A Batalha Espiritual do Apóstolo Paulo
Um Estudo, compilações e
adaptações
Pastor e Professor
Universotário Osvarela
Fiz um resumo de postagens,
neste meu Blog, sobre o Apóstolo Paulo, para que os leitores possam ter uma
compilação de vários estudos, aqui publicados, ao longo de anos e lido por mais
de 1 milhão de leitores, que acessaram minha página, aos quais desde já
agradeço e peço que continuem nos ajudando e orando para inspiração ao escrever
sobre as Sagradas Escrituras.
A compilação não está em ordem cronológica bíblica, como em Atos dos Apóstolos, mas com evidencia de fatos importantes, pós-conversão de Saulo de Tarso. Do qual a Bíblia, por Lucas, começa a chamar de Paulo em Atos dos Apóstolos:
Atos 13:2-9: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então,
jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes,
enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus;
e tinham também a João como cooperador. E, havendo atravessado a ilha até
Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado Barjesus, O qual
estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, chamando a si
Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus. Mas resistia-lhes
Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome), procurando
apartar da fé o procônsul. Todavia Saulo, que também se chama Paulo,
cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele,...”
A figura do Apóstolo Paulo, ressalta sua lide, pois ele foi um que lutou várias batalhas, em várias frentes da vida.
1. O
seu apostolado
2. Na
sua vida pessoal:
2 Coríntios 12:7b. “Portanto, para que eu não ficasse empolgado demais, foi-me dado um
espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para esbofetear-me, para que eu não
fique eufórico demais.”
Paulo sofre dor física
mesmo? Explicação, coerente apresenta a hipótese: “Paulo teve um espinho na
carne. O grego emprega o termo skolops, que significa ou estaca ou
espinho. Não é correto pensar em empalação ou crucificação, porque Paulo sempre
usa stauros quando escreve sobre a cruz. Aqui a palavra tem o
sentido de um espinho ou outro objeto que fere a pele de Paulo e o machuca.
Paulo também usa a palavra carne, que aponta à fragilidade de seu corpo físico.
A maioria dos estudiosos concorda que esse termo deve ser interpretado
literalmente, isto é, Paulo suportava dor física. Paulo escreve que sua aflição
física é um mensageiro de Satanás, isto é, um dos anjos maus de Satanás. Ao dar
a Paulo um espinho para lhe causar desconforto físico, Deus permite que Satanás
mande um dos seus anjos para atormentar o apóstolo. [..., “para esbofetear-me”,
é ainda mais descritiva, isto é, o mensageiro de Satanás feria Paulo no rosto.
Explicações do mal de Paulo são numerosas; há pelo menos doze diferentes
sugestões, várias delas bem aproveitáveis. Entre as sugestões estão a
epilepsia, a histeria, a nevralgia, a depressão, problemas de visão (ver Gl
4.14, 15), malária, lepra, reumatismo, um impedimento na fala (ver 10.10;
11.6), tentação, inimigos pessoais (comparar com 11.13-15) e maus-tratos de um
demônio.”
Ao descrever, isto,
mostramos que a batalha espiritual, pode atingir e atinge, por vezes, o corpo
físico do que batalha.
3.1 Como
cidadão romano. Paulo nascido em Tarsis, era um romano sem ter origem romana.
As cidades que eram consideradas como tendo ajudado a Roma, de várias formas,
sejam em conquistas e batalhas, conseguiam por ordem discricionária do
Imperador, o título de “civitas libertas”, e assim, todos os que nasciam nestas
cidades, ou locais, ainda que não sendo solo original romano, dava a todos os
seus moradores, ali nascidos, independente de cor, raça, ou etnia o direito de
cidadania romana (menos os escravos); O general romano Marco Antônio concedeu-lhe
o privilégio de libera Civitas (“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte,
embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava
sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado
grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo.
Um privilégio nos tempos
do forte Império da águia e das centúrias com o estandarte vermelho.
Considerando as
vicissitudes históricas de Tarso na época imperial, podemos dizer que as
famílias abastadas da cidade gozavam da cidadania Tarsenses.
Uma confirmação disso é
que Dion de Prusa fala em “quinhentas dracmas” como condição para
adquirir o direito de cidadania em Tarso.14 No discurso aos cidadãos de Tarso,
o orador Dion os convida a reconhecerem também aos “operários do linho”, linourgói,
o direito de cidadania, já que eles nasceram, vivem e trabalham em Tarso, pois
tal direito é reconhecido imediatamente para quem está disposto a pagar
quinhentas dracmas. Em todo caso, se a família de Paulo faz parte da comunidade
judaica de Tarso, é provável que goze dos direitos adquiridos pela comunidade.
