Saulo De Tarso, O Perseguidor
Lição 2 CPAD - Data: 10 de Outubro de 2021
Escritor Pastor e Professor Docente Osvarela
Texto Áureo
“E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos
do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.” (At 9.1).
Prática
A Igreja é uma instituição divina que perdurará na Terra até o
arrebatamento, pois do contrário, já teria acabado ao longo da história.
Atos 8.1-3; 22.4,5; 26.9-11.
Atos 8
1 — E também Saulo consentiu na morte dele [Estevão]. E fez-se,
naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e
todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
2 — E uns varões piedosos foram enterrar Estevão e fizeram sobre
ele grande pranto.
3 — E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando
homens e mulheres, os encerrava na prisão.
Atos 22
4 — Persegui este Caminho até a morte, prendendo e metendo em
prisões, tanto homens como mulheres,
5 — como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o
conselho dos anciãos; e, recebendo destes cartas para os irmãos, fui a Damasco,
para trazer manietados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que
fossem castigados.
Atos 26
9 — Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus, o Nazareno,
devia eu praticar muitos atos,
10 — o que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos
principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os
matavam, eu dava o meu voto contra eles.
11 — E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os
obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades
estranhas os persegui.
Hinos Sugeridos: 126,
377 e 608 da Harpa Cristã.
Objetivo Geral
Conscientizar a respeito do problema da perseguição aos cristãos
no mundo.
Objetivos Específicos
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor
deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I
com os seus respectivos subtópicos.
I. Elencar as características persecutórias de Saulo;
II. Expor a respeito da perseguição contra a igreja em Atos;
III. Esclarecer a respeito de um sistema contra a Igreja.
João
16:2 “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a
hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.”
Saulo de Tarso sem dúvida é um os mais importantes homens da Era da Igreja, pela sua posição doutrinária, pela produção intensa de Cartas/ Epístolas que norteiam com a Revelação a Igreja desde há 2000 anos atrás. De fariseu zeloso para com a Lei, Paulo se tornou um anunciador da doutrina cristã (MEEKS, 1997). Na época do início da perseguição de Paulo de Tarso, os seguidores de Jesus Cristo ainda não eram chamados cristãos. Os dois nomes por que Paulo foi chamado – Saulo e Paulo – revelam sua origem na diáspora judaica e dupla influência cultural, visto que era comum, entre os judeus da diáspora, acrescentar o nome greco-romano ao nome judaico. Paulo mostrava zelo pelas tradições religiosas e éticas do judaísmo. Seu apreço pela lei levou-o a se tornar um perseguidor assíduo dos seguidores de Jesus Cristo (BARBAGLIO, 2001).
Por que Saulo foi escolhido para esta tarefa
fraticida?
O Sinédrio estava preocupado em escolher alguém para continuar a
matança dos cristãos, ou o povo do Caminho. O mesmo Sinédrio, agora comandado
por Jônatas, que fora comandado pelos jubilados Anás e Caifás, que condenara e
entregara Jesus O Nazareno e que agora estes da sua seita perturbavam a
Jerusalém, aos quais O Sinédrio consideravam blasfemos, dignos de morte.
Saulo já havia testemunhado e participado como representante do Sinédrio,
avalizando o trucidamento de Estevão (possivelmente Saulo conhecera Estevão, desde
a sinagoga da Cilícia). Saulo vira como um procedimento legal a morte de
Estevão. O jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento sem comoção
alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos apedrejadores. Teria parecido
apenas outra execução legal.
Ao analisar o que se seguiu o Sinédrio descobre que estava diante
de um homem especial para realizar seus intentos assassinos, para com os do “Caminho”.
João
16:2 “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a
hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.”
Foi essa crise que lança Paulo em sua carreira como caçador de “hereges”.
Os eventos que se seguiram ao martírio de Estevão não são fáceis de ler. A
história é narrada, por Lucas, como com nó na garganta em um só fôlego: “Saulo,
porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres,
encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).
