neotestamentária.
Os profetas atuavam
Como profeta do rei – viviam na casa
real, e sob as expensas do rei; “Agora, pois, eis que o Senhor pôs o
espírito de mentira na boca de todos estes teus profetas, e o
Senhor falou o mal contra ti”. 1 Reis 22:23
Isaías servia na casa real, nos idos do
rei Uzias: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor
assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo”. Isaías
6:1
Como profeta da nação – profetizavam de maneira
nacional;
Como profeta do povo – profetizavam e viviam no
meio do povo, podendo deslocar-se entre a população, prognosticando e
profetizando de maneira regular entre as comunidades.
“Ora, pois, trazei-me um músico. E
sucedeu que, tocando o músico, veio sobre ele a mão do Senhor. E disse: Assim
diz o Senhor: Fazei neste vale muitas covas”. 2 Reis 3:15-16
Eles podiam receber o nome de videntes.
“Antigamente em Israel, indo alguém
consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque
ao profeta de hoje, antigamente se chamava
vidente”. 1 Samuel 9:9
Não tendo, esta palavra, a conotação espiritual
de adivinho, mas de alguém que tinha o dom de ver ou ouvir a voz de
Deus.
A função dos profetas:
Exortar – eram doutrinadores e mantenedores da
posição do povo diante da Lei e dos mandamentos divinos;
Proclamar os desígnios de Deus; Anunciadores da vontade de
Deus para com o povo e a Nação.
Alertar do juízo futuro; Eram atalaias.
O reconhecimento dos profetas era algo inerente a
nação de Israel, serviam para orientar o Rei e o Reino, ate nas suas batalhas:
Disse, porém, Jeosafá: Não há
aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar? Então
disse o rei de Israel a Jeosafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar
ao Senhor; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas só
o mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Jeosafá: Não fale o rei assim.
Então o rei de Israel chamou um oficial, e disse: Traze-me depressa a Micaías,
filho de Inlá. 1 Reis 22:7-9
Jesus – O Profeta.
Mesmo no contexto anterior, a Igreja receber o
Espírito Santo, de forma derramada a todos, Jesus em seu ministério terreno era
reconhecido como Profeta, ainda nos moldes que os israelitas entendiam este
Dom.
“E a multidão dizia: Este
é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia”. Mateus 21:11 “E, pretendendo
prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta”. Mateus
21:46
O Ministério Profético
Neotestamentário.
Na vida da igreja, nos tempos Neotestamentários,
pós-pentecoste, a atividade profética nos é apresentada sob este contexto:
O Derramamento do Espírito sobre todos da Igreja.
Esta em si, já é uma diferença a ser entendida,
enquanto no contexto de Israel os profetas formavam uma categoria, agora o dom
se mostra distribuído a todos quanto o Espirito quer dar e a todos quanto
quiserem buscar com oração e suplicas o dom da profecia.
“Segui o amor, e procurai com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar”. 1 Coríntios 14:1
O dom de profetizar é essencial para igreja, pois é
por ele que Deus fala e direciona a Igreja revelando os mistérios e sua
vontade, as coisas que sucederão com seu povo e os da igreja.
“E na igreja que estava em Antioquia havia alguns
profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu,
e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo”. Atos 13:1
O Ministério profético é uma condição para que a
igreja e o povo de Deus tenha entendimento frutífero e possa usufruir na condição
transacional com entendimento aquilo que o espirito dos homens recebem, ao
falar em línguas estranhas e que servem para alegrar e edificar a alma, mas
através do Ministério profético possam alcançar de maneira inteligível e
racional, para o espirito humano e sua alma o que Deus quer para vivermos na
condição de membro do Corpo de Cristo, sendo edificados plenamente nas virtudes
e excelência do Evangelho como plenitude de Cristo.
“O que fala em língua desconhecida edifica-se a
si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que todos
vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que
profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete
para que a igreja receba edificação”. 1 Coríntios 14:4-5
Vimos nas Escrituras Neotestamentárias que o
ministério profético serviu para alertar, orientar e avisar ao próprio Apóstolo
Paulo:
O que é Ministério?
O verbo “chamar” (kalein) e o substantivo
“chamado” (klesis) têm uso abundante e, até certo ponto, variado no Novo
Testamento. Ser “chamado” é ser alguém que foi escolhido dentre os escolhidos
para uma atividade definida.
