A Bendita Esperança – A Marca do Cristão
Lição 12 – CPAD 3
Trimestre 2024
Subsídio
do pastor e professor Osvarela
Texto Áureo
“Aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do do grande Deus e nosso Senhor Jesus
Cristo.” (Tt 2.13)
Prática
A esperança cristã é a
âncora que mantém a alma do crente firme diante dos dissabores em nossa jornada
de fé.
Romanos 8.18-25
18- Porque para mim tenho
por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a
glória que em nós há de ser revelada.
19- Porque a ardente
expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
20- Porque a criação
ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,
21-na esperança de que
também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus.
22- Porque sabemos que
toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.
23 – E não só ela, mas
nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos,
esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.
24-Porque, em esperança,
somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança, porque o que alguém
vê, como o esperará?
25-Mas, se esperamos o
que não vemos, com paciência o esperamos.
A) Objetivos da Lição:
I) Mostrar o alvo da
esperança cristã;
II) Explicitar a doutrina
da esperança cristã;
III) Enfatizar a
esperança cristã como a âncora da alma do crente.
Romanos 8.
18- Porque para mim tenho
por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a
glória que em nós há de ser revelada.
19- Porque a ardente
expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
A nossa vida como
cristãos é eivada de momentos de tribulações, como preanunciado por Jesus.
Nesta caminhada temos diversos e difíceis degraus s a serem transpostos a cada
dia, com o seu mal.
Lutas tribulações,
perseguições, erros e pecados cometidos nos atribulam e nos fazem pensar até em
parar, mas prosseguimos. Contudo, para seguir é necessário mantermos a mola que
nos move nesta caminhada, a Esperança, nas promessas, avivada pela Palavra de
Deus, em sus promessas.
Esperança –
alimento para a alma do crente em direção ao Céu!
Esperança é o substantivo
feminino que indica o ato de esperar alguma coisa, pode ser
também um sinônimo de confiança.
Ter esperança é acreditar
que alguma coisa muito desejada vai acontecer. A esperança pode ser
fundamentada (ou realística) ou baseada em alguma utopia, algo que dificilmente
será alcançado.
Etimologia:
Mas, se esperamos o que
não vemos, com paciência o esperamos. Romanos 8:25
ελπις
- elpis de elpo (antecipar, usualmente com prazer); n.
f. expectativa do mal, medo; expectativa do bem, esperança - no sentido cristão
- regozijo e expectativa confiante da eterna salvação; sob a esperança, em
esperança, tendo esperança - o autor da esperança, ou aquele que é o seu
fundamento 3b) o que se espera.
Romanos 4. 16-18
..., é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós, (Como está escrito:
Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber,
Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já
fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança.
"Lembrando-nos sem
cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da
esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e
Pai". I Tessalonicenses 1:3
εξαπο ρεομα ι exaporeomai;
v. estar totalmente perplexo, estar completamente destituído de medidas ou
recursos, renunciar toda esperança, estar em desespero.
“A esperança cristã é a
âncora que mantém a alma do crente firme diante dos dissabores em nossa jornada
de fé.”
Hebreus
10:23. Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que
prometeu.
Vivemos sempre na espera
de algo melhor no dia seguinte, independente da situação, boa ou ruim,
excelente ou negativa, do dia de hoje. O ser humano vive sempre na esperança de
algo melhor nos próximos dias ou passos de sua vida.
Assim, o crente também só
vive em esperança na sua Caminhada ao céu, sob a expectativa esperançosa de que
a Caminhada chegará, enfim, ao seu final glorioso, os portais celestiais.
A esperança do crente na
caminhada é chegar ao que Jesus prometeu – um lugar preparado nos céus – João
14.1,6 ss
Se alguém caminha nos
passos da Fé sem esta esperança, não vai poder continuar a caminhada, poderá
dar alguns passos, alguns anos no caminho, mas sem a esperança jamais
conseguirá chegar, ao fim proposto na nossa carreira.
Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
2 Coríntios 4:8
A caminhada é eivada de
atribulações e pesares, mas a esperança não pode acabar. Porque temos luz na
caminhada, seja com a Palavra, seja com a presença do Espírito Santo.
A própria Criação vive
numa esperança de redenção. Contudo, entre a esperança e o ato criador da
realização, passa pela vida dos que estão na caminhada aos céus, o povo chamado
de Igreja. Não
é fácil manter a esperança acesa dentro de uma realidade desesperadora onde
ambos, o corpo das criaturas e o corpo da criação, quando ambos sofrem a ação
da deterioração continuada.
O grande segredo da esperança
na nossa caminhada a Canaã celestial é que nós nunca passamos pelos caminhos ou
trilha deste destino, pois ainda estamos vivendo a vida terrena. Nós sequer
vimos, mas a chama da Caminhada é mantida pela Esperança, a qual chamamos de Bendita.
Ao escrever e descrever ao
logo de seu texto - as aflições deste tempo presente -, sobre esta situação
que, já na época do apóstolo não diferia em muito dos dias atuais, Paulo coloca
o testemunho de uma expectativa ardente e inflamada por redenção. O amor de
Deus, revelado na vida de Cristo por nós (8.31ss.), e a ressurreição de Jesus,
reveladora do amor de Deus para com o Cristo (8.17), eram os seus dois
referenciais, sobre os quais cabia fundamentar a esperança.
Estes dois referenciais
explicam por que a sua esperança era esperança perseverante e não alienante:
O
amor se constrói em meio às tribulações e conflitos da vida, não à parte
destes. Mesmo assim, não há comparação entre o agora e o porvir, diz o apóstolo
(8.18).