É provável que o avô de
Paulo tenha adquirido esse direito graças às benemerências em relação à causa
romana. Essa situação favorável se apresenta na metade do século I a.C., no contexto
da guerra civil entre os assassinos de César, Cássio e Bruto, e os
filocesarianos Antônio e Otaviano. A cidade de Tarso, como foi dito acima, foi
envolvida política e financeiramente nessas lutas entre os dois partidos.
Antônio antes, no período da sua aventura no Oriente de 30 a 40 a.C., e
Otaviano Augusto depois demonstraram seu reconhecimento à cidade de Tarso,
cumulando-a de isenções e favores.
Dion de Prusa, em seu
segundo discurso em Tarso, afirma que Augusto tratou seus habitantes como
verdadeiros amigos e aliados, concedendo-lhes territórios, leis, honras e
direitos sobre os rios e sobre o mar. Podemos pensar que nessas circunstâncias
os antepassados de Paulo tenham conseguido o direito de cidadania romana.
O relato lucano sobre a
prisão de Paulo em Jerusalém se esclarece que ele, desde seu nascimento, goza
do privilégio de “cidadão romano”. De fato, o tribuno, diante dos gritos
insistentes da multidão que pede a morte de Paulo, faz com que ele seja levado
para dentro da fortaleza Antônia e ordena que seja interrogado “para saber o
motivo por que gritavam tanto contra ele”.
“E permitido a
vocês açoitar um cidadão romano sem ter sido julgado?”.
Surpreso, o tribuno diz a
Paulo: “Eu precisei de muito dinheiro para adquirir essa cidadania!”. Paulo
retruca: “Pois eu tenho essa cidadania de nascença”.
Imediatamente, o oficial dá ordens para suspender o interrogatório de Paulo. E
Lucas conclui sua narrativa dizendo que o tribuno ficou com medo, “ao
saber que Paulo era cidadão romano, e que mesmo assim o haviam acorrentado”
(At 2,25-29).
Uma via de acesso mais
direta e segura à cidadania Tarsenses está ligada ao status de maior prestígio,
que Paulo teria herdado da família, isto é, de cidadão romano.
Assim, ele se diz: “Atos
dos Apóstolos 21,39: “Eu sou um judeu de Tarso da Cilicia, cidadão [polítes] de
uma cidade não sem importância”
Ele não só é originário de
Tarso, mas “cidadão”, a pleno título, dessa cidade. Paulo é descrito por Lucas
pela sua condição: ”O direito de cidadania romana é regulado pelas antigas leis
Valeria, Julia e Porcia. A Lex Julia, relativa à vis publica, proibia a
qualquer magistrado condenar à morte ou supor que Lucas chegou a conhecer essa
condição de cidadão romano de Paulo e a tenha utilizado em função de seu plano
historiográfico sobre as origens e a expansão da Igreja primitiva.”
Segundo Lucas, Paulo é
cidadão romano pelo nasci mento e, por isso, pode dizer como Cícero: “Civis
romanus natus sum”.
Os romanos consideravam
“Libertas” como o estado ou condição natural dos homens.
Havia três coisas que
determinavam o status ou a condição de um homem:
- Libertas (se um homem
era um homem livre ou não)
- Civitas (se um homem era
cidadão ou não; isto é, o ESTADO ou CONDIÇÃO dos cidadãos (a condição
desfrutada por cives * / os civis)
- Família (que propriedade
tem o homem)
Libertas foi o primeiro
essencial dos três Sem Libertas não poderia haver status, pois servos ou
escravos não poderiam ser cidadãos (não poderia ser um Civis Romanus), não
poderia possuir propriedade (família), e não poderia reivindicar nenhum direito
de determinação para uma família (família).
Para ser um cidadão, um
homem deve ser um homem livre; mas Libertas (o estado de ser livre) não implica
necessariamente Civitas (cidadania), pois um homem pode ser Liber (livre) sem
ser Civis (cívico / cival).
Família implica tanto
Libertas e Civitas, e ele só quem é ‘Civistem familia’. Assim, Família
necessariamente inclui Civitas, mas Civitas não inclui necessariamente Família
em um sentido; para família pode ser mudado, enquanto libertas e civitas
permanecem: "cum et libertaa et civitas retinetur, familia tan turn
mutatur mini- mam esse capitis diminutionem constat".
Mas Civitas (cidadania)
tão fortemente implicou necessariamente em Família (propriedade), que nenhum
Civis Romanus (Cidadão Romano) permaneceu sem família.
