Lição 05 – CPAD Autor: Osvarela
Texto Áureo: “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. I Co. 6.20
Leitura bíblica em classe:I Co. 5.1-6;9-11.
Verdade Prática:O repúdio ao pecado é uma reação natural da Igreja como Corpo de Cristo, assim como o livrar-se de um vírus o é para o corpo físico.
“A questão da moralidade de um povo passa necessariamente, pela questão religiosa, pela teogonia ou pelas crenças deste povo”.Osvarela.
Fundamentos e referencias na Primeira epístola do Apóstolo São Paulo aos Coríntios:
O dever de purificar a igreja – 5.1 a 6.20.
o Da imoralidade – 5.1-13; 6.9-20.
o A liberdade e o amor (liberdade com responsabilidade – nos cultos pagãos havia e a imoralidade, sem regras) – 8.1-13.
o Os alimentos sacrificados aos ídolos. – 2.1-16.
o Sabedoria humana x sabedoria divina.
o Imoralidade e a Divisão: imaturidade e carnalidade – 3.1-4.
Verbetes:
Argumento ontológico:- extraído do próprio ser do homem.
Teontologia - é o estudo do ser de Deus, a partir da revelação que ele faz de si mesmo.
Teogonia - em grego, Θεογονία [theos, deus + genea, origem;doutrina sobre a origem dos deuses e, quase sempre, a origem do mundo. É um conjunto de DEIDADES que formam a mitologia de um povo;
Imiscuir - intrometer
Ontologia – filosofia que trata do ser, como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Adj.Ontológico.
Cosmogonia – narrativa ou doutrina da origem ou formação do universo conhecido, que cada povo, ou cultura, tem em sua cultura.
Cosmologia – doutrina a respeito dos princípios que governam o universo., conforme o entendimento de cada povo ou cultura
Era – ponto determinado do tempo, que se toma por base para contagem dos anos; Época.
Érebo - Erebus era a personificação da escuridão; precisamente o criador das Trevas; ou Érebo nasceu com a Noite, e era o pai de Éter (a mais pura atmosfera) e Hêmera (Dia). A mitologia também descreve Érebo como a Região Infernal abaixo da terra.
Gnose – conhecimento esotérico da divindade.
Gnosticismo – ecletismo que visa conciliar todas as religiões por meio da gnose.
Sarx – carne, no sentido da substancia do corpo do ser humano; espiritualizando: a natureza mais baixa de uma pessoa, o lugar, [ou sede de onde provem], de desejos pecaminosos.
Pornéia – uso literal: relação íntima ilícita, incluindo prostituição, devassidão, incesto, libertinagem, adultério, imoralidade habitual. A palavra descreve tanto, a imoralidade física, quanto a espiritual [uso no sentido metafórico], significando a idolatria.
I - Introdução:
Ao ler a Lição deste domingo, sobre a imoralidade em Corinto, despertou-me a atenção a questão do contexto histórico e cosmopolita que cercava a Igreja de Corinto.
Este contexto que o Apóstolo Paulo, bem conhecia era voltado para as práticas cultuais e religiosas sob a filosofia helênica, aqui filosofia como um conteúdo, ou caldo cultural, que o próprio Paulo experimentara no Areópago.
ATOS DOS Apóstolos 17.21.ss: Ora, todos os atenienses, como também os estrangeiros que ali residiam, de nenhuma outra coisa se ocupavam senão de contar ou de ouvir a última novidade. Então Paulo, estando de pé no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vejo que sois excepcionalmente religiosos;
Veja que Paulo consegue distinguir, seja por sua própria origem cultural, aos pés de Gamaliel, seja pela oportunidade que se lhe apresentava para falar de Deus aos atenienses, o que era característica de seu ministério, ou seja, falar de Cristo, a tempo ou fora de tempo.
Com a frase final do versículo 22 Paulo nos dá a medida exata do que queremos ensinar através deste comentário.
a- A religiosidade helênica era embasada: sobre mitos, e elementos místicos superiores.
Ou seja, na formação do Panteão de deuses gregos, a interação entre os deuses era de toda a ordem:
Vingativa;
Criativa;
Destrutiva;
Permissiva;
Traições;
Concessão ou retirada de poderes.
b- A religiosidade helênica e os padrões morais de Corinto.
Somos seres morais bem como sociais.
I Co.15. 33. Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes.
“As circunstâncias conforme as quais ingressamos neste mundo e as inclinações que já trazemos desde o berço, conjugam-se de tal maneira que o estabelecimento da sociedade humana torna-se uma necessidade”.
“As aves ajuntam-se em revoadas, as abelhas em enxames; os instintos foram adaptados às relações sociais que as espécies estabelecem”.
“Para os seres humanos, que vivem em sociedade, os princípios morais são indispensáveis. Se cada membro da sociedade dos homens visse banidas as restrições que a sua própria consciência e o senso moral da comunidade lhe impõem, a terra ficaria desolada, ou tornar-se-ia um inferno”.