Um
tempo de sofrimentos vai dar lugar a um tempo de glória. Esta é uma expectativa
que o NT apresenta do seu primeiro ao último livro, a partir da glória já
revelada na ressurreição de Jesus.
Só assim, Paulo pode
escrever: “Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.”
É esta a ótica do que
podemos chamar da Doutrina da Esperança Cristão. Sem ter visto, sem viver o ato
ou fato, garantidos apenas, no poder da Palavra eterna, o cristão vive um avida
esperançosa do encontro com Jesus nos Céus.
Esperança Interpretada
pela Bíblia Sagrada:
A - Biblicamente a
Esperança é uma das três variantes das quais Paulo fala, que serão permanentes.
1 Co.13.13. Agora,
pois, permanecem a fé, a ESPERANÇA e o amor,
estes três, mas o maior destes é o amor.
Em primeiro lugar, qual
era a Esperança dos dias de Jeremias?
Era uma Esperança
frustrada?
Era a Esperança
messiânica?
Era a Esperança da volta
do cativeiro, contra todas as circunstâncias contrárias.
Era a Esperança do
desesperado.
O Significado, da Raiz
Esperar, na Bíblia.
1 - No dia-a-dia, a
Esperança se manifesta de duas formas:
a) na forma secular
(esperar pela chuva, pelas férias, pelos amigos e amigas)
Ele plantou nela uma
vinha (Is.5.4.Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não
tenha feito? Por que, esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas
bravas?...)
Com isso, Ele esperava [qwh] que
ela produzisse uvas boas,
b) na forma teológica
(esperar pela ajuda de Deus, de forma confiante e ansiosa).
E agora, Senhor, o que
posso esperar [qwh]?
Minha esperança [tohelet] está
em Ti! (Sl 39.7).
A noção de esperança,
basicamente, surge quando Javé é, direta ou indiretamente, o objeto do verbo [qwh] esperar.
Assim: Ò esperança [miqweh] de Israel e redentor seu no tempo de
angústia... (Jr 14.8; conforme 17.13)
As línguas semíticas
demonstram e confirmam uma forma de uso do significado de esperar, em paralelo
este tem em outras línguas irmãs, significados paralelos, acrescentando o
sentido de ser, tornar-se forte.
Por isto, Israel, como
Abraão seu pai, foi fortalecido na Esperança.
Ao visitarmos a vida de Abraão
- O Pai da Fé – temos uma base desta Doutrina, A Base da vida de Abraão foi a Esperança:
μετεωριζω – meteorizo - encorajar com esperança
“Portanto, é pela
fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a
toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da
fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós,
(Como está escrito: Por
pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber,
Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já
fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que
ele tornou-se pai de muitas nações.”
Por ela, ele não teve
nenhuma dificuldade em seguir sempre na sua relação com YHWH para onde, este o
conduzia.
A fé Abraãmica, nos legou
o direito de uma Esperança futura, pela qual nós caminhamos diariamente, crendo
que chegaremos nela.
Há duas, entre tantas
outras, companheiras e incentivadoras, ou bases da Esperança, algumas citamos,
abaixo:
A – Promessa
Ela é irmã da Esperança
“...estai
sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer
que vos pedir a razão da esperança que há em vós” 1 Pedro 3:15
B
– A Obediência
É
a base da Esperança
“Pela fé Abraão, sendo
chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por
herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na
terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e
Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que
tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” Hebreus
11:8-10
Voltando ao tema
principal aprendamos que a nossa vida ou caminhada cristã, é vivenciada sob
dificuldades, tribulações, angústias, mas Paulo nos concita a não entrarmos em desespero.
Voltando ao tema
principal aprendamos que a nossa vida ou caminhada cristã, está
“Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” 2 Coríntios 4:8,9
Passos para manutenção da
esperança:
A própria vivência da
vida cristã é um dos passos para manutenção da esperança:
A própria Tribulação.
Paciência advinda
das situações na caminhada.
As experiências nesta
jornada nos mostram que não há confusão na esperança, porque a nossa esperança
é Cristo.
“E não somente isto, mas
também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação
produz a paciência,
E a paciência a
experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz
confusão...” Romanos 5:3-5
Perseverança:
Certo está, de qualquer
maneira, que para o apóstolo o conteúdo da esperança cristã não permite
que os fiéis fraquejem resignados ou desesperados, como textos aqui citamos, ao
longo deste texto: o amor de Deus, comprovado na vida de Jesus (8.31ss.), e o
próprio exemplo de Cristo, que não fugiu, mas enfrentou as suas tribulações
(8.17), constituem os referenciais últimos para a perseverança na justiça.
Concluindo:
24-Porque, em esperança,
somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança, porque o que alguém
vê, como o esperará?
A esperança produz
salvação!
Corramos, pois, com
confiança a carreia esperançosa que nos está proposta para chegarmos ao final –
O Céu, com Cristo!
A ancora: A esperança –
não pode deixar de estar no fundo do mar de nossas vidas!
Não deixemos que os
sofrimentos desta vida retirem de nós a esperança de um futuro glorioso.
Fonte:
Dicionário Strong
Lição CPAD
Site EBD
Citações do autor no
corpo do texto
Citações dos estudos no Site
estudando a Palavra
https://estudandopalavra.blogspot.com/2016/10/abraao-esperanca-do-pai-da-fe-2-parte.html
Portal Luteranos - Romanos
8.18-23 (24-25) - Auxílio Homilético
A Soberania de Deus e o
sofrimento do crente - Texto básico: Romanos 8.18-25 - André
Scordamaglio - Estudo publicado originalmente na série Palavra Viva, revista
“Soberania Banida”, da Editora Cultura Cristã.
https://estudandopalavra.blogspot.com/2010/05/esperando-contra-esperanca-licao-09-2.html
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