Através dos profetas, Deus nos mostra ainda mais:
“E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão e vossos jovens
terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito
naqueles dias” (Jl 2:28-29). Cumprido no Pentecostes, como Pedro proclamou em
seu sermão (At. 2:17), esta profecia refere-se ao dia quando toda a Igreja será
cheia com o Espírito e cada crente será um sacerdote, de modo que o mundo
saberá que Jesus é o Cristo.
Estes profetas exercem agora, o ergon
diakonias ("a obra do ministério"), ou seja, estão
inseridos no contexto de ministrar a outros sob a égide e a voz interna do que
lhes fala e autoriza a dizer, o Espírito Santo, para edificação da Igreja.
O texto de Efésios utilizado para base bíblica
desta semana, nos conduz, ao entendimento, que a ministério profético é
concedido pelo Espírito, e esta aberto a todos quanto o buscarem para receber.
“Assim também vós, como
desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da
igreja”. 1 Coríntios 14:12
Pois, o contexto pentecostal de receber um
ministério pode ser através da busca sincera e do desejo em servir a Deus.
Logicamente que esta virtude esta disponível, mas nem todos a receberão, pois o
Espirito é quem conhece a necessidade e a dispõem a quem quer,
independentemente devemos buscar este Dom de Profeta.
Ministério.
O que significa então ser “chamado” para o
ministério?
...é necessária uma filosofia de
ministério que reflita as demandas bíblicas do serviço cristão, para
estabelecer a base adequada pela qual o ministro e o povo de Deus saberão de
forma clara a que tarefa aqueles foram chamados por Deus e separados pela
igreja. Franklin Ferreira
Necessitamos entender que muitas vezes, uma
demonstração de fervor ou de vontade de buscar as almas e falar de Jesus, não
pode ser confundida, com a chamada ao ministerial.
Assim, o nosso senso de “chamado” para o ministério
é o que o senso de nosso chamado para pertencer a Cristo, nos faz sentir. Seja
ao que verdadeiramente é chamado, tanto quanto ao cristão convertido e cheio do
fervor em pertencer a Cristo e entender por isto, a necessidade de falar desta
salvação.
Faz-se necessário entender, que é um chamado para a
fé, e não para uma vocação particular, pois somos chamados para a Obra do
crescimento em Cristo, conforme Mc 16.15.
Isto se dá por que: “Todos nós somos ordenados a
aprender mais de Deus e de Sua obra salvadora em Cristo, crescendo em nosso
conhecimento. Nenhum crente está isento da obra do Espírito de
mortificar o velho homem e ressuscitar seu ser para uma nova vida. E todo
cristão, se genuinamente chamado para pertencer a Cristo, deseja ver o perdido
reconciliado com Deus”.
Estas não são qualificações exclusivas dos
ministros; elas são características do cristão!
Uma palavra de alerta: “Ministros não são pagos
para ser discípulos de Cristo por nós, mas para nos guiar na verdade e
justiça”.
Podemos e devemos entender, que Deus não somente
chama presbíteros como ministros para cuidar da condição espiritual da igreja;
- Ele indicou diáconos para serem ministros no
atendimento das necessidades físicas da congregação. Os diáconos foram
escolhidos, primariamente, para liberar os apóstolos do peso das tarefas
financeiras e administrativas.
Os doze apóstolos, os Ministros, as Colunas,
conheciam o chamado deles quando disseram “Não é razoável que nós abandonemos a
palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete
homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais
encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e
ao ministério da Palavra” (At 6:1-4).
Vemos então que a ação ministerial era importante,
pois à medida que os apóstolos foram substituídos neste dever, “crescia a
palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos;
também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé” (vs.7).
Neste contexto necessitamos entender que o
Ministério profético é um ministério a ser exercido na ação espiritual e não
pode ser confundido com o Ministério outorgado pelas mãos do Presbitério (aqui
como o Santo Ministério Eclesiástico - legítimo para diáconos e presbíteros,
quanto para ministros). No entanto, entendemos que: os que recebem a imposição
de mãos recebem a dação ministerial (caso dos ministros do Evangelho)
profética, de tal forma, que passam a ter a unção da Profecia como Ministério
de Profeta, com a consequente ação ministerial advinda desta Unção. "Não
desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição
das mãos do presbitério". 1 Timóteo 4:14
Entendendo: “Ministros, portanto, são chamados para
serem inteiramente dedicados ao ministério da Palavra e da liturgia, como Santa
Ceia, Batismo, etc...”.
