quarta-feira, maio 14

Eu Sou a Ressureição e a Vida Lição CPAD - 18 de maio de 2025

Eu Sou a Ressureição e a Vida

Lição CPAD - 18 de maio de 2025

Subsídio pastor e professor Osvarela

Texto Áureo

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (João 11.25).

Prática

O Senhor Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo glorioso como o d’Ele. O Senhor Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo glorioso como o d’Ele.

Leitura – João 11.14,15,17-21,23-27.

14 — Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto,

15 — e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis.

17 — Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.

18 — (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)

19 — E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.

20 — Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.

21 — Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

23 — Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.

24 — Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia.

25 — Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;

26 — e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?

27 — Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.

Objetivos da Lição: 

I) Identificar o propósito de Jesus no milagre da ressurreição de Lázaro, evidenciando a glória de Deus;

II) Analisar de que forma o diálogo entre Jesus e Marta reforçou e solidificou a fé da irmã de Maria;

III) Apresentar a doutrina bíblica da Ressurreição do Corpo, evidenciando a sua importância para a esperança cristã na vida eterna.

Discurso:

Betânia mostra o lado de Jesus homem, chorando e em contínua amizade com seus amigos, mesmo os mais difíceis de serem aceitos pela comunidade, da época, como Simão, o leproso, e Lázaro, o ressuscitado.

λαζαρος - Lazaros - לעזר; n. pr. m. Lázaro = “a quem Deus ajuda” (uma forma do nome hebraico Eleazar); habitante de Betânia, amado por Cristo e ressuscitado da morte por ele;

Μαρθα - Martha - (significa amaמרתא; n. pr. F. Marta = “ela foi rebelde”; irmã de Lázaro e Maria de Betânia

Μαρια - Maria ou Μαριαμ - Mariamמרים; n. pr. F. Maria = “sua rebelião”; Maria, mãe de Jesus; Maria Madalena, uma mulher de Magdala; Maria, irmã de Lázaro e Marta

Uma Família querida:

Jesus mostra que ama estar em família, portanto, na hora da dificuldade o chame que Ele vai chegar na hora certa e na hora d’Ele!

Lázaro e suas duas irmãs, Marta e Maria, eram amigos fraternos de Jesus de Nazaré. Viviam em Betânia, a cerca de três milhas de Jerusalém, e Jesus, muitas vezes, se hospedava na casa deles. A amizade entre Jesus e Lázaro é testemunhada pelas palavras com as quais Maria e Marta tinham mandado dizer-lhe para visitar o irmão doente: “Senhor, aquele que amas está enfermo”.

O sofrimento começa com a doença. Ela é companheira da morte. Ela se torna apreensora da morte indesejada e temida. A doença pode ser vencida por algum tempo. Algum dia, porém, isto não é mais possível, quando ela se tornou doença de morte.

Lázaro - pode ter sido um Essênio,  e sua família eram dedicados totalmente ao serviço dos pobres e doentes em Betânia.

Lázaro era muito respeitado pelos hoi Ioudaioi.

"Hoi" (ο): é o artigo definido masculino plural em grego, que significa "os" em português. 

"Ioudaioi" (ουδαοι): é o substantivo que deriva de "Iouda", que é o nome da região da Judeia. 

A combinação "Hoi ioudaioi" (ο ουδαοι) traduzida para o português resulta em "os judeus" ou "os homens de Judá".

Muitos, na esperança de trazer-lhes o conforto tão necessário, chegaram a chorar junto com Marta e Maria. 

É nesta história que Jesus faz o seu ataque final contra a fortaleza da incredulidade dentro da elite sacerdotal de Jerusalém. Ele estava prestes a ressuscitar um membro respeitado da sociedade religiosa hierosolimitana  sob as vistas dos membros do hoi Ioudaioi. Isso exigiria uma resposta de fé n’Ele. Maria e Marta estavam sendo consoladas por seu próprio povo da classe dominante  hierosolimitana. A Ressurreição De Lázaro, Os Judeus E Tradição Judaica (João 11:1-44) - Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg

Marta

Muitas tentativas foram feitas para identificar Maria, Marta e Lázaro com outras pessoas conhecidas.

O amigo Lázaro foi identificado com o rabi Eliezer (ou Lázaro) do Talmude. Lázaro ficou conhecido pelo fato de ter sido ressuscitado por Jesus.

Mas são especulações sem comprovação, e devem ser tratadas como meras conjecturas.