As Batalhas físicas
(possíveis doenças).
3. Depressão.
Pelo capítulo 1 já tomamos conhecimento de que Paulo estava desanimado pelas
suas experiências na Ásia Menor (1.8).
Contraditório:” “Em
tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não
completamente perplexos” (4.8). Somos “entristecidos, mas sempre
alegres” (6.10).
4. Visão
fraca. Escrevendo aos gálatas, Paulo menciona que sua doença era uma aflição
para eles. Contudo, eles o aceitaram como anjo de Deus e teriam feito qualquer coisa por ele, até arrancar
seus próprios olhos para lhe dar (Gl 4.14, 15).
Será que Paulo estava sofrendo
de oftalmia?
Pode ser apenas uma
hipérbole. Paulo tinha seus amanuenses, e ele cita que “daria até seus olhos”
5. Epilepsia.
Será que Paulo sofria de ataques ocasionais de epilepsia, dos quais um exemplo
seria sua experiência de conversão às portas de Damasco? Um ataque epiléptico
causa períodos de inconsciência, o que não aconteceu quando Jesus fez Paulo
parar perto de Damasco. Paulo não desfaleceu, caiu e ficou cego, e depois
relata em detalhes o que lhe aconteceu, citando, inclusive (diferente de relato
de Lucas) o que aconteceu aos seus acompanhantes.
Alguns alegam que Paulo em
uma de suas viagens – a última – ele teria contraído malária, doença que pode atingir
a visão.
6. Inimigos.
Essa epístola revela a oposição contra qual Paulo teve de lutar continuamente.
Seus oponentes foram de fato uma fonte de agonia mental para ele. Não creio,
Paulo fazia questão de transformar os sofrimentos, qe lhe foram afligidos por
seus inimigos, sejam judeus, ou outros povos, como marcas em seu corpo, por
amor a jesus Cristo, seu Kurios.
7. Visitação
de demônios. Essa teoria ensina que quando Paulo estava no céu, foi
dominado pelo orgulho. Mas de repente foi atacado por um demônio que o punia
para conservá-lo humilde. Paulo orou três vezes ao Senhor para fazer com que o
ataque parasse, mas foi-lhe dito que tinha de aprender sua lição e confiar na
suficiência da graça de Deus.
Contraditório: Paulo
jamais poderia ser afligido no céu, além do que, o desconforto físico do
espinho na carne não é uma provação temporária no céu, mas uma dor persistente
na terra. E mais, não há indicação no texto de que Paulo tenha vivenciado um
castigo no céu, porque lá é um lugar muito improvável para um demônio vencer o
apóstolo. um espinho na carne foi dado a Paulo não por um mensageiro de
Satanás, e sim pelo Senhor, que permitiu que o mensageiro de Satanás o
esbofeteasse.
- “dizer que a aflição de
Paulo na Galácia foi epilepsia porque os gálatas podem ter mostrado desprezo ou
desdém acrescentar algo que não está no texto (Gl 4.14).” A tradução literal
de ekptuw é “eu cuspo para fora”, mas os
tradutores preferem o sentido secundário: “Eu desprezo”.
A Batalha Pós-Conversão:
Perdendo o Orgulho.
Caçador caçado – Por Jesus
Perdas:
“Circuncidado ao oitavo
dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a
lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que
há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por
Cristo.” Filipenses 3:5-7
“Respirando ainda ameaças
e morte contra os discípulos do Senhor” cf. Atos 8:4
(Atos 9:1), Saulo resolveu
que já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas
quais se abrigaram os discípulos dispersos.
Lhe era de natureza
espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar a Lei,
mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa
decaída.
De que modo, pois, poderia
ele ser reto para com Deus?
Paulo no caminho de
Damasco, sofreu uma coisa momentosa.
Num lampejo cegante, Paulo
se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de
Deus e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo
vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu
persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém
fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na
cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos
9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e
conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’
fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.
2 Coríntios 12:7b; Dr. Simon Kistemaker
"Apelaste para César; para César irás".
A naturalidade de Paulo
diria a Cláudia Lísias a quem ele o enviaria para continuar sua saga em direção
a Roma.
Veja o trabalhar de Deus,
os homens pensam que tem poder sobre a vida de Paulo, mas só são instrumento do
Senhor de Paulo.
Dados informativos e
culturais:
Obs. Cesaréia -Era a uma
cidade portuária, estivemos lá em viagem. Era a sede do Governador – hegemenon
– gr., um governante subordinado.
Adramitino era um
porto marítimo da província romana na Ásia - atual Turquia –
A narrativa lucana nos faz
atender, que Lucas estava nesta viagem, ele era um passageiro da agonia.
