sábado, junho 26

Lamentações de Jeremias – um Livro de Esperança. Lição 13 – CPAD – 2º Trimestre


Lamentações de Jeremias – um Livro de Esperança.
Lição 13 – CPAD – 2º Trimestre                                                        Autor: Osvarela

Texto Áureo:
Lm.3.22. As misericórdias do Senhor, são as causas de não sermos consumidos;porque as suas misericórdias não têm fim.
Leitura Bíblica em Classe:
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS 1.
1 Como está sentada solitária a cidade que era tão populosa! Tornou-se como viúva a que era grande entre as nações! A que era princesa entre as províncias tornou-se avassalada!
2 Chora amargamente de noite, e as lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console entre todos os seus amantes; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela; tornaram-se seus inimigos.

3 Judá foi para o cativeiro para sofrer aflição e dura servidão; ela habita entre as nações, não acha descanso; todos os seus perseguidores a alcançaram nas suas angústias.
4 Os caminhos de Sião pranteiam, porque não há quem venha à assembléia solene; todas as suas portas estão desoladas; os seus sacerdotes suspiram; as suas virgens estão tristes, e ela mesma sofre amargamente.
5 Os seus adversários a dominam, os seus inimigos prosperam; porque o Senhor a afligiu por causa da multidão das suas transgressões; os seus filhinhos marcharam para o cativeiro adiante do adversário.
12 Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei e vede se há dor igual a minha dor, que veio sobre mim, com que o Senhor me afligiu, no dia do furor da sua ira.
Introdução:
Em meio a destruição o lamento ensina a obedecer!
Apesar do título e da situação de caos, do enredo e dos versículos fortes sobre o juízo advindo, apesar dos lamentos da constatação do inegável destruidor ter passado por sobre as casas e o templo de Judá o Livro de Lamentações de Jeremias é um condutor de que o lê para um caminho novo.
O Caminho da Esperança.
Lm.3. 22,23. A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã.
Lm.3. 26. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor.
Assistindo a Desolação:
Lm.3. 1. Eu sou o homem que viu a aflição causada pela vara do seu furor.
Após o cumprimento de suas profecias Jeremias assiste a desolação prenunciada por Deus.
Todos os que tinham força de restauração, jovens, príncipes, valentes, mulheres briosas, sábios, entendidos em construção, se foram ao cativeiro.
A cena é cruelmente revelada na passagem inicial do Livro.
A descrição é uma narrativa quase visual para o leitor.
A cena é vista pelos olhos de quem lê as Escrituras, e reconhece que há um Senhor soberano que age conforme a sua Palavra.
O escritor Jeremias é a única testemunha possível de com autoridade canônica para descrever tal cenário, ocorrido em 586 a.C.
Tal cenário, só pode ser comparado na História de Israel ao descrito e profetizado por Jesus Cristo para Jerusalém e ocorrido no ano 70d.C.
Lc.23.20-24. Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande angústia sobre a terra, e ira contra este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos;
É uma lamentação do próprio Cristo.É um Ai.
Lc.23.28.29.30. Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas [de Jerusalém], não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Porque dias hão de vir em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram! Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós; e aos outeiros: Cobri-nos.
O profeta mais uma vez está em dores ao profetizar está em conflito com os sacerdotes do Templo – Jesus e a turma sacerdotal de Anás e Caifás[João. 13. E conduziram-no primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.], são agora os representantes do período da turma do sacerdote do templo nos dias de Jeremias.
Lc.23. 10. Estavam ali os principais sacerdotes, e os escribas, acusando-o com grande veemência.
Características de autoria:
Filha virgem.
Jr.14.17. Portanto lhes dirás esta palavra: Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia, e não cessem; porque a virgem filha do meu povo está gravemente ferida, de mui dolorosa chaga.
Jr.18.13. Portanto assim diz o Senhor: Perguntai agora entre as nações quem ouviu tais coisas? Coisa mui horrenda fez a virgem de Israel!
Lm.1.15. O Senhor desprezou todos os meus valentes no meio de mim; convocou contra mim uma assembléia para esmagar os meus mancebos; o Senhor pisou como num lagar a virgem filha de Judá.
Contexto bíblico-histórico:
Os Livros de 2Rs e 2Cr - declínio moral do Reino de Judá
Advertências proféticas - ver 2.17.
