A Conversão De Saulo De Tarso
Lição 3 CPAD - Data: 17 de Outubro de 2021
Estudo Pastor e Professor Universitário Osvarela
Texto Áureo
“E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco,
subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma
voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.3,4).
Prática
“A verdadeira conversão a Cristo leva em conta o arrependimento,
a fé em Jesus e uma completa transformação no pensamento, vontade e ação do
homem”.
Leitura Bíblica
Atos 9.1-9.
1 — E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos
do Senhor, dirigiu-se ao sumo-sacerdote,
2 — e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de
que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os
conduzisse presos a Jerusalém.
3 — E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco,
subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
4 — E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo,
por que me persegues?
5 — E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a
quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
6 — E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça?
E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te
convém fazer.
7 — E os varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a
voz, mas não vendo ninguém.
8 — E Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via a
ninguém. E guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco.
9 — E esteve três dias sem ver, e não comeu, nem bebeu.
Hinos:
15, 18 e 19 da Harpa Cristã.
Objetivo Geral
Asseverar que a salvação é por meio da graça, acompanhada de
arrependimento e fé do pecador como resposta à salvação.
Objetivos Específicos
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I
com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar a conversão de Saulo como ato da graça de Deus;
II. Relacionar a conversão de Saulo com a doutrina bíblica da
conversão;
III. Elencar três faculdades interiores que são transformadas na
conversão.
Introdução:
Paulo é um dos personagens do Novo Testamento que narra a própria chamada
ou conversão. Diferente dos demais apóstolos, Paulo tem a sua conversão na pena
Lucana em Atos dos Apóstolos e na sua própria versão quando introduz o discurso
aos Gálatas, onde descreve seu autotestemunho.
Gálatas 1:12-17 “..., pela revelação de Jesus
Cristo. Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo,
como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava. E na minha nação
excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das
tradições de meus pais. Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha
mãe me separou, e me chamou pela sua graça, Revelar seu Filho em mim, para que
o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue,
Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram
apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco”.
Paulo é único na questão autobiográfica no Cristianismo
Neotestamentário.
Pelas suas palavras, ele se posiciona, como nenhum outro.
Com o seu testemunho
pessoal.
O que levou Paulo a esta posição?
A priori, sua própria Conversão, a qual é objeto dos estudos nesta
semana.
Esta Conversão inicialmente assustadora, para todos os cristãos
perseguidos pela sua inominável fúria farisaica.
Gl.1.12. Porque
não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
Devido a esta Conversão e também a evocação de seu Apostolado,
Paulo se tornou um defensor de sua conversão e escolha pelo próprio Jesus
Cristo.
Isto o torna o mais incomum de todos os apóstolos.
1Co.15. Porque
eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois
que persegui a igreja de Deus.
Sem resvalar para a densidade e conteúdo de seus Escritos [maiúsculo
pela canonicidade – vide 2 Pe 3.16] temos em Paulo um referencial
para todo o crente, como um tipo a quem, como ele mesmo nos convoca, devemos
ser imitadores;
-Na regeneração
-Na mudança de seu caráter pessoal
-Nas perseguições por ser de Cristo
-Na confirmação de que somos de Cristo e por isto somos
perseguidos, nós, entre quais muitos o fizeram, antes de nossas conversões,
éramos pequenos ‘Paulos’ em ira contra a Igreja de Cristo.
2 Pedro 3:15,16
..., como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que
lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há
pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e
igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.
- na Escrita e Doutrinas nas quais ele demonstra que obteve
revelação para ensinar e colocar a disposição de toda a Igreja em todos os idos
e eras eclesiástica.
O relato apresentado por Lucas, da Conversão de Saulo de Tarso, inserida
desde o Capítulo 7-8 e no Capítulo 9, do Livro de Atos dos Apóstolos.