Lucas 10.40,41 – Marta, porém, andava distraída em muitos serviços ... Jesus disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas

É destacada pelos escritores do NT como a dedicada dona de casa, inclusive em algumas definições de seu nome encontramos que poderia simplesmente indicar “uma dona de casa”,(tenho reservas sobre esta definição).

Sugeriu-se que Marta era a esposa de Simão, o Leproso.

Mas, declaradamente era ela a dona da casa, a que hospedava Jesus nas narrativas dos evangelistas a amava.

Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. João 11:5

Então conforme a sua posição era normal que ela saísse ao encontro de Jesus o amigo que ela hospedava quando passava ou ia a Betania, distante cerca de 3 km de Jerusalém (João 11:1818 — (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.) uns poucos quilômetros. A sua característica era da líder da família, com responsabilidade no lar e da vida de seus irmãos.

Estádio: Era uma medida de distância usada na antiguidade, equivalente a cerca de 185 metros. 15 estádios equivalem, portanto, a 2,8 quilómetros, que é a distância aproximada entre Betânia e Jerusalém. 

Proximidade: A proximidade de Betânia a Jerusalém permitia que Jesus e seus discípulos se deslocassem com facilidade entre as duas localidades. 

Localização: Betânia ficava no Monte das Oliveiras, a leste de Jerusalém.

É notório que naqueles dia (ainda o é, hoje no Oriente) a cultura impunha a presença de um homem na família imprimindo uma áurea de segurança familiar, que impedia avanço sobre as propriedades e vida da família, e dando garantias das propriedades e direitos, portanto a perda e morte de Lázaro colocava em xeque toda a estrutura do lar, na vida social da família dentro da comunidade de Betania.

Aparentemente, Maria a mais destacada crente em Jesus se acomoda em casa, enquanto a Marta aparentemente incrédula sai como a afrontar a Jesus pela demora, pois elas mandaram chamá-lo, quando Lázaro ainda estava doente.

Mas na realidade, Maria ficar em casa cuidando das coisas do lar, foi uma forma de mostrar que ela entendia que quem deveria tomar as rédeas do assunto com Jesus era Marta, era a hospedeira do Mestre e a casa era da Marta.

Marta era discreta, mesmo na situação de morte ela se mostra discreta e foi chamar a Maria de forma que muitos nem entenderam por que Maria sai de casa.

Ela em suas próprias palavras aguardava a ressurreição dos mortos, no último dia, e isso lhe dava esperança, mas apara Jesus a morte de Lázaro era um momento especial em seu ministério, como veremos, mais abaixo:

1 Tessalonicenses 4:13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

Marta nos dá a lição: na dificuldade extrema não nos desesperamos, mas continuamos mantendo, mesmo com dor, a nossa sobriedade.

Destaco que Lazaro já estava sepultado. significava que nada mais se poderia esperar além de palavras de consolação da parte de Jesus pois no próprio meio apostólico o Tomé já se manifestara (João 11:16 Disse, pois, Tomé, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.)

Podemos entender isto, ao lermos:

João 11:28-31 E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te. Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele. (Pois, Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.) Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.

Portanto a fala de Marta e de Maria  subsequentemente era natural, pois já estava morto e sepultado, aquele a quem Jesus amava como amigo (João 11:11;36 Lázaro, o nosso amigo; Disseram os judeus: Vede como o amava.)

Obs.: a sepultura não ficava próximo a casa de Lázaro, pois as cidades tinham seus cemitérios fora da cidade

Há um estranhamento e uma controversa troca de mesmas palavras entre as irmãs e Jesus, nesta narrativa.

Mas, cada uma expressa uma visão sobre o instante e aquilo que pensavam do Mestre.

Primeiro: como amigo da família.

Segundo: como viam a importância da sua presença na hora da dificuldade, como solução dos problemas e com o viam em relação a sua posição como o poderoso amigo e solucionador de problemas impossíveis, pois claramente eles sabiam da autoridade  poder de Jesus em realizar milagres.

Mas, a dúvida surgiu: “será que para nós ele pode realizar algo, além do que já realizou?”

Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. João 11:20

Marta é ocupada, ativa e lidera, ao passo que Maria é pensativa, devota e espera. Assim... ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa (20).

Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. João 11:21

Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. João 11:32

A Marta foi direto confrontar a Jesus?

João 11:2 Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo

Mas Maria ficou em casa.

Ela sabia quem era Jesus ou tinha confiança no Mestre declaradamente seu amigo.