Zedequias se rebela - Nabucodonosor atacou Jerusalém- 2Rs 24.20
Sítio da cidade – fome.
Tentativa de fuga de Zedequias - 2Rs 25.4
Nubuzaradã - destrói a maior parte de Jerusalém; queima o templo; o exílio - 2Rs 25.8-12.
Esboço do Livro.
Um livro poético com formação acróstica em cada estrofe destas lamentações.
As letras do alfabeto hebraico são a base do fraseado de cada verso.
Assim temos o início com Álefe e seguindo pelas demais letras.
Como é básico em teologia, aprendemos que os livros do AT tem o seu título baseado na primeira palavra do mesmo.
Assim, o Livro de Lamentações, começa com “Como” – em hebraico – ekah”; uma interjeição de espanto, como Ai –
Título:
Qinot ou “lamentações”
Primeira Parte.
A Má Situação de Jerusalém.
I. A metáfora da Jerusalém como viúva; ao lamento da cidade que chora de noite, sem consolo. Não tem mais seus ‘amantes’ para explorar as suas belezas, agora que está destruída, e as suas portas queimadas.
Fruto de seus próprios pecados. 8 Jerusalém gravemente pecou, por isso se fez imunda; todos os que a honravam a desprezam, porque lhe viram a nudez; ela também suspira e se volta para trás.
1 Como está sentada solitária a cidade que era tão populosa! Tornou-se como viúva a que era grande entre as nações! A que era princesa entre as províncias tornou-se avassalada!
2 Chora amargamente de noite, e as lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console entre todos os seus amantes; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela; tornaram-se seus inimigos.
Segunda Parte. 
A Ira do Senhor.
II. Pedido de clemência e arrependimento do profeta. Dor e lamento pela desgraça visível e palpável.
2 Devorou o Senhor sem piedade todas as moradas de Jacó; derrubou no seu furor as fortalezas da filha de Judá; abateu-as até a terra. Tratou como profanos o reino e os seus príncipes.
14 Os teus profetas viram para ti visões falsas e insensatas; e não manifestaram a tua iniqüidade, para te desviarem do cativeiro; mas viram para ti profecias vãs e coisas que te levaram ao exílio.
Jeremias lembra dos que diziam:”Paz...Paz...’, e agora há silencio mas não há Paz, só desolação e choro.
Terceira Parte. 
A Tristeza de Jeremias.
III. Dor e Esperança. 1 Eu sou o homem que viu a aflição causada pela vara do seu furor. Uma referencia interna sobre Jeremias, como autor.
19 Lembra-te da minha aflição e amargura, do absinto e do fel.
20 Minha alma ainda os conserva na memória, e se abate dentro de mim.
21 Torno a trazer isso à mente, portanto tenho esperança.
Quarta Parte. 
A Ira do Senhor.
IV. Na realidade a execução do Juízo de Deus, realizada após muito clamor ao povo para atentar para ao arrependimento. 1 Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puríssimo! Como estão espalhadas as pedras do santuário pelas esquinas de todas as ruas!
2 Os preciosos filhos de Sião, comparáveis a ouro puro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos de oleiro!
Quinta Parte. 
Oração de Jerusalém.
V. Descrito como Oração pelo formato. Clama pelo socorro de Deus.
vs.1. Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido; considera, e olha para o nosso opróbrio.
Cântico de Jeremias, como afirmam alguns estudiosos.
DISCURSO:
É preciso atentar ao tempo de Deus e as conseqüências quando não atentamos em obedecer a sua voz.
Era o que Jeremias via como o autor da Proclamação.
Não espere a desolação chegar para lamentar.
Lamente seus erros e se volte para a posição de arrependimento, que é uma posição 180º de onde nós estamos, quando erramos desprezando o Senhor e seus profetas.
Ainda é tempo de Arrependimento.
1-A Igreja e o Tempo de Lamentação:
Joel 1. 14. Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores da terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor.
A Igreja está inserida neste contexto como a vida do profeta Jeremias.
Enquanto não nos curvarmos aos sacerdotes da desobediência e atentarmos para os verdadeiros propósitos da verdade proclamada de Deus a nós como, o Israel de Deus, seu povo, filhos de Abraão pela fé.