Paulo de Tarso, se torna a
figura mais representativa, do Livro dos Atos do Apóstolos, com destaque,
inclusive sobre as vidas e presença dos Apóstolos que viveram e andaram e foram
chamados pessoalmente por Jesus, é o que nós apontamos: Saulo, depois da
sua Conversão, quando se passa a utilizar o seu nome na grafia, Paulo, domina a
cena e o maior espaço do Livro de Lucas – Atos dos Apóstolos.
Paulo não é um dos apóstolos chamados de colunas, por ele mesmo –
Tiago, Pedro e João.
“E
conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas,...” Gálatas
2:9
A pena Lucana vai descrever em excelência a ação da Igreja
primitiva.
Lucas escreve duas vezes a narrativa da Conversão de Saulo.
No capítulo 9 e no capítulo 26, como assistindo Paulo julgado em um
inquérito romano para ser sentenciado.
Atos
26:13-16 Ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o
esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim e aos que iam comigo. E,
caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava, e em língua hebraica
dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. E disse eu: Quem és, Senhor? E
ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; Mas levanta-te e põe-te sobre
teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto
das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda;
Paulo é um convertido único, na escrita Lucana, com uma missão imediata e
com um ministério alongado por tempo determinado pelo Nosso Senhor Jesus
Cristo, ser ministro, ser testemunha as próprias revelações que receberia ao
longo de seu ministério.
Ao ter um encontro com Cristo, ele já recebe seu cargo e função:
“..., porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e
testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te
aparecerei ainda;”
Lucas
e sua escrita sobre a Igreja
O Início, do Cristianismo narrado por Lucas, é não literário
e exatamente Paulo é a exceção com a 1 Epístola aos Coríntios -1 Co.7.1 ou 2
Co.3.1, a proclamação do Evangelho é oral, a mensagem da salvação e a
chamada ao arrependimento é algo notável, desde Jesus Cristo em seu ministério
terreno.
Os Escritos didascálicos (aqui como, conjunto de anotações, ou
comentário) são notabilizados exatamente, a partir da Conversão de Paulo,
s.m.j.
Outra evidencia de sua posição ímpar, foi a extensão literária,
derivada em muitos casos desta necessidade informativa, cuja causa fora a sua
Conversão em uma Visão Vocatica – chamar; convocar – direta do próprio Cristo.
Nenhum outro Apóstolo teve chamamento tão diferenciado, no sentido
de ter se Convertido pela Pregação, chamemos assim, do próprio Cristo
ressurreto. O mais próximo disto se dá com Natanael, na questão do sobrenatural
místico divino e crístico.
Mas, Saulo sofreu um processo único de conversão no Caminho de Damasco.
Paulo em fases:
Pré-Conversão:
O Saulo:
Não dá para falar da conversão de Saulo, sem continuar falando de
sua vida anterior.
Assim, o estado espiritual de Saulo era o estado mental dominante
no Sinédrio e entre os Principais da religião judaica na época.
At.9.1.
Saulo, porém, respirando ainda ameaças e mortes...
Antes de sua Conversão, Lucas o descreve como alguém, que
respirava ódio contra os da Igreja, os quais professavam a sua fé em Jesus
Cristo.
Acho relevante este destaque, para demonstrar, porque Jesus ao se
apresentar a Saulo vai lhe apontar esta sua fúria contra o próprio Jesus.
Lucas mencionou três vezes, sempre como feroz adversário de Cristo
e sua igreja.
Ele nos conta que, no martírio de Estevão,
1-
“as testemunhas
deixaram suas vestes ao pés de um jovem chamado Saulo” (7:58), que
2-
“Saulo
consentia na sua morte” (8:1), e que, em seguida,
3-
“Saulo assolava
a igreja” (8:3), procurando cristãos casa por casa, arrastando homens e
mulheres para a prisão. Paulo vai depois confirmar isto de sua própria bica.
Agora, Lucas resume a história dizendo que ele estava respirando
ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor At-9:1.
Ele não tinha mudado desde a morte de Estevão; ele ainda estava na
mesma condição mental de ódio e hostilidade.
Saulo era:
-Assassino confesso de cristãos da Igreja primitiva. - vide abaixo.