Uma outra visão na posição de Maria:

Podemos inferir, outra visão na posição de Maria: “Quem conhece Jesus não se adianta até Ele chegar, pois Ele sempre chega na hora e momento certo, e além disto, mostra seu amor transparente aos que Ele ama.”

E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te. João 11:28

Aguarda ser chamado, quando Jesus chama você se apressa em ir e muitos podem até pensar que você vai chorar o morto, mas na realidade você está indo ao encontro de seu amigo e sua solução do problema.

Eis a diferença em que é amigo para quem apenas conhece.

O diálogo entre Jesus e Marta reforçou e solidificou a fé da irmã de Maria;

Maria é descrita como aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos.

João 11.20 — Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.

Marta (o nome em aramaico poderia significar simplesmente dona de casa).

Lázaro e suas duas irmãs, Marta e Maria, eram amigos fraternos de Jesus de Nazaré. 

Marta - Marta é um nome aramaico e significa “senhora”; é o equivalente ao grego kyria.

As diferenças entre as irmãs amigas de Jesus.

O contraste entre as muitas coisas com as quais Marta se preocupava e a única coisa que era necessária.

As “muitas coisas” de Marta eram materiais, físicas e sociais; a “única coisa” (“Uma só”) de Maria era espiritual e de significado eterno.

Marta não estava escolhendo o errado no lugar do certo, mas o incidental em lugar do mais importante, o temporal em lugar do eterno.

Maria escolhera com sabedoria. Ela sabia qual parte era a mais desejável e a mais nobre, e a escolheu. Nobreza - o espírito de Maria não era menos notável que sua liberalidade. Não havia traço de utilitarismo vulgar em seu caráter, em contraste com Judas.

A Fé  e Marta:

Alimentando a Fé:

A fé é um elemento emocional característico que alimenta a esperança de todo homem,

Ainda que alguns digam que não creiam na verdade intrinsicamente todo ser humano é movido pela esperança e o combustível dela é a fé.

Assim como o fogo depende do triângulo para se iniciar ou se manter, a fé depende de alguns elementos :

Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá[...] Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar... Eu sou a ressurreição e a vida.[...] quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá

A fé genuína tem os seus elementos:

Confiança, a reação emocional; Senhor, se tu estivesses aqui

Não és culpado, mas a tua presença impediria a morte”: Apesar de haver, talvez, certo tom de decepção nessa declaração, ela também mostra a fé dessas mulheres, pois ninguém jamais havia morrido na presença de Jesus.

Compreensão, ou a resposta intelectual; : Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. Marta não tardou em declarar sua fé em Jesus Cristo (Jo 11:22), e ele respondeu a essa fé prometendo que seu irmão ressuscitaria. A intelectualidade impediu a Marta ver o além, no campo espiritual. Muitas vezes a falta de percepção espiritual das pessoas não lhes permite entender as palavras de Jesus.

João 11:37 E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?

Para levar Marta a compreender a imediata presença da ressurreição.

Jesus declarou: Eu sou a ressurreição e a vida.[...] quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá  - A resposta de Jesus - retira o véu ainda não descoberto sobre a crença e doutrina judaica da ressurreição dos mortos, levando-a ao nível dos milagres que Ele pode realizar. É importante observar que Jesus não negou o que Marta havia dito sobre a ressurreição futura. o próprio Jesus é o dom da vida, tanto presente quanto futuro, para o homem

A ressurreição do corpo humano é uma das doutrinas fundamentais do judaísmo ortodoxo. Mas, com sua poderosa declaração de "Eu Sou", Jesus transformou completamente essa doutrina da ressurreição e, ao fazê-lo, consolou o coração de Marta.

Lealdade: o exercício da vontade. creio que tu és o Cristo O exercício da fé vai resultar na expressão final do ato posterior.

Todos estes itens são demonstrados na frase que Marta e Maria usaram para falar com Jesus.

Na realidade elas, uma quanto a outra tinham a fé no interior, mas necessitavam de colocar em ação, com incentivo de Jesus.

A conversa de Jesus com Marta neste episódio poderia ser chamada de “uma lição sobre o significado da fé”. Pois a fé, para ser eficiente, deve ser não apenas dinâmica, mas também completa, i.e., deve ser caracterizada por aquelas reações que envolvem a pessoa como um todo.

A Grandeza do Milagre

Historiando tempo do evento Lázaro e informações:

João 11.14;19,20  — Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto, — e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis. — Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura. — (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.) — E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão. — Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.

