sábado, maio 9

DEMANDAS JUDICIAIS ENTRE IRMÃOS. - LIÇÃO 06 – CPAD

DEMANDAS JUDICIAIS ENTRE IRMÃOS.

LIÇÃO 06 – CPAD Autor: Osvarela

TEXTO ÁUREO: Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois, porventura, indignos de julgar as coisas mínimas. I Co. 6.2

Leitura Bíblica em Classe: I Co. 6.1-9.

I Co. 6.1. OUSA algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?

2 Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?

3 Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?

4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julga-los os que são de menos estima na igreja?

5 Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?

6 Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis.

7 Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?

8 Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos.

9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?

Verbetes:

Coisas mínimas – comezinhas.

Indignos – sem dignidade ; incapazes.

Meirinho – oficial da corte; oficial de justiça.

Relevar na apresentação da aula:

Pontos a serem considerados no discurso:

Regiões celestiais com Cristo

EKKLÉSIA – Uma assembléia – tirados para fora com um propósito.

Envergonhar – escândalo

Justiça e injustiça -

Cidadania: terrestre e celestial.

Justiça terrestre -

Justiça divina.

Separação -

Texto devocional: Ef. 2.6: E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

I – Introdução:

A lição em tela tem a finalidade de dispor uma posição ideal sobre eventos entre crentes no seio da Igreja de maneira que os acontecimentos ou dissensões ou entreveros entre a membresia ou mesmo entre o ministério, não seja motivo de escândalo, ou até mesmo motivo de disputa no campo judicial do mundo.

Sob a ótica de Paulo, as pendências no seio da Igreja, deve ser uma demonstração, da soberania alcançada pela Igreja, de tal forma, que os irmãos de Corinto deveriam entender que a Igreja, tem autoridade para resolução destas pendências entre os seus membros.

O discurso de Pulo é antecedido de uma preparação sobre a associação com os ímpios e sobre a questão de julgamento interno.

I Co. 5.12. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão fora? Não julgais vós os que estão dentro? 13. Mas Deus julga os que estão de fora.

Assim o Apóstolo Paulo faz a transição para o assunto do litígio entre irmãos.

O contexto da Igreja, à época, era entendido, como um contexto de uma comunidade autônoma, da mesma maneira que a comunidade de Israel, ou seja, Paulo dá a entender, que na Comunidade do Caminho, o sistema interno deveria resolver as questões ou pendências entre irmãos com decisão acatável pelos envolvidos.

Pelo contexto contemporâneo, a situação da Acaia era idêntica aos povos sob o regime romano, submetida ao código romano que julgava as questões de nível penal, em relação a vida dos seus cidadãos, ou seja, as questões comezinhas deveria ser julgada pelos juízes da cidade.

II - Conforme o costume da Lei Mosaica e conforme as Palavras de ordem de Cristo:

Os litigantes de Corinto desprezaram o conhecimento do que a Palavra de Deus orientava.

Considerando-se uma comunidade mista, os de Corinto conheciam os dois lados:

As Escrituras do Antigo Testamento e os ensinos de Jesus Cristo pela boca dos Apóstolos.

Em ambos havia a orientação quanto a decidirem-se as causas internas no interior da comunidade.

Duas testemunhas - Dt. 17.6: Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha não morrerá.

A- Testemunho Para:

1-Igreja – pelo conjunto de seus membros.

Antes da existência formal da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo a Igreja já era considerada como centro de decisão de disputas entre os seus membros, segundo o próprio pronunciamento de Jesus Cristo.

B- A autoridade eclesial:

A Igreja é um organismo vivo, com poderes dados por Jesus para correção, disciplina de seus membros:

Mt.18.15: Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;16 Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.17 E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.

2Co 13:1 - É ESTA a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra.

2-Para o ministério – tendo cuidado com a questão da unção pela imposição das mãos do presbitério [ministério], para acusações de qualquer membro deste corpo hierárquico da Igreja.

Este aspecto foi considerado em muitas ocasiões no AT e no NT “ninguém despreze o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.”;

I Tm.4.9.ss: Esta palavra é fiel e digna de toda a aceitação; Manda estas coisas e ensina-as. Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.