-Feroz;
-Sanguinário;
Destruidor – pelo verbo utilizado em At.8.3 [lymainomai-,
lumai,nomai; to harm; destroy -
prejudicar, destruir - referindo-se a destruição que Saulo causou à
Igreja de Jerusalém, mostra a condição moral do mesmo, a condição de quem seria
hoje, considerado um verdadeiro terrorista.
Exterminador – John Stott diz: “os cristãos de Damasco o
descreveram como aquele que tinha causado um “extermínio” em Jerusalém (v.
21), onde o verbo empregado éportheo (como em Gálatas
1:13.23), que C.S.C. Williams, traduz ‘espancar’”.
O estado espiritual de Saulo era o estado mental dominante no
Sinédrio e entre os Principais da religião judaica na época.
Ele não tinha mudado desde a morte de Estevão; ele ainda estava na
mesma condição mental de ódio e hostilidade.
Saulo necessitava de uma metanóia –
μετανοια - metanoia; n. f. como acontece a alguém
que se arrepende, mudança de mente (de um propósito que se tinha ou
de algo que se fez)
Pós-converso:
Primeira fase - repeliu praticamente todo o
período judaico de sua vida.
Atos 26:19-22 “...,
ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial. Antes anunciei
primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da
Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo
obras dignas de arrependimento. Por causa disto os judeus lançaram mão de mim
no templo, e procuraram matar-me. Mas, alcançando socorro de Deus, ainda
até ao dia de hoje permaneço dando testemunho tanto a pequenos como a
grandes, não dizendo nada mais do que o que os profetas e Moisés disseram que
devia acontecer,..”
A conversão de Paulo reorientou profundamente as motivações e a
identidade, posta várias vezes, entre o judaísmo e a vida em cristo, sem
circuncisão, sem regras da ‘nomia’.
2 Co.11.22.
São hebreus? Também eu.
São israelitas? Também eu.
São descendência de Abraão? Também eu.
Esta é uma crise permanente na mente de Paulo, esquecer quase que
totalmente, a vida antes da Conversão, fazendo-a desprezível e ancorar-se na
vida posterior à Vocação.
Segunda Fase:
Agora, Paulo poucas vezes evoca a sua identidade judaica.
Gl.1.10
Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se
estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
11
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é
segundo os homens.
12
Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus
Cristo.
13
Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como
sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.
Neste
trecho ele coloca o judaísmo como um passado distante de sua vida.
Até ao apelar das cadeias, evoca sua identidade romana.
Gl.1.13,14,15;18. Porque já ouvistes qual foi
antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja
de Deus e a assolava. Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha
mãe me separou, e me chamou pela sua graça. Depois, passados três anos, fui a
Jerusalém para ver a Pedro, e fiquei com ele quinze dias.
A Conversão:
Podemos colocar a conversão de Paulo no começo da quarta década do
primeiro século, quase vinte anos de vida cristã ou apostólica, época de
reflexão teológica, de trabalhos e de contatos com a comunidade primitiva que preparavam
pensamento eclesiástico, que começa irá
manifestar-se nas Epístolas paulinas.
O Encontro
A ida de Saulo a Damasco tinha objetivos:
Causa da Ida de Saulo a Damasco.
O Edito de Extradição religiosa:
Saulo teria ido a Damasco pelo motivo, de que alguns dos seguidores
do Caminho haverem conseguido fugir da rede de delatores montada por ele em
Jerusalém. J.STott
O Caminho.
Saulo, depois Paulo, ele mesmo, aponta esta perseguição em At.22.
4,5. E persegui este Caminho até a morte, algemando e metendo em prisões tanto
a homens como a mulheres, do que também o sumo sacerdote me é testemunha, e
assim todo o conselho dos anciãos; e, tendo recebido destes cartas para os
irmãos, seguia para Damasco, com o fim de trazer algemados a Jerusalém aqueles
que ali estivessem, para que fossem castigados.
·Atos 9.2. e pediu-lhe cartas para Damasco,
para as sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer
homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
Lucas vai descrever esta caminhada:
1 —
E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor,
dirigiu-se ao sumo-sacerdote,
2 —
e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se
encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse
presos a Jerusalém.