A - Saulo era fariseu dos fariseus
Saulo era um cidadão com plenos poderes do Império Romano, pois
era nascido romano em tarso, uma “Liberas Civitas” ou seja, ele
era o homem ideal, como em seu próprio relato ele tinha o voto (“..., e,
quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.”) e a possibilidade de
alcançar qualquer um crente em Jesus Cristo, em qualquer lugar do Império sem qualquer
impedimento, seja de localidade, língua ou barreiras, fosse no território da Palestina
ou fora da Palestina (“...,E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas
cidades estranhas os persegui.”).
Saulo não era apenas um cidadão romano, mas um cidadão romano, mas
um “cidadão de uma cidade não insignificante”, e importante
cidade, a cidade de Tarso, nomeada pelo general Marco Aurélio em 42 a.C.
como Liberas Civitas. Cidadão Romano. o relacionamento dos judeus com Roma não
era de todo feliz. Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase
todos os judeus que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina.
Descendência Judaica.
Consideremos, também, sua ascendência judaica, e o impacto da fé religiosa de
sua família. Aulo a se próprio se descreve aos cristãos de Filipos como “da
linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei,
fariseu” (Fp 3:5). Paulo chamou a si próprio de “israelita
da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).
Dessa forma Saulo pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de
seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em
consideração ao qual o menino de Tarso fora chamado Saulo.
No primeiro século os fariseus se haviam tornado a “aristocracia
espiritual” de seu povo. Saulo era fariseu, “filho de fariseus”
(At 23.6).
Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso tinha
raízes na lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a interpretavam os
rabinos. Aos treze anos ele devia assumir responsabilidade pessoal pela
obediência a essa Lei.
Saulo de Tarso passou em Jerusalém sua virilidade “aos pés de
Gamaliel”, onde foi instruído “..., segundo a exatidão da lei.“ (At
22:3).
Eis aí o homem perseguidor, indicado pelo
Sinédrio.
A Grande Notícia Do Dia.
Saulo um Romano, fariseu convicto,
promove uma matança em sua cidade e cidade circunvizinha, ateia fogo em casas e
coloca em presídio homens e mulheres por causa da sua fé em um homem intitulado
Rei dos Judeus e Cristo filho de Deus. Saulo é o exemplo da lei em seu país.
Tudo que ela (lei) lhe ordena, como soldado romano a executa.
Ficou mais conhecido na ocasião do assassinato
de Estevão. Morto a pedradas por sua fé em Cristo Jesus.
Onde suas roupas foram deixadas aos pés deste jovem Saulo. Este de acordo com
esta excussão começa então a perseguir um povo chamado de Cristão.
Onde quer que este povo se encontre ele seria para eles o terror. Saulo
de Tarso (na Ásia Menor) não era um homem qualquer, era estudioso das leis
judaicas, onde foi instruído desde sua mocidade.
Cuidadoso quanto às leis e ordens da mesma. Como tal ele não
poderia admitir as palavras do povo que dizia que aquele homem que vira ao
mundo era o filho de Deus chamado Jesus Cristo de quem o povo não cessava de
relatar. Era então necessário por motivos lógicos silenciar aquelas palavras,
mesmo que para tal houvesse prisões e mortes. Colocava fogo, matava, “entrando
pelas casas, arrancava homens e mulheres e metia-os na prisão” (Atos
8,1-3).
Matéria sobre a perseguição e sua Época – Saulo
e o Cristianismo.
Não concordando com o teor de toda a matéria
e mesmo seu título o uso, para mostrar o quanto a perseguição iniciada por
Saulo de Tarso, foi tão importante que traspassou a motivação do Cristianismo e
se tornou um assunto univeral.
