Lição 04 Deus É Triúno – Primeira Parte
CPAD - 26
de Janeiro de 2025
Subsídio pastor e
professor Osvarela
Texto Áureo
“Portanto, ide, ensinai todas as
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt
28.19)
Prática
Desde a eternidade Deus é Pai,
Filho e Espírito Santo e essa verdade está em toda a Bíblia.
Mateus 3.15-17; 28.19,20
Mateus 3.15- Jesus, porém,
respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a
justiça. Então, ele o permitiu. 16- E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água,
e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba
e vindo sobre ele. 17- E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo.
Mateus 28.19- Portanto, ide,
ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; 20- ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e
eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
A) Objetivos da Lição:
I) Demonstrar como a Bíblia
apresenta a Trindade;
II) Indicar as principais
heresias sobre a doutrina da Trindade;
III) Explicar os perigos do
Unicismo na atualidade.
Introdução:
A Trindade não aparece como um
termo bíblico, mas aparece desde o primeiro texto de Gênesis, nas diversas
teofanias incluindo a mais clássica já no Novo Testamento, no batismo de Jesus.
É sem dúvida uma das principais
dificuldades teológicas para os descrentes e usada como ponto de razão dos que
querem desacreditar da Trindade, como a entendemos ao logo das diversas
definições da Igreja, por séculos, como um Deus Triúno, existente em Unicidade
e subsistente em três Pessoas – O Pai – O Filho – E O Espírito Santo, ou seja, subsistem
em total forma consubstancial [hommoysios].
- ousia (οὐσία ,"substância";
aquilo que tem um fundamento, é firme - aquilo que tem existência atual; substância,
ser real; qualidade substancial, natureza, de um pessoa ou cois), physis (φύσις,"natureza")
As Assembleias de Deus em sua
Declaração de Fé promulgada em uma das Convenções Gerais da CGADB, ensina e
traduz como cremos sobre a Trindade, com base nas citações das fontes na Bíblia
Sagrada, da qual indica como referência textos bíblicos:
CAPÍTULO
III (pag.26). SOBRE A TRINDADE
CREMOS,
professamos e ensinamos o monoteísmo bíblico, que Deus é uno em essência ou substância,
indivisível em natureza e que subsiste eternamente em três pessoas — o Pai, o
Filho e o Espírito Santo, iguais em poder, glória e majestade e distintas em
função, manifestação e aspecto:
“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt 28.19). As Escrituras Sagradas claramente revelam que a
Trindade é real e verdadeira.
Uma só
essência, substância, em três pessoas. Cada pessoa da santíssima Trindade
possui todos os atributos divinos — onipotência, onisciência, onipresença, soberania
e eternidade. A Bíblia chama textualmente de Deus cada uma delas; as Escrituras
Sagradas, no entanto, afirmam que há um só Deus e que Deus é um: “Todavia para
nós há um só Deus” (1 Co 8.6); “mas Deus é um” (Gl 3.20); “um só Deus e Pai de
todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.6).
Obs.: Unicidade é diferente do
Unicismo, doutrina que define Deus como um só diferente da nossa crença. Os
unicistas creem que o Deus se manifesta, ora como Jesus, ora como O Pai, ora
como o Espírito Santo, mas só subsiste numa só pessoa. Enquanto nossa crença é
a unicidade na Trindade com subsistência em um Só Deus em Três Pessoas, com mesma
ousia.
Textos suporte:
“No princípio, criou Deus os
céus e a terra” (Gn 1.1). O verbo “criou” está no singular, e o sujeito Elohim,
“Deus”, no plural, o que revela uma pluralidade na deidade. Além disso, o monoteísmo
do Antigo Testamento não é absoluto e permite a pluralidade na unidade: “E
disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança” (Gn 1.26); “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o
homem é como um de nós” (Gn 3.22); “Eia, desçamos e
confundamos ali a sua língua” (Gn 11.7). Essa pluralidade na
unidade é vista também no profeta Isaías: “A quem enviarei, e quem há
de ir por nós?” (Is 6.8).
Ao longo da história doutrinaria
e composição do Credo aceito pela Igreja, seja pelos Pais da Igreja como base
aceita pelo Cristianismo e posteriormente pelos Evangélicos foi tema de muitos Concílios,
estudos e definições, até chegar ao entendimento basal que encontramos nas
diversas Declarações de Fé conforme o rito e entendimento das denominações cristãs.
