Eu Sou a Ressureição e a Vida
Lição CPAD - 18
de maio de 2025
Subsídio pastor e professor Osvarela
Texto
Áureo
“Disse-lhe
Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá;” (João 11.25).
Prática
O
Senhor Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a
garantia de que um dia teremos um corpo glorioso como o d’Ele. O Senhor Jesus Cristo é
a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia
teremos um corpo glorioso como o d’Ele.
14
— Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto,
15
— e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que
acrediteis.
17
— Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na
sepultura.
18
— (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)
19
— E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de
seu irmão.
20
— Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria,
porém, ficou assentada em casa.
21
— Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão
não teria morrido.
23
— Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.
24
— Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do
último Dia.
25
— Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá;
26
— e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?
27
— Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de
Deus, que havia de vir ao mundo.
Objetivos
da Lição:
I) Identificar o propósito de Jesus no milagre da
ressurreição de Lázaro, evidenciando a glória de Deus;
II) Analisar de que forma o diálogo entre Jesus e
Marta reforçou e solidificou a fé da irmã de Maria;
III) Apresentar a doutrina bíblica da Ressurreição
do Corpo, evidenciando a sua importância para a esperança cristã na vida
eterna.
Discurso:
Betânia
mostra o lado de Jesus homem, chorando e em contínua amizade com seus amigos,
mesmo os mais difíceis de serem aceitos pela comunidade, da época, como Simão,
o leproso, e Lázaro, o ressuscitado.
λαζαρος
- Lazaros - לעזר; n. pr. m. Lázaro = “a quem
Deus ajuda” (uma forma do nome hebraico Eleazar); habitante de Betânia,
amado por Cristo e ressuscitado da morte por ele;
Μαρθα
- Martha - (significa ama) מרתא; n. pr. F. Marta = “ela foi
rebelde”; irmã de Lázaro e Maria de Betânia
Μαρια - Maria ou Μαριαμ - Mariam; מרים; n. pr. F. Maria = “sua rebelião”;
Maria, mãe de Jesus; Maria Madalena, uma mulher de Magdala; Maria, irmã de
Lázaro e Marta
Uma
Família querida:
Jesus mostra
que ama estar em família, portanto, na hora da dificuldade o chame que Ele vai
chegar na hora certa e na hora d’Ele!
Lázaro
e suas duas irmãs, Marta e Maria, eram amigos fraternos de Jesus de Nazaré.
Viviam em Betânia, a cerca de três milhas de Jerusalém, e Jesus, muitas vezes,
se hospedava na casa deles. A amizade entre Jesus e Lázaro é testemunhada pelas
palavras com as quais Maria e Marta tinham mandado dizer-lhe para visitar o
irmão doente: “Senhor, aquele que amas está enfermo”.
O sofrimento começa com a doença. Ela é companheira
da morte. Ela se torna apreensora da morte indesejada e temida. A doença pode
ser vencida por algum tempo. Algum dia, porém, isto não é mais possível, quando
ela se tornou doença de morte.
Lázaro
- pode ter sido um Essênio, e sua família eram dedicados totalmente ao
serviço dos pobres e doentes em Betânia.
Lázaro
era muito respeitado pelos hoi Ioudaioi.
"Hoi" (οἱ): é
o artigo definido masculino plural em grego, que significa "os" em
português.
"Ioudaioi" (Ἰουδαῖοι): é
o substantivo que deriva de "Iouda", que é o nome da região da
Judeia.
A combinação "Hoi ioudaioi" (οἱ Ἰουδαῖοι) traduzida para o português resulta em "os
judeus" ou "os homens de Judá".
Muitos,
na esperança de trazer-lhes o conforto tão necessário, chegaram a chorar junto
com Marta e Maria.
É
nesta história que Jesus faz o seu ataque final contra a fortaleza da
incredulidade dentro da elite sacerdotal de Jerusalém. Ele estava prestes
a ressuscitar um membro respeitado da sociedade religiosa hierosolimitana
sob as vistas dos membros do hoi Ioudaioi. Isso
exigiria uma resposta de fé n’Ele. Maria e Marta estavam sendo consoladas
por seu próprio povo da classe dominante hierosolimitana. A Ressurreição
De Lázaro, Os Judeus E Tradição Judaica (João 11:1-44) - Dr. Eli
Lizorkin-Eyzenberg
Marta
Muitas
tentativas foram feitas para identificar Maria, Marta e Lázaro com outras
pessoas conhecidas.