“Estamos no ano 34 da era
cristã. Passaram-se poucos anos desde a crucificação de Jesus. Sua mensagem
espalhou-se rapidamente por toda a Palestina e seus discípulos eram implacavelmente
perseguidos, principalmente pelos judeus. Os seguidores de Jesus são acusados
de heresia e traição à Lei de Moisés. Em Jerusalém, um jovem judeu chamado
Saulo faz verdadeiras atrocidades com os cristãos. Persegue-os furiosamente,
invade suas casas e os manda para prisão. Informado de que, a cada dia, cresce
a comunidade cristã em Damasco, na Síria, pede e obtém do Sinédrio, o Supremo
Tribunal da comunidade judaica de Jerusalém, cartas de recomendação aos rabinos
daquela cidade, autorizando-os a caçar os hereges cristãos.” Paulo:
o homem que inventou Cristo, Como o santo nascido em Tarso, na Turquia,
reinterpretou Jesus e deu origem ao cristianismo que nós conhecemos. Por Yuri
Vasconcelos Atualizado em 23 jan 2018, 16h18 - Publicado em 30 nov 2003, 22h00
A Perseguição Não Parou
Atualmente, mais de 340 milhões de cristãos são perseguidos no mundo. Entenda como a perseguição acontece
Os cristãos são perseguidos desde os tempos bíblicos. Atos 4 marca
o início da perseguição aos cristãos logo após a descida do Espírito Santo, com
a prisão de Pedro e João. Simbolicamente, então, informa-se que esse foi o
"início" da Igreja Perseguida.
A perseguição ocorre quando cristãos e suas comunidades
experimentam pressão e/ou violência por razões relacionadas à fé deles em
Jesus, fazendo com que cedam aos agentes condutores da dinâmica de poder
prevalecente em seu ambiente. No mundo todo, a estimativa é que mais de 340
milhões de cristãos enfrentem algum tipo de perseguição.
A perseguição aos cristãos frequentemente ocorre em contextos
conturbados, difíceis e desestabilizados, como guerras, tensões étnicas,
religiosas e ideológicas, conflitos políticos e sociais, corrupção, degradação
ambiental e desastres naturais, pobreza, problemas psicológicos severos,
doenças e violência doméstica.
Há quanto tempo os cristãos são perseguidos no
mundo?
A perseguição, como temos visto, nunca se afastou da igreja.
Certamente, para os que viveram durante as primeiras ondas de perseguição que
varreram a história eclesiástica, ser perseguido parecia fazer parte normal da
vida cristã.
De fato, a perseguição tem acompanhado a história da igreja, mas
ela vem e vai como o movimento das ondas do mar. Os períodos de “tolerância”
foram conseguidos a duras penas, seguidos inevitavelmente por novos ataques,
tanto por forças de fora da igreja ou, tragicamente, de dentro dela própria.
Nós, no Ocidente, no início do terceiro milênio, temos desfrutado de um longo
período de liberdade religiosa. A história, no entanto, nos ensina que não há
garantia de que essa liberdade continue.
A Perseguição No Império Romano:
Os primeiros dias de sofrimento foram esporádicos e localizados,
mas, depois do incêndio de Roma no ano 64 d.C., o imperador Nero fez dos
cristãos o bode expiatório para a tragédia, e a opressão se espalhou. Aqueles
que professavam o cristianismo eram torturados e queimados.
Era o começo da perseguição por todo o Império, que acabou por
alcançar a igreja em todos os cantos.
Como consequência da perseguição, grande parte do Novo Testamento
foi escrito na prisão.
No século 2, o autor anônimo da Carta a Diogneto mostrava a
perseguição como parte integral da experiência cristã. Ele escreveu,
referindo-se aos cristãos, que eles “amam a todos, mas são perseguidos por
todos. São desconhecidos e condenados, recebem a pena de morte e ganham a
vida”.
A igreja primitiva teve um rápido crescimento e sofreu repetidos
períodos de perseguição. “Se o rio Tigre chega às paredes, se o rio Nilo não
cobre os campos, se o céu não se move ou se a terra o faz, se há fome, se há
praga, o brado é rápido: ‘Os cristãos aos leões!’”, escreveu Tertuliano³ a
respeito dos cristãos, pois eram apontados como culpados por tudo o que
acontecia de errado no Império Romano.