3 —
E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o
cercou um resplendor de luz do céu.
4 —
E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues?
5 —
E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues.
Lucas narra um, Paulo respirando com ódio o ar, que Deus lhe
concedia para viver, saindo em forma de ódio contra os da Igreja, não sabia ele
- Paulo - que o seu ódio era contra o Cristo ressureto.
Atos 19·23. Por esse tempo houve um não pequeno
alvoroço acerca do Caminho.
Ao saber que a Sinagoga de Damasco abrigava muitos dos seguidores
de Jesus
At. 8:3- Paulo pediu as Cartas, na realidade um Edito, que lhe dava
direito de extraditar para Jerusalém, os que houveram fugido procurando abrigo
naquela cidade síria, local de grande colônia judaica.
Urdindo um Plano de destruição, Saulo consegue, por suas cidadanias
e pela sua influência e também pela sua formação rabínica autorização, chamada
de Cartas, após persuadir ao Sumo Sacerdote -9:1b-2- a lhe conceder uma
ordem de extradição.
Êxtase de Paulo na Estrada de Damasco.
O místico encontro com o Cristo ressureto.
Tema muito abrangente, pelas narrações de Lucas e a de Paulo...
Como todos os grandes homens chamados por Deus, Saulo é subitamente
cercado pelo resplendor da Glória de Cristo.
-Assim como, Moisés viu a sarça ardendo e não se consumiu;
-Assim como João - Evangelista em Patmos...;
-Assim como Jacó Viu a Escada em Betel, ou Luz...
-Ezequiel
-Isaías - Isaías 6.1.ss
Você já foi iluminado na tua chamada.
O Forte e feroz se tornou fraco e impotente, diante
do Todo-Poderoso
Interessante, que ele pergunta sabedor que era alguém mais forte do
que ele próprio:
Quase no fim de sua viagem ele foi detido pelo transcendente poder
de Jesus Cristo Glorificado.
At 9.3
Mas, seguindo ele viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente o cercou um
resplendor de luz do céu;4 e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues?5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor?
Fique tranquilo, quando o teu inimigo vier sobre ti, Deus vai
detê-lo antes de chegar aonde você está. Afinal ele está por perto "ao
derredor".
Atos
26:17,18 Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à
luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de
pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim.
Interessante
que Jesus mostra a Paulo que a luz precisa iluminar todos os homens.
Tenho por certo que a Luz do Caminho de Damasco não foi só uma
manifestação da presença gloriosa de Jesus, mas uma forma de apresentação de
Jesus a Saulo para que ele conhecesse o que a Luz pode fazer com os homens.
Nele
estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a
luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. João 1:4,5
Eu
sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
João 8:12
Além de ter confirmada a sua missão e ministério e sofrimento pelo
amor a Cristo, por Deus, e o alcance de sua chamada, pós conversão, ao
próprio Ananias.
Atos 9:8-19 “E Saulo levantou-se da terra, e,
abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a
Damasco. E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.
E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe
o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor.[...] [...] Disse-lhe,
porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o
meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.
E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, [...] E logo
lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; ... E
esteve Saulo alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco.
Quando
Saulo é convertido o seu destino não foi mudado, mas agora a missão era estar
ao lado dos que perseguia, levado pelas mãos dos próprios perseguidos. Você
pode ter um destino com um objetivo, mas Deus se for a Sua vontade, pode fazer
ir ao mesmo destino e chegar lá com o propósito mudado, a favor da Obra de
Deus. Osvarela
A teofania Saulo percebe o impacto, de tal modo, que ele cai ao
chão. Mesmo fariseu Saulo podia reconhecer este fato sobrenatural. O culto da
Lei e das tradições não excluía, no tempo de Paulo, a fé nas visões e na ação
do Espírito Santo, incluindo visões ou manifestações. Inclusive certamente
Saulo soubera das manifestações ocorridas com João O Baptista, e com Simeão,
pai daquele, pelos quais Deus voltar a se manifestar em Israel após 400 anos de
voz inaudível. Citação adaptada de Cf. E. Stauffer, Die Theologie des Neuen
Testaments, Gütersloh, 1948, p. 20.