O
amigo Lázaro foi identificado com o rabi Eliezer (ou Lázaro) do Talmude. Lázaro
ficou conhecido pelo fato de ter sido ressuscitado por Jesus.
Mas
são especulações sem comprovação, e devem ser tratadas como meras conjecturas.
Lucas 10.40,41
– Marta, porém, andava distraída em muitos
serviços ... Jesus disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada
com muitas coisas
É destacada
pelos escritores do NT como a dedicada dona de casa, inclusive em algumas
definições de seu nome encontramos que poderia simplesmente indicar “uma dona
de casa”,(tenho reservas sobre esta definição).
Sugeriu-se
que Marta era a esposa de Simão, o Leproso.
Mas, declaradamente
era ela a dona da casa, a que hospedava Jesus nas narrativas dos evangelistas a
amava.
Ora,
Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. João 11:5
Então conforme
a sua posição era normal que ela saísse ao encontro de Jesus o amigo que ela hospedava
quando passava ou ia a Betania, distante cerca de 3 km de Jerusalém (João
11:1818 — (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)
uns poucos quilômetros. A sua característica era da líder da família, com
responsabilidade no lar e da vida de seus irmãos.
Estádio: Era
uma medida de distância usada na antiguidade, equivalente a cerca de 185
metros. 15 estádios equivalem, portanto, a 2,8 quilómetros, que é a
distância aproximada entre Betânia e Jerusalém.
Proximidade: A proximidade de Betânia a Jerusalém permitia
que Jesus e seus discípulos se deslocassem com facilidade entre as duas
localidades.
Localização: Betânia ficava no Monte das Oliveiras, a
leste de Jerusalém.
É notório
que naqueles dia (ainda o é, hoje no Oriente) a cultura impunha a presença
de um homem na família imprimindo uma áurea de segurança familiar, que impedia
avanço sobre as propriedades e vida da família, e dando garantias das
propriedades e direitos, portanto a perda e morte de Lázaro colocava em xeque
toda a estrutura do lar, na vida social da família dentro da comunidade de
Betania.
Aparentemente,
Maria a mais destacada crente em Jesus se acomoda em casa, enquanto a Marta
aparentemente incrédula sai como a afrontar a Jesus pela demora, pois elas
mandaram chamá-lo, quando Lázaro ainda estava doente.
Mas na
realidade, Maria ficar em casa cuidando das coisas do lar, foi uma forma de
mostrar que ela entendia que quem deveria tomar as rédeas do assunto com Jesus
era Marta, era a hospedeira do Mestre e a casa era da Marta.
Marta era
discreta, mesmo na situação de morte ela se mostra discreta e foi chamar a
Maria de forma que muitos nem entenderam por que Maria sai de casa.
Ela em
suas próprias palavras aguardava a ressurreição dos mortos, no último dia, e isso
lhe dava esperança, mas apara Jesus a morte de Lázaro era um momento especial
em seu ministério, como veremos, mais abaixo:
1 Tessalonicenses 4:13 Não quero, porém, irmãos,
que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
Marta
nos dá a lição: na dificuldade extrema não nos desesperamos, mas continuamos
mantendo, mesmo com dor, a nossa sobriedade.
Destaco
que Lazaro já estava sepultado. significava que nada mais se poderia
esperar além de palavras de consolação da parte de Jesus pois no próprio meio apostólico
o Tomé já se manifestara (João 11:16 Disse, pois, Tomé, aos condiscípulos: Vamos
nós também, para morrermos com ele.)
Podemos
entender isto, ao lermos:
João 11:28-31
E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O
Mestre está cá, e chama-te. Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com
ele. (Pois, Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde
Marta o encontrara.) Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a
consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na,
dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.