Jr.6. 10. A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e eles não podem ouvir; eis que a palavra do Senhor se lhes tornou em opróbrio; nela não têm prazer.
2-Assim, temos como obrigação:
Proclamar os Oráculos doutrinários de uma vida nacional, familiar e pessoal de santidade aos que nos ouvem ou deixem de nos ouvir.
Mt.13.15. Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam, e eu os cure.
3-A Nossa Obrigação está posta.
Jr.26. 3. Bem pode ser que ouçam, e se convertam cada um do seu mau caminho, para que eu desista do mal que intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações.
4-Exortar ao arrependimento
Ensinarmos as novas gerações de crentes: Dt.31.13 e que seus filhos que não a souberem ouçam, e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra .
Tapar a boca dos contradizentes.
5-Ensinar a Igreja a ter ouvidos aguçados experimentando os espíritos, se são de Deus.
Tt.1.11. ... aos quais é preciso tapar a boca; porque transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.
Congregar os povos.
Dt.31.12 Congregai o povo, homens, mulheres e pequeninos, e os estrangeiros que estão dentro das vossas portas, para que ouçam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de cumprir todas as palavras desta lei;
Joel 2. 16. ...congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os meninos, e as crianças de peito;
6-Ajuntar as multidões para ouvir, como Esdras o fez, após a volta deste Cativeiro.
É tempo de santificação, enquanto há tempo...
Há uma importância mediata e imediata em falar da palavra de Deus.
Em conhecermos as Lamentações, em lermos as Lamentações.
Temos que ser ‘judaizantes’, circuncidados pelo coração, através da Leia da vida em Cristo Jesus.
Hb.2. 1. Por isso convém atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas.
Devemos rememorar neste domingo as causas da aflição e lamento de Israel para que a Igreja tome consciência do que virá se:
a-Deixarmos ao Senhor
Tt.2. 1. Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.
1 Co.10. 23. Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
b-Afrouxarmos as Doutrinas
c-Sermos crentes legalistas, tão somente
d-Vivermos uma vida em que somos de língua dobre.
e-Vivenciarmos um Evangelho pobre de posição, quanto a sua verdade real e ensinada pela Bíblia
f-Vivermos uma liberalidade em vez de Liberdade:”tudo posso naquele que me fortalece, mas nem todas as coisas me convém”.
Ainda no meio da Lamentação e do monturo, há tempo de vivenciarmos aos homens que há um fulgor límpido, ainda que longínquo de Esperança.
Em meio ao desconforto da vida atual, com suas dificuldades e com o pecado avassalador querendo destruir a tudo e a todos, há uma palavra para a Igreja:
Tudo que fizermos deve ser para edificação, para remover o entulho e monturo espiritual que quer nos envolver e deixar-nos omissos a situação deste Mundo, com todas as expressões que significa esta palavra no conceito bíblico ensinado por Jesus Cristo.
1 Co.4.26. Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
7- Misericórdia de Deus.
O que Mantém O Mundo:
Quando falamos em Lamentações somos obrigatoriamente levados a pensar em uma palavra:
Misericórdia.
O Lamento embora em meio a confusão da destruição, e lamentações do profeta, ele absorve um conhecimento que lhe é concedido pelo Senhor.
Embora todos os danos ainda assim ele pode ver em meio, a tudo isto, que sua existência ainda lhe foi permitida, assim como a da Nação, por uma qualidade divina.
Lm.3.22. As misericórdias do Senhor, são as causas de não sermos consumidos;porque as suas misericórdias não têm fim.
CONCLUSÃO:
A Igreja, isto é, nós somos escolhidos para neste tempo de dores estarmos aptos a suportar tudo por amor ao Evangelho.
Seguindo o exemplo de nossos irmãos da Igreja primitiva temos que ser estóicos, sem a conotação do termo histórico.
Devemos saber suportar as aflições por amor a Palavra de Deus, pois estamos livres guardados em Cristo, embora neste mundo.
João 15. 18-20. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. ...Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, guardarão também a vossa.
A Igreja é o ‘Jeremias’ atual:
João 15.24,25 ...mas agora, não somente viram, mas também odiaram tanto a mim como a meu Pai. Mas isto é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa.
Rm.5. 2-5. por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta...
Fonte:
Estante Teológica.
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