Até mesmo, para as questões ministeriais, a Igreja deveria ter uma forma justa e diferenciada para a solução de dissensões ou acusações contra os ministros e presbíteros:

1Ti 5: 19 - Não aceites acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas.

III - Compreendendo a existência da Família de DEUS:

Ef. 2:19 - Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;

A cidadania da Família da Igreja deveria consolidar as relações sociais e até mesmo cíveis, entre os seus membros.

Era esta a ótica de Paulo ao escrever I Co. 6.1. OUSA algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?

a-O exercício da Piedade:

Os de Corinto desprezaram o ensino exercício da piedade, entre os membros do Corpo de Cristo e isto os levou a exercer o princípio da constituição natural, ou seja, do juízo do mundo.

1Tm. 4.8 - Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.

Na lição 05 ministramos sobre a piedade, era isto o que Paulo esperava dos irmãos de Corinto: PIEDADE, UNS PARA COM OS OUTROS.

A Igreja de Corinto estava dividida demais, “espiritualizada” demais para poder ouvir e realizar o culto racional, ou seja, o culto inteligente, quando todos espiritualizam tudo, todas as coisas se tornam difícil de resolver, pois falta o raciocínio lógico.

1Tm 5:8 - Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.

b-A falta da inteligência no culto:

Utilizo o vocábulo culto, como algo superior a uma reunião de adoração, louvor e com liturgia própria, Culto aqui tem o significado do servir a Deus integralmente, não só nas casas ou, templo, é uma forma de vida do crente.

Rm. 12.1,2. Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo...

O que ocorre aqui neste texto, nada é do que a demasiada “espiritualização” de segmentos da Igreja, que parecem extremamente espirituais, mas quando há algum prejuízo para si, numa relação entre irmãos, ele esquece que faz parte do corpo de Cristo e já parte para os usos e costumes, de quando eram cidadãos só do mundo, as quais ele tem conhecimento e à mão, seja a justiça dos homens, seja a própria ação física, seja o uso da malícia, da difamação, sobre aquele que lhe prejudicou.

Este texto escrito pelo Apóstolo Paulo tem, no grego, o significado advindo de esquema:

suschematizo – conformar-se com o estilo do mundo; usar o esquema do mundo.

Foi o que ocorreu em Corinto, a “espiritualização demasiada” tirou o tirocínio dos seus membros e eles usaram o esquema do mundo, que é inferior ao modo de agir da Igreja.

Conformaram-se, ou seja, entraram e usaram do esquema do mundo para resolver os litígios entre si.

Já vi casos em que crentes se envolveram em escândalos entre si, por problemas familiares, ocorridos após o casamento dos filhos e as famílias entraram em tal desavença, que ficaram e estão irreconciliáveis até aos dias de hoje [espero, que ao escrever estas linhas, o litígio já tenha acabado, Jesus vem...].

IV - Situando o problema e sua solução:

a - Primeiro ponto:

Vs.4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida...

O assunto - Negócios - a ser tratado deveria estar situado na esfera da:

Igreja – ekklésia

b - Segundo ponto:

Deveria ser resolvido internamente, sob a ótica do ensino paulino.

c- Terceiro ponto:

Era uma falta que demonstrava desconhecimento, desunião, intriga e falta de desapego e desunião.

vs.7 Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros.

Era uma falta a ocorrência de demandas entre irmãos.

d-Quarto ponto:

Era uma denotação da falta do conhecimento do espírito de comunhão e desconhecimento quanto ao discernir o Corpo de Cristo.

A primazia alcançada pelos membros do corpo da Igreja em poderio sobre as questões deste mundo, baseado na importância alcançado numa esfera além da física, mas agora na esfera mística superior em Cristo.

e-Quinto ponto:

Os assuntos inerentes a membresia não deveria ser assunto à ser julgado, por aqueles, que não possuíam espiritualmente, a mesma revelação da Igreja, portanto, a sabedoria ser utilizada deveria ser a verdadeira sabedoria e não a sabedoria humana, além de exteriorizar os problemas internos, dos santos, causando escândalo, para aqueles que deveriam ser alcançados pela Obra da salvação.