Portanto
a fala de Marta e de Maria subsequentemente era natural, pois já estava morto
e sepultado, aquele a quem Jesus amava como amigo (João 11:11;36 Lázaro, o nosso
amigo; Disseram os judeus: Vede como o amava.)
Obs.:
a sepultura não ficava próximo a casa de Lázaro, pois as cidades tinham seus cemitérios
fora da cidade
Há um
estranhamento e uma controversa troca de mesmas palavras entre as irmãs e
Jesus, nesta narrativa.
Mas,
cada uma expressa uma visão sobre o instante e aquilo que pensavam do Mestre.
Primeiro: como amigo da família.
Segundo: como viam a importância da sua presença na hora da
dificuldade, como solução dos problemas e com o viam em relação a sua posição
como o poderoso amigo e solucionador de problemas impossíveis, pois claramente
eles sabiam da autoridade poder de Jesus
em realizar milagres.
Mas, a
dúvida surgiu: “será que para nós ele pode realizar algo, além do que já realizou?”
Ouvindo,
pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou
assentada em casa. João 11:20
Marta
é ocupada, ativa e lidera, ao passo que Maria é pensativa, devota e espera.
Assim... ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria,
porém, ficou assentada em casa (20).
Marta
a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu
irmão não teria morrido. João 11:21
Tendo,
pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés,
dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. João
11:32
A
Marta foi direto confrontar a Jesus?
João 11:2 Maria era aquela que tinha ungido o
Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado
os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo
Mas
Maria ficou em casa.
Ela
sabia quem era Jesus ou tinha confiança no Mestre declaradamente seu amigo.
Uma
outra visão na posição de Maria:
Podemos
inferir, outra visão na posição de Maria: “Quem conhece Jesus não se adianta
até Ele chegar, pois Ele sempre chega na hora e momento certo, e além disto,
mostra seu amor transparente aos que Ele ama.”
E,
dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre
está cá, e chama-te. João 11:28
Aguarda
ser chamado, quando Jesus chama você se apressa em ir e muitos podem até pensar
que você vai chorar o morto, mas na realidade você está indo ao encontro de seu
amigo e sua solução do problema.
Eis a
diferença em que é amigo para quem apenas conhece.
O diálogo entre Jesus e Marta reforçou e
solidificou a fé da irmã de Maria;
Maria
é descrita como aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento e lhe tinha
enxugado os pés com os seus cabelos.
João
11.20 — Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha,
saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
Marta (o nome em aramaico poderia significar
simplesmente dona de casa).
Lázaro
e suas duas irmãs, Marta e Maria, eram amigos fraternos de Jesus de
Nazaré.
Marta - Marta é um nome aramaico e significa “senhora”; é
o equivalente ao grego kyria.
As
diferenças entre as irmãs amigas de Jesus.
O
contraste entre as muitas coisas com as quais Marta se preocupava e a única
coisa que era necessária.
As
“muitas coisas” de Marta eram materiais, físicas e sociais; a “única coisa”
(“Uma só”) de Maria era espiritual e de significado eterno.
Marta
não estava escolhendo o errado no lugar do certo, mas o incidental em lugar do
mais importante, o temporal em lugar do eterno.
Maria
escolhera com sabedoria. Ela sabia qual parte era a mais desejável e a mais
nobre, e a escolheu. Nobreza - o espírito de Maria não era menos
notável que sua liberalidade. Não havia traço de utilitarismo vulgar em seu
caráter, em contraste com Judas.
A
Fé e Marta:
Alimentando
a Fé:
A fé é
um elemento emocional característico que alimenta a esperança de todo homem,
Ainda
que alguns digam que não creiam na verdade intrinsicamente todo ser humano é
movido pela esperança e o combustível dela é a fé.
Assim
como o fogo depende do triângulo para se iniciar ou se manter, a fé depende de
alguns elementos :
Senhor,
se tu estivesses aqui, meu
irmão não teria morrido. Mas também,
agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá[...] Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar... Eu sou a ressurreição e a vida.[...] quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e
todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá
A fé genuína
tem os seus elementos:
Confiança,
a reação emocional; Senhor, se tu estivesses aqui
“Não és culpado, mas a tua presença impediria a
morte”: Apesar de haver, talvez, certo tom de decepção nessa declaração,
ela também mostra a fé dessas mulheres, pois ninguém jamais havia morrido na
presença de Jesus.