Isto é fundamental na doutrina paulina, como encontrado na Epístola aos Romanos.
c- Argumento ontológico:- extraído do próprio ser do homem. Todo homem tem em si aquilo que os teólogos chamam de “senso de Deus” (sensus divinitatis), isto é, a consciência de que deve existir alguém maior do que ele e do que todas as coisas.
Rm. 2. 14.ss. (porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei. pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os), no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho.
Judas ainda fala, corroborando Paulo, ao escrever sua Epístola Universal: 10. Estes, porém, blasfemam de tudo o que não entendem; e, naquilo que compreendem de modo natural, como os seres irracionais, mesmo nisso se corrompem.
d- A Educação, ensino e libertinagem que permeava a sociedade de Corinto:
Além de serem educadas através dos mitos, as famílias aristocráticas da Grécia, assim como os reis, e outras categorias profissionais, como os médicos, possuíam a tradição de se ligarem genealógicamente a antepassados míticos, geralmente divinos, ou até mesmo heróicos.
Leia o texto bíblico:
I Co.15.29. De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles?
Atos 19. 35.ss. Havendo o escrivão conseguido apaziguar a turba, disse: Varões efésios, que homem há que não saiba que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da imagem que caiu de Júpiter?
e- Os cultos individuais e das classes:
A liturgia dos “cultos aos deuses”, pela permissividade, que em Corinto se realizavam no templo de Afrodite, ou seja, mulheres estabelecidas no templo faziam parte do ritual, com práticas carnais.
Os comerciantes, em outras regiões helênicas, também cultuavam deuses, como Hermes, numa tentativa de deixá-lo satisfeito, e assim conseguir bons resultados em suas vendas ou como no texto acima – Atos 19.35.
Além de serem habituados aos sacrifícios de animais e às orações, os gregos antigos adotavam um deus particular ou um grupo deles para sua cidade, e os cidadãos construíam templos e o(s) venerava(m).
Essas cidades não possuíam qualquer organização religiosa oficial, mas honravam os deuses em lugares determinados, como Apolo exclusivamente em Delfos.
II - Concepções greco-romanas:
O mito era o coração da sociedade grega antiga;
Os gregos, crentes nas histórias e nas narrativas dos poetas, estabeleceram rituais, processos, sistemas, cultos e práticas cada vez mais fundamentadas nessas lendas heróicas, para eles, divinas e humanas.
A história mitológica do mundo pode ser dividida em 3 ou 4 grandes períodos:
1. Mito da origem ou da era dos deuses: é a teogonia, o nascimento dos deuses, o mito sobre a origem do planeta, dos deuses e da raça humana.
2. Era em que os homens e os deuses se mesclam livremente: histórias das primeiras interações entre deuses, semi-deuses e mortais juntos.
3. Era dos heróis (era heróica), onde a atividade divina ficou mais limitada. As últimas e maiores lendas heróicas são da Guerra de Tróia e suas consequências (consideradas por alguns investigadores como um quarto período separado).
Em Antiquitates Rerum Divinarum o escritor Varrão (mas, tem inferência na obra De Civitate Dei, de Agostinho, conserva seu foco), argumenta que, o homem supersticioso teme os deuses.
Em sua obra, ele admitia três tipos de deuses:
- Os deuses da natureza: personificações de fenômenos como a chuva e o fogo;
- Os deuses dos poetas: inventados pelos bardos sem escrúpulos para incitar as paixões;
- Os deuses da cidade: inventados pelos sábios legisladores para iluminar e acalmar a população.
Através dos mitos, e de outros aspectos de sua cultura, aos gregos antigos são creditadas muitas contribuições ao mundo Ocidental de hoje, dentre as quais:
• o desenvolvimento harmonioso do corpo e da mente humana; “mens sana in corpore sano”
• a cidade autônoma [a Urbis];
• a concepção da arte [o belo];
• a especulação filosófica [a atividade científica, iniciada no pensamento filosófico].
Teologia: Nos termos modernos, os antigos gregos não tinham nada que se pudesse chamar de teologia sistematizada.A arte, a literatura e até a arquitetura desse tempo abundava de imagens e descrições de deuses e heróis gregos.
Concepção de um templo grego, onde se reverenciava os deuses: muitas dessas obras arquitetônicas da Grécia ainda estão preservadas no território do país.