Em 250 d.C., durante a mais violenta perseguição que a
igreja já enfrentara, o imperador determinou que todos os cidadãos fizessem
sacrifícios aos deuses romanos. Eram entregues certificados aos que obedeciam;
os que não o faziam, eram presos ou executados.
Em 303 d.C., o imperador romano Diocleciano ordenou a
destruição de todas as igrejas, o confisco dos livros cristãos, a demissão de
todos os cristãos do exército e do governo e a prisão do clero.
Durante esse mesmo período, Eusébio relatou casos de muitas
cidades cristãs que foram arrasadas na Ásia Menor. Essa é considerada a última
e “Grande Perseguição”, talvez a mais sangrenta aos cristãos no Império Romano.
Quando o Cristianismo se tornou a religião
oficial do Império Romano?
Finalmente, a liberdade foi obtida pelo derramamento do sangue dos
mártires. Constantino adotou o cristianismo como religião oficial no ano de 313
d.C.
Uma paz incerta reinou no período que se seguiu. Durante quase 200
anos, a ordem do dia era constituída de certa tolerância, pelo menos dentro das
fronteiras da “civilização”.
Os fiéis missionários que se atreveram a levar o evangelho às
tribos bárbaras fora do mundo “civilizado” – isto é, fora do Império Romano –,
os principais povos germânicos, como os hunos, vândalos, visigodos, ostrogodos,
francos, lombardos e anglo-saxões, continuaram a enfrentar perseguições.
A
Carta de Diogneto foi escrita por volta do ano 120 d.C. Trata-se do testemunho
escrito por um cristão anônimo respondendo à indagação de Diogneto, pagão
culto, desejoso de saber mais sobre a nova religião que se espalhava com tanta
rapidez pelas províncias do Império Romano. Esse texto é considerado a “joia da
literatura cristã primitiva”. Fonte:www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12
dez. 2016 [N.E.].
O
período entre 500 d.C. e 1500 d.C. de “os mil anos de incerteza”
[Kenneth Latourette (1884-1968)historiador
norte-americano]. Durante esses dez séculos, o
cristianismo enfrentou dois inimigos poderosos e ameaçadores que trariam dor e
sofrimento a muitos. A luta era contra os bárbaros e o islamismo.
O
primeiro inimigo, os bárbaros, seria finalmente superado com dor e sofrimento,
alcançando-se o triunfo do evangelho.
Durante
o período chamado pelos historiadores de Idade das Trevas, tribos bárbaras
varreram o continente eurasiano em direção ao oeste, vindas dos campos e
desertos da Ásia Central, região conhecida como o “berço” das nações. Os
bárbaros enterraram todos os vestígios do Império Romano e expulsaram os
moradores nativos para as montanhas. A parte estimulante e inspiradora dessa
história é que a igreja despertou para o desafio e enviou missionários, como
Columba de Iona (521-597, monge irlandês que reintroduziu o cristianismo entre
os pictos, na Escócia) e Bonifácio (672-754 ou 755, conhecido como o
Apóstolo dos Germanos), para ganharem os bárbaros para Cristo.
Foi um trabalho difícil e demorado, e a perseguição nunca esteve
ausente. “Cada rebelião do povo era acompanhada pelo ressurgimento do
paganismo, e a longa história de martírio e de massacres lança um brilho fúnebre
ao processo pelo qual os saxões foram finalmente convertidos”. Stephen Neil
(1900-1984) historiador.
Quarenta anos após Lutero ter fixado suas 95 teses na porta da
igreja de Wittenberg, na Alemanhã, John Foxe publicou “O livro dos
mártires”, uma das publicações mais influentes a aparecer na Inglaterra
ao longo de um período de 200 anos. Na era elizabetana (período entre 1558 a
1603), toda casa tinha a Versão Autorizada da Bíblia e um exemplar da obra de
Foxe.