Evidências nas Escrituras:
Apresentando a Trindade-
O Novo Testamento, na nova
revelação divina para humanidade na Plenitude do Tempo, a apresentação publica
de Jesus com Cordeiro de Deus podemos observar sem a menor dúvida a presença
do Pia, do Filho (o batizando) e do Espírito Santo (a Pomba)
João
1:1-2,14 No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
Trindade: O texto
básico para discutir-se a divindade do Filho é João 1:1-2, 14. O
Espírito Santo é apresentado como a terceira pessoa divina, ligado ao Pai e ao
Filho, mas distinto deles, da mesma forma que o Pai e o Filho são distintos um
do outro. A sua individualidade está dentro da unidade de Deus. A própria
palavra Santo sugere sua divindade. Jesus declara que o nome de Deus, em que
devem ser batizados aqueles que se tornam seus discípulos, é tri pessoal.
A apresentação do Filho
para seu Ministério foi confirmada com a manifestação do Pai e Do Espírito
Santo:
Mt 3.16,17 “E,
sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os
céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre
ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo”
A geração do Filho
prova o seu pertencimento á Trindade:
Hb 5.5 “Assim,
também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas
glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei”.
O Filho se apresenta e diz
o que é:
Jo 10.30 “Eu e o
Pai somos um”
O derramamento do Espírito Santo,
como Consolador, O Paracleto é uma das muitas informações que dão informação
sobre a Trindade com a citação de cada uma das Pessoas no mesmo texto:
Jo 15.26 “Mas,
quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de
enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará
de mim”.
O Filho em sua encarnação é
exaltado pelo Pai:
A declaração de Jesus como Deus é
confessional diante do Pai!
Segundo Warfield, foi na vinda do
Filho de Deus, na semelhança da carne do pecado, para se oferecer a Si mesmo
com um sacrifício pelo pecado, e na vinda do Espírito Santo, para convencer o
mundo do pecado, da justiça e do juízo, que a Trindade de Pessoas na Unidade da
Divindade foi revelada de uma vez para sempre aos homens.
Encarnação não tirou a deidade do
Filho - Colossenses 2.9 “porque nele habita corporalmente toda a plenitude
da divindade”
Filipenses 2.,5-11 De sorte
que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas
esvaziou-se a si mesmo, [...] Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e
lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de
Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor,
para glória de Deus Pai.
Doutrinas heréticas sobre a
Trindade:
Sabelianismo - No
cristianismo, sabelianismo (também conhecido como monoteísmo modalista,
patripassianismo, unicismo, monarquianismo modal ou simplesmente
modalismo) é a crença "unicista" de que Deus em sua unicidade se
manifestou em carne e não em três pessoas distintas.
Visões da Forma do Pai, Do Filho
E Do Espírito Santo:
O Modalismo -
Pai, Filho e Espírito Santo: três modos de aparecer do mesmo Deus.
Subordinacionismo - O Pai é
o único Deus, o Filho e o Espírito Santo são criaturas subordinadas
O Triteísmo - O
Pai, o Filho e o Espírito Santo são três deuses
Trindade ontológica e Trindade
econômica - Ao discutir a doutrina da Trindade, temos que
distinguir o que é tecnicamente conhecido como Trindade Ontológica e Trindade
Econômica.
Por Trindade Ontológica,
entende-se a Trindade que subsiste na Divindade, desde toda eternidade. Na sua
vida essencial e inata, dizemos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são os
mesmos em substância, possuindo atributos e poderes idênticos e, portanto, são
iguais em glória. Isto diz respeito à existência essencial de Deus.
Por Trindade Econômica,
entende-se a Trindade tal como se manifesta no mundo, especialmente na redenção
do pecador. Existem três obras adicionais, se assim podemos descrever, que são
atribuídas à Trindade, a saber, a Criação, a Redenção e a Santificação.
A Salvação, através do Plano de
Redenção, apresenta a atividade trínica:
Encontramos, nas Escrituras, que
o plano da redenção toma a forma de um pacto, não só entre Deus e o Seu povo,
como também entre as várias Pessoas dentro da Trindade, de maneira que há, por
assim dizer, uma divisão de tarefas. Cada Pessoa tomando voluntariamente
determinada fase da obra.