Embora muitas vezes confundida com a religião, a mitologia grega é um conjunto de crenças enraizadas em relatos fictícios e imaginários, enquanto que essa outra envolve rituais dentro de procedimentos com a finalidade de estabelecer vínculos com a espiritualidade. Enquanto que, na mitologia os gregos acreditavam que todas as coisas aparentemente inexplicáveis eram fruto das ações divinas de seres que ninguém era capaz de ver, ou então obra de heróis do passado, a religião, para o homem da Grécia antiga, consistia em cultos aos deuses do Olimpo, realizados em templos, é possível concluir que a mitologia dos gregos antigos é o conjunto das histórias fabulosas dos heróis e dos deuses (constituindo toda uma literatura da Grécia), enquanto que a sua religião é, basicamente, os cultos e rituais que a constituem, sob a finalidade de estabelecer vínculos com as divindades da mitologia.
Era esta parafernália cultural-filosófica que atingiu a Igreja de Corinto.
A obra Teogonia de Hesíodo providencia-nos um mito da criação politeísta e uma ampla genealogia dos deuses gregos.
Na tardia história da religião clássica, os neoplatonistas inclusive o imperador romano Juliano, o Apóstata, tentaram organizar as religiões clássicas num sistema de crença uniforme ao qual deram o nome de Hellênismos.
Juliano também tentou organizar os cultos helenistas e gregos numa hierarquia que se assemelhasse à do cristianismo. Estes esforços não tiveram grande resultado.
Finalmente, o culto público da religião grega foi considerado ilegal pelo imperador Teodósio I sendo também reforçado pelos seus sucessores.
A religião grega, estigmatizada como paganismo, a religião do povo rural (pagani), sobreviveu somente nas zonas rurais e tendo sido absorvida em ritos e rituais cristianizados.
A - A falácia que queria engodar aos Corintos:
Os gregos representavam a alma humana como uma borboleta, como meio de dar-lhe o significado simbólico de transformação, e da passagem da vida corpórea para a vida espiritual.
Assim, como o cristianismo utilizou-se das figuras do pavão, do pelicano, do peixe, para identificação entre seus membros açoitados pela perseguição.
Eram estas coisas da aparente Sabedoria carnal, que permeava a Igreja de Corinto e traziam em seu bojo a porta aberta à imoralidade, claro que não a todas as famílias, mas a grande parte da Igreja.
A - a -Todo homem tem em si aquilo que os teólogos chamam de “senso de Deus” (sensus divinitatis), isto é, a consciência de que deve existir alguém maior do que ele e do que todas as coisas.
Rm.1. 19,20. Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
B-A compreensão da vida dos deuses do panteão grego:
Era uma compreensão Teogonica eivada, de um mundo vicioso e imoral, sob o ponto de vista bíblico, e pernicioso, com um viés de concupiscência, que era aceita pelo paganismo grego.
a- Leia o trecho sobre o comportamento dos deuses gregos e respectivo modelo contemporâneo no nosso meio cristão-evangélico:
Além de provocar uma identificação cosmogonica, com pontos de certa similar, com a dos cristãos, dela provinha o vínculo cultural dos gregos cristãos.
Como hoje muitos crentes se expressam com ditos, como:
“vixe” – de virgem nossa
“nossa” – de nossa senhora
“credo” – de cruz credo
Quando chove muitos dizem: “São Pedro abriu as torneiras dos céus”.
Vícios da cultura impingida aos brasileiros, sejam índios, afros-descendentes ou descendentes de europeus, que estão inculcados no sub-consciente do homem brasileiro, mesmo dos cristãos evangélicos.
C-Entenda os pontos pelos quais a Igreja de Corinto sofria pesados ataques em suas convicções, através do pensamento e cultos helenistas:
C-a-Voltando a questão filosófica helênica encontramos:
O pensamento antigo grego considerava a teogonia que engloba a cosmogonia e a cosmologia, como o protótipo do gênero poético e lhe atribuía poderes quase mágicos.
Alguns estudiosos, como Gregory Nagy, consideram que os hinos homéricos são simples prelúdios, se comparado com a Teogonia, onde cada hino invoca um deus.
Além de a religião ter sido praticada através de festivais, nela se acreditava que os deuses interferiam diretamente nos assuntos humanos e que era necessário acalmá-los por meio de sacrifícios.
C – b - Os gregos, frequentemente, encontravam desígnios dos deuses em muitas características da natureza.
Os advinhos, por exemplo, acreditavam haver mensagens divinas contidas no vôo das aves e nos sonhos.
I Co.14. 23. Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos? 33 porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. 37 Se alguém se considera profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.
38 Mas, se alguém ignora isto, ele é ignorado.
39 Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas.
40 Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.
Nas cidades, os oráculos — locais sagrados — eram usados por um sacerdote que, tomado por êxtase ou loucura divina, servia de intermédio entre o diálogo de um fiel e seu deus de adoração.
Portanto, é possível concluir que a mitologia dos gregos antigos é o conjunto das histórias fabulosas dos heróis e dos deuses (constituindo toda uma literatura da Grécia), enquanto que a sua religião é, basicamente, os culto e rituais que a constituem, sob a finalidade de estabelecer vínculos com as divindades da mitologia.