Agripa - O nome
completo deste rei era, Marco Julio Agripa II, bisneto de Herodes O Grande,
criado em Roma foi também rei de Cálcis um pequeno reino, em 56 d.C. Nero o
nomeou para o Reino da Judéia.
Antonias
Félix nascido escravo, na casa de Antonia, mãe do Imperador Cláudio, que o
nomeou governador da Judéia em 48d.C.
Casado com três mulheres,
sendo uma dela Drusila, mulher judia, que abandonou o marido, e era filha
caçula do Rei Agripa, para casar-se com Félix.
Berenice chamava-se
Berenice Verônica, e casada com seu tio o Rei herodes de Cálcis, casou-se
também com o rei Polemo da Cilícia, terra natal de Paulo.
I- Introdução de:
Defesas de Paulo...
Paulo havia utilizado um
direito de todo cidadão romano:
A sua apelação a César era
um instrumento legal sob o nome de - “provocatio ad Caesarem”
Quando vejo Paulo agindo
desta forma sinto, que há um mover pessoal dirigido por Deus, com consciência,
ainda que subjetiva do Apóstolo, o conduzindo na direção de Roma, como o Senhor
lhe convocara, para ir pregar a sua palavra.
Estava em sua consciência
de plantador de Igreja, de evangelista, no relato de Lucas, o que ele
propusera em seu espírito, estando em Éfeso,.
At. 19.21. Cumpridas
estas coisas, Paulo propôs, em seu espírito, ir a Jerusalém, passando pela
Macedônia e pela Acaia, porque dizia: Depois de haver estado ali, é-me
necessário ver também Roma.
Observe que esta
afirmação, ou desejo é anterior segundo a narrativa de Lucas, a profecia de
Ágabo em Cesaréia, já a 96 km de Tiro e de Jerusalém.
O homem espiritual
interior sabia o que lhe aguardava, qual seria a sua ultima estação da vida, no
final do combate combatido com fé viva em seu Senhor Jesus Cristo.
A seqüência da defesa de
Paulo, após sua prisão em Jerusalém.
II- O início de uma viagem
a Roma.
Como tudo na vida
ministerial de Paulo, sofrimento é sua marca, excessos contra ele confirmação
da vontade do Senhor na sua vida, prisões o levam ao destino de suas pregações,
para que outros possam ouvir a mensagem do Evangelho.
A- Fases desta viagem:
Paulo chegando a Jerusalém
foi à casa do líder apostólico Tiago [At.21.18], onde esteve com todos
anciãos, detalhou tudo o que o Senhor houvera realizado em seu Ministério.
1-Prisão no Templo.
Acusação: ensinar aos judeus entre os gentios, que se apartassem de Moisés,
não circundar os seus filhos, nem andar nos costumes da Lei. At. 21.21.
Paulo cumpre a Lei, com
quatro varões que fizeram voto, santificou-se na forma da Lei por sete [7] dias
no Templo, mas uns da Ásia o viram e incitaram ao povo contra ele, sob alegação
de ter introduzido Trófimo – grego –no Templo, profanando o local.
Criou-se uma confusão em
Jerusalém, Paulo volta a sofrer danos físicos, sendo salvo pelo tribuno.
III- As Defesas de Paulo:
AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO.
Paulo
Plantador de Igrejas
AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE
PAULO.
Paulo, Plantador de
Igrejas. Pr. Augustus Nicodemus
“E, servindo eles ao
Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra a que os tenho chamado.” At. 13.2.
Leitura Bíblica em Classe.
Atos 13.1-5;46-49.
Introdução:
Não sei se esta é uma
Lição que a contribuitividade de minha parte, permitirá alcançar a tão grande
meta imposta por Pr. Claudionor de Andrade, do alto de seu conhecimento da
História da Igreja e da Geografia bíblica, mas creio que o Espírito Santo nos
ajudará a incentivar aos participantes da EBD de domingo no estudo e conhecimento
do assunto.
A História Imperial
Romana, e o período das viagens de Paulo:
Ao lermos o Livro de
Daniel podemos entender o Império Romano como uma providencial implantação de
um cenário, para a plenitude do Evangelho, por conta da sabedoria de seus governantes,
em manter línguas, costumes, e religiões dos povos submissos, ou vassalos.
Assim, ao tempo de Paulo,
a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os
primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da
religião e com isto o domínio de certa parcela de poder, haja vista, a posição
do Sinédrio, mesmo sob domínio romano.
Para melhor entendermos as
viagens de Paulo, faz-se necessário conhecer quais povos contribuíram para a
expansão do Evangelho.