Foxe documentou a vida
dos que haviam sido perseguidos e morrido por sua crença ao longo dos anos,
como precursores da Reforma Protestante: Wycliffe e Huss, Jerônimo de
Praga, Tyndale e John Hooper, Ridley, Latimer e Cranmer. A popularidade
do livro é uma prova de que a perseguição era parte do preço que muitos
cristãos esperavam pagar por sua fé naqueles tempos tumultuados.
A história ainda apresenta a nós vários outros exemplos de
intolerância à religião cristã. Na Europa continental, os anabatistas – que
desenvolveram ideias tidas como radicais tanto no âmbito religioso quanto no
social – tiveram seus próprios mártires e sofreram 25 anos de amarga
perseguição.
Na Inglaterra, os cristãos puritanos tiveram de deixar o país no século 17 em busca de liberdade religiosa nas colônias norte-americanas. Na França, dez mil protestantes franceses foram massacrados na noite de São Bartolomeu. Mesmo após o Edito de Nantes – decreto promulgado em 1598 pelo rei Henrique 4 que concedia liberdade religiosa aos protestantes –, os huguenotes continuariam a ser perseguidos no país. Jean Crespin (1520-1572), um advogado, registrou a realidade enfrentada pelos protestantes franceses em seu livro “The Martyrologe”, um testemunho do sofrimento dos huguenotes e dos valdenses, assim como da condenação de centenas de cristãos às galés, navios movidos a remos.
Durante cerca de 300 anos, os cristãos reformados (e, em certo
grau, os católicos em países protestantes) sofreram violenta perseguição.
Um
a parte dos cristãos foram chamados de “puritanos” porque defendiam que a
Igreja Anglicana, na Inglaterra, excluísse totalmente práticas do catolicismo
de seus cultos, ou seja, que fosse purificada [N.E.].
“Huguenotes”
era o nome dado aos protestantes franceses durante as guerras religiosas na
França (segunda metade do século 16) [N.E.].
A Covid-19 E A Perseguição Aos Cristãos:
Embora o Brasil não tenha explicitamente perseguição a cristãos,
em algumas localidades aconteceram indiretamente e em alguns casos repressão a
cultos, com prisões noticiadas de crentes em suas próprias casas enquanto
oravam em família. E também por restrição aos cultos coletivos, onde o direito
a reunião para liturgias foi impedido, por sanções de prefeitos e governadores,
em algumas localidades com muito rigor e com maior tempo para amenizar as restrições,
e no momento atual, com um decreto do Governador do Pernambuco, exigindo o tal
passaporte de vacinação para que os crentes possam adentrar em seus próprios templos.
E também houve restrição de horários de cultos e horários para movimentação,
geralmente atingindo os cultos noturnos com restrição de ônibus coletivo e trânsito
de veículos particulares, em geral no período do final dos cultos.
Nos Países:
O Fique em Casa
Com as populações confinadas em casa, a entrega de alimentos para
populações cristãs foi restringida ou mesmo negada conforme a confissão de fé
cristã.
Cristãos indianos foram alguns dos mais afetados pela perseguição
durante a pandemia da COVID-19
A atitude revelou a hostilidade e aumentou a vulnerabilidade dos
que decidiram seguir a Jesus. No entanto, a Portas Abertas recebeu o apoio de
irmãos e irmãs ao redor do mundo para socorrer aqueles que não tinham como
sobreviver no período de quarentena.
Outro ponto foi que alguns cristãos indianos denunciaram que foram
tratados com diferença nos hospitais públicos do país. Os hindus ficavam
separados dos muçulmanos e cristãos e tinham prioridade no atendimento.
Em locais da África Subsaariana, onde há ação de grupos
extremistas como Boko Haram e Al-Shabaab, os ataques às vilas cristãs
continuaram mesmo em períodos de quarentena. Além disso, radicais islâmicos
espalhavam que os cristãos eram os culpados e os mais atingidos pela pandemia.