Veja como a doutrina cosmogonica helênica tenta em alguns pontos ser próxima da Verdadeira Criação do Universo, conforme cremos sob a Luz da Palavra de Deus:
Leia o texto, abaixo, compilado:
Era isto que de certo modo ainda pairava no sub-consciente de alguns membros da Igreja de Corinto.
“A Teogonia de Hesíodo, onde tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência.
Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais:
Eros (atração amorosa);
Tártaro (escuridão primeva)
Érebo - Erebus era a personificação da escuridão
Da união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os Titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Créos, Hiperião, Jápeto, Téia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os Ciclopes de um só olho e os Hecatônquiros (ou Centimanos).
Cronos, "o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos", mutilou o seu pai com uma foice produzida das entranhas da mãe Gaia e lançou seu órgão reprodutor no mar.
Sem a interferência do pai, Cronos tornou-se o rei dos deuses com sua irmã e esposa Reia como cônjuge e os outros Titãs como sua corte”.
O que queremos demonstrar é:
Na formação do Panteão de deuses gregos, a interação entre os deuses era de toda a ordem:
Os deuses gregos, embora “poderosos” e “dignos” de homenagens como as que seus adoradores e pensadores os presenteavam, eram essencialmente humanos (praticavam violência, possuíam ciúme, cólera, ódio e inveja, tinham grandezas e fraquezas humanas).
Vingativa;
Criativa;
Destrutiva;
Permissiva;
Traições;
Concessão ou retirada de poderes.
A relação entre estes deuses era altamente permissiva.
III - A cidade de Corinto era corrompida por algumas razões:
Os motivos da vida desregrada em Corinto são mostrados, elencados, abaixo:
a- Pela sua abertura a novas idéias
A Razão Moral
Embora Corinto fosse uma cidade acentuadamente intelectual, era ao mesmo tempo profundamente depravada moralmente.Talvez, Corinto tenha ganhado a fama de ser uma das cidades mais depravadas da história antiga. A palavra “korinthiazesthai”, viver como um coríntio, chegou a ser parte do idioma grego, e significava viver bêbado e na corrupção moral.
O fato de ser cidade portuária contribuía para que uma série de problemas se estabelecesse.Muitos viajantes que por ali passavam se entregavam à prostituição e à prática de outros delitos.
O fato de estarem de passagem criava uma sensação de impunidade, o que de fato se concretizava normalmente. Estes e outros fatores contribuíam para uma corrupção generalizada na cidade.
b- A cultura da cidade de Corinto misturava religião e imoralidade.
A liturgia dos “cultos” pagãos, e suas oferendas passava, pelas permissividades nos seus templos, sendo que em Corinto, o templo de Afrodite, chegava a ter cerca de mil prostitutas cultuais, ou seja, estas mulheres estabelecidas no templo faziam parte com suas práticas sensuais e carnais, dos cultos aos deuses.
E essa forma de vida adentrou na Igreja.
Além disso, a vida passada (6.9-11) de muitos daqueles irmãos constituía um ponto fraco, motivo pelo qual alguns (ou muitos?) se deixaram levar pelos pecados sexuais.
I Co.6.9.ss. Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.
Paulo deixa bem claro que essa mistura não poderia existir dentro da igreja.
A verdade da Epístola Paulina continua vigindo em nossos dias, mas muitos querem ser ensinadores de novas “revelações”, de novos modos de entender a santificação do homem, excetuando algumas práticas permissivas ou as ignorando ou as permitindo acessar o arraial do povo de Deus.
c- O padrão de religiosidade da cidade não servia para os cristãos.
O caso mais grave está relatado nos capítulos de I Cor.5.1: Geralmente se ouve que há entre vós imoralidade, imoralidade que nem mesmo entre os gentios se vê, a ponto de haver quem vive com a mulher de seu pai.
A carnalidade que Paulo destaca era o ponto de fraqueza na Igreja de Corinto.
Além disso, freqüentar uma reunião cristã lá, havia se tornado algo insuportável até para Paulo, posto que os cultos estavam carregados das espiritualidades pagãs que os cercavam.
Também leiamos:
Paulo defende a Família:
Em contraposição aos fatos que vemos hoje, entre nós evangélicos, como em alguns casos, Paulo doutrina a Igreja de Corinto sobre a monogamia, como antevendo os nossos dias em que já há encontra certa facilidade para se trocar de mulher ou de marido, sem que isto traga constrangimento algum e impedimento ministerial, aos que assim procedem.
Logicamente com as devidas proporções de casos e dos números ainda relativamente pequenos, mas que já querem criar uma doutrina própria para estas eventuais práticas.
Eis aí uma porta aberta para a Imoralidade no seio da Igreja.
I Co. 6.15-18; [7. 1, 2. Ora...que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da prostituição, tenha cada homem sua própria mulher e cada mulher seu próprio marido].