Ao Pai atribui-se, em primeiro
lugar, a obra da Criação, assim como a eleição de certo número de
indivíduos que Ele deu ao Filho.
Ao filho atribui-se a obra da
Redenção, para o cumprimento da qual se encarnou, tomando a
natureza humana, de forma que, como representante de seus eleitos, assume a
culpa do seu pecado, para resgatá-los da morte.
Ao Espírito Santo são atribuídas
as obras de Regeneração e de Santificação, ou a aplicação aos
corações dos indivíduos, da expiação objetiva que Cristo realizou. Ele faz isto
renovando espiritualmente os corações, operando neles a fé, o arrependimento e
glorificando-os finalmente no céu.
Como afirmamos, acima, a nossa Fé
se consolidou ao longo de concílios da Igreja, reforçando entendimentos e
interpretações das Escrituras sobre a Trindade (aqui, no caso em tela), assim no
Credo de Atanásio a doutrina da santíssima Trindade é uma verdade bíblica,
conforme definida: “A fé universal é esta: que adoremos um Deus em trindade, e
trindade em unidade; não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”.
Os triteístas acreditam em mais de
um Deus, os unicistas confundem as pessoas, e os unitaristas separam a
substância. São crenças inadequadas que estão em desacordo com a fé cristã
bíblica e histórica, razão pela qual nós as rejeitamos. Há um só Deus que
subsiste em três pessoas distintas, definidas e identificadas com a mesma
natureza divina.
Observo e destaco que ao
apresentar o estudo e o conceito de Trindade saibamos e apresentemos que há
termos que aparentemente dão a mesma definição sobre a Trindade, mas na verdade
são termos que definem a Trindade com outra ideia de divindade e das sua
pessoas, ou Pessoa, como alguns termos se apresentam:
Assim, cuidado com –
Reforço ao subsídio - Triteísmo - Os triteístas acreditam em mais de
um Deus.
Deístas - O deísmo expressa uma
posição filosófica e também religiosa que aceita a ação divina (Deus) na
criação do mundo, certeza esta adquirida não por revelações de Deus ou coisas
do gênero, mas sim pela compreensão racional da Divindade.
Negando:
Negamos o unicismo sabelianista e
moderno, ou seja, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três modos
de uma mesma pessoa divina, porque está escrito que as três pessoas são
distintas.
Negamos o unitarismo, pois essa doutrina
afirma que somente o Pai é Deus, negando, assim, a divindade do Filho e
do Espírito Santo, ao passo que as Escrituras Sagradas ensinam a
divindade do Filho e do Espírito Santo.
Negamos o triteísmo, ou seja, que
existam três deuses separados, pois a Bíblia revela a existência de um único
Deus verdadeiro: “há um só Deus e que não há outro além dele” (Mc
12.32); “todavia, para nós há um só Deus” (1 Co 8.6). Essa doutrina
monoteísta tem implicação para a salvação: “E a vida eterna é esta: que
conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
Unicismo é a doutrina que
afirma que Deus se manifestou em três formas (modo ou máscara) durante a
História. Esta heresia remonta o ano de 215 dC e seu principal
representante foi Sabélio.
Os unitários não devem ser confundidos com
os unicistas. Os primeiros entendem que Deus é um e único, o Pai de Jesus
Cristo.
Já os unicistas entendem que o Pai, o Filho
e o Espírito são apenas manifestações diferentes do mesmo Deus.
A Assembleia de Deus (CGADB) fez uma
declaração convencional, a forma de um Manifesto contra o Unicismo em Novo
Hamburgo, (RS) no dia 29 de abril de 2023:
O documento foi elaborado pelo
Conselho de Doutrina e a Comissão de Apologética da CGADB. Ele também será
publicado na edição nº 1657 (junho/2023) do jornal Mensageiro da Paz, órgão
oficial da denominação. Leia o texto completo no Link:
Fonte:
Apontamentos do autor:
Dicionário Strong
Lições CPAD
Citações no corpo do texto
Declaração
de Fé AD’s CGADB - Novembro/2016
Qual a
diferença entre Unicismo e Unitarismo? Prof. Paulo Cristiano da Silva
Significados
de Deísmo
escolabiblicadominical.org -
EBD | Adultos
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