Todos os oficiais (ministros) são genuinamente “chamados”
para o ministério quando a voz do Pastor é ouvida através de sua igreja.
Podemos inferir que por isto a ação do Ministério profético é essencial, no
seio da Igreja para que saibamos e conheçamos a real vontade do Senhor, através
do Seu Espírito, que dirige a vida eclesial e eclesiástica.
Quando um candidato foi preparado para tal serviço
recebe um “chamado” de uma congregação particular e do presbitério, ele é
chamado, por Deus, para o ministério.
A Introdução e Ambiente
Neotestamentário:
É preciso entender a origem dos cultos e a forma de
adoração da Igreja se inicia dentro do Templo e das sinagogas judaicas.
Paulo e Pedro disputam, ou seja, buscam levar a
Revelação do Messias aos seus contemporâneos hebreus.
E, “mutatis mutandis”, buscar, a partir do
encontrado no Antigo Testamento, e projetar para como deve ser hoje. Muito do
estilo de culto da Igreja foi calcado na sinagoga surgida no período exílico.
Alguns, hoje, se intitulam de levitas.
Quanto a atuação sob a questão da
veracidade.
Aos falsos profetas aplicava-se a pena de morte, na
Lei Moisaica.
O Ministério profético necessita de obter
respeitabilidade, dos ouvintes da Profecia.
Pelo simples pressuposto de que Deus não traz
confusão, ao falar ao seu Povo.
“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos
profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz,
como em todas as igrejas dos santos”. 1 Coríntios 14: 29;32-33
O Ministério deste dom está sob mandamento, que o
indicam como possível julgamento da Igreja e dos que ouvem as Profecias.
Por ser um dom de elocução necessita de evidencia e
cumprimento de cada dito pronunciado sob a forma enuncial utilizada: “assim
diz o Senhor”.
Desde a antiga Escritura a profecia esteve sob esta
forma de controle.
“Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe
tenha mandado falar, ou o que falar em
nome de outros deuses, esse profeta morrerá”. Deuteronômio
18:20
“Quando o profeta falar em nome do Senhor, e
essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não
falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele”.
Deuteronômio 18:22
Os rabinos e a própria Escritura apontam para que a
profecia só teria veracidade, quando de fato ela ocorre, após o pronunciamento.
Além disto, o profeta só poderia falar em nome do Senhor e não poderia falar em
nome de qualquer outro deus. Por isto, podemos entender a colocação do Apóstolo
Paulo, quando ele diz: “Portanto, vos quero fazer
compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é
anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito
Santo”. 1 Coríntios 12:3
Desta forma, o Ministério de Profeta é um doa
ministérios que se erige sob o manto da verdade divina e qualquer que o usar
sem estes pressupostos, da verdade, justiça, honestidade deve ser visto e
colocado sob suspeição ministerial e pode ser julgado como falso.
O Didaquê, obra da igreja primitiva que pode ser dada como
de produção ao redor do ano 90 de nossa era (parece anteceder, inclusive, ao
evangelho de João), e que é considerado como um manual de doutrina da igreja
primitiva, diz o seguinte, sobre o trabalho de mestres itinerantes na vida das
comunidades cristãs da época: “Todo apóstolo que venha vós seja recebido
como o Senhor, porém não permanecerá mais que um dia, e se houver necessidade,
ainda o outro dia; mas se permanecer três dias, é um falso profeta. E
tendo saído o apóstolo nada tomara para si, a não ser pão, até o próximo
alojamento. Mas se pede dinheiro é um falso profeta” (11.4-7).
É uma forma de coibir o uso do Dom como se fosse
algo de propriedade de algum mortal, mas o que se recebe de graça deve ser dado
e ministrado de graça!
Colunas
A Escritura Neotestamentária nos mostra através da
escrita dos santos homens, que há uma preeminência na vida eclesial
apresentando os profetas como colunas da Igreja.
Mesmo, antes de Paulo codificar a doutrina dos Dons
Proféticos e espirituais, o Ministério da Igreja apresenta-se composto de
Apóstolos, profetas, doutores e demais lideranças. Mostrando a importância da
composição ministerial destes homens no cerne da vida eclesiástica, além da
vida da própria igreja e constituição ministerial da Igreja primeva.