A Imoralidade é contrária, a relação sadia entre marido e mulher, entre homens e mulheres:
A imoralidade de Corinto acabava por desvalorizar o casamento.
Por isso, Paulo lhes dá diversas orientações no sentido de que o casamento fosse visto como uma instituição divina. Embora o apóstolo afirme que é melhor estar solteiro para servir a Deus, ele também deixa claro seu conselho no sentido de que os casados não se separem. O casamento é colocado na doutrina paulina, como um importante antídoto contra a imoralidade, contra a fornicação.
d- O problema sexual deturpava também o conceito de amor.
Afrodite era considerada a deusa do amor e este possuía uma conotação principalmente sexual.
Desse contexto grego vem a palavra "erotismo" [vide contexto do comentário], que é derivada do nome "Eros", um deus da mitologia.
Paulo ensina a verdadeira relação de amor, formando um conceito cristão a respeito do amor, mostrando o que ele é e o que ele não é, seja entre irmãos ou entre casais.
Paulo parece preocupado com essa questão quando dedica o capítulo 13 ao amor, muito embora neste hino seja sempre e corretamente entendido como o Ágape, no entretanto nos abre caminho para entender as formas de amor sob as óticas bíblicas, inclusive o amor conjugal.
IV- A idolatria de Corinto e a Imoralidade cultual:
A idolatria fazia parte da cultura grega com seus inúmeros deuses mitológicos.
Ao sul de Corinto havia uma colina chamada Acrocorinto, que se elevava a 152 metros acima da cidade.Ali estava o templo de Afrodite, também chamada Astarte, Vênus ou Vésper, – deusa do amor e da fertilidade. O culto a Afrodite era de uma atividade desregrada sob a bebida e práticas imorais, deduzimos que ali não se encontravam ideais de reverência, ordem, decência e organização para parametrar os crentes, que induzidos pelos maus costumes e pela divisão, acabaram como presa fácil dos ardis de satanás.
Mt. 12. 25. Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.
Entenda casa dividida não prospera e se torna um lugar em se perde as regras, as regras eram os ensinamentos divinos, ensinados por Paulo e não regras de homens ou líderes.
A prostituição.
Afrodite era considerada a deusa do amor. “Milhares de coríntios adoravam seus deuses ‘visitando” essas sacerdotisas”.
O homossexualismo.
Corinto era uma cidade onde ficavam os principais monumentos de Apolo. O culto a Apolo também tinha um caráter promíscuo e imoral.
A adoração a Apolo induzia a juventude de Corinto, bem como, a juventude grega em geral a se entregar ao homossexualismo. Talvez Corinto fosse o centro homossexual do mundo na época.
Esta prática era ensinada aos discípulos dos filósofos gregos, quando os iniciavam nos seus estudos filosóficos.
Muitos membros da igreja de Corinto, antes da sua conversão, tinham vivido na prática do homossexualismo (I Co 6.9-11 – leia acima).
A Carnalidade.
A carnalidade daqueles cristãos era a porta aberta para os males externos. Assim, surgiam diversos problemas na vida da igreja.
Ora, no meio desta tão grande carnalidade, como demonstramos acima, na questão do vínculo cultural, a Igreja de Corinto, com suas divisões, foi presa fácil para a entrada destas práticas desregradas.
Moralidade:
Além disto, a questão da moralidade estava fundamentada na filosofia:
Corpo, como carne:
A matéria é má; A matéria era vista pelos gnósticos como sede natural do mal.
Usado para os prazeres carnais;
Espírito:
Sede do bem;
Contato com o mundo dos deuses.
V –1- O avanço de novos conceitos morais, sobre a Igreja de nossos dias:
Se compararmos, aos nossos dias, veremos que esta triste situação está ocorrendo gradativamente em nossas Igrejas, de forma sorrateira, com o avanço de novos conceitos do pentecostalismo, do comportamento moral dos que formam as igrejas, da aceitação, sempre maior de novos costumes e hábitos advindos de mentes dirigentes do povo, pelas quais Deus não pode intervir de maneira geral na vida do homem.
As questões morais referentes a:
Aborto
Células tronco
Eutanásia
Divórcios
Separações de corpo – já anunciada nas Escrituras como em I Co 7. 5. Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.
Veja que há uma possibilidade de podermos relacionar, sob a ótica dos contemporâneos irmãos gregos de Paulo, as práticas helenistas com a verdadeira forma de vida cristã, se observado, unicamente o aspecto moral.
Esta dualidade adentrando na Igreja de Corinto imiscuiu-se na liturgia e doutrina cristã, sob a ação dos gnósticos, permitindo que os membros da Igreja de Cristo, em Corinto, fossem influenciados por estas práticas, sem a sensação ou discernimento do erro.
A igreja de Corinto era uma igreja infantil e carnal.