A
perseguição aos cristãos e suas comunidades.
Ser
cristão! Todo que pronuncia o Nome de Jesus
Cristão-toda pessoa que se identifica como cristã, incluindo as
que não pertencem a uma denominação específica.
Perseguição: qualquer
hostilidade vivida como resultado da identificação da pessoa com Cristo (atitudes
hostis, palavras e ações).Ressalto que ser chamado cristão atinge a
muitos cristãos católicos, em especial nos países de viés comunista ou com
constituição islâmica.
Leia:
Como você descreveria a situação no Líbano?
Digo isso com tristeza: as pessoas estão em perigo. Está ficando
cada vez pior. No ano passado estivemos em Beirute, mas desta vez vimos
realmente o declínio e o desespero. O mesmo vale para a Síria. Antes da crise,
Aleppo era o lar de cerca de trezentos mil cristãos de diferentes denominações;
agora, alguns dizem que restam apenas trinta mil.
Qual é a razão? Por que você acha que os
libaneses, especialmente os cristãos, estão deixando seu país?
É
verdadeiramente trágico. Muitos dos cristãos com quem conversamos, aqueles que
conhecemos, querem ir embora. Para muitos, a sobrevivência é uma verdadeira
luta árdua com necessidades básicas escassas. 08/10/2021. María
Teresa Diestra, Líbano e Síria: pessoas tentam
sobreviver; Regina Lynch, gerente de projetos da ACN Internacional.
Como
vimos, a perseguição sempre esteve na vida da Igreja, que professa o Nome de
Jesus Cristo.
Paulo,
um judeu e fariseu achava-se correto em perseguir os cristãos, porque embora
judeus utilizavam o nome de Jesus como seu Rei e não mais interpretavam a Lei
como judeus.
A
Salvação vem dos Judeus:
“Porque
ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando
a parede de separação que estava no meio,...” Efésios. 2:14
“A figura de Jesus tem sido,
infelizmente, um empecilho no relacionamento entre cristãos e judeus, uma
justificativa para exclusão mútua, uma fonte de atrito e ressentimento. É de
fundamental importância que Jesus seja reconhecido como um elo
essencial entre os dois credos. Jesus é a ponte através da qual toda
a cristandade passa a ser incluída como descendente de Abraão e, portanto,
co-herdeira, juntamente com os judeus, do seu grandioso legado espiritual.”
Henry Sobel, rabino e ex-presidente da Congregação Israelita Paulista (CIP) in
memoriam. Parafraseando e usando um texto originalmente publicado em: Aquino,
M. F. (Org) Jesus de Nazaré. Profeta da liberdade e da esperança. São Leopoldo:
Editora Unisinos, 1999, pp. 89-104.
Parte do texto em que o rabino Henry Sobel
fala sobre Jesus e a divisão entre cristãos e judeus:
“Jesus era judeu, nascido de mãe judia.
Foi circuncidado no oitavo dia, de acordo com a lei judaica (Lucas 2,21), e se
considerava um judeu fiel às suas origens. Seus ensinamentos derivam das leis e
das tradições judaicas com as quais Jesus se criou e que jamais negou. Ele era
chamado de "rabino" (João 1,49; 9,2) e frequentava o Templo de
Jerusalém, junto com seus discípulos. É uma pena que as divergências
posteriores entre Igreja e Sinagoga tenham resultado num processo de
obliteração das origens judaicas do cristianismo.
Jesus participava em debates acerca da
interpretação dos preceitos judaicos, como o faziam outros judeus de sua época,
e pregava a obediência às leis da Torá, a Bíblia hebraica.
Ensinava nas sinagogas e sua mensagem era uma
mensagem judaica, dirigida por um judeu aos seus correligionários judeus.