Jesus estava em Betânia (do outro lado do Jordão), cerca de 30 quilômetros de Betânia, cidade de Lázaro (Jo 1:28; 10:40).

Considerando os aspectos geográficos e as condições de locomoção entre os lugares, se esse mensageiro não tivesse se demorado ao longo do caminho, é provável que tenha levado um dia para completar a viagem.

Então, o mensageiro chegou com a notícia triste de que Lázaro, o amigo querido de Jesus, estava enfermo.

Jesus mandou-o de volta no dia seguinte com a mensagem de ânimo registrada em João 11:4.

Em seguida, esperou mais dois dias antes de partir para Betânia e, quando ele e os discípulos chegaram, Lázaro estava morto havia quatro dias. Isso significava que havia morrido no mesmo dia em que o mensageiro partira para buscar Jesus!

Os acontecimentos sucederam mais ou menos da seguinte maneira, considerando sempre um dia para a viagem:

Primeiro dia - o mensageiro vai buscar Jesus (Lázaro morre).

Segundo dia - o mensageiro volta a Betânia.

Terceiro dia - Jesus espera mais um dia e parte para Betânia.

Quarto dia - Jesus chega a Betânia.

A condição do corpo de Lázaro após quatro dias sepultado.

João 11:39 Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.

É notória a situação de um corpo humano, no processo de decomposição pós mortem. Elas sabiam que a situação já estava passando do ponto de ser aberto um sepulcro, aliada ao conceito pelo qual eles entendiam que havia um tempo no qual  a alma, entendiam assim, ficava no corpo - No contexto cultural e religioso da época, a crença era que a alma permanecia perto do cadáver durante três dias, e que após esse período, o corpo começaria a decompor.  –

Aparentemente Jesus sabia disto, ao escritor declarar: “João 11.17 — Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.”

João 11:6 Porém quando soube que Lázaro estava doente, ainda ficou dois dias onde estava.

Portanto, Jesus resolveu esperar se completarem quatro dias da morte de Lázaro para só depois chegar à casa de seu amigo.

Se Cristo tivesse ido antes e encontrado Lázaro vivo, teria realizado apenas um milagre de cura; se tivesse chegado pouco tempo depois de sua morte, teria feito a ressurreição, mas deixaria margem para alguém pensar que era a “alma” de Lázaro que tinha voltado.

A palavra τοτε original nos textos gregos pode ser  traduzido mais precisamente como então, ou seus sinônimos: por isso; logo; assim; desse modo; consequentemente – explicando o motivo pelo qual JESUS quis demorar ainda mais antes de ir à Betânia.

  • “Καθως λοιπον ηκουσεν οτι ασθενει, τοτε μεν εμεινε δυο ημερας εν τω τοπω οπου ητο·” (Grego moderno);
  • “ως ουν ηκουσεν οτι ασθενει τοτε μεν εμεινεν εν ω ην τοπω δυο ημερας” (Textus Receptus).

A preservação do corpo depende de muitos fatores como a condição do defunto, técnicas do seu tratamento (cf. Jo 19:39-40), clima, entre outros, mas de um modo geral, nos arredores de Jerusalém considerava-se que depois de três dias o corpo apresentaria sinais visíveis de decomposição e, por isso, não haveria mais nenhuma possibilidade de reverter da morte, somente por um milagre. Mas, foi justamente por este motivo “milagre” que o Senhor quis demorar mais indo para a Judeia.

A importância do contexto próximo dos capítulos 9 a 11.

Há um crescendo das manifestações de Jesus nestes capítulo.

No capítulo 9, onde realiza o sexto sinal, Jesus começa por abrir os olhos a um cego.

No capítulo 10, Jesus manifesta ser o lugar onde o povo encontra Deus, pois ele e o Pai são ‘um’ e ele é o acesso ao Pai, a Porta das ovelhas, é o Bom Pastor, e quem se apascenta a si mesmo é ladrão e dispersor.

Há um auge na manifestação de Jesus no capítulo 11 no tocante ao evento narrado, é Jesus dando vida, pois Ele é o Autor da vida.

No capítulo 11, o Senhor manifesta a sua glória, ressuscitando Lázaro (cf. 11,1-46), o sétimo e derradeiro sinal do Filho de Deus. É importante este detalhe, pois logo a seguir na sua subida a Jerusalém, como já anunciara Ele vai enfrentar a morte, mas aqui El corrobora seu poder sobre a Morte, pois então aqui Ele demonstra que podia ressurgir dentre os mortos, pois mesmo com alguém morto a quatro dias Ele vai ressuscitar o morto! Aleluia”

O Filho aponta para o Pai.