II Co. 5.16. ss. Por isso daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos desse modo. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
Era como alguém sem o controle do Espírito Santo, ou usando os dons de forma infantil e sem discernimento.
Sua vida se torna semelhante à do homem natural, onde o domínio do pecado é visto com naturalidade.
I Co. 3.1,2. E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo. Leite vos dei por alimento, e não comida sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podeis;
I Co.14. 20. Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia, contudo, sede criancinhas, mas adultos no entendimento.
Esta forma de Paulo conduzir o seu texto usando paralelismo para, inculcar no entendimento dos corintos, o que era ser cristão, deve também ser ensinada em nossos dias:
Ser criança na malícia
E não ser criança no entendimento.
II Co. 2.10,11. ...para que Satanás não leve vantagem sobre nós; porque não ignoramos as suas maquinações..
Temos notado, que infelizmente, no meio evangélico, em algumas reuniões, extra-igreja, grupos usam desta malícia, seja com piadas, seja com brincadeiras, o que constrange aquele, que não tem mais esta má forma de viver.
Como dirigente e ministro da palavra, já resolvi muitos problemas conjugais, oriundos destas aparentes “brincadeiras”.
V - A organização religiosa grega e a falta de regra levaram a Igreja de Corinto a imoralidade:
I Co. 16. 19. As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Aqüila e Prisca, com a igreja que está em sua casa.Rm. 16. 5. Saudai também a igreja que está na casa deles.
Atos 12. 12. Depois de assim refletir foi à casa de Maria, mãe de João, que tem por sobrenome Marcos, onde muitas pessoas estavam reunidas e oravam.
Fm. 1, 2. Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso companheiro de trabalho, e à nossa irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa:
Se voltarmos, à época, de Paulo e dos corintos veremos uma Igreja em formação, sem templos, com reuniões em casas de famílias e reunidos em torno de um novo pensamento, o pensamento cristão.
Você, talvez queira questionar esta afirmação, mas a estrutura da igreja primitiva era uma estrutura primária comunitária, o que levava a todos terem informações de todos, haja vista a carta que Paulo recebeu proporcionando ao mesmo escrever esta Epístola aos Coríntios sobre os eventos em ocorrência na Igreja, de onde ele estava distante em corpo:
I Co. 1. 11. Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós.
I Co. 5.1 Geralmente se ouve que há entre vós imoralidade, imoralidade que nem mesmo entre os gentios se vê, a ponto de haver quem vive com a mulher de seu pai.
I Co. 5.9.ss. Já por carta vos escrevi que não vos comunicásseis com os que se prostituem; com isso não me referia à comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer comais.
A Sabedoria:
Para o povo grego, a sabedoria plena e completa pertencia aos deuses, mas os homens poderiam desejá-la e amá-la, tornando-se filósofos (philo= amizade, amor fraterno, respeito; sophia= sabedoria).
A filosofia clássica se caracteriza pela interpretação humana da realidade. Tal pensamento formou e ainda forma muitos conceitos que são geralmente aceitos como verdade.
As palavras de Paulo nos fazem entender que os coríntios possuíam conceitos distorcidos sobre o amor, a liberdade e a sabedoria.
VI - Muitas vezes, a filosofia é utilizada para montar justificativas para o pecado.
No texto de I Co, que vai de 1. 18. [Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus; até 2. 14. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido. Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.], Paulo confronta a sabedoria humana com a Sabedoria Divina. Leia todo este trecho bíblico.
Estava em alta o pensamento gnóstico, o qual supervalorizava o conhecimento, associando-o à salvação humana.
A ciência tomava ares de virtude espiritual.
Além de enfatizar a sabedoria divina contra a sabedoria humana, Paulo também afirma: "A ciência incha, mas o amor edifica" (I Cor.8.1).
Como bem descrevemos acima, esta questão era fundamental no pensamento grego.
Daí surgem várias heresias:
· Se a matéria é má, o casamento também, poderia ser não imaculado, com base em que a sarx pode executar sem limites a sua ação concupiscente. Paulo combate essa idéia em I Cor. 7. Leia texto acima sobre “Paulo defende a Família”
· A ressurreição do corpo era vista como "materialista". Por isso Paulo expõe e defende a doutrina da ressurreição no capítulo 15. Ora, se não há ressurreição comamos pois amanhã morreremos, ou seja, a imoralidade praticada não seria cobrada no futuro eterno, pois este não existiria.
Enquanto que alguns gnósticos, diante da suposta malignidade da matéria, optavam pelo ascetismo, ou seja, pela negação dos desejos sexuais e a total abstinência, outros, combinando gnosticismo [ecletismo que visa conciliar todas as religiões por meio da gnose] e cristianismo, julgavam-se protegidos contra todos os males e, assim, podiam, supostamente, se entregar aos desejos sem restrições, mais uma vez a divisão leva a contrariar a doutrina sadia..