Vs.9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?

V - Havia falta de homens sábios entre os membros da Igreja de Corinto?

I Co. 6. 5. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?

As demandas internas da Igreja devem ser expostas e julgadas pelo mundo?

Tipos de demandas:

Assuntos pessoais;

Difamações;

Calúnia;

Brigas;

Porfias por cargos;

Dívidas entre irmãos.

1-Por que os membros de Corinto estavam agindo desta maneira?

Voltamos à questão da divisão da Igreja de Corinto. A divisão interna, em lideranças aceita por uma parte e não por outras, criou uma dificuldade sobre o julgamento das causas internas, não havia isenção, pelo menos na mente dos corintíos, de tal forma, que não viam à quem pudessem entregar suas causas, mesmo que fosse aos líderes da Igreja, para poder julgá-las internamente. Os de Corinto não possuíam discernimento, ou este estava ampanado pela divisão que grassava no Igreja.

I Co. 10.17. porque sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participam do mesmo pão.

I Co. 11.29. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.

2-Faltos de misericórdia:

A Igreja em Corinto, não só os litigantes demonstraram que não possuíam misericórdia ou não a exercitaram. Deixaram o problema transcender, ao perdão, ao discernimento, até mesmo aos membros do ministério local, demonstrando total falta de compaixão, com a Igreja de Cristo.

Ef. 4:32 - Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

VI - Paulo e os ensinos de Cristo sobre demandas entre aos que compõe a Igreja:

Perder em Cristo é ganhar!

Cristo está sempre presente em todos os atos de relacionamento, independente do que for, desde que seja reunidos em Seu Nome, entre os que formam a SUA Igreja.

Mt.18.5.ss: E qualquer que receber em meu nome...a mim me recebe....qualquer que escandalizar um destes pequeninos...é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno. Vede, não desprezeis algum destes pequeninos...Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

1- A dignidade da Igreja:

Paulo se mostra estupefato com o ocorrido no seio da Igreja de Corinto, pois eles desprezaram e diminuíram a posição da Igreja de Cristo, que tem a sabedoria do Espírito e vai julgar o mundo e os anjos, como não poderiam julgar uma simples questão secular de negócio entre irmãos.

Veja como as questões simples ou negociações em nosso meio podem levar a Igreja a passar situações de vergonha e escândalo entre os infiéis, por causa, de uma disputa interna, temos visto isto ocorrer.

Queira Deus que isto seja extirpado de nosso meio urgentemente, quem acha que perdeu, ou sofreu dano, se contente com as perdas em detrimento pessoal, mas nunca em detrimento da imagem da Igreja, e que o tal peça graças a Deus, para lhe dar outra oportunidade, aguardando o tempo do Senhor.

I Co. 6.2 Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?

3 Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?

4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julga-los os que são de menos estima na igreja?

EKKLÉSIA – Uma assembléia – tirados para fora com um propósito.

A própria definição do conceito eclesiástico, ou da Igreja é de um grupo tirado pra fora de uma cidade[o mundo], para formarem a assembléia – A Assembléia dos Santos, e isto foi esquecido, neste evento entre irmãos, PELOS DE Corinto.

A existência de litígio entre irmãos seria até aceitável, desde que um estivesse disposto a perdoar o outro.

O que assusta o Apóstolo Paulo foi a condução dada para resolução do problema, levando-o para fora do contexto da Igreja.

2- Isto, para Paulo maculava a Igreja como Corpo de Cristo:

2Co 11:3 - Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.

Porque significava uma derrota flagrante da Igreja para o mundo dominado por satanás, pelo mundo dominado pelo império parasita do mal.

O mundo parasita do mal conseguia colocar no seio da Igreja, seus tentáculos e retirar forças da Igreja que se alimenta da:

a - Comunhão dos Santos, como Paulo abre a I Epístola aos Coríntios: 1.9. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor.

b - Da União dos seus membros;

c - Da força do conjunto da Igreja, como Corpo:

I Co.12. 14.ss. Porque também o corpo não é um membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.

d-Da Aliança da Igreja com Cristo como corpo: este estava separado e um corpo que tem um dos membros separados tem deficiências para realizar suas atividades mais rotineiras e simples.