Compreensão,
ou a resposta intelectual; : Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho
de Deus, que havia de vir ao mundo. Marta não tardou
em declarar sua fé em Jesus Cristo (Jo 11:22), e ele respondeu a essa fé
prometendo que seu irmão ressuscitaria. A intelectualidade impediu a
Marta ver o além, no campo espiritual. Muitas vezes a falta de percepção
espiritual das pessoas não lhes permite entender as palavras de Jesus.
João 11:37
E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer
também com que este não morresse?
Para
levar Marta a compreender a imediata presença da ressurreição.
Jesus
declarou: Eu sou a ressurreição e a vida.[...] quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá - A
resposta de Jesus - retira o véu ainda não descoberto sobre a crença e doutrina
judaica da ressurreição dos mortos, levando-a ao nível dos milagres que Ele
pode realizar. É importante
observar que Jesus não negou o que Marta havia dito sobre a ressurreição
futura.
o próprio Jesus é o dom da vida, tanto presente
quanto futuro, para o homem
A
ressurreição do corpo humano é uma das doutrinas fundamentais do judaísmo
ortodoxo. Mas, com sua poderosa declaração de "Eu Sou", Jesus
transformou completamente essa doutrina da ressurreição e, ao fazê-lo, consolou
o coração de Marta.
Lealdade: o exercício da vontade. creio que tu és o
Cristo O exercício da fé vai resultar na expressão final do ato posterior.
Todos
estes itens são demonstrados na frase que Marta e Maria usaram para falar com
Jesus.
Na
realidade elas, uma quanto a outra tinham a fé no interior, mas necessitavam de
colocar em ação, com incentivo de Jesus.
A
conversa de Jesus com Marta neste episódio poderia ser chamada de “uma lição
sobre o significado da fé”. Pois a fé, para ser eficiente, deve ser não
apenas dinâmica, mas também completa, i.e., deve ser caracterizada por
aquelas reações que envolvem a pessoa como um todo.
A Grandeza
do Milagre
Historiando tempo do evento Lázaro e informações:
João 11.14;19,20 — Então, Jesus disse-lhes claramente:
Lázaro está morto, — e folgo, por amor de vós, de que eu lá não
estivesse, para que acrediteis. — Chegando, pois, Jesus,
achou que já havia quatro dias que estava na sepultura. — (Ora,
Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.) — E muitos dos
judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão. — Ouvindo,
pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou
assentada em casa.
Jesus
estava em Betânia (do outro lado do Jordão), cerca de 30 quilômetros de
Betânia, cidade de Lázaro (Jo 1:28; 10:40).
Considerando
os aspectos geográficos e as condições de locomoção entre os lugares, se esse
mensageiro não tivesse se demorado ao longo do caminho, é provável que tenha
levado um dia para completar a viagem.
Então,
o mensageiro chegou com a notícia triste de que Lázaro, o amigo querido de
Jesus, estava enfermo.
Jesus
mandou-o de volta no dia seguinte com a mensagem de ânimo registrada em
João 11:4.
Em
seguida, esperou mais dois dias antes de partir para Betânia e, quando
ele e os discípulos chegaram, Lázaro estava morto havia quatro dias. Isso
significava que havia morrido no mesmo dia em que o mensageiro partira
para buscar Jesus!
Os
acontecimentos sucederam mais ou menos da seguinte maneira, considerando sempre
um dia para a viagem:
Primeiro
dia - o mensageiro vai buscar Jesus (Lázaro morre).
Segundo
dia - o mensageiro volta a Betânia.
Terceiro
dia - Jesus espera mais um dia e parte para Betânia.
Quarto
dia - Jesus chega a Betânia.
A condição
do corpo de Lázaro após quatro dias sepultado.
João 11:39 Disse
Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal,
porque é já de quatro dias.