Neste último tópico vemos como a mistura ou uma meia verdade pode modificar um bom pensamento ou uma doutrina bíblica, o que temos visto ocorrer em nossos dias.
VII - Entenda a proximidade dos pensamentos helênicos, e cristão, a qual os heréticos queriam unificar e utilizá-los como uma só crença [gnosticismo]:
“Pois bem, no princípio nasceu Caos; depois, Gaia de amplo seio, a eterna base de tudo” Hesíodo, Teogonia.”
A relação da comunhão entre os membros:
Na religião pagã helenica, não existe nenhuma "ekklésia" central ou clero hierarquizado, isto talvez tenha permeado a noção do individualismo entre os membros de Corinto.
Os praticantes solitários geralmente realizam os seus próprios rituais, aprendem sobre a religião e os deuses através de fontes primárias e fontes secundárias sobre a antiga religião grega, e, através da experiência pessoal com os deuses.
As informações adquiridas através das experiências pessoais são muitas vezes referidas pelos grupos helênicos como gnosis pessoal não verificada (Unverified Personal Gonis ou UPG).
Na mesma linha de pensamento podemos inferir que:
A não existência de uma relação mútua de comunhão entre os que praticavam os cultos helenistas havia adentrado na Igreja de Corinto, motivo pelo qual Paulo se estende sobre a Revelação da unidade do Corpo, ou seja, agora em Cristo somos partes de um só Corpo cuja Cabeça é Cristo.
VIII - Valores do helenismo em contraposição e mistura com os Valores Verdadeiros e Santos do cristianismo:
"Eusebéia" é a palavra grega traduzida por piedade, ela ocorre quinze vezes ... Contudo, pena ou dó revelam apenas um pequeno aspecto de piedade (eusebéia);
No NT a palavra piedade vem do latim “pietas”, “piedade filial”.
No grego o verbo é “eusebeo” que significa “realização de atos religiosos”.
O Novo Comentário da Bíblia ao se referir a eusebeia cristã, ou seja, após o encontro redentor de uma pessoa com Jesus, menciona a piedade como “o resultado natural e necessário de receber o evangelho”. O crente ao apresentar uma postura que “responde às exigências de Deus e se exibe corretamente o dom de renovação em Cristo”, pode ser chamado de piedoso (NCB, p. 1066).
O substantivo eusebeia aparece diversas vezes no NT principalmente nas cartas pastorais e especialmente em Timóteo. Neste sentido o termo é empregado para indicar a “prática da religião pessoal cristã, a adoração e o culto a Deus, e a obediência reverente prestada às suas leis” (NCB, p. 1066).
Isto implica um compromisso em relação à adoração dos deuses helênicos, e prática das crenças da religião.
Ou seja, na Igreja de Corinto faltava a eusebeia para que eles pudessem se livrar da Imoralidade que havia encontrado espaço entre seus membros.
O substantivo eusebeia aparece diversas vezes no Novo Testamento, principalmente nas cartas pastorais e especialmente em Timóteo.
Importante afirmar que, Paulo destaca o exemplo daquele que abusou da mulher de sue pai, como a mais alta imoralidade e permissividade encontrada no seio da Igreja de Corinto, mas Paulo usa este como exemplo, pois, era o destaque, havia outros fatos de imoralidade que inferimos pelas palavras do Apóstolo:
1Co 6:16 - Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.
1Co 6:18 - Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.
Assim o Apóstolo Paulo estava corrigindo os demais focos de imoralidade existentes na Igreja de Corinto.
Isto implica um compromisso em relação à adoração dos deuses helênicos, e prática das crenças da religião.
Tudo que escrevemos acima demonstra, como a cultura helênica, nos idos de Paulo, tentou e infiltrou-se na Igreja de Corinto.
O templo e o Templo:
Conhecimento, liberdade e amor eram elementos mal interpretados, mal colocados e mal valorizados em Corinto. Isso veio a causar uma série de problemas na igreja. Alguns julgavam que a liberdade cristã lhes dava direito de fazer tudo, quer seja a participação nas refeições dos templos pagãos ou mesmo a união carnal com as meretrizes.
I Co. 3.16.17. Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque sagrado é o santuário de Deus, que sois vós.
Enquanto para os helenistas o corpo, jamais, não poderia ser portador da partícula divina ou espiritual, na Teologia cristã e claramente descrita pelo Apóstolo São Paulo, o corpo é o Templo de Deus, local da habitação do Espírito Santo.
1Co 6:13 - Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.
1Co 6:16.ss - Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.X - A correição pessoal e a correição da Igreja:
II Co. 9.10. Pelo que também nos esforçamos para ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.