Provas da "judaicidade" de Jesus não faltam no Novo
Testamento.” Jesus e o
Judaísmo. Artigo de Henry Sobel, Instituto Humanitas UNISINOS; http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/594732-jesus-e-o-judaismo-artigo-de-henry-sobel
A Igreja no Seio do Judaísmo:
É bom destacar que a Igreja já havia atingido parte dos
sacerdotes do Templo.
“E
crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos
discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Atos
6:7
Os
primeiros seguidores judeus de Jesus, se referiam a si mesmos como "O
Caminho" (ἡ ὁδός - hė hodós), provavelmente inspirados
pelo Versículo 3 do Capítulo 40 do Livro de Isaías: "prepare o caminho do
Senhor". De acordo com o Versículo 26 do Capítulo 11 do Livro que relata
os Atos dos Apóstolos, o termo "cristão" (grego: Χριστιανός)
foi usado pela primeira vez em referência aos discípulos de Jesus na cidade de
Antioquia, pelos habitantes não-judeus da cidade, para designar os "seguidores
de Cristo". O uso mais antigo registrado do termo "Cristianismo"
(grego: Χριστιανισμός) foi por Inácio de Antioquia, por volta de 100
DC.
Mas, quando a Igreja inicia suas grandes Obras em nome de Jesus a
inveja traz ao coração dos líderes do Sinédrio e passam a perseguir a Igreja,
como autoridades civis e penais, sob os olhares dos romanos, que permitiam certo
tipo de liberdade aos seus reinos vassalos, como ocorrera na entrega de Jesus
aos romanos para ser morto no Calvário.
Agora, este mesmo Jesus Cristo sendo exaltado, como aquele pelo Seu
Nome produzia milagres, curas e movimentava milhares faz iniciar uma
primeira perseguição.
“E,
estando eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o capitão do templo,
e os saduceus, Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus
a ressurreição dentre os mortos. E lançaram mão deles, e os encerraram na
prisão até ao dia seguinte, pois já era tarde.”
Atos 4:1-3
“E,
levantando-se o sumo sacerdote, e todos os que estavam com ele (e eram eles da
seita dos saduceus), encheram-se de inveja, E lançaram mão dos apóstolos, e os
puseram na prisão pública.” Atos 5:17,18
Até ao capítulo 8 vemos como acontecia a perseguição da Igreja em
Jerusalém, entretanto, os Apóstolos não foram expulsos de Jerusalém.
1
— E também Saulo consentiu na morte dele [Estevão].
Saulo de Tarso acompanha a morte de Estevão, o primeiro mártir da
Igreja, recém-nascida, no capítulo 6-8 de Atos dos Apóstolos. A morte de
Estevão criou animo de crueldade em Saulo de Tarso para perseguir a Igreja e
seus seguidores.
“E
também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande
perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram
dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos.” Atos
8:1
Interessante apontar que esta fase da perseguição se inicia neste
primeiro versículo citando exatamente o perseguidor, Lucas descreve o fato com
clareza e coloca em cena um personagem que vai permear todo a escritura de seu
livro de Atos dos Apóstolos, como a apontar o que Deus pode fazer com um homem.
“E
Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres,
os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte,
anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a
Cristo.” Atos 8:3-5
Inicia-se a expansão da Igreja sob Perseguição, é neste cenário do
capítulo 8 que Saulo de Tarso aparece no livro de Atos dos Apóstolos, no
qual se descreve a dispersão que chega a Samaria e então Paulo irá iniciar a
sua caçada aos do Caminho.
Atos
8. 3 — E Saulo assolava a igreja, entrando
pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
Fariseus
“Fariseu” deriva de um vocábulo
hebraico que significa “separado”. Denomina um grupo de judeus
extremamente apegados à Torá, o livro sagrado dos judeus ( Jo 3.1; Mt
22.34-40). Formavam, entre o povo judeu, uma espécie de comunidade à parte (Mt
22.15). Eram a elite do povo. Não se misturavam. Escribas e fariseus eram
simpatizantes entre si. Há fortes indícios de que alguns escribas eram também
fariseus. Lucas nos dá uma ideia exata de como era o procedimento dos fariseus
(Lc 16.14-15; 18.9-14). Grupos religiosos da época de Jesus,
ultimato - Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica.