A posição de Paulo sobre levar o assunto para juízes ímpios:

Creio que os litigantes levaram como costume da época, as suas diferenças ou demandas aos juízes da cidade ou conselho de juízes da cidade [não quero me alongar sobre isto], que eram homens ímpios, conforme depreendemos, nas Escrituras paulinas.

Ora, a busca da justiça seria um erro?

Seria desaconselhável buscarmos a justiça em casos parecidos, nos dias de hoje?

Fica aqui a pergunta.

VII - Prossigamos:

O que Paulo quer ensinar é que a Igreja é um lugar de convivência pacífica e que todos que nela estão participando deveriam:

1-Ter uma vida honesta:

Fp. 4. 8. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

2-Ter uma convivência em união:

Eles eram considerados por Paulo santos, não só considerados mais santificados pela Palavra pregada.

Procurei usar um versículo da própria Epístola para demonstrar o conhecimento dos coríntios sobre a questão da comunhão dos santos.

I Co.1. 2, 9, 10. à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso... pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer.

3-Serem participantes do Corpo de Cristo:

I Co. 10.17. porque sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participam do mesmo pão.

Por isto o julgamento interno dos crentes em Cristo era uma expressão da comunhão com Deus e só a Igreja deveria julgar os seus problemas, os problemas com os ímpios Deus os julgaria, leia o que Paulo diz no capítulo imediatamente anterior, ou seja, no contexto próximo do assunto.

I Co. 5. 9.ss. Já por carta vos escrevi que não vos comunicásseis com os que se prostituem; com isso não me referia à comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer comais. Pois, que me importa julgar os que estão de fora? Não julgais vós os que estão de dentro? Mas Deus julga os que estão de fora.

Há uma alusão de um ensino anterior sobre o julgamento das causas internas da Igreja:

Paulo parece querer dizer: “Ora, vocês já sabem como se deve julgar os que são da Igreja”.

“Não julgais vós os que estão de dentro?”.

VIII - A questão e posição de cada irmão litigante:

I Co. 10. 11. Ninguém busque o seu próprio proveito, antes cada um o que é de outrem.

1- O que foi ou se sentiu prejudicado:

Levou o assunto aos juízes ímpios, desprezando o ensino existente, por pressuposto do versículo 12, acima.

Mas, isto parece não ser a maior preocupação de Paulo.

A grande preocupação é que eles demonstraram uma falta do conhecimento, da sua condição superior, como Igreja, em relação aos ímpios juízes a quem levaram suas causas.

Eles que conheciam as palavras de Jesus Cristo, antes mesmo da instituição da Igreja, como vemos em Atos dos Apóstolos, Jesus Cristo já antevia estas questões, que a Igreja fundada sobre o seu nome encontraria, pois ela continuaria na Terra, como Paulo, aprendiz excelente de Cristo, também confirma com suas palavras [vide texto acima]: “com isso não me referia à comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo”.

Mt. 18. 15. Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; 16 Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. 17 E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. 18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

João 20. 23. Àqueles a quem perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos.

Nestas palavras de Jesus Cristo percebemos que há instancias a serem cumpridas até o cristão levar o irmão, aos juízes deste mundo.

No foco do Senhor Jesus até chegar ao juiz ainda há tempo para se acertar qualquer litígio:

A - O litígio impede o culto ou oferta oferecida a Deus.

Mt. 5. 23. Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário

Lc.12. 58. Quando, pois, vais com o teu adversário ao magistrado, procura fazer as pazes com ele no caminho; para que não suceda que ele te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho, e o meirinho te lance na prisão...

1-Primeira instancia:

Relação inter pessoal – o prejudicado e o que o lhe prejudicou.

No nível de relacionamento pessoal e civilizado e com educação:

Vs.15. Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão.

Neste nível tratamos o assunto do litígio, somente entre as partes interessadas, sem envolvimento de terceiros ou da membresia da Igreja, uma vez acertado, os dois lados se perdoam e se dá o assunto por encerrado.

2-Segunda instancia:

O uso de testemunhas.

Uma vez esgotada a tentativa de conciliação [este é um assunto para o amigo Pr. Dr. Caramuru] passasse, à estância de um conselho entre irmãos.