Assim como, quais povos
ele atingiu e dos quais obteve ajuda substancial, para suas empreitadas, em
plantar Igrejas, daí o uso do termo, colhido de matéria do Pr. Dr. Augustus
Nicodemos emérito Chanceler do IPM – Mackenzie.
O domínio do Império da
Águia foi marcado pela pacificação e domínio do mar e controle das estradas,
bem como, a evolução desta arte de engenharia, que promoveu o acesso a quase
todos os lugares do Império.
Por dever de ofício,
percebi em Roma, que o princípio das estradas romanas em matéria de construção:
piso, saída das águas do leito da via, é o mesmo secularmente, apenas mudando a
forma de aplicação de tecnologias na execução.
O que isto tem a ver com
Paulo na narrativa de Lucas?
Espalhar o evangelho mundo
afora, como Paulo o fizera, seria quase impossível no tempo, no qual, ele
- Paulo - realizou suas Missões, sem essa liberdade e facilidade de trânsito.
As Estradas Romanas, fruto de uma profecia de Daniel sobre a existência deste
império, existiram pelo modo de governo do império romano e vieram a ser um
meio de propagação do Evangelho.
As esplêndidas estradas
romanas davam acesso a todas as partes do império.
Essas estradas notáveis
realizaram naquela civilização o mesmo papel das nossas estradas de rodagem e
estradas de ferro da atualidade. E elas eram tão bem vigiadas que os ladrões
desistiam de seus assaltos. De modo que as viagens e o intercâmbio comercial
tiveram um amplo desenvolvimento.
O dito era evidente e
chegou aos nossos dias:
“Todos os caminhos
levam a Roma”.
Havia estradas de acesso a
Grande Roma de Rômulo e Remo, o s gêmeos alimentados [mito da criação de Roma]
pela loba, símbolo da resistência dos romanos.
Isto contribuiu para que
Paulo pudesse viajar por terra e mar com relativa segurança e meios próprios da
época, alcançando Continentes além da Palestina.
O modelo de governo
imperial romano foi uma demonstração de inteligência:
Domínio, com governos dos
próprios povos sob a bandeira do Império.
Roma tinha seus títeres,
que podiam ser nativos de famílias influentes, heróis pátrios, compradores de
cidadania romana.
A própria cidadania de
Saulo de Tarso, o Apóstolo Paulo é relevante nestas missões, ir e vir era uma facilidade dos romanos, em todo o Império.
O nascimento de Paulo em
Tarso configura-se, outra vez mais, como um dom de Deus ao Evangelho.
Tarso era
uma ‘liberas civitas’, ou ‘libertas civitas’.
Cidades fora das divisas
de Roma que permitia aos seus naturais se tornar romanos, ao nascer nestas
cidades, assim decretadas pelo César ou no caso de Tarso pelo General romano
Marco Antonio em 42 aC.
Tarso dispunha de um
sistema democrático aos das cidades-estado gregas., ao tempo de Paulo.
Esta cidade que tinha às
suas portas as chamadas ‘Portas Clicianas’ era
importante enclave de luta militar, pois ligava o Leste ao Oeste, e dominava o
acesso através de um desfiladeiro assim conhecido e importante estrada para
comercialização de madeira tarsense.
Isto deu paz ao Império e
deixou os cidadãos dos países vassalos, praticamente viverem uma vida de
normalidade.
Lógico, que a Águia era
poderosa e via do alto qualquer movimento contrário e os eliminava.
Uma das grandes
contribuições de Roma nos tempos bíblicos foi a ‘Pax Romana’.
As guerras entre as
nações tornaram-se quase impossíveis sob a égide daquele poderoso império.
Esta paz entre as nações
favoreceu extraordinariamente a proclamação do evangelho entre os povos. Além
disso, a administração romana tornou fácil e segura as viagens e comunicação
entre as diferentes partes do mundo. Os piratas foram varridos dos mares.
Mundo no tempo de Paulo
No tempo de Paulo três
povos contribuíram significativamente para a expansão do mundo de então, e em
especial para a propagação do evangelho, a saber: os romanos,
os gregos e os judeus.
É provável que durante os
primeiros tempos do Cristianismo o povo se locomovia de uma cidade para outra
ou de um país para outro, muito mais do que em qualquer outra época, exceto
depois da Idade Média. Os que sabem como as atuais facilidades de transporte
têm auxiliado o trabalho missionário, podem compreender o que significava esse
estado de coisas para a implantação do Cristianismo (História da Igreja Cristã, 1985, p. 7).
CONTINUA
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