A verdade prática da Lição nos ensina que deve haver entre nós, Igreja um sentimento natural de rejeição a toda a imoralidade, este sentimento nada mais é que a ação do Espírito Santo de Deus agindo nos nossos corações, na forma de arrependimento, temor de Deus, consagração de alma coro e espírito a Deus, é pr isto que Paulo declara sob a necessidade de todo ser estar consagrado a Deus.
Devemos estar sempre executando o “examine-se o homem a si mesmo”.
I Ts. 5.23. E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
1Co 9.27 - Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.
1Co 5:3 - Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou...
A exclusão precisava ser feita. Posteriormente, o irmão poderia ser re-admitido na congregação, como parece ter ocorrido (II Cor.2).
II Co. 2.1. Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza.
2 Porque, se eu vos entristeço, quem é, pois, o que me alegra, senão aquele que por mim é entristecido?
3 E escrevi isto mesmo, para que, chegando, eu não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me; confiando em vós todos, que a minha alegria é a de todos vós.
4 Porque em muita tribulação e angústia de coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho.
5 Ora, se alguém tem causado tristeza, não me tem contristado a mim, mas em parte (para não ser por demais severo) a todos vós.
6 Basta a esse tal esta repreensão feita pela maioria.
7 De maneira que, pelo contrário, deveis antes perdoar-lhe e consolá-lo, para que ele não seja devorado por excessiva tristeza.
8 Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor.
9 É pois para isso também que escrevi, para, por esta prova, saber se sois obedientes em tudo.
10 E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; pois, o que eu também perdoei, se é que alguma coisa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não leve vantagem sobre nós;
X - A Idolatria como ponto central da questão da imoralidade em Corinto:
Conforme vimos acima, podemos agora entender que:
A questão religiosa idólatra foi um ponto nevrálgico para que as tentações carnais abundassem em Corinto.
Desta forma, os irmãos de Corinto são orientados pelo Apóstolo Paulo, sobre as tentações que sobrevieram sobre os corintos, devido a questão dos ídolos de outrora e suas festas pagãs.
1Co 10.12.ss: Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia. Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana [sugestão de leitura do editor: não vos sobreveio nenhuma tentação senão da vossa própria carne ]; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar. Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo. [O parâmetro bíblico, mais uma similaridade com a religiosidade helênica pagã] Vede a Israel segundo a carne; os que comem dos sacrifícios não são porventura participantes do altar? Mas que digo? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que eles sacrificam sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios. Não vos torneis causa de tropeço nem a judeus, nem a gregos, nem a igreja de Deus;
Conclusão:
Por tudo, que lemos devemos procurar evitar, que a cultura do mundo hodierno adentre a Igreja, e acabe sendo aceita de forma natural, como uma “sabedoria” dos últimos tempos, ou ainda devemos evitar a novas “revelações” ou ensinos que descaracterizam a doutrina bíblica da hamartiologia, sem que analisemos as suas conseqüências.
Novas “igrejas” têm surgido e com elas novas formas cultuais, como reuniões de enclausuramento de jovens, até mesmo, idas aos montes, tem sido foco da entrada da ação da promiscuidade entre irmãos, que sem vigiar se aproximam demasiadamente uns dos outros, digo isto, em relação à proximidade entre irmãos e irmãs, nestes movimentos.
Destaco: não tenho nada contra ir ao monte, até porque já editei matéria sobre o assunto, em nosso site http://estudandopalavra.
Não quero, contudo agir, como alguns, que vem malícia em tudo, seja em um simples e qualquer contato amistoso e até mesmo familiar, entre os irmãos, quando "ela" - a malícia, está em suas próprias mentes[mentes adulteradas, que se escondem atrás do Evangelho], eafetados e doentios, eles a vem, na relação pura e naturalmente dada por Deus, na Comunhão e amizade entre irmãos.
Cl. 2. 8. Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; 18 Ninguém atue como árbitro contra vós, afetando humildade ou culto aos anjos, firmando-se em coisas que tenha visto, inchado vãmente pelo seu entendimento carnal... morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo... tais como: não toques, não proves, não manuseies...(as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens?... As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne.
Os tais precisam ler a Palavra de Deus, com acuidade espiritual e ver que a comunhão espiritual é algo espiritual que aproxima homens e mulheres.
Gl. 3. 28. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
Concluo com a Verdade Prática:
O repúdio ao pecado é uma reação natural da Igreja como Corpo de Cristo, assim como o livrar-se de um vírus o é para o corpo físico.
Fonte:
Eduardo Souza – blog ensinador cristão.
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
Caio Fábio - BATISMO EM FAVOR DOS MORTOS: uma doutrina Mórmon
Teontologia Básica - Welerson Alves Duarte e João Alves dos Santos
Wikipédia
Dicionário Aurélio
Bíblia Plenitude
Bíblia digital – cortesia Tio Sam
Lição CPAD
Apontamentos UPM – Universidade PresbiterianA Mackenzie
Apontamentos do autor
Pr. João Alves
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