“Mas também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”

Jesus o fez(a demora e chegada a Betânia) da maneira relatada porque Ele vivia de acordo com um cronograma divino (Jo 11:9).

Prenuncio da morte e da ligação de Sua própria morte em atendimento ao Pai.

João 11:40-42 Disse-lhe Jesus: Não te tenho dito que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.

Intercalando o entendimento do texto sobre o espanto dos discípulos ao serem informados que iriam para Betânia:

João 11.11-16;14 — Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto,[...] Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono... Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isto da sua morte[...] Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.

A expressão de Tomé desperta a dificuldade de aceitar a morte pois o contexto do grupo de discípulos vivia sob o manto da perseguição e busca dos Sinédrio em matar a Jesus.

Quando Jesus anunciou que estava voltando para a Judéia, seus discípulos entraram em pânico, pois sabiam o perigo que essa viagem representava (Betânia ficava próximo de Jerusalém).

Mas, Jesus estava disposto a entregar a vida por seus amigos (Jo 15:13). Sabia que sua volta à Judéia e o milagre da ressurreição de Lázaro desencadeariam os acontecimentos de sua prisão e morte.

25 — Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;

26 — e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?

27 — Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.

Jesus a todo o tempo anunciava que Lazaro não ficaria na sepultura, mas a visão dos discípulos e da família do morto não podia entender.

15 — e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis.

A ação de Jesus se manifesta a aclara o que Ele pode fazer e que quando Ele diz Ele faz o que diz!

Jesus lhes disse com todas as letras que Lázaro estava morto (a morte do cristão é comparada ao sono; ver At 7:60; 1 Co 15:51; 1 Ts 4:13-18)

a Ressurreição” é... uma comunicação pessoal do próprio Senhor, e não uma graça que Ele tem que obter de outro. É d’Ele e por Ele que a vida se inicia desde a fundação do mundo.

Lázaro foi ressuscitado dentre os mortos pelo poder de Deus.

A doutrina da ressurreição.

Ressurreição significa levantar dentre os mortos, voltar a viver no mesmo corpo.

Dentre as seitas (aqui como divisões doutrinarias ente os grupos religiosos de Israel, mas todos com a fé em Javé) colocava a questão de ressurreição ou a vida pós morte no centro de algumas destas seitas, aparentemente a família de marta, Maria e Lázaro desposavam da doutrina da ressurreição no Último Dia.

Os saduceus acreditavam que não havia ressurreição dos mortos, vida após a morte, reino espiritual ou anjos. A maioria dos saduceus eram sacerdotes do Templo. Embora, os fariseus que acreditavam na ressurreição fosse importante seita no conjunto dominador da religiosidade em Israel.

No Novo Testamento, as curas e os milagres de ressurreição de mortos efetuados por Jesus faziam parte da sua revelação messiânica, da demonstração da sua compaixão pelos doentes e da manifestação da vinda do Reino de Deus.

A morte é inevitável, mas a ressurreição de Jesus é a garantia de que seremos ressuscitados: “se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele” (1 Ts 4.14). Trata-se de uma ressurreição corporal: “aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm 8.11).

Sem a ressurreição, não haveria esperança para a humanidade: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (1 Co 15.17,18). As obras de Cristo são amplas, mas aqui focamos em sua morte, ressurreição. Capítulo V - Declaração de Fé das AD’s CGADB

“Não se trata de preferência sentimental de um e outro ou mesmo da comunidade. Jo 3.16 continua a carta magna do amor universal de Deus, que é dado a cada um indistintamente (p. 470). O amor de Deus busca a pessoa. Ele visou a Lázaro, como abraça hoje a cada um de nós. Lázaro e todos que experimentaram o amor de Deus, tem exatamente neste particular a grande vantagem sobre os demais: Eles sentiram e reconheceram o amor de Deus pelo mundo e pelos homens.” Gerhard Heintze

Fonte:

Incontestável – CPB mais

A ressurreição de Lázaro - Cristo ressuscitou em 3 dias; Lázaro em 4 dias. Por quê? 1 de março de 2024 Pastor Daniel Shinjo

A ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-46): Da doença à morte. Da morte à vida Bernardo Corrêa d’Almeida

Citações no corpo do texto

Declaração de Fé das AD’s CGADB

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