O que o próprio Paulo achava de sua conversão:
Ele relata - vide abaixo –
por Lucas ou em Gálatas.
O que nos importa é o modo como ele encarava o acontecimento
decisivo de sua vida.
Deus tinha "revelado" seu Filho nele, para que ele o
anunciasse aos gentios (G1 1.15-16). Um raio iluminou-lhe a inteligência,
forçando-o a admitir que Jesus estava na glória de Deus. Ele mesmo classifica o
acontecimento de Damasco entre as aparições de Cristo
ressuscitado (1 Co 15.8), em pé de igualdade com as aparições com as
quais foram gratificados os apóstolos e que autenticam a mensagem deles. Viu
Jesus em sua glória; portanto, ressuscitado.
Γαλάτες
1:16 Για να αποκαλύψω τον Υιό του μέσα μου, για να τον κηρύξω
ανάμεσα στους Εθνικούς, δεν συμβουλεύτηκα σάρκα ή αίμα,
O verbo αποκαλύψαι em G1.16 combina sem dúvida a aparição
exterior e a certeza interior que a transmite à inteligência, todo o complemento
verbal no grego sugere que Paulo trará em si a imagem de Cristo a Imago Dei.
Paulo traduz exatamente seu entendimento (imposto por Deus, em
oposição a um processo intelectual normal) ao dizer que Deus lhe revela
"seu Filho".
Nosso encontro e Conversão também é um encontro com a Luz.
Mas, se Deus te achar em desacordo com a sua vontade, pode te
achar no meio do caminho e te criar escamas nos olhos, para você ter uma nova
visão do Seu querer na tua vida!
Lucas descreve com sua pena o discurso de Paulo junto ao rei
Agripa, no qual ele reconhece o quanto ele mudara, desde o encontro no caminho
a Damasco.
Atos
26:9,10 Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus Nazareno
devia eu praticar muitos atos; O que também fiz em Jerusalém. E, havendo
recebido autorização dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos
nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles.
Quando temos um encontro real com Cristo tudo muda.
Jesus não chamou nenhum Apóstolo sem saber o que cada um faria, ao
longo do ministério de cada um.
Com sua conversão o Apóstolo imediatamente após ela, em Damasco, Lucas
escreve: "E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de
Deus. E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que
em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para
os levar presos aos principais dos sacerdotes? Saulo, porém, se esforçava muito
mais, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o
Cristo.” (Atos 9:20-22). Era uma elocução saída da boca de um perseguidor
recente, era como um eco do que, então, impressionava os cristãos. Paulo
insistia em anunciar a Cristo, por própria iniciativa pela sua mente - “ alguns teólogos, apelam para o psicológico,
embora com muitas restrições teológicas (pelo fato em si divino da salvação e
conversão de Saulo) consideram, “a questão da dimensão no psicológico de
Saulo/Paulo atingido pelas lembranças das atrocidades cometidas, em nome da Lei”,
mas, vide acima, Paulo se retrata em sua epístolas - iluminada pela Luz
do caminho, pelo qual chegara a Damasco. Tornava-se imperioso e uma necessidade, com efeito, de grande audácia
para adotar esta fórmula, por cuja causa os judeus haviam condenado a Cristo, e
neste pós conversão até mesmo os apóstolos, que conheciam Ananias, tinham-na
posto de lado.
Fonte:
Cristo na
Teologia Paulina – L. Cerfaux
Apontamentos do
autor
Dicionário Strong
Citações no
corpo do texto
Estudantes da
Bíblia
Lição CPAD – 4º
trimestre 2021
http://estudandopalavra.blogspot.com/2011/02/conversao-de-paulo-licao-09-cpad-1.html#more
de 02/2011 deste escritor
Thomas R.
Schreiner
Oscar Cullmann
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