“E na igreja que estava em Antioquia
havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão
chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o
tetrarca, e Saulo”. Atos 13:1
Como a Igreja tinha sede em Jerusalém, podemos ver
que ali a composição do Ministério (Gl. 2) encontramos a posição e atividade de
Profeta de forma normal naquele que era o centro Ministerial da Igreja:
E naqueles dias desceram
profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por
nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo
o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:27-28
Esta é, pois uma evidencia da atividade ministerial
profética na Igreja.
“...e, entrando em casa de Filipe, o
evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. E tinha este quatro
filhas virgens, que profetizavam. E, demorando-nos ali por muitos
dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo” Atos 21:8-10
O Ministério profético cresceu conforme a Igreja se
edificava em outras cidades e regiões.
Sem duvida, nos dias de hoje necessitamos de
perceber e vivenciar esta mesma experiência, e isto só pode ser conseguido se
houver homens com disposição de buscarem receber e usar na Igreja, o Ministério
da Profecia.
A Excelência
A inserção ministerial do Dom da profecia concede a
Igreja que usa este Ministério com sabedoria, conteúdo espiritual que vai além
da percepção espiritual da língua estranha, pois ele é um dom e ministério.
É importante para cada um que recebeu o Ministério
de profeta que saiba que este tem um diferencial e importante distinção dentre
os Dons, como o Apóstolo Paulo revela.
A Atividade E Fim
“Mas o que profetiza fala aos
homens, para edificação, exortação e consolação”. 1 Coríntios 14:3
Ao lermos o texto acima, podemos inferir que a
atividade profética tem uma destinação e conteúdo próprio na condução da vida
espiritual da Igreja.
Da mesma forma que os antigos videntes, o profeta
Neotestamentário tem obrigações ministeriais perante a Igreja e deve conhecer
que estas são especiais e não podem fugir ao que o Espirito fala e não podem
ser utilizadas de maneira diversa ao que o Espírito Santo lhe fala para
transmitir a Igreja.
Não poderá conduzir o espirito pessoal afim de
satisfazer egos ou falar o que não lhe disse o Espírito de Deus.
Eu sempre digo: “O Dom de Profecia está sob
Mandamento” e isto infere ser obediente a Voz de Deus e não pode ser utilizado
de maneira infantil ou sem critério. Há critérios a serem observados, pois Deus
continua sendo o mesmo Deus dos Profetas.
“O que fala em língua desconhecida edifica-se a
si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que
todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que
profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também
interprete para que a igreja receba edificação”. 1 Coríntios 14:4-5
Eis o que deve ser buscado no Ministerio de
Profeta:
Reconhecer que fala a Igreja com uma finalidade:
- o que profetiza
edifica a igreja
- profetiza fala aos homens
- para edificação
- exortação
- consolação
É um Ministério de Tripla função:
Edificar
Exortar
Consolar
As Escrituras são o Referencial sobre
quem é Profeta verdadeiro:
Precisamos nos valer das Escrituras sagradas para
poder identificar, aqueles que querem engodar o povo de Deus.
De todos os tipos, com promessas de fertilidade –
prosperidade, riquezas materiais – a moda atual.
São diferentes de Jesus Cristo, O Sumo Pastor de
nossas almas:
“I Pedro 5:4. E, quando aparecer o Sumo Pastor,
alcançareis a incorruptível coroa da glória”.
Mostram-se como fonte de águas, mas são nuvens
secas, que só querem tirar o “pêlo da ovelha”!
Conclusão
Estejamos conscientes ao utilizarmos o Ministério
de Profeta, pois todos quantos se assentam para falar de forma a ser Voz
profética devem estar atento aquilo, que Deus quer para seu Povo, será
verbalizado, por meio deste Ministério.
O dom de profecia é diferenciado do Ministério de profeta. O Ministério de
profeta é inerente a atuação da Unidade da fé na Igreja.
É uma atividade em ação e relacionada dentro do e ao Ministério que serve ao
mesmo para determinar a mantença da Doutrina sem desvios e pensamentos humanos,
pois é pela voz de Deus que este Ministério regula a atividade doutrinária, em
seus princípios evangélico/cristão preservando a Integralidade da Fé
genuína!
Bibliografia
O Significado de "ministério" na Tradição
Reformada - Dr. Michael S. Horton; é professor adjunto de Teologia Histórica do
Seminário Teológico de Westminster na Califórnia; graduado pela Biola
University (B.A.), Westminster Theological Seminary in California (M.A.R.) and
Wycliffe Hall, Oxford (Ph.D.)
Estudandopalavra - Blog do autor.
Bíblia on line
Bíblia Plenitude
Revista Teologia Brasileira
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