É notória
a situação de um corpo humano, no processo de decomposição pós mortem. Elas sabiam
que a situação já estava passando do ponto de ser aberto um sepulcro, aliada ao
conceito pelo qual eles entendiam que havia um tempo no qual a alma, entendiam assim, ficava no corpo - No
contexto cultural e religioso da época, a crença era que a alma permanecia
perto do cadáver durante três dias, e que após esse período, o corpo começaria
a decompor. –
Aparentemente
Jesus sabia disto, ao escritor declarar: “João 11.17 — Chegando, pois,
Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.”
João 11:6
Porém quando soube que Lázaro estava doente, ainda ficou dois dias onde estava.
Portanto,
Jesus resolveu esperar se completarem quatro dias da morte de Lázaro para só
depois chegar à casa de seu amigo.
Se
Cristo tivesse ido antes e encontrado Lázaro vivo, teria realizado apenas um
milagre de cura; se tivesse chegado pouco tempo depois de sua morte, teria
feito a ressurreição, mas deixaria margem para alguém pensar que era a “alma”
de Lázaro que tinha voltado.
A palavra τοτε original
nos textos gregos pode ser traduzido mais precisamente como então,
ou seus sinônimos: por isso; logo; assim; desse modo; consequentemente –
explicando o motivo pelo qual JESUS quis demorar ainda mais antes de ir à
Betânia.
- “Καθως λοιπον
ηκουσεν οτι ασθενει, τοτε μεν εμεινε δυο ημερας εν
τω τοπω οπου ητο·” (Grego
moderno);
- “ως ουν ηκουσεν
οτι ασθενει τοτε μεν εμεινεν εν ω ην τοπω δυο
ημερας” (Textus
Receptus).
A
preservação do corpo depende de muitos fatores como a condição do defunto,
técnicas do seu tratamento (cf. Jo 19:39-40), clima, entre outros, mas de um
modo geral, nos arredores de Jerusalém considerava-se que depois de três dias o
corpo apresentaria sinais visíveis de decomposição e, por isso, não haveria
mais nenhuma possibilidade de reverter da morte, somente por um milagre. Mas,
foi justamente por este motivo “milagre” que o Senhor quis demorar mais indo
para a Judeia.
A importância
do contexto próximo dos capítulos 9 a 11.
Há um crescendo
das manifestações de Jesus nestes capítulo.
No capítulo
9, onde realiza o sexto sinal, Jesus começa por abrir os olhos a
um cego.
No capítulo
10, Jesus manifesta ser o lugar onde o povo encontra Deus, pois ele e o Pai
são ‘um’ e ele é o acesso ao Pai, a Porta das ovelhas, é o Bom Pastor, e quem
se apascenta a si mesmo é ladrão e dispersor.
Há um
auge na manifestação de Jesus no capítulo 11 no tocante ao evento narrado,
é Jesus dando vida, pois Ele é o Autor da vida.
No capítulo
11, o Senhor manifesta a sua glória, ressuscitando Lázaro (cf.
11,1-46), o sétimo e derradeiro sinal do Filho de Deus. É importante
este detalhe, pois logo a seguir na sua subida a Jerusalém, como já anunciara
Ele vai enfrentar a morte, mas aqui El corrobora seu poder sobre a Morte, pois então
aqui Ele demonstra que podia ressurgir dentre os mortos, pois mesmo com alguém morto
a quatro dias Ele vai ressuscitar o morto! Aleluia”
O Filho
aponta para o Pai.
“Mas
também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”
Jesus o
fez(a demora e chegada a Betânia) da maneira relatada porque Ele vivia de
acordo com um cronograma divino (Jo 11:9).
Prenuncio
da morte e da ligação de Sua própria morte em atendimento ao Pai.
João 11:40-42
Disse-lhe Jesus: Não te tenho dito que, se creres, verás a glória de Deus?
Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos
para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que
sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor,
para que creiam que tu me enviaste.
Intercalando
o entendimento do texto sobre o espanto dos discípulos ao serem informados que
iriam para Betânia:
João
11.11-16;14 — Então, Jesus
disse-lhes claramente: Lázaro está morto,[...] Lázaro, o nosso amigo, dorme,
mas vou despertá-lo do sono... Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia
isto da sua morte[...] Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos:
Vamos nós também, para morrermos com ele.