Atos
26. 9 — Bem tinha eu imaginado que contra o
nome de Jesus, o Nazareno, devia eu praticar muitos atos, 10 — o
que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais
dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os
matavam, eu dava o meu voto contra eles.
A perseguição por um fariseu agradava ao Sinédrio, de tal forma
que Saulo de Tarso, um fariseu reconhecido e ensinado aos pés de Gamaliel,
recebe cartas para perseguir os do Caminho, nome dado
inicialmente ao grupo, que os judeus aceitavam inicialmente como um novo ramo
ou seita judaica, pois era basicamente formado pelos judeus discípulos de Jesus
e os prosélitos no grande dia da Descida do Espírito Santo.
Este movimento vai desencadear a perseguição para além dos muros
de Jerusalém e cercanias, como Betânia, Naim e arredores.
Paulo apresenta sua motivação persecutória:
Atos
22.4 — Persegui este Caminho até a morte,
prendendo e metendo em prisões, tanto homens como mulheres, 5 — como também
o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; e, recebendo
destes cartas para os irmãos, fui a Damasco, para trazer manietados para
Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.
Atos
26.9 — Bem tinha eu imaginado que contra o nome de
Jesus, o Nazareno, devia eu praticar muitos atos,
Saulo, agora chamado de Paulo apresenta como e com apoio de quem e
por que motivação perseguira a Igreja de Jesus.
Primeiro:
O Nome - tinha eu
imaginado que contra o nome de Jesus, o Nazareno, devia eu praticar
muitos atos. Encontramos uma resposta sobre seu encontro.
Segundo:
O Apoio - o sumo
sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; o mesmo conselho do
Sinédrio e os Anciãos, que matara Jesus e Estevão, continuou sua sanha homicida
e tragicidade contra os Cristãos.
Terceiro:
A Forma - o sumo
sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos;
Quarto:
O Alvo - tanto homens
como mulheres. Quantos órfãos Saulo fez em sua perseguição.
Quinto:
A Crueldade - trazer manietados
para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.
Sexto:
Julgamento – o voto
de Saulo era forte no meio do Sinédrio para mandar matar seus próprios irmãos
judeus: e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.
Sétimo:
Dissuasão pela tortura
- 11 — E, castigando-os muitas vezes por todas as
sinagogas, os obriguei a blasfemar.
Oitavo:
Um homem enfurecido – uma besta fera
- E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os
persegui.
Um Aviso:
Este aviso da perseguição nos leva a entender e aprender dom a
Igreja de Estevão, e Felipe, um morto e outro levado a fugir, mas não deixaram de falar do
Nazareno, como a Igreja de Hoje não precisa se juntar com elites para não ser
perseguida.
João
15:18-21 “Se o mundo vos odeia, sabei que,
primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo
amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do
mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse:
Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos
perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão
a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem
aquele que me enviou.”
A
palavra de Estevão marcou muitos no dia de sua morte, até a Saulo!
O próprio Jesus explicou, os motivos e avisou aos discípulos e
Apóstolos o que ocorreria, mas eles não tiveram medo de enfrentar a Saul e
outros perseguidores, preferindo a morte a desrespeitar os ensinos do Ide.
Que nós não nos curvemos a perseguições modernas.
Continua...
Fonte:
Dicionário Strong
Bíblia online
Estudantes da Bíblia
Lições CPAD
Apontamentos do autor
Citações no corpo do texto
Imagens obtidas na Internet
A Vida Do Apóstolo Paulo, Professor:
Marcos Gonçalves, Matéria: Atos dos Apóstolos, Turma: 101, Alunas: 12- Claudia
de Castro Pereira Ferreira, 08- Andréia Divina
A Vida E os Tempos do Apóstolo Paulo, Charles Ferguson Ball
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