Veja a praça Tahrir, no Cairo, antes e depois de ser tomada pela multidão.
Manifestantes vão às ruas pela saída do presidente Hosni Mubarak.
Oposição afirma que só negocia se ele encerrar sua presidência de 30 anos.
Analistas dizem que o destino de Mubarak agora está nas mãos dos militares, no que pode ser a maior reviravolta política no país desde que o Exército depôs o rei Fahrouk, em 1952.
A oposição aumentou a pressão nesta terça-feira (1º) para que o presidente do Egito, Hosni Mubarak, deixe o governo, ao mesmo tempo em que cresce a adesão à manifestação popular que tenta reunir um milhão de pessoas contra o governo no centro do Cairo, capital do país.
Mubarak de 82 anos modificou o quadro Ministerial, indicando inclusive um vice-presidente.
Mas, a principal medida foi a indicação de um general da reserva para comandar o Exército na tentativa de ter o apoio das Forças Armadas.
O EUA importante aliado, através de Obama já declarou, que a situação impõe uma decisão democrática, com todas as letras e formas do que isto significa: eleições, direitos civis, imprensa livre.
Internet, celulares e outros meios digitais foram proibidos no Egito nestes dias.
Brasileiros.
30 brasileiros festão aguardando vôos para sair do Egito, assim como cidadãos de outras partes do Mundo.
Jordânia
Barbas de molho – esta é a ação do Rei da Jordânia, ele se previne de um levante, ao que parece, se está tornando moda, após o caso da Tunísia, ao expulsar o governante do país, após 30 anos de ditadura.
Ao mesmo tempo, o rei da Jordânia anunciou uma mudança no governo do país, também depois de protestos populares.
O problema maior, que estamos assistindo é o aumento significativo da ação político-governamental dos muçulmanos, em dominar a região.
Para Israel é uma ação quase fatal.
Pois, o Egito se não é aliado é títere da política de apoio advinda do poder dos EUA, na região, assim como a Arábia Saudita poderosa pelo seu poder dos milhões de barris de Petróleo.
A queda de Mubarak é mais uma pedra que escorrega do dominó de manutenção de uma tensão controlada pelo Ocidente na Região, que pode vir a ser um varril de pólvora com rastilho de fogo aumentando e chegando ao seu ponto final: tentar destruir Israel, ou pelo menos, acuá-lo mais ainda.
Observe o Incidente do ponto de vista da Iminência.
Condição para negociar
A Irmandade Muçulmana – os chamados Irmãos Muçulmanos - anunciou, em nome da coalizão de grupos de oposição no Egito, que só começará a negociar quando Mubarak - de 82 anos - deixar o poder.
Saída de Mubarak.
Lembra a situação acontecida no Irã, com a implantação do Governo Islâmico, com a chegada de Komeini.
O ex-diplomata Mohamed ElBaradei, um dos principais nomes da oposição, disse em entrevista à TV Al Arabiya, que Mubarak deveria deixar o país no máximo até sexta-feira, e que é necessária uma discussão ampla para definir o futuro político do país após sua saída.
Enquanto isso, crescia a multidão reunida para o ato de protesto que quer juntar um milhão de pessoas contra o regime.
O Exército, em nota oficial, disse que considera legítima as reivindicações e prometeu não reprimir os manifestantes, neste que será o oitavo dia seguido de protestos populares contra o regime que já dura 30 anos.
Vários manifestantes fizeram vigília na praça Tahrir, apesar do toque de recolher que vigora no país, e muitos chegavam.
Tanques do Exército estavam nos principais acessos ao local, e helicópteros militares sobrevoavam o local.
Também foi convocada uma greve geral por tempo indeterminado, em um país praticamente já paralisado pelos protestos.
As autoridades tentam limitar os deslocamentos da população e obstruir ao máximo os contatos dos organizadores dos protestos.
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