A expressão
de Tomé desperta a dificuldade de aceitar a morte pois o contexto do grupo de discípulos
vivia sob o manto da perseguição e busca dos Sinédrio em matar a Jesus.
Quando
Jesus anunciou que estava voltando para a Judéia, seus discípulos entraram em
pânico, pois sabiam o perigo que essa viagem representava (Betânia ficava próximo
de Jerusalém).
Mas,
Jesus estava disposto a entregar a vida por seus amigos (Jo 15:13). Sabia que
sua volta à Judéia e o milagre da ressurreição de Lázaro desencadeariam os
acontecimentos de sua prisão e morte.
25
— Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá;
26
— e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?
27
— Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de
Deus, que havia de vir ao mundo.
Jesus a
todo o tempo anunciava que Lazaro não ficaria na sepultura, mas a visão dos discípulos
e da família do morto não podia entender.
15 — e folgo, por amor de vós, de que eu lá
não estivesse, para que acrediteis.
A ação
de Jesus se manifesta a aclara o que Ele pode fazer e que quando Ele diz Ele
faz o que diz!
Jesus
lhes disse com todas as letras que Lázaro estava morto (a morte do cristão é
comparada ao sono; ver At 7:60; 1 Co 15:51; 1 Ts 4:13-18)
“a
Ressurreição” é... uma comunicação pessoal do próprio Senhor, e não uma
graça que Ele tem que obter de outro. É d’Ele e por Ele que a vida se inicia
desde a fundação do mundo.
Lázaro
foi ressuscitado dentre os mortos pelo poder de Deus.
A doutrina
da ressurreição.
Ressurreição
significa levantar dentre os mortos, voltar a viver no mesmo corpo.
Dentre
as seitas (aqui como divisões doutrinarias ente os grupos religiosos de
Israel, mas todos com a fé em Javé) colocava a questão de ressurreição ou a
vida pós morte no centro de algumas destas seitas, aparentemente a família de
marta, Maria e Lázaro desposavam da doutrina da ressurreição no Último Dia.
Os
saduceus acreditavam que não havia ressurreição dos mortos, vida após a
morte, reino espiritual ou anjos. A maioria dos saduceus eram sacerdotes do
Templo. Embora, os fariseus que acreditavam na ressurreição fosse importante
seita no conjunto dominador da religiosidade em Israel.
No
Novo Testamento, as curas e os milagres de ressurreição de mortos
efetuados por Jesus faziam parte da sua revelação messiânica, da demonstração
da sua compaixão pelos doentes e da manifestação da vinda do Reino de Deus.
A
morte é inevitável, mas a ressurreição de Jesus é a garantia de que
seremos ressuscitados: “se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim
também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele” (1 Ts
4.14). Trata-se de uma ressurreição corporal: “aquele que dos mortos ressuscitou
a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós
habita” (Rm 8.11).
Sem a
ressurreição, não haveria esperança para a humanidade: “E, se Cristo não
ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também
os que dormiram em Cristo estão perdidos” (1 Co 15.17,18). As obras de Cristo
são amplas, mas aqui focamos em sua morte, ressurreição. Capítulo V - Declaração
de Fé das AD’s CGADB
“Não
se trata de preferência sentimental de um e outro ou mesmo da comunidade. Jo
3.16 continua a carta magna do amor universal de Deus, que é dado a cada um
indistintamente (p. 470). O amor de Deus busca a pessoa. Ele visou a Lázaro,
como abraça hoje a cada um de nós. Lázaro e todos que experimentaram o amor de
Deus, tem exatamente neste particular a grande vantagem sobre os demais: Eles
sentiram e reconheceram o amor de Deus pelo mundo e pelos homens.” Gerhard
Heintze
Fonte:
Incontestável
– CPB mais
A
ressurreição de Lázaro - Cristo ressuscitou
em 3 dias; Lázaro em 4 dias. Por quê? 1 de março de 2024 Pastor Daniel Shinjo
A
ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-46): Da doença à morte. Da morte à vida
Bernardo Corrêa d’Almeida
Citações
no corpo do texto
Declaração
de Fé das AD’s CGADB
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– 2º trimestre 2025
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