O assunto está ainda sob controle dos envolvidos e dos conselheiros, que devem ser gente de qualificação moral, e espiritual dentro do seio da Igreja.

Vs.16 Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.

Isto é o assunto será confirmado entre um grupo pequeno e se for acertado a comunidade não será atingida pelo problema.

3-Terceira instancia:

A Igreja como Corpo de Cristo tem autoridade suficiente para resolução de problemas entre os seus membros, em qualquer esfera.

Aguarde para entender esta frase, continue lendo.

Jesus Cristo deu do seu Poder à Sua Igreja:

Atos dos Apóstolos 1.8. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.

a - Em primeiro lugar:

Este poder pode ser entendido como o poder do Espírito Santo.

b - Em segundo lugar:

Como Igreja, em consonância com o texto de Mt.18, Ela tem o poder e autoridade de decidir o que deve fazer sobre qualquer assunto interno, com a anuência do próprio Jesus Cristo: “vs.18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19 Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.20 Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”.

4-Quarta instancia:

Fico feliz em poder compartilhar com os leitores sobre a beleza da Bíblia Sagrada que não deixa dúvida alguma sobre seus textos, e a regra áurea é atendida: “a Bíblia explica a própria Bíblia”, nunca há contradição entre seus textos.

Veja o que Jesus Cristo diz sobre a quarta estância de julgamento de um litígio entre irmãos.

Jesus Cristo: Vs. 17 E, se não as escutar...se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.

5- Apóstolo Paulo: I Co.5.11. Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador...12 Pois, que me importa julgar os que estão de fora? Não julgais vós os que estão de dentro?13 Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai esse iníquo do meio de vós.

Esta é a última estância de resolução de uma pendência entre irmãos no seio da Igreja.

A partir deste instante o caso vai mudar da esfera espiritual para a esfera cível ou humana, pois alguém entre os litigantes, já não faz mais parte do corpo de Cristo, isto é, não faz mais parte da Sua Igreja!

IX - Solução bíblica:

Jesus ensinado os seus discípulos a orar deu a solução quanto a prática do perdão:

Mt.6. 12.ss. e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal....Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.

Lc.17.3. Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe.

A – A questão e posição de cada irmão litigante:

Nota: Quando colocamos, prejudicado ou o que prejudicou, estamos realizando um exercício, para poder dar maior ênfase ao assunto.

Rom 15:5 - Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.

1- O que foi ou se sentiu prejudicado:

II- O que prejudicou:

O que prejudicou, na realidade deve ser entendido como parte do problema e solução; e dele deveria partir a solução do problema, pelas condições, de:

1-A lição do arrependimento:

Lc.17.4. Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me...

Rom 6:4 - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

Se ele tivesse demonstrado arrependimento seria e deveria ser perdoado, mas a Igreja de Corinto estava na situação descrita acima, carnalizada em ações entre irmãos, sem comunhão, por deixar se estabelecer em seu seio a Divisão, mal que tem atingido muitas Igrejas e Ministérios causando males terríveis ao Povo de Deus.

Devemos nos colocar sempre na posição de que a resolução de qualquer litígio está ao nosso alcance, conforme nos orienta a Palavra de Deus.

Conclusão:

O assunto é extenso, mas nos fica a lição sobre o proceder como membros do Corpo de Cristo.

Como proceder sob a ótica espiritual que é superior a ótica carnal.

Como proceder sob a ótica da Revelação superior da Igreja sobre os assuntos deste mundo.

Devemos valorizar a Igreja como algo divino, situado no mundo, por um pouco de tempo, superior a tudo desta Terra, em todas as instancias desta vida, Ela é [ou deve ser] o paradigma das relações humanas para o mundo, por isto nos chamamos de IRMÃOS, o próprio Cristo nos fez irmãos, não só D’Ele, mas de toda a Igreja Universal.

E que devemos sempre procurar a conciliação por comermos do mesmo PÃO – Jesus Cristo.

Mt. 16.18. E as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus.

Fonte:

Bíblia Plenitude

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Dicionário Aurélio

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Lição 